Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 3
Cap III: Ressaca


Notas iniciais do capítulo

eu demorei, eu sei....mas eu fiquei uns dois dias sem internet, no sábado eu tentei postar mas o Nyah tava meio louco e ontem eu não estava em casa, além de ser dias das mães..e por falar nisso,deem feliz dias das mães para as suas mamães rsrs..atrasado rs.....enfim...esse cap é um pouco maior...espero q gostem......boa leitura..



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POV Julie

            – O que aconteceu aqui? – eu falava sozinha. O que o desespero não faz.

            Meu grito e minha agitação acabaram acordando meus amigos.

            – Ai, minha cabeça. O que está acontecendo? – Martim levantou meio cambaleando.

            – Caramba... Eu bebi demais. – Daniel disse se levantando também.

            Félix apenas se levantou e sentou na cama.

            – Alguém pode me explicar o que aconteceu ontem? – eu perguntei.

            Daniel me olhou e arregalou os olhos. Eu me cobria com um lençol e ele me olhava de cima a baixo. Eu o olhava também e eu corei. Quando ele percebeu minha expressão envergonhada se olhou e ficou tão ou até mais envergonhado do que eu. Ele vestia apenas uma cueca boxer. Olhei para o Martim e para o Félix e eles não estava muito diferente: usava apenas essa peça no corpo. Agora sim eu fiquei confusa.

            – Anda logo. Alguém me explica o que está acontecendo?

            –Julie... Eu também não faço a mínima ideia do que está acontecendo. – Daniel dizia sem tirar os olhos de mim e do lençol que cobria meu corpo seminu.

            Félix pareceu acordar direito e logo notou o motivo da discussão.

            – O que a gente está fazendo na mesma cama e quase sem roupa? – ele perguntou levando a mão na cabeça.

            – É o que eu quero saber. – eu disse, ficando cada vez mais vermelha.

            – Será que a gente... Ai... – gemeu. – Não me lembro de nada. Minha cabeça dói. – Martim disse passando as duas mãos na cabeça, ainda reclamando de dor.

            – Vocês poderiam sair do meu quarto. Eu quero trocar de roupa.

            Eles assentiram e saíram, mas não sem antes resmungarem um “Vou pegar a minha roupa.” ou “Cada minha calça?” ou “Hey! Essa camisa é minha.”. Eles me deixaram ainda mais envergonhada. Agradeci mentalmente por meu pai estar viajando a trabalho, porque se ele visse três rapazes saindo do meu quarto apenas de cueca, eu iria ficar bem encrencada.

            Finalmente me levantei. Vesti uma roupa bem comportada... Não que isso fosse apagar da mente deles a minha imagem só de roupas íntimas, mas pelo menos amenizava. Eu queria era me esconder num buraco e não sair mais.

            Desci pra sala encontrei os três com uma cara bem envergonhada. Eles não falavam nada, estava cada um em um lugar diferente. Ora olhando um pro outro, ora olhando apenas para o chão e nada mais. No momento que cheguei à sala, ambos olhavam por chão. Dei uma tossidinha forçada para chamar a atenção deles. Eles me olharam na mesma hora e coraram.

            – Bem... Eu estou muito envergonhada com isso tudo. Não sei como eu ainda tenho coragem de olhar para vocês. – eu disse, encostando-me à parede.

            – Estamos tão envergonhados quanto você, Julie. Acredite. – Félix disse.

            – Eu só queria entender o que aconteceu.

            – Eu também não sei. Eu não me lembro de nada. Só me lembro de beber demais na festa ontem e... As lembranças dessa noite simplesmente sumiram. – Daniel disse.

            – É serio Julie. Eu também não me lembro de nada. Minha cabeça dói só em tentar forçar a mente com as lembranças da noite passada. Não consigo lembrar. – Martim disse tímido.

            Eu estava bem corada. Disso eu tinha certeza. Eu sentia que a minhas bochechas queimavam demais, como se meu rosto tivesse pegando fogo. Minhas cordas vocais se comprimiram e eu não conseguia formular nenhuma palavra plausível.

            Engoli a seco e respirei fundo. Tentei começar a falar. Abri a boca, travei. Numa segunda tentativa consegui soltar minha voz e as palavras.

            – Eu espero sinceramente que todos se lembrem o que aconteceu ontem. Eu preciso de uma explicação. Isso tudo me assusta muito e eu... Eu... – os meninos me interromperam.

