A Vida Continua Sem Ela escrita por Pietro Araujo


Capítulo 3
Agora Somos Só Eu & Eu.


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o capitulo final. Espero que tenham gostado e que isso tenha ajudado-te de alguma maneira. Me dê review, recomende essa história para alguém que tenha acabado de sair de um relacionamento. Não sei, faça o que quiser. Amo-te.

Beijos, Pietro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/363714/chapter/3

Eu estive pensando, pensando até demais para o meu gosto. Ela me deixou.

Nosso aniversário de três meses:

-Sabe? Eu te amo mais que tudo. Nunca amei ninguém como você. –Ela disse. E, eu sabia que ela já tinha falado isso para outro alguém.

-Eu também. Eu te amo mais que tudo!

E lá se foram textos, palavras, tudo o que um dia sempre se vai. Agora, tudo parecia tão distante, tudo parecia desmoronar. Assim como Alex E. fez para mim. Coisas que pareciam tão difíceis de acontecer aconteceram novamente. Eu resolvi dar uma volta, mesmo estando pra baixo. Mesmo sozinho. Mesmo sendo o mesmo.

A noite estava gélida e meus pensamentos focavam nela. Nada era provável que acontecesse naquela noite.

Quando me vi caído no chão, abaixo de um carro e sangrando. E, eu não podia me levantar, não queriam que eu levantasse. Eu nem tentei. Pensando bem, eu queria estar ali ou, talvez, nem acordar daquilo. Ela se foi. Mas eu acordei. Digno desse acidente, eu apaguei. Acordei no Hospital principal da cidade.

-O que houve mãe?

-Você foi atropelado. Seu pai vai vir pra cá o mais rápido que ele puder. –Ela parou para respirar. –O que há de errado com você? Hein? Você sai sem ao menos dizer aonde vás! Nunca mais faça isso comigo! Nunca mais! –Ela saiu chorando de meu quarto.

Naquele momento eu vi que faltava algo. Naquele momento eu percebi que estava tudo errado e que não era pra ser assim. Todo sofrimento que eu causei á minha mãe, foi por uma simples pessoa que, agora, não se importava nem se eu estava vivo ou morto. Não, ninguém pode fazer isso com quem se ama.

-Você me ama? –Ela me perguntou.

-Sim, eu amo. Mas, por que a pergunta?

-Eu tenho medo que você me deixe.

Eu não sei o que havia acontecido entre nós dois, mas, no quarto mês já estava tudo indo abaixo. Tudo que construímos começou a desmoronar na nossa própria cabeça e ela já aparentava estar procurando outro alguém. Mas, eu? Eu ainda sonhava acordado.

Quando as aulas começaram, no dia 2 de Fevereiro. Nós já mal nos falávamos e ela já não mostrava mais se importar. Eu queria que voltasse ao normal, mas minha escola exige muito de seus alunos. Mas, por causa dela, não estudei e eu fui muito mal no primeiro bimestre. Eu estava viciado nela. Eu deixei de estudar e de dormir pra continuar falando com ela, sabe? Quando você vicia em algo e nem quer perder esse vicio? Eu estava nesse modo. Como um viciado em qualquer outra coisa.

-Eu cansei. –Eu escrevi num pequeno caderno que me deram no hospital.

Pensei: Do que eu estou cansado? E cheguei à conclusão que estava cansado de tudo.

-Eu quero viver, eu quero ter uma vida legal e quero poder contar uma história legal sobre a minha vida para os meus filhos. Eu cansei de ficar em casa, eu cansei dessa merda desse hospital. Eu cansei de mim mesmo. Eu cansei da minha família pensando que eu sou prodígio, pois passei naquela escola de merda. Eu apenas cansei.

Mas, eu sabia que memórias não se constroem sozinhas. Você tem que fazer por você, não por qualquer outro. Tenho que viver o agora, não quero viver do passado, o passado também não pode mais me assombrar. Sou eu quem escolhe o que é certo ou não pra mim. De qualquer maneira, somos nós que formamos nós mesmos. Não é destino, não é intervenção divina, somos nós. Por mais que você pense que eu estou errado, bem, você esta certo. Você pensa por si mesmo, não vai por conta do que querem que você pense. Mas, pense, o futuro é agora e o passado é memória. Nós devemos isso á nossos pais, nós devemos viver por eles. Afinal, eles não te colocaram aqui só para ser mais um no mundo. Mude, faça diferente. Viva. Não ponha tudo a perder por um relacionamento.

Eu e minha mãe nos acertamos. Eu jurei que nunca mais a faria chorar. Johnny terminou com Larissa. Eu ainda estava no hospital, meu pai me visitou. Ele me deu um presente há muito tempo atrás e eu o agradeço, ele me deu a vida. A garota que eu conheci? Na verdade, eu nunca a conheci. Ela estava com outro uma semana depois que nós terminamos. Eu? Nem tinha saído do Hospital, quanto mais ficar com alguém. Eu me sentia bem e era isso que importava no momento.

Eu me recuperei do acidente e logo eu e Johnny saímos. Eu conversei com algumas garotas, e fui em frente. Não quero me ver como eu estava hoje, não quero ser o que eu era ontem. Espero que essa não seja a última coisa que eu escreva sobre o amor, e eu sei que não vai. Você não tem noção de quanto eu já passei pra me recuperar em três capítulos. Sim, é difícil. Mas você consegue. Só de pensar que é tão fácil pensarmos que somos fracos que pensar que somos fortes se torna um desafio. Mas, você não é fraco. E eu também não sou. Viva.

Viva, pois, a vida continua sem ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acabou. Bem, agora eu vou começar á escrever a segunda fiction de Sherlock Holmes e Jeff "The Killer", "Os Demônios de Sherlock Holmes", não sei quando postarei ao certo, mas já estou escrevendo. Dê review, recomende, adicione á favorito, etc. Amo-te.

Beijos, Pietro.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida Continua Sem Ela" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.