Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 15
Cap XV: Vivendo sem eles


Notas iniciais do capítulo

Ta aí...eu disse q não ia demorar e não demorei...ja postei o capitulo 15......eu espero q gostem desse capitulo e que ele não tenha ficado mto ruim.....ah, gente, eu estou escrevendo uma fanfic nova do Julie e os fantasmas...vai ser uma espécie de segunda temporada, mas não sei qnd eu vou posta-la.......enfim...vamos ao capitulo...boa leitura....>>>



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POV Julie

3 meses depois...

            Estou a exatos 3 meses sem falar com Daniel, Martim e Félix. E com 4 meses de gravidez. Confesso que estou sentindo muita falta deles. Nunca pensei que brigar com eles fosse tão ruim. Não queria ter brigado com eles. Mas eu tinha razão, eu sempre tenho. Eles é que estavam errados. Eu não iria atrás deles, mas sim eles que devem vir atrás de mim para se desculpar. Mas se bem os conheço, eles não vão vir assim tão fácil.

            Eu passei a andar com o Nicolas. Ele ficou sem entender o que tinha acontecido, por que eu estava brigada com os rapazes. E ele percebeu que eles estavam brigados entre si. Sentavam perto na sala, mas no intervalo andavam longe um do outro. Eu preferi não contar para o Nicolas o porquê da briga. Seria melhor assim.

            E quanto a mim... Minha barriga cresceu bastante. E adivinhem? A escola inteira percebeu isso e já sabem que estou grávida. Eu pensei ao principio que fossem apontar, criticar e tal... Mas não... Agiram normalmente. Alguns até se preocupam comigo, outros perguntam como é estar grávida, outros pediam pra passar a mão na minha barriga e eu deixava. A reação do pessoal da escola me divertiu e me surpreendeu. Foi totalmente diferente do que pensei e, confesso, fiquei aliviada com isso.

            À distância eu reparava que os meninos se preocupavam comigo. Eu não conseguia deixar de não sorrir com isso. Eu inconscientemente me senti feliz com isso. Eu notei que eles olhavam pra minha barriga sem saber que eu percebia. Apesar da briga, eles ainda eram os prováveis pais do bebê, do Júnior. Meu pai nem sabe que briguei com eles. Nem ao menos ficou desconfiado quando eles não apareceram mais lá em casa. É claro que ele perguntou por que eles sumiram, mas eu não respondi nada. Meu pai apenas disse que se eles sumissem de vez, podiam se consideram mortos. Óbvio que meu pai e eu levamos isso que ele disse na brincadeira, porque agora meu pai não se importa com o fato de eu estar grávida. Ele já se acostumou e aceitou bem. Pensar no meu bebê, nos meninos e no pai fazia passar um filme em minha cabeça.

             – Julie... – ouvi uma voz ao longe. – Julie... – de novo. – Julie.

            Olhei para o lado. Era Nicolas.

            – Oi?!

            – Tava na lua, é? – riu. – Vamos pro intervalo. Já tocou o sinal.

            – Ah... Claro. Vamos.

            Nicolas me ajudou a levantar e estávamos caminhando pela sala. Daniel passou por nós com uma cara nada feliz. Senti um aperto no coração. Apesar de tudo, eu ainda o amava muito e vê-lo assim me fazia ficar triste.

            – Você não vai mesmo me contar por que brigou com os meninos? – Nicolas me perguntou, me despertando mais uma vez dos meus devaneios.

            – Não é uma coisa que eu queria me lembrar. – respondi. – O que você achou do exercício de matemática? ‘Tava fácil né? – eu disse, numa péssima tentativa de mudar de assunto.

            – Não muda de assunto Julie. – pausou. – Vai... Conte-me. Não somos amigos?

            – Somos... Mas é que é um assunto meio chato pra comentar... – olhei para o Nicolas e ela fez uma carinha de cachorro sem dono. – Ai... ‘Ta bom, eu te conto.

[...]

            – Ãhn... Nossa. É serio? – Nicolas perguntou com uma expressão tão chocada quanto a minha quando descobri.

            – É... Dá pra acreditar?

            – Hm... Parece que você está bem disputada, hein? – Nicolas disse soando brincalhão.

            – Ah... Nem me fala em disputa. Eu odiei saber que eles competavam por mim. Eu te disse.

            – Ok... Eu entendi o seu lado. Não que eu concorde com os métodos deles, mas... Você devia conversar com eles, não acha?

            – Não sei... Não acho que eu tenha coragem de encará-los de novo depois disso.

            – Precisa ter. Você vai simplesmente deixar essa história pendente? – ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

            Confesso que uma dúvida muito grande cresceu em mim. Eu já não sabia de mais nada.

POV Nicolas

            Quando Julie me contou o que aconteceu, eu quase não pude acreditar. Confesso que no começo, quando conheci Daniel, Martim e Félix, eu notei que eles pareciam gostar muito de Julie. Muito mesmo. Mas nunca me passou pela cabeça que eles gostassem tanto, a ponto de estarem apaixonados.

            Julie me confidenciou que eles lhe contaram estar apaixonados num momento, que acredito, ser de “nervos a flor da pele”, já que ambos disseram ‘Eu te amo’ impulsivamente e estavam competindo por ela. Ela detestou. Nas palavras de dela, ela se sentiu como um troféu, sendo disputada das piores formas; eu diria melhores formas.

            Não entendo como a Julie pode não gostar. Três caras estão afim dela. Ela devia se sentir sortuda. Mas... Deixa. Não vou mudar a opinião dela.

            Eu pensei bem e acho que vou conversar com eles. Pra ser sincero, vou falar com um deles apenas. Daniel. Aquele que julgo ser o que apresenta o sentimento mais sincero. Aquele que parece a amar de verdade. Não que eu duvide do sentimento dos outros dois, mas é que me parece que eles apenas pensam estar apaixonados porque Daniel disse que a ama. E talvez Julie tenha razão: Eles competem entre si, sim.

            Encontrar Daniel no intervalo foi extremamente difícil. E eu achei que distrair a Julie foi mais difícil. Tive que deixá-la no refeitório comendo o seu lanche e inventei uma desculpa qualquer para poder dar essa escapadinha rápida. Eu precisava encontrar com o cabeça-dura do Daniel.

             Depois de rodar a escola inteira atrás dele, finalmente o encontrei no lugar mais improvável. Nas ultimas mesas do fundo da biblioteca. Ele lia um livro, que eu não me dei ao trabalho de saber qual era. À medida que eu me aproximava os meus passos no piso faziam barulho e isso o despertou da leitura.

            Ele olhou pra cima e me viu. Ele tinha uma expressão neutra, totalmente indecifrável por mim. A princípio não dizíamos nada. Sentei-me na cadeira de frente para ele e apoiei meus cotovelos na mesa, enquanto ele mantinha as mãos cruzadas sobre o livro ainda aberto. O silêncio parecia perturbador. Até que eu o quebrei antes que ele o fizesse.

            – Não quero te atrapalhar...

            – Não está atrapalhando. – ele me interrompeu.

            – Hm. – murmurei apenas e pensei direito nas palavras que eu ia dizer. – Eu vim conversar sério com você. – pausei. – Eu fiquei sabendo o que houve... Com a Julie e... Você sabe...

            Ele assentiu com a cabeça em silêncio. – E você veio aqui a mando da Julie?

            – Não. Ela nem sabe que eu estou aqui. Eu a deixei no refeitório lanchando. Você sabe... Mulher grávida não pode ficar sem comer nem passar desejo. – eu disse o final de forma divertida.

            – E... V-você sabe se e-ela teve algum desejo, desejo de grávida? – Daniel disse com uma voz mansa e que exaltava preocupação, ansiedade e curiosidade, tudo ao mesmo tempo.

            – Não que eu saiba. – levei a mão ao queixo, pensativo. Lembrei-me de algo. – Ah, ontem ela me disse que teve desejo de comer açaí com granola e banana, sabe? – ele assentiu. – Mas ela deu um jeito de comprar. – pausei e vi Daniel abaixar a cabeça pensativo e com uma expressão triste. – Mas não foi bem disso que eu vim conversar. – pausei outra vez. – Você gosta muito dela, né?

            Ele mordeu o lábio inferior e acenou com a cabeça. – Eu a amo. Como nunca amei ninguém. – pausou. – Não é só um gostar bobo. É amor. – ele levantou a cabeça e me olhou. – Confesso que não gostei nem um pouco de você, porque eu senti ciúmes de você com a Julie.

            Surpreendi-me. – Ciúmes? A Julie é praticamente uma irmã pra mim. Não precisava sentir ciúmes.

            Ele deu de ombros. – Um homem apaixonado sente ciúmes até da própria sombra.

