Miss Trafalgar

- Mamãe, mamãe! – A criança de cinco anos chamou a mãe, que estava sentada na mesa da cozinha observando um mapa.

- Belly, o que foi? – Uma mulher, de longos cabelos laranja e olhos castanhos, indagou à filha.

- Conta de novo sobre o tio Luffy! – Belly pediu. Ela tinha cabelos iguais aos da mãe e olhos azul acinzentados como o do pai (É cinza ou azul? Nunca sei, antão assim mesmo.), e usava um vestido azul claro.

- Mas, Belly, você já sabe tudo sobre o nosso Rei dos Piratas!

- Mas onde ele está?

-... Venha cá, minha filha. – Ela pegou a menina no colo – Seu tio Luffy é um pirata livre. Ele, com certeza, está procurando aventuras por esse mundo enorme.

- Mas ele já não encontrou o One Piece? Que aventura ele pode achar.

- Bellemere, aprenda uma coisa! – A mãe exclamou – Quando se trata de um Mugiwara, tudo pode acontecer. Tudo.

- Então até você pode achar uma aventura, mesmo depois de ter realizado seu sonho? – A pequena perguntou.

- Já achei, ela está sentada no meu colo agora mesmo. – A mulher gracejou.

- BEELLYY!!                      

- Kaysopp-kun! – Belly exclamou ao ver o amigo narigudo entrar na casa correndo.

- Oi, moleque, não entre assim na casa das pessoas!

- Desculpa, tia. Mas ele está aqui!

- Quem? Seu pai? Luffy? La... – Parou a pergunta no meio ao ver quem havia entrado junto com o mini Usopp – Law! – Disse com surpresa.

- Tadaima, Nami. – Ele sorriu. Traffy usava um terno e trazia algumas flores de laranjeiras nas mãos.

- Papai, papai! – Bellemere exclamou e correu para os braços do pai.

- Okaeri, anata. – Nami sorriu para o marido. Dessa vez, marido de verdade – Belly, por que vocês dois não vão brincar um pouco lá fora? Nós queremos conversar.

- Mãe, posso dormir na casa da tia Robin? Kuina-chan vai gostar de me ver!

- Claro, vão lá. – As duas crianças saíram e Nami as observou por um tempo, antes de fechar a porta e se voltar para Law – Está atrasado. Você prometeu que chegaria um mês antes do aniversário dela, não dois dias.

- Ainda é antes do aniversário dela, oras. – Ele respondeu e se aproximou – Ou isso tudo é saudades?

- Não me provoque, Law. – A Melhor Navegadora do Mundo e ainda Gata Ladra resmungou.

- Olhe pelo lado bom. – Deu a ela o buquê – Atrasado, mas feliz aniversário de casamento.

- Você sabe como me comprar. – Ela disse, pegando o buquê e colocando em cima da mesa – Como foi a viagem, senhor Trafalgar?

- Normal, senhora Trafalgar. – Law enlaçou a cintura dela e a beijou – Sabe, a Belly vai fazer seis anos...

- Sim, nós voltaremos a navegar. Você e eu... E nossa filha.

- Mas antes... – Law murmurou e usou seu poder para levá-los ao quarto deles – Vou matar essa maldita saudade. – Ele começou a beijá-la no pescoço e... Bem, vocês já devem ter notado que o reencontro deles foi... Quente.

O0o0o0o Dia seguinte o0o0o0O

Law brincava com os cachos de Nami, vendo-a dormir sobre seu peito. Às vezes pensava que a navegadora achava que ele era um travesseiro ou algo do tipo. Então, Trafalgar juntou um pouco de fôlego e disse algo que nunca conseguira dizer na frente de ninguém.

- Eu te amo, minha gatinha. – Nunca ninguém imaginaria que ele diria algo assim, ainda por cima com um tom carinhoso e, ainda mais por cima, justo para a Gata Ladra.

- Eu te amo, meu doutor. – Ela respondeu, deixando o marido sem jeito, pois era a primeira vez que ela ouvia aquelas palavras, mas ele estava contente, porque mesmo não tendo conseguido o One Piece, conseguira algo ainda melhor: O amor de Nami... Mas não deveria se esquecer de matar Mugiwara-ya quando encontrá-lo.