Thank You For Loving Me escrita por Maria Bonasera


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey, para quem ainda acompanha isso daqui, eu não morri!
Estive um pouco ocupada (e continuo), mas vou terminar essa história. Aos poucos, mas vou!
Agradeço como sempre os comentários.



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(Narração da Autora)

Ela não sabia se deveria ou não abrir os olhos. Decidiu por não abri-los. Forçou-os a ficar fechados, mas não conseguiu por mais de 30 segundos. Aos poucos foi separando as pálpebras deixando a luz penetrar em suas córneas. Sua visão ainda era embaçada e ela piscou umas três vezes até se acostumar.

Quando abriu os olhos de vez passou a constatar algumas coisas, primeiro, tinha certeza que estava em um hospital, as paredes brancas, as máquinas e os fios ligados ao seu corpo não deixavam mentir. Segundo, estava sozinha já que não havia sinal do bonito homem misterioso perto de sua cama e por fim ela não fazia a mínima idéia do porque estava ali.

Stella movia a cabeça lentamente de um lado ao outro estudando cada milímetro do quarto tentando em vão entender o que estava acontecendo. Não passou muito tempo e a porta se abriu revelando um homem todo de branco, ele sorrira para ela assim que entrara.

_Senhorita Stella – ele disse ainda sorridente – que bom que acordou. – Ele chegou mais perto de sua cama e instintivamente ela recuou. Ele sorriu novamente.

_Desculpe minha indelicadeza, sou Dr Shepherd. – Ela somente assentiu – Sou em quem cuido de você desde que chegou aqui. – Ela assentiu de novo.

_Quando cheguei aqui Dr? – Sua voz soava estranha aos seus próprios ouvidos e as palavras saíram meio emboladas.

_Não faz nem três dias Stella. Confesso que você é uma guerreira, considerando o estado em que chegou.

O silencio reinou por um instante na sala enquanto ele checava seus sinais vitais. Stella não fazia nenhum comentário, na verdade, não sabia nem o que perguntar.

_Você está quieta – o médico disse – pelo que me contaram achei que mandaria eu arrancar esses fios para você ir embora agora mesmo, isso se você mesma não o fizesse e eu tivesse que mandar os seguranças atrás de você! – ele riu e ela curvou os lábios em um sorriso discreto – Vamos Stella, diga alguma coisa.

_É só que... – ela parou não sabendo o que dizer – apesar de estar morrendo de vontade de arrancar cada fiozinho desses – ela riu e logo depois parou para recuperar as forças – é que... eu não tenho ideia de quem é Stella. – seus olhos nublaram e ela olhou diretamente nos olhos do médico. – E se eu sou ela, então eu não tenho ideia de quem eu sou. – Foi quando começou a chorar.

–--

(Narração da Autora)

A equipe de Criminalística de New York saía do laboratório de New Orleans após o devido encerramento do caso. Ainda discutiam sobre o que fazer em seguida quando celular de Sheldon tocou.

_Hawkes. – Disse. O grupo parou sua pequena discussão para observar as expressões de Sheldon ao atender ao telefone. – Certo, estamos a caminho. – Completou e desligou o telefone.

_Diga Dr, - falou Don – quem era ao telefone?

_Era o Dr Shepherd – todos ficaram o focaram mais alertas – Stella acordou, mas antes de deixar que nós a visitemos ele quer fazer uma breve reunião conosco.

Todos o olharam com curiosidade evidente, Sheldon apenas deu de ombros dizendo:

_São as palavras dele, não as minhas.

Nenhum dos CSI’s ficou realmente animado com as noticias trazidas por Hawkes e dirigiram-se ao hospital sem muito conversar.

Chegaram ao local e foram diretamente para a sala combinada onde Dr Shepherd já estava esperando. Seu semblante de médico não deixava transparecer qualquer coisa.

_Por favor, entrem. – Disse o Dr os cumprimentando e os indicando as cadeiras para que sentassem.

Jo, Mac, Don e Shaldon entraram na sala e se acomodaram em volta da mesa redonda. Vendo suas expressões o médico que acompanhava o caso de Stella resolveu ir direto ao assunto.

_Bem, como já havia dito ao Dr. Hawkes, Stella acordou, o que vocês devem estar se perguntando é porque eu os trouxe até aqui antes de deixá-los vê-la. – Todos assentiram somente com um simples gesto de cabeça – Como Detetive Don já havia presumido a Detetive Bonasera teve seqüelas após a operação. Estamos fazendo alguns exames ainda para tentar quantificar e qualificar esses danos, mas o que podemos dizer de antemão é que ela perdeu a memória. Faremos testes ainda para saber qual área foi atingida. Não há como dizer se é temporário ou não. Tudo dependerá da evolução dela. Eu só quero pedir a vocês paciência. Ela acabou de sair de um trauma e não consegue nem lembrar que seu nome é Stella.

Se os CSI’s entraram na sala de reunião sem falar muito, quando saíram estavam praticamente qualificados para o “bloco carnavalesco dos mudos”.

Dr Shepherd caminhou a frente deles os conduzindo ao quarto de Stella, chegando segurou a maçaneta e voltou para eles novamente:

_Ela está muito abalada...

Todos assentiram então ele bateu na porta e a abriu.

(Narração de Stella Bonasera)

“Depois que Dr. Shepherd conversou comigo fiquei mais calma. Ele me contou que eu estava em uma recepção em minha homenagem (sou importante), quando o local explodiu, não foi uma explosão muito grave, mas por ter sido na cozinha teve um efeito muito pior”.

“Pelo que parece o impacto me levou ao chão e fui pisoteada (não gostei disso) pelas pessoas que corriam desgovernadas”.

“Até aí assimilei bem a história, mas quando comecei a fazer mais perguntas o Dr se esquivou me dizendo que teria tempo para fazer todos os questionamentos possíveis e que teria pessoas muito mais qualificadas para respondê-las”.

“Aí eu comecei a me preocupar. Ele não me disse quem eram essas pessoas, mas eu pude supor que um deles era aquele misterioso homem bonito que estava comigo da outra vez, e ter a noção disso não fez eu me sentir nem um pouco melhor”.

“Fiquei refletindo pelo que me pareceu muito tempo. Tentei forçar minha mente para ver se o que o Dr disse fazia sentido e nada. Fiquei cantarolando meu suposto nome para ver se algo voltava na minha mente, mas tudo o que eu conseguia pensar era no enorme buraco negro que minha vida aparentemente tinha se transformado”.

“Estava analisando meus machucados quando ouço uma leve batida na porta. Rapidamente meu coração acelerou. A porta abriu devagar. Dr Shepherd foi o primeiro a entrar seguido por quatro pessoas que me olhavam atentamente”.

_Stella – O Dr me chamou – Essas pessoas são seus amigos.

“Olhei para cada um da sala. O moreno parecia me analisar clinicamente, como se quisesse ter certeza que meu estado de saúde está normal. Reconheci o homem bonito que estava comigo no outro dia, ele me olhava com uma expectativa evidente, estremeci um pouco. A mulher, de todos da sala, era a única que não me analisava ou parecia esperar qualquer atitude minha o que me confortou um pouco. Por fim olhei o último homem quase encostado na porta como se tivesse medo de entrar, sério e com semblante preocupado. Não sei por que demorei meu olhar com ele, mas quando eu vi aquele par de olhos azuis à beira das lágrimas procurando o reconhecimento em meu olhar eu percebi que essa seria uma imagem que eu não esqueceria facilmente”.


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Notas finais do capítulo

Beijos. Espero que gostem e comentem.
Xoxo.