Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 5
Cap V: Tentando lembrar – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

aqui gente, mais um capitulo....eu particularmente achei um pouco chato, foi o pior capitulo dessa fic até agora, na minha opinião......Alguns fatos do capitulo: 1-A Julie é meio ingênua(na verdade, ela é ingênua a fic quase inteira); 2-O pai da Julie é meio chato, meio(muito) rigoroso. Vcs vai perceber isso mais pra frente...........boa leitura



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POV Julie

            Quando cheguei à sala, encontrei meu pai, uma mulher que eu não conhecia e meu irmão Pedrinho, que me parece que tinha chegado da casa da nossa tia, onde ele tinha ficado por um tempo.

            – E aí, Pedrinho? Como foi na casa da tia Telma?

            – Foi ótimo. – pausou e esticou os braços, meio que se espreguiçando. – Vou pro meu quarto. – disse e subiu correndo.

            – Filha. Tudo bem? Como foram esses dias sozinha? – meu pai me perguntou me abraçando.

            – Foi bom. – disse olhando para a mulher que eu desconhecia, parada no centro da sala da minha casa. – E quem é essa? – perguntei finalmente.

            – Ah... Essa é Mirian, uma velha amiga. Há muito que eu não a via. – virou para a mulher. – Essa é a Juliana, minha primogênita. – me apresentou.

            – Que estória é essa de velha, Raul? – disse zombeteira. – Que prazer conhecê-la. Como vai, Juliana?

            – Bem... E me chame de Julie. – disse apertando a mão de Mirian logo em seguida.

            – Bom... Eu vou lá em cima me trocar e tomar um banho. – virou-se para Mirian. – Você me espera? Não vou me demorar. E, além disso, não quero que vá embora agora. Temos muita conversa para colocar em dia.

            Mirian aceitou e meu pai a convidou para se sentar para esperar e logo em seguida foi para o banho.

            Sentei no mesmo sofá que a amiga do meu pai e suspirei entediada.

            – Então... – comecei a puxar assunto. – Desde quando conhece o meu pai?

            – Há anos... Somos amigos desde que me lembro. – ela respondeu sorrindo.

            – Hm... – disse apenas. – E o que você faz?

            – Eu sou médica, mas às vezes trabalho como sexóloga.

            – S-sexóloga. – eu disse com os olhos arregalados. Ela assentiu com a cabeça. – Posso te fazer uma pergunta meio... Ãhn, bom... Meio embaraçosa? É que eu estou com essa dúvida e aí... – parei de falar.

            – Claro. Já respondi muitas dúvidas ‘embaraçosas’. Pode falar.

            – É que... – olhei para trás e ao redor, para conferir se estávamos sozinhas. – Eu queria saber se... – hesitei. – Toda a menina sangra na primeira vez?

            – Hm... Bom, isso é muito relativo. Nem todas sangram na primeira vez. Cada uma tem um hímen diferente, então a experiência sexual de cada uma será diferente. Se o rapaz for inexperiente ou agressivo, ele pode ferir a menina e assim sangra. Por isso, é importante o rapaz preparar a menina nas ‘preliminares’. Deixá-la calma. Assim, ela não sente dor, nem sangra. – pausou. Tive que disfarçar o nervosismo. – Isso é uma questão muito antiga. Um tabu. Diziam que o sangramento era sinal de pureza e tal... Mas isso é muito variável... – pausou novamente. – Tem mais alguma dúvida. – perguntou diante meu silêncio.

            – Não... – disse e olhei para trás outra vez. – Não comenta sobre isso com o meu pai, Mirian. Ele não seria tão compreensivo quanto você.

            – Não se preocupa. Seu segredo está bem guardado comigo. Como uma confissão. – pausou. – Você tem um namor...

            – Não. É só uma dúvida que eu tinha. – a interrompi imediatamente. Ela até se assustou. – Bom... Eu vou pro meu quarto. Fica a vontade, viu. – me levantei.

            – Espera. – virei para ela. – Toma esse livro pra você ler. Vai te ajudar a resolver muitas duvidas. – me entregou o livro e olhei a capa, com vergonha e provavelmente bochechas coradas. – E não precisa ter pressa para me devolver. Fique com o ele o tempo que precisar. Devolva-me quando quiser.

            – Obrigada. – disse e fui pro meu quarto.

            O resto do dia foi normal. Eu agradeci mentalmente pelo dia ter chegado ao fim e eu poder dormir.

[...]

::: Sonho on:::

            “– Eu amo você. – Eu ouvi três vozes falando em uníssono. ‘Isso foi pra mim?’ Me perguntava mentalmente.

            A música estava realmente alta, mas isso não me impedia de ouvir alguns ‘Não. Eu é que amo’ ou ‘Eu amo mais’. Tive uma ligeira sensação de que as vozes eram dos meus três amigos, mas eu estava tão desligada que nem parei pra reparar.