            – Certo... Mas eu vi aqui conversar com você pra te dizer que você devia conversar com a Julie. Você não escolheu um bom momento para se declarar. A Julie só está chateada, ela não te odeia. Conversa com ela e esclareça tudo, ok? Antes que seja tarde.

            Ele assentiu, fechou o livro e o deixou sobre a mesa, saindo da biblioteca. Eu desconfiava que a Julie também era apaixonada pelo Daniel. Esse “casal” deveria se juntar de uma vez por todas. Eu saí dali da biblioteca com a sensação de dever cumprido, sem sentir remorso e nem peso na consciência.

[...]

POV Julie

            Depois de chegar em casa, tudo o que eu queria era descansar. Nunca pensei que gravidez fosse tão cansativo. Minhas costas doem, minhas pernas também, além de sentir que elas estavam cada dia mais inchadas, os meus pés também. Disseram-me que os meus pés podem aumentar até um número do sapato por causa do inchaço que dá no pé com a gravidez. Ah... Ainda não citei o fato de me sentir sempre tão gorda. A fome parece que duplica. Também pudera: agora eu como por dois, né.

            Antes mesmo que eu sentasse, alguma alma, que acredito estar tramando contra mim, resolveu tocar a campainha e interromper meu descanso. Eu bufei em frustração e fui atender, a contragosto. Com uma cara mal humorada, abri a porta, mas minha expressão logo murchou quando vi a pessoa parada na porta da minha casa.

             – O que você quer Daniel? – eu disse dando as costas e dando espaço para ele entrar, mesmo eu não querendo que ele entre.

            – Eu vi conversar com você Julie. Como dois adultos. Não dá pra gente ficar desse jeito, nesse clima chato. Uma hora ou outra a gente tinha que conversar.

            – Não quero falar desse assunto com você. Nem esse assunto, nem assunto nenhum. Eu deixei bem claro que não queria mais te ver.

            – Para de me ignorar e me escuta pelo menos uma vez. – disse com a voz firme, me fazendo calar com o seu tom de voz. Ele nunca tinha falado assim comigo antes. – Me ouve. Eu NUNCA te usaria. NUNCA. Sabe por quê? Por que eu te amo. Como eu nunca amei ninguém. Desde a primeira vez que eu olhei pra você eu sabia que iria te amar. Você é especial, é linda e perfeita. Você é totalmente diferente das outras meninas. Ao contrario daqueles dois, eu sim te amo de verdade. Eu faria qualquer coisa por você. Eu... – o interrompi, segurando as lágrimas e a vontade de chorar.

            – E por acaso você se achou no direito de me usar para me disputar com o Martim e o Félix?

            – Não me interrompe. Você não ouviu. Eu não te usei. Eu só não tinha conseguido criar coragem pra te contar...

            – Eu não quero ouvir. – disse tapando os ouvidos e sentindo as lágrimas caírem de meus olhos.

            – PARA DE SER INFANTIL E ME ENTENDE.

            – NÃO GRITA COMIGO.

            – VOCÊ NÃO PERCEBE. NUNCA OUVE O QUE EU DIGO

            – CHEGA DANIEL. – eu gritei mais alto e comecei a chorar mais intensamente. – EU TE AMO SEU BURRO. – ele petrificou. – VOCÊ SÓ ME MAGOA. E CONTINUA MAGOANDO, COMO AGORA.

            Na sala instalou-se um silêncio um tanto tenso. Achei bom, porque os gritos estavam realmente alterados e tive receio dos vizinhos chamarem a policia ou o hospício por causa da gritaria. Eu ainda chorava e precisei me sentar no sofá pra me acalmar, já que eu não podia ficar nervosa por causa da gravidez.

            – Julie. – Daniel começou doce. – Olha pra mim. – ele se agachou e levantou meu rosto com uma mão. – Eu. Te. Amo. – ele disse pausadamente olhando nos meus olhos. Ele ficou sussurrando mais algumas vezes “Eu te amo” tão baixinho, que eu quase não ouvia mais.

            – Por que você fez isso? Por quê?

            – Shhh... Vamos esquecer isso, Ok? Vamos começar do zero. Por favor.

            Eu nem tive tempo de assentir. Ele me levantou, me abraçou e, quando me soltou, segurou meu rosto e simplesmente me beijou.


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Notas finais do capítulo

aposto q vocês vão querer me matar por terminar o capitulo assim né kkkk.......se gostaram e se não gostaram, deixem reviews e inspirem ok.....até o próximo capitulo.....