            – Fica calma, Julie. A gente vai tentar lembrar. – Daniel tentou me tranquilizar. – Ou pelo menos ver se nós conseguimos. – sussurrou.

            – Calma? Falar é fácil. Eu tenho medo de que tenha acontecido alguma coisa... – Corei. – Que algo aconteceu entre nós três... E isso é... É... Assustador. – pausei. – Eu... Eu estou me sentindo uma... Uma... Uma va... – Daniel me interrompeu.

            – Não fala essa palavra. Você não é isso e nunca vai ser. Você está assustada. Eu te entendo. – Daniel disse, aproximou-se ficando frente a mim e segurou minhas mãos. – Não se preocupa. Iremos resolver essa...

            Martim empurrou Daniel da minha frente, o interrompendo. – É... Fica calma. – Eu arqueei a sobrancelha com a reação dele. – Estou aqui para você. Todas as suas dúvidas serão respondidas.

            Félix arrastou Martim para trás pelos ombros. – Julie... Não fica assim preocupada. – Eu permaneci de sobrancelha arqueada. – Também estou assustado com tudo isso e vou te ajudar a lembrar do que houve. Vai ver, não aconteceu nada demais.

             – É isso aí, Julie. – Daniel empurrou Félix. – Talvez não tenha acontecido nada. Talvez tenhamos só apagado e dormimos todos juntos... Na maior inocência. – sussurrou a última parte.

            – Não sei... – Eu disse saindo de perto dos meus amigos, ainda estranhando a reação deles de afastar um aos outros, caminhei um pouco e sentei no sofá. – Pode até ser que não houve nada, mas... Por que estávamos em trajes tão menores?

            – Bom... Aí, eu não sei. – Martim disse. – Mas, sei lá... Estávamos tão bêbados e fracos que eu duvido muito que teríamos conseguido fazer algo a mais. – ele recebeu uma almofadada na cabeça. – Ai... Qual é Daniel?

            Daniel o olhou com uma cara irritada como se dissesse “Você é retardado ou o quê?”. Mas eu ignorei. Estava mais preocupada com o que houve noite passada do que com a briguinha infantil deles. Apesar de eu ainda achar que isso era estranho. Eles estavam estranhos. Principalmente em relação a mim.

            Levei uma das mãos à cabeça, a massageando. Fechei os olhos e soltei um leve gemido de dor.

            – Tudo bem Julie? – Daniel disse, o olhei e ele logo fez uma careta por perceber que a pergunta era idiota e a resposta era um pouco óbvia.

            – Minha cabeça está doendo muito. Sinto até que está latejando. É uma sensação muito ruim. – disse.

            – Eu vou buscar um remédio pra você... E aproveito para pegar pra mim também. Minha cabeça parece que vai explodir. – Daniel disse.

            – Não... Peraí que eu que vou. – Martim disse empurrando Daniel.

            – Sendo assim eu que vou. – Félix disse tentando empurrar os dois.

            Eles saíram rumo à cozinha e eu fiquei na sala com uma cara assustada, uma sobrancelha arqueada e, provavelmente, com uma grande interrogação em cima da cabeça.

 POV Martim

            Hoje de manhã, todos nós, eu, Félix, Daniel e Julie, acordamos na mesma cama. Na cama dela. Será que eu tive a noite mais perfeita com ela e eu não me lembro? Mas... E eles? Argh... Credo. Espero que não seja o que eu estou pensando.

            Daniel e Félix continuam a competir comigo. Competir o coração de Julie. Eu sou o melhor com certeza e eu vou ficar com ela. Os outros dois vão ficar chupando o dedo quando nos virem juntos. Eu e a Julie.

            O Daniel, tentando pagar de galã, disse que daria um remédio pra Julie para a dor de cabeça dela. Eu tinha que passar na frente dele e ser o prestativo e atencioso com a Julie. Assim eu ganho pontos com ela. O Félix também não quis deixar barato e veio atrás, tentando passar a perna em nós.

            Com o Félix eu não me preocupo muito, porque ele é meio tonto, não leva muito jeito com garotas e não leva fama de pegador porque não pega (quase) ninguém. O que me preocupa é o Daniel. Ele sim é um grande adversário; um inimigo de peso. Ele tem esse jeitinho de conquistador que atrai muitas gatinhas, com muita facilidade. Ele consegue ficar com quem quiser (não que eu não consiga o mesmo, porque eu consigo; modéstia a parte). Com certeza, ele conseguiria ficar com a Julie. Mas eu não posso perder pra ele. Pra ele não. Seria humilhante demais para mim.

            Já na cozinha, começamos a discutir.

            – Vocês são uns intrometidos. – disse.

            – “Vocês”?! – Daniel disse meio que gritado sussurrando. – Esqueceu o óleo de peroba em casa, Cara-de-pau? Você e você – apontou para Félix. – é que são os intrometidos. Vocês sabiam muito bem que sou apaixonado pela Julie e me vieram com essa de que também se apaixonaram por ela. Vocês é que são as grandes “pedras no meu sapato”.

            – Foi mal, mas eu não tenho culpa de ter me apaixonado. A gente não manda no coração. – Félix disse.

            – Ah, claro. – Daniel disse irônico.

            – Duvido que você sejam mais apaixonados do que eu. – eu sussurrei.

            – O quê? Não acredito que ouvi você dizer isso. – Daniel disse começando a ficar irritado. – Enfim... Deixa pra lá... Deixa-me pegar o remédio da Julie.

            – Ah, deixa que eu... – eu e Félix dissemos juntos e fomos interrompidos.

            – Vocês que ousem chegar perto de mim. – Daniel disse. – Já fui empurrado demais hoje. Por vocês. – pausou. Eu só dava de ombros. – Vou ser bonzinho com você e dar um remédio para vocês também.

POV Daniel

            Cara... Noite passada está totalmente apagada da minha mente. Eu acordei essa manhã ao lado da Julie... E dos meus “amigos”.  Fiquei bem assustado. O que será que aconteceu? (Se aconteceu, né?). E a Julie está tão envergonhada que quase não olhou pra gente. Não tiro a razão dela. No seu lugar, eu estaria do mesmo jeito. Espero que ela não mude com a gente... Principalmente comigo. Eu não suportaria vê-la longe de mim.

            Martim e Félix só querem saber de ficar competindo comigo. Eles são uns fura-olho. Por que eles inventaram de se apaixonarem por ela? Não quero nem saber. Eu é que vou ficar com ela.

            Fui pra sala levando o remédio e um copo de água e Julie estava deitada no sofá com uma cara de dor.

            – Aqui está seu remédio. – disse.

            – Obrigada. – ela disse sorrindo. Tomou o remédio e me entregou o copo, agora vazio, e deitou novamente.

            – Melhorou? – o retardado do Martim perguntou. Deu vontade de chutá-lo por ser tão idiota. Acho que ele faz isso de propósito.

            – Ainda não. Mas vou melhorar. – Julie disse doce. Aposto que ela queria dizer outra coisa, alguma coisa bem mal-criada, mas não disse pra não chatear o Martim.

            – É obvio que ela ainda não melhorou, idiota. Tem que esperar o remédio fazer efeito. Daqui a pouco ela melhora. – eu disse num tom meio irritado.

            – Daniel. – Julie me repreendeu. – Não fala assim com ele.

            Eu fiquei com ciúmes dela por defendê-lo. Pra piorar, eu olhei de canto de olho para o Martim que estava de nariz empinado, se achando “O Cara”. Tive que me segurar para não arrebentá-lo de pancada.

            – Ok. – disse apenas. – Acho que está mais do que na hora de irmos embora. Não é? – disse diretamente para os meus amigos.

            – Eu acho que... – Martim começou.

            – Temos que ir. – o interrompi. – Já ficamos tempo de mais aqui. E, provavelmente, a Julie quer ficar sozinha. – olhei de um para o outro. – Vamos logo. – agarrei os braços de ambos (já que eles estavam de cada lado do meu corpo) e os arrastei para fora. – Tchau Julie. – me despedi.

            Já do lado de fora, largue os braços dos dois e continuamos a andar.

            – Qual é, Daniel? – Félix e Martim disseram em uníssono.

            – Vocês já me irritaram demais por hoje. Tudo tem dado errado na minha vida depois que vocês resolveram gostar da mesma garota que eu. E você Martim: Não sabe a vontade que eu fiquei de te bater.

            – Me bater? – Martim riu. – Você viu só ela me defendendo. Foi a melhor coisa que poderia acontecer e...

            – Ah, cala essa boca. – o interrompi. – Você foi o pior... – pausei. – E isso tudo só piora a minha dor de cabeça que ainda não passou.

            Entrei no meu carro e fomos para nossas casas... Ver se nos recuperamos da ressaca.


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Notas finais do capítulo

e ai, o q acharam? se gostaram e se não gostaram, deixem reviews ok?....até o proximo cap...



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