            Senti uma mão agarrar minha cintura, me puxar com um pouco de força e segurar meu rosto com a mão livre. As luzes que piscavam o tempo todo me cegavam e eu não consegui ver direito e nem identificar quem era. A pessoa simplesmente me beijou. Na verdade tava mais pra um selinho forçado. Uns três ou quatro segundos depois, a pessoa tentou forçar sua língua para um beijo mais urgente. Mas eu não facilitei e não deixei a pessoa me beijar. ‘Ora... Onde já se viu? Se aproveitar do meu estado alcoólico para me agarrar na primeira oportunidade’. Eu pensei naquela hora.

            Soltei-me do aperto e eu ouvi um muxoxo de desapontamento e ao fundo umas risadas baixas de gozação. Nem prestei atenção em quem era e apenas sai dali direto para o banheiro.

            Dentro do banheiro, me olhei no espelho e reparei que minha maquiagem estava um pouco arrumada. Ainda bem que algumas das minhas maquiagens eram a prova d’água, porque senão estaria pior.

            Sai do banheiro e quando estava saindo vi um cara andando pelo corredor vindo em direção ao banheiro. Eu iria passar direto por ele e fingir que não o vi. Mas quando eu ia passar, ele entrou na minha frente bloqueando a minha passagem.

            – Sai. – eu disse apenas.

            – Calma ai, gatinha. Vamos conversar. Nos conhecer melhor. – disse segurando meu braço e tentando me beijar. ‘Outro’ Pensei alto.

            O cara deu uma risada maliciosa e se aproximou mais. Quando estava prestes a tocar seus lábios nos meus, eu consegui me desvencilhar de seu aperto e fugir dele. Apressei o passo. Tive a impressão te ter visto Martim passar por mim... Ou eu passei por ele, não sei...

            Voltei para o centro da festa e continuei a dançar e aproveitar a festa. Percebi que Daniel não parava de olhar pra mim. Senti minha bochecha corar fortemente.

[...]”

::: Sonho off :::

            Abri os olhos e vi a luz do sol adentrar e iluminar meu quarto. Descobri-me do edredom e sentei na cama. Estava com aquele sonho, na verdade, muito real, ainda na cabeça. Eu sabia que era uma lembrança da festa.

            Mandei uma mensagem para os meus três amigos. Pedi para me encontrar com eles numa praça perto de casa.

[...]

            – Tudo bem? – Daniel me perguntou preocupado. Estávamos os quatro sentados em uma mesa circular.

            Dei de ombros. – Vou indo né. – dei uma pausa longa. – E vocês?

            – Bem também. – responderam em uníssono.

            Ficou um silêncio incomodo por alguns segundos.

            – O que vocês tem feito? – perguntei para puxar conversa.

            – Nada de interessante. – Daniel respondeu pelos outros. – E você?

            – Nada também. – dei de ombros outra vez. Essas respostas curtas estavam me entediando. – Tiveram algum sucesso em conseguir se lembrar de algo da festa?

            – Sim... Mas não ajudou muito. Não consegui me lembrar de muita coisa. – Daniel respondeu pelos outros dois de novo e Martim e Félix assentiram com a cabeça.

            – Igualmente. – disse. – Nada do que me lembrei ajuda.

            – A gente vai conseguir se lembrar. Não se preocupe. – Martim disse.

            – Eu espero mesmo. – disse e logo em seguida meu celular tocou. Olhei no visor. – É o meu pai. – atendi. – Alô?

            – Filha, onde está? Acordei e eu vi que não estava em casa. Onde está, filha? Já tinha ligado para todas as suas amigas...

            – Calma pai. Estou na praça com o Daniel, Martim e Félix.

            – O QUÊ? – meu pai disse com a voz alterada. Tive que afastar o celular da orelha.

            – Não grita, por favor.

            – O que você está fazendo com esses três rapazes? Você sabe que eu nunca gostei dessa sua amizade com eles.

            – Ah, relaxa pai. Não quero discutir esse assunto por telefone e... – ele me interrompe.

            – Isso... Boa ideia. Volta pra casa que discutimos isso aqui. – disse totalmente sarcástico e com uma voz ríspida. – Mas venha logo... Antes que eu vá até aí e te arraste pelos cabelos. Ouviu Juliana? – ainda com o tom de voz irritado.

            – Argh... Vai se... – me interropi, me contendo a vontade de xingar meu pai. Mas eu sabia que a situação ficaria pior se eu o fizesse. Apenas desliguei o celular e o guardei no bolso.

            Virei-me para os meus três amigos e sorri triste.

            – O que aconteceu? – Daniel perguntou docemente.

            – Eu vou ter que ir embora. Meu pai está me enchendo e... – pausei, me limitando a não dizer mais do que o necessário. – Bom... É isso. Tchau. A gente se vê depois. Ok?

            Os rapazes assentiram e dei as costas para eles, indo pra casa. Discuti um pouco com o meu pai quando cheguei. Foi inevitável. Tranquei-me no meu quarto, ouvindo meu pai gritar comigo do lado de fora. Hoje foi um dia e tanto.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram, deixem reviews.......................até o próximo cap.. *-*



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