Foi Na Mansão Dos Malfoy... escrita por Sensei, KL


Capítulo 9
Por que viajar de trem é para os fracos


Notas iniciais do capítulo

Bom dia cupcakes! Mais um capítulo, bem vinda leitora nova : Helena Carvalho.
Espero que gostem do novo capitulo.



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PDV Rose

O dia primeiro de setembro parecia não chegar nunca, mas finalmente estava ali, Lyra corria agoniada pela casa dizendo que se esqueceu de colocar alguma coisa no malão e que Nate era um idiota por estar rindo dela. Sorri maravilhada. Olhei para o bilhete da estação King’s Cross passei o dedo delicadamente pelos números 9 ¾ .

-Filha, você já está pronta? –Mamãe parou na minha frente perguntando carinhosa.

-Sim mãe. –Falei sorrindo.

-Está feliz, não é?

-A senhora nem faz ideia.

Arrumamos-nos no carro do melhor jeito que pudemos e fomos para a estação. Eu não estava levando coruja pois Nate e Lyra já tinham e podiam muito bem dividir comigo. Quando chegamos por lá faltavam vinte minutos para as onze, paramos em frente à parede.

-Então é isso, um bom ano para nós! –Nate disse virando para a mãe dele.

Ela o encarou por uns segundos e fez uma careta de choro.

-Não! Mãe, não! Não chora! –Ele pediu abraçando ela.

-Meu filhinho. Estou tão orgulhosa de você! –Ela disse chorosa.

Dei uma risadinha, acho que isso nunca vai mudar.

-Em pensar que agora eu vou ter que me despedir de você. –Minha mãe falou sorrindo tristemente.

-Eu vou voltar mamãe. –Respondi.

-Estarei esperando, prometo. –Ela fechou a mão e colocou o midinho para cima, fiz o mesmo gesto e depois juntamos os dois.

-Eu também prometo. –Falei.

-Amo você querida. –Ela me deu um beijo na testa.

-Temos que ir ou vamos nos atrasar. –Nate disse ainda abraçado com a mãe.

-Nós vamos primeiro para te mostrar como é. –Lyra disse.

Ela se afastou da parede com o carrinho e o empurrou em direção a mesma, subindo nele antes da colisão e sumindo num piscar de olhos.

-Você quer ir antes? –Nate perguntou.

-Não pode ir. –Respondi.

Ele sorriu e fez a mesma coisa que a Lyra, só que sem subir no carrinho, logo tinha sumido também. Respirei fundo e me preparei para passar.

-Kate! –uma voz animada falou perto, parei para olhar.

-Molly! –Tia Kate sorriu.

-Vocês estão indo? –Mamãe perguntou.

-Sim, temos que levar as crianças, estamos atrasados. –Sra. Weasley falou. –Percy primeiro.

Percy saiu do meio da multidão ruiva e foi em direção a parede.

-Onde está Lyra? –Harry perguntou se aproximando de mim.

-Ela já passou, estava para atravessar quando vocês chegaram? –Respondi.

-Está nervosa?  -Ele perguntou com um sorriso.

-Um pouco.

-A primeira vez é assim mesmo. –Rony disse sorrindo confiante.

-Filha... –Minha mãe chamou. –Já que você está em boas mãos nós temos que ir.

-Vejo você nas férias mãe.

-Sentirei saudades!

Ela me deu um beijo na testa e minhas tias me mandaram beijos também e foram embora. Olhei para a parede e o Sr. Weasley estava passando, logo depois Fred e em seguida Jorge.

- Vou levar Gina e vocês três venham logo atrás de nós. — disse a Sra. Weasley a Harry e Rony, agarrando a mão de Gina e se afastando. Num piscar de olhos as duas tinham desaparecido

-Vamos juntos. –Rony disse. Senti-me mais segura sabendo que não iria sozinha.

-Ok! –Eu disse sorrindo.

Harry se pos na frente, eu no meio e Rony logo depois, fomos em direção a parede totalmente confiantes, demos uma pequena corridinha e... BAM!

(“BAM” que raios de onomatopeia é essa? Ignorem por favor!)

O carrinho do Harry bateu na parede, o meu bateu no dele e o de Rony bateu no meu fazendo com que nós três caíssemos para o lado com as coisas por cima de nós, como estava no meio fui a mais prejudicada.

-Eu acho que isso não devia acontecer! –Falei assustada.

-O que diabos acham que estão fazendo? –O segurança do lugar perguntou.

-Perdemos o controle do carrinho. –Harry disse rapidamente.

Olhei ao redor e muita gente olhava para nós de um jeito estranho.

-Por que não conseguimos atravessar? –Rony resmungou baixinho para que Harry ouvisse, mas eu também ouvi.

-Ótimo meu primeiro ano e a parede dá defeito! –Resmunguei.

-Não sei... –Harry disse desorientado.

-Vamos perder o trem... –Rony disse.

-Não! –Choraminguei.

As pessoas ao redor olhavam meio curiosas, fui até a gaiola de Edwiges, a coruja de Harry e tentei acalma-la já que o bicho não parava de piar e isso só chamava mais atenção para nós.

Rony e Harry tocavam na parede como se tentando entender como isso aconteceu, olhei para o relógio da estação... 11 horas.

-Já foi. –Falei. –Perdemos o trem!

Eles me olharam meio angustiados.

-E se papai e mamãe não conseguirem voltar para nós? –Rony se perguntou. –Vocês tem algum dinheiro trouxa?

-Os Dursley não me dão dinheiro a anos. –Harry respondeu.

-Eu até tenho, mas não dá para nós três... Mal dá para uma pessoa só. –Expliquei.

-O que vamos fazer? –Rony perguntou.

-Temos que voltar para o carro, estamos chamando atenção demais aqui. –Harry disse.

-Harry, o carro! –Rony disse de repente.

-O carro voa. –Falei entendendo seu raciocínio.

-Mas eu pensei... –Harry começou, mas Rony o interrompeu.

-Estamos imobilizados, certo? E temos que voltar para a escola, não é? E até os bruxos de menor idade podem usar a magia quando há uma emergência grave, seção dezenove ou coisa assim da Lei de Restrição ao...

-Mas sua mãe e seu pai... - disse Harry, empurrando mais uma vez a barreira na esperança inútil de que ela cedesse. - Como é que vão chegar em casa?

-Eles não precisam do carro! - disse Rony impaciente. – Eles sabem aparatar, sabe desaparecer aqui e reaparecer em casa! Eles só usam o Pó de Flu e o carro porque somos todos menores e ainda não temos permissão para aparatar.

A sensação de pânico de Harry de repente se transformou em excitação assim como a minha.

-Você sabe voar? –Perguntei.

-Não tem problema - disse Rony, virando o carrinho de frente para a saída. - Anda, vamos. Se nos apressarmos poderemos seguir o Expresso de Hogwarts.

Passamos pelas pessoas que olhavam curiosas e fomos até onde estava estacionado, vi de longe o carro azul e reconheci ser o mesmo daquela noite em que salvaram Harry do cárcere privado. Guardamos as malas dentro e nos acomodamos, Harry no banco do passageiro, Rony no de motorista e eu no banco de trás com a coruja.

-Vejam se não tem ninguém olhando. –Rony falou.

Harry e eu olhamos ao redor, mas não tinha nada.

-Está tudo bem Rony. –Falei meio ansiosa.

O ruivo apertou um botão no painel e o carro sumiu, assim como nós. Logo o carro estava subindo e eu só podia ver Londres lá de cima.

-Isso é incrível! –Sorri.

-Não é? –Harry falou.

De repente o carro fez um barulho estranho e ficou visível.

-Epa. –Rony disse preocupado.

-Essa não. –falei.

-O botão de invisibilidade está com defeito. –Ele explicou.

Rony e Harry tentavam a todo custo fazer o carro ficar invisível novamente, olhei pela janela para ver se alguém havia nos notado. O carro ficou invisível e voltou a ficar visível lentamente.

-Façam alguma coisa! –Falei com medo.

-Não sei o que fazer. –Rony disse.

-Vá para lá.

Apontei para um lugar onde havia muitas nuvens, não seríamos vistos ali. Logo tínhamos nuvens cinzentas em nosso redor.

-Temos que saber em que direção o trem vai tomar. –Harry disse.

-Mergulhe depressa e depois suba. –Sugeri.

Ele fez o que eu disse.

-Estou vendo! –Harry falou.

-Para norte, agora só precisamos verificar a cada meia hora. –Rony disse.

Olhei para frente e vi um céu azul e o sol brilhante, as nuvens eram como lindas almofadas.

-Isso aqui é bonito. –Falei.

-É, agora só precisamos nos preocupar com os aviões. –Rony disse.

Olhamos-nos por um segundo e caímos em uma gargalhada estrondosa que duraram uns bons sete minutos.

No começo a viajem parecia um sonho, tinha caramelos no porta-luvas do carro e dividimos entre nós, mas logo ficamos com sede e fome, era a minha primeira viajem até Hogwarts e não estava saindo exatamente do jeito que eu gostaria que fosse, mas pelo menos eu estava indo. O carro começou a ficar cada vez mais quente, os garotos tiraram os suéteres e eu tirei o casaco, mas não adiantou muito.

-Quanto tempo ainda vai demorar? –Perguntei.

Não queria soar ingrata, mas aquilo já estava me deixando irritada.

-Não pode demorar muito mais, pode? –Harry se perguntou mais do que a mim ou Rony.

De repnte o carro fez um barulho estranho.

-O que foi isso? –Perguntei assustada. Estávamos a muitos metros do chão, não seria uma queda muito boa.

-Provavelmente ele está cansado, nunca voou tão longe antes. –Rony explicou.

Mas deu para notar que ele estava preocupado. O céu foi escurecendo e o barulho do carro estava cada vez maior.

-Falta pouco... –Rony disse, parecia falar com o carro. –Só mais um pouquinho. –Ele deu palmadinhas de incentivo no painel.

-Não abandona a gente agora, por favor! –Falei.

O carro começou a soltar fumaça, os estalidos soavam cada vez mais perigosos, Harry agarrou-se a qualquer coisa ao redor e Rony batia no volante, de repente o caro começou a cair, lá embaixo a superfície de um lago deu para ser notada.

-Vamos! –Rony suplicou.

O carro estremeceu, pude ver o castelo perto e Rony empurrou o acelerador. O carro parou de vez.

-Epa. –Ele disse. Agora estávamos em queda livre em direção a parede de pedra do castelo.

-Nããããão! - berrou Rony, dando um golpe na direção, erraram o escuro muro de pedra por centímetros, porque o carro descreveu um grande arco e voou sobre umas construções às escuras, depois sobre uma horta e depois sobre uns gramados sombrios, perdendo altura todo o tempo.

-AH MEU DEUS! -Gritei desesperada.

Rony largou de vez o volante e puxou a varinha do bolso traseiro.

-PARE! PARE! - berrou, golpeando o painel e o pára-brisa, mas eles continuaram a mergulhar, o chão voando ao seu encontro...

-CUIDADO COM AQUELA ÁRVORE! - urrou Harry, atirando-se sobre o volante, mas tarde demais...

Com um barulho ensurdecedor batemos em uma árvore a caímos no chão com um baque enorme. Saia vapor do capô do carro foi somente o que eu consegui registrar, meu pé estava doendo e eu tinha batido minha cabeça no vidro, havia um corte feio na minha testa, bem perto da cicatriz, um barulho fino e irritante soava em seus ouvidos os garotos estavam falando alguma coisa, mas eu não conseguia entender.

-Rose? Rose? –Harry chamava.

Naquele momento alguma coisa bateu forte na lateral do carro me fazendo ir para o lado, o mundo entrou em foco novamente, outra batida forte no teto.

-O que está aconte... –Mas Rony não conseguiu concluir a frase.

Um enorme galho vinha em nossa direção a árvore estava nos atacando. Os galhos vinham em nossa direção e eu estava tão desesperada que não conseguia ouvir mais nada, tentei sair, mas os galhos me empurraram me fazendo bater a costela  na gaiola de Edwiges que piou indignada. O Carro vibrou um pouco e fez um barulho.

-O motor! –Gritei.

-Dê marcha ré! –Harry gritou.

O carro foi para trás rapidamente indo para longe da árvore.

-Essa foi por pouco, valeu carro. –Rony disse.

Mas o carro não estava de bom humor, as portas se escancararam e os bancos jogaram Harry e Rony para fora, o porta malas se abriu e os malões foram jogados para fora também, fui arremessada para fora junto com a gaiola de Edwiges, caí de cara na grama e vi a coruja sair voando para o castelo quando a gaiola se abriu. Então, amassado, arranhado e fumegando o carro saiu roncando pela escuridão, as lanternas traseiras brilhando com raiva.

-Volte! –Rony gritou, mas o carro já estava longe. –Papai vai me matar.

-Rose, você está bem? –Harry perguntou.

Olhei para ele e sorri pequeno.

-Não. –Fiz um muxoxo. –Acho que torci o tornozelo.

Tentei levantar, mas meu pé doía bastante.

-Eu te ajudo.

Ele colocou meu braço em seus ombros, Rony veio até nós e me ajudou também.

---

-A seleção já começou. –Harry disse.

Subimos as escadarias do grande castelo, as luzes estavam ligadas, mas naquele momento eu notei que eram velas, flutuando no teto. A Professora Mcgonagall estava chamando os nomes das crianças e elas colocavam o chapéu na cabeça, fui reconhecendo tudo, como Lyra e Nate me contaram, lá estava Dumbledore no meio com sua barba branca e longa. Minha cabeça estava girando.

-Veja, o professor Snape não está na mesa. –Harry disse.

-Vai ver ele está doente! - disse Rony esperançoso.

-Vai ver ele foi embora - disse Harry - Porque não conseguiu o lugar de professor de Defesa contra as Artes das Trevas outra vez!

-Ou vai ver foi despedido! - disse Rony entusiasmado. - Quero dizer, todo mundo o detesta...

-Ou vai ver... - disse uma voz muito seca atrás de nós - Está esperando para saber por que vocês dois não chegaram no trem da escola.

Nós três viramos assustados, mas o esforço foi muito grande e tudo começou a ficar mais escuro até que eu não vi mais nada.


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM PLEASE!
Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo