The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 11
Execução


Notas iniciais do capítulo

Ei galera! Obrigada a todos os reviews do capítulo anterior, eu os amei muitão! *--* Eu decidi continuar com os capítulos grandes como a maioria-se não todos- pediram! :3 Boa leitura a todos! Espero que gostem (:



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Anteriormente:

Lancei um olhar de puro ódio para a morena enquanto saíamos dali junto com os três homens e o ruivo inconsciente. Senti a lâmina de minha faca pesando ao lado de meu corpo. Eu vou matá-la! Com um movimento rápido, tirei minha faca do local e mirei em direção ao coração da mulher que estava na minha frente. Com um ágil movimento, ela desviou para o lado rindo com desdém.

– Você sabe que eu preciso estar viva para os caras do seu navio soltarem seus amigos, não é? – ela falou com um ar superior.

– Então liberte logo meus amigos! – esbravejei.

– Não, queridinho. Só amanha quando o corpo desfalecido da princesa estiver pendurado em uma corda é que irei libertar seus preciosos amigos. – falou ela com um olhar cruel.

Droga! Preciso ajudá-la, mas como?Oh Natsu, o que é que você foi fazer?

Natsu Pov Off

~# ~

Atualmente:

Lucy Pon On

Eu sou uma idiota por ter confiado nele. Aliás, eu sou uma idiota só pelo fato de ter pisado para fora do castelo. Suspirei e apoiei minha cabeça em meus joelhos encostando minhas costas na parede mais ainda. Burra, essa é a palavra que me define. Eu fugi para viver um sonho impossível e o reino inteiro está sofrendo as consequências. Para falar a verdade, eu mereço a morte por tudo que causei por ser uma pessoa inconsequente e sonhadora.

Levantei-me do chão e sentei em minha desconfortável cama. Fiquei olhando para o nada pelo o que me pareceram horas e as lágrimas ainda não haviam parado. Eu estava irritada comigo mesma e com a Minerva. Principalmente com aquela vadia da Minerva. Como ela ainda está viva e dando as ordens por aqui?

Saí de minha cama e comecei a andar pelo quarto, pensativa. O que realmente está acontecendo por aqui? Eu não posso ficar lamentando enquanto meu povo está morrendo. Sequei minhas lágrimas com as costas da minha mão. Ouvi um barulho que me assustou bastante e vire-me em direção a porta levando uma surpresa nem um pouco agradável.

– Minerva o que faz aqui? – cuspi seu nome com desgosto.

– Só vim te avisar, princesa, que amanha você não será executada sozinha. Isso seria inadmissível para uma pessoa de sua elevada classe social. Você terá dois amigos na forca com você, querida. Isso não é bom? – ela falou se divertindo.

Gelei na mesma hora. Essa louca irá matar dois amigos meus? Seria Loki e Aries? Caprico e Scorpio? Bem, não importa quem ela mandar para a forca comigo, pois eu não os deixarei morrer! Eu tenho que pensar em um modo de salvá-los até amanha! Olhei de modo indiferente para a morena que havia puxado a cadeira e se sentado nela.

– Oh! Você não quer saber quem serão seus companheiros na morte? Tem certeza? – caçoou ela.

Sustentei seu olhar e procurei acalmar meus batimentos cardíacos e principalmente minha curiosidade. Eu sempre fui muito abelhuda e sempre me metia em confusões por causa disso. Devido a isso, eu estava fazendo um esforço sobre humano para que a pergunta não saísse por minha boca.

– Você está morrendo de vontade de saber não é? Vou aliviar sua curiosidade princesinha. Quem lhe fará companhia será a Levy e a Erza! – exclamou a víbora com um sorriso alegre no rosto e batendo palminhas.

Levei um susto quando ela disse o nome de minhas melhores amigas, porém logo tratei de recompor minha postura.

– O Loki me disse que elas estão desaparecidas. – afirmei com firmeza.

Essa fala só fez o sorriso da Minerva se alargar.

– Tem certeza disso princesinha? Pela sua reação parece que você sabe muito bem onde elas estão. – falou ela.

Engoli em seco. Droga! Me movi alguns poucos milímetros para frente, mas rapidamente tratei de abafar minha raiva.

– Sério? Onde elas estão então? – indaguei cruzando os braços diante do corpo e arqueando uma sobrancelha.

– Elas estão na cela ao lado da sua e vestidas de homem. – disse, claramente se divertindo.

O susto foi tão grande que recuei um passo para trás. A parte de mim que anda mantinha esperanças que a identidade das minhas amigas permanecessem intactas foi totalmente destruída. Tudo que restou foi uma grande bola de ódio e fúria presos em mim.

– Como você sabe? – sussurrei com um fio de voz.

– Qual é o único método para se arrancar informações de alguém princesinha? – falou ela levantando-se.

Eu temia já saber a resposta. Fiquei tonta só de pensar que a minha ideia foi concretizada. Sentei-me em minha fina e gélida cama, trêmula.

– Isso mesmo Heartfilia. Tortura. – ela esclareceu e se retirou de minha cela.

Tortura. Ela torturou minhas amigas. Tortura. Essa palavra vinha a minha mente toda vez que eu tentava não entrar em desespero.

Tive a impressão de que aquele maldito lugar havia ficado cada vez mais frio e a escuridão logo me engoliu. Confesso que chorei. Chorei por ter pisado fora do castelo, por ter abandonado meu povo, por meu pai estar quase morto, por estar presa e, principalmente, por ter metido minhas melhores amigas naquela encrenca que certamente nos tiraria a vida.

Em algum momento de meu choro, acabei adormecendo pelo o que pareciam segundos, mas eu tinha certeza que cochilei por algumas poucas horas. Tentei dormir novamente, mas não consegui. Havia muita coisa em minha cabeça e a questão da possível morte de minhas melhores amigas me atormentava bastante, principalmente por eu saber que era tudo culpa minha.

Levantei-me dolorida da cama e espreguicei-me. Meus instintos me diziam que faltava minutos para os carcereiros entrarem pela porta e me levarem à força. Meus olhos começaram a se acostumar com a completa escuridão de minha cela e uma ideia me ocorreu. Eu já tinha visto uma pessoa ser executada na forca e sabia que os guardas colocariam algemas em nossos pulsos e cobririam nossa cabeça com um fino saco marrom e só o retirariam quando chegássemos ao pequeno palco montado para execuções.

Retirei minha peruca deixando meus longos cabelos loiros livres, peguei os quatro grampos que eu usava para manter o objeto em minha cabeça e os abri. Tirei uma de minhas blusas de frio e arranquei as mangas dela. Enrolei os pedaços de tecido em meus pulsos, tornando-os mais grossos para eu conseguir sair das algemas com facilidade.

Peguei a cadeira metálica e a analisei com os dedos até achar um parafuso que servia para manter firme um pedaço de metal no centro do apoio de costas. Pus um dos grampos abertos no lugar onde gira o parafuso, com certo esforço, consegui tirá-lo de lá e pequei a barra metálica. Escondi-a entre meus seios e ela ficava no lugar graças a firme faixa que eu usava. Peguei o que restou da minha antiga blusa de frio e a escondi em baixo do colchão para que ela não levantasse suspeitas por estar rasgada. Peguei meus grampos e os coloquei por baixo do tecido que cobria meus pulsos, pois com eles eu iria abrir minha algema.

Como se eu tivesse calculado tudo, terminei de ajeitar os objetos escondidos e a porta da cela foi aberta fazendo um barulho super irritante do ferro raspando na pedra. Senti mãos pesadas segurarem meus braços em minhas costas e me prendeu com as algemas no ponto em que eu amarrei os panos. Sorri minimamente e fui arrastada brutalmente para um corredor mais iluminado.

Quando meus olhos se acostumaram com a claridade, vi Levy e Erza do meu lado. A baixinha estava com vários roxos espalhados pelo corpo, seu cabelo azul encobria um pouco as marcas na nuca, ela mancava um pouco, seus olhos estavam vermelhos devido às lágrimas que ainda rolavam por suas bochechas. Erza não chorava, mas em suas bochechas haviam pequenos cortes, sua roupa estava amassada e seus longos cabelos ruivos cobriam um pouco os hematomas em seu pescoço e em seu braço.

Senti-me a pior pessoa do mundo ao vê-las daquela forma. Elas me lançaram um fraco sorriso ao verem que eu estava em choque. Os brutamontes colocaram os finos sacos marrons em nossas cabeças e nos conduziam para algum lugar, sem se importar que batêssemos em alguma coisa. Garanto que ganhei vários hematomas nas pernas e nos braços graças a atitude deles.

Senti o piso de pedra sólida se transformar em algo mais macio. A temperatura ficou mais elevada um pouco e eu pude sentir uma leve brisa atingir meu corpo e o sol queimando levemente minha pele. Após alguns minutos de caminhada, fui jogada para dentro do que parecia ser uma carroça e caí em cima das meninas e gememos de dor.

O transporte sacudia muito e andava rápido. A cada solavanco que ele dava nós tres caíamos uma em cima da outra. Pelo o que eu havia percebido, não havia nenhum guarda conosco ali, então aproveitei para conversar com as meninas.

– Desculpem-me por isso. Tudo o que está acontecendo é culpa minha! – falei com uma tristeza evidente na voz.

– Não é culpa sua Lu-chan. – falou Levy-chan tentando me acalmar.

– É sim. Se eu não tivesse dado a ideia de fugirmos não estaríamos nessa situação. Nós podemos morrer daqui a poucos minutos! – lágrimas já começavam a rolar por meu rosto quando pensei as várias maneiras de meu plano dar errado.

– Lucy, fugir do castelo foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. Antes, eu pensava que meu destino era ser uma empregada do castelo, viver uma vida pacata e sem graça, casar-me, ter filhos e morrer. Quando você anunciou seu plano, uma chama de esperança se ascendeu em meu peito, você literalmente me salvou de uma vida medíocre.

A ruiva fez uma pausa e eu aproveitei para limpar as lágrimas da melhor maneira possível.

– Sabe Lucy, eu não me arrependo de nada do que eu fiz. Conhecer vocês meninas foi a melhor coisa que já poderia ter acontecido comigo. Eu faria tudo de novo, apesar de termos feito muitas burradas, elas me ajudaram a me tornar quem eu sou. – desabafou Erza.

Nós três nos abraçamos desengonçadamente, pois não víamos nada.

– Lu-chan, agora que eu reparei... Por que você disse que podemos morrer daqui a poucos minutos? É certo que nossas vidas acabarão na forca. Não me diga que... – Levy emudeceu.

– Eu tenho um plano, mas ele é muito frágil, por isso não garanto que dará certo. – suspirei e comecei a explicar o plano.

– Nós vamos arriscar. Pode começar a tirar sua algema, não se preocupe conosco. Se você conseguir distraí-los nós três conseguiremos fugir. – afirmou Erza, pensativa.

Nosso diálogo foi interrompido pela parada abrupta da carruagem. Eu consegui ouvi um grande número de vozes conversando não muito longe do automóvel. Um frio percorreu minha espinha.

Esse plano é insano, mas tomara que dê certo.

Fui tirada com brutalidade do transporte e fui empurrada por alguns metros. Subi desajeitadamente a escada que rangia devido ao meu peso. Pararam de me empurrar e me viraram para a direção em que eu supus estarem os espectadores.

O saco foi retirado de minha cabeça e a claridade me cegou, fazendo com que eu tivesse que piscar várias vezes para conseguir ver algo. Eu estava no meio da Erza e da Levy, em cima de um pequeno palco de madeira e na frente de cada uma de nós havia uma corda pendurada com um laço. Percebi que o carrasco estava ao lado da Minerva em nossa frente.

Mexi os pulsos singelamente e consegui tirar meus grampos do pano. Segurei-os em uma mão enquanto eu usava a ponta deles para desamarrar o tecido enrolado em meu pulso. Consegui retirar os dois panos e, com facilidade, tirei minhas mãos da algema, porém continuei com o braço para trás. Estava tão concentrado no que eu estava fazendo, que quase pulei de susto quando Minerva começou a falar.

– Essas três garotas são as causadoras da fome que vocês, plebeus, passam! Elas roubam as comidas estocadas nos depósitos e assaltam as carruagens mercantis! – vociferava ela, envolvendo a população em êxtase.

Fiquei impressionada pela atitude das pessoas. Uma pessoa consegue levar ao delírio e à êxtase uma cidade inteira, simplesmente pelo fato de ela se por a frente dos demais e falar com uma entoação firme.

Cheguei mais perto de Erza e comecei a abrir sua algema com cuidado e sem movimentos bruscos. Assim que a ruiva se viu livre daquele objeto, esfregou os pulsos disfarçadamente. Afastei-me da ruiva, aproximei-me de Levy e repeti o mesmo processo. Porém, a entreguei minhas algemas para que ela pudesse usar como arma se necessário.

– O que elas merecem por ter deixado vocês viverem nesta miséria enquanto se empanturravam com os alimentos roubados? – berrou a morena.

– A forca! A forca! Morte às ladras! – todas as pessoas gritaram em uníssono.

Tremi devido à excitação dos presentes. Lancei um olhar firme para as meninas que retribuíram com um leve aceno de cabeça.

– Pelos poderes investidos em mim graças ao rei e com muita satisfação pessoal, condeno essas mulheres à forca! – declarou Minerva abrindo um enorme sorriso.

– Agora meninas! – gritei retirando a barra de metal de seu esconderijo.

Desferi um golpe no primeiro soldado que apareceu. Levy pulou nas costas de outro guarda e começou a enforcá-lo com a corrente da algema. Erza desferia chutes e socos em um grupo de brutamontes que havia se reunido ao redor dela. A ruiva os fazia voar longe como se não pesassem nada.

Olhei a multidão de plebeus que corriam desesperados e pensei ter reconhecido tres pessoas em meio a confusão, porém logo elas desapareceram do lugar onde estavam. Eu e as meninas pulamos do palco quando Minerva pareceu se recuperar do choque e nos seguir berrando ordens a todos os soldados próximos o bastante para ouvi-las.

Ziguezagueamos pelas ruas de pedra da cidade e nos afastamos dela rapidamente, correndo para dentro da floresta que a cercava. Virei minha cabeça para trás e vi minhas amigas sendo puxadas por mãos masculinas e, antes que eu pudesse processar a imagem, eu também fui puxada e prensada contra o tronco de uma árvore.

Senti um corpo colado ao meu e vi Natsu olhando para a floresta. Fiquei vermelha de raiva e por vergonha. O corpo dele era quente e percebi o quanto eu estava fria e trêmula ao encostar em sua pele. Abri minha boca para xingá-lo, mas sua mão logo a tampou.

– Silêncio, eles estão perto. – sussurrou ele em meu ouvido pressionando ainda mais seu corpo no meu quando ouvimos passos próximos de nós.

Os ruídos foram ficando menos altos até pararem. Suspirei aliviada e encostei a cabeça no peito do garoto de cabelos róseos. Quando percebi o que havia feito, empurrei-o com toda a minha força e vi Erza e Levy – ambas vermelhas- se aproximarem de nós seguidas por Gajeel e Jellal.

– Nós iríamos te salvar, mas você preferiu fazer tudo sozinha. – Natsu falou.

– Me salvar? Você mesmo disse há pouco tempo que era para eu desistir do meu sonho besta, seu hipócrita! – gritei com raiva dando tapas e socos nele.

– Aquela mulher me obrigou a dizer aquilo, sua doida! – respondeu tentando se proteger de meus golpes.

Suspirei e massageei minhas têmporas. Ouvimos um grupo de pessoas correndo em nossa direção e, antes que pudéssemos sair do lugar, apareceu Minerva 3 soldados armados atrás dela.

– Atirem neles! – berrou.

Corremos feito loucos para salvar nossas vidas, tropeçamos nos gravetos caídos e nas raízes aéreas. As folhas e os galhos das árvores machucavam nossos rostos, mas não nos importávamos. Passamos perto de uma ribanceira e paramos um pouco, pois os soldados haviam nos perdido de vista. Estávamos suados e ofegantes.

– Acho que co- Natsu foi interrompido quando teve seu corpo impulsionado para frente, fazendo-o rolar ribanceira abaixo.

Demorei alguns segundos para perceber que ele havia sido atingido. Quando me virei na direção em que supus ter sido disparado o projétil e vi Minerva com a arma levantada ainda olhando para o local onde o capitão caíra com um sorriso vitorioso nos lábios.

Em um ato totalmente irresponsável, joguei-me em cima dela e a prendi no chão desarmada.

– Levy, dê-me as algemas. – ordenei.

Assim que a baixinha me entregou os dois objetos, prendi os pulsos e os tornozelos na mulher impossibilitando-a de andar.

– Gajeel e Gray, vão atrás do Natsu e tragam ele aqui para cima. Tenho certeza que o ferimento à bala não vai matá-lo. Erza, procure aquela planta anestesiante, aqui nesta floresta há muito dela. - ordenei e eles imediatamente afastaram-se para realizar o que mandei.

Olho para Minerva e a vejo sorrindo. Uma onda de puro ódio percorre o meu corpo.

– Seu amigo morrerá independentemente de seus esforços princesinha. – zombou ela.

– Por que? O ferimento não deve ter atingido nenhum órgão vital. – falei sem paciência.

– Ele não morrerá por isso, ele morrerá devido ao veneno que pus na bala. – esclareceu ela alargando seu sorriso vitorioso.

Aquela notícia me fez paralisar. Veneno? Eu não consigo curar venenos!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu adorei escrever esse mini momento NaLu u-ú Minerva é uma maldita D: Será que o Natsu vai morrer? Talvez sim, talvez não u-u Eu posso matá-lo e fazer outro casal u-ú BWAHAHHA Enfim, Comentem o que acharam, por favor (: