Foi Na Mansão Dos Malfoy... escrita por Sensei, KL


Capítulo 8
Uma queimadura de Fênix


Notas iniciais do capítulo

Sem poder falar muito! Espero que gostem!
Beijooos



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PDV Rose

Sentei na minha cama, era tarde da noite, fui até onde minha mãe deixou os meus materiais de Hogwarts e sentei no chão olhando para tudo maravilhada, a minha ficha ainda não caiu, não acreditava que eu iria para uma escola de magia. Quando Nate e Lyra começaram a me contar sobre o colégio tudo pareceu tão mágico... E tão distante. Mas agora tudo estava mais real, mais palpável!

Era tudo incrível.

Fui dormir muito mais tarde que de costume, agarrada a um livro de transfiguração do primeiro ano. Acordei com Nate me chamando para comer.

-Vamos lá, acorda Rose. –Ele disse manhoso, parecia com sono também, o que provavelmente estava.

Sentei na cama com um pulo e olhei para ele sorrindo. Ele se afastou um pouco assustado.

-O que deu em você? –Ele perguntou.

-Me diz que eu vou para Hogwarts, me diz que tudo aquilo não foi um sonho maluco. –Falei ansiosa.

-Você vai para Hogwarts e tudo aquilo não foi um sonho maluco. –Ele repetiu automaticamente. E depois sorriu.

-AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH! –Comecei a gritar e pular na cama.

-Você é maluca. –Nate disse simples e cruzou os braços esperando meu ataque passar.

Ouvi o barulho abafado de algo batendo na parede, era Lyra que jogava alguma coisa no quarto dela que era do lado do meu.

-CALE A BOCA, EU ESTOU TENTANDO DORMIR! –Ela gritou.

-Vamos acordar ela? –Nate perguntou sorrindo travesso.

-Vamos. –Sorri também e saímos correndo.

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PDV Nate

-Desculpe, desculpe. –Lyra pediu arrependida.

-Falei para não acordar ela. –Rose disse séria.

Abri a boca, estupefato.

-Você foi a primeira a concordar. –Acusei.

-Você não pode provar. –Ela sorriu.

-Traidora. –Falei.

-Toma, coloca esse gelo na testa. –Mamãe me entregou uma compressa gelada que eu coloquei na cabeça.

Quando fomos acordar Lyra aconteceu esse “acidente”, a garota ficou tão estressada que pegou o abajur e jogou na primeira pessoa que viu pela frente: Eu. O inchaço iria sumir em uns dez minutos, cura de lobo, mas eu tinha que manter as aparências.

O resto do dia, felizmente, eu continuei sem nenhum ataque da parte da Lyra, mas eu ainda não estava convencido que ela não queria me matar... Ela é uma criatura das trevas!

-Nate você já terminou o dever de feitiços? –Lyra perguntou toda dengosa para o meu lado.

-Já! Por quê? –Perguntei desconfiado.

-É que faltou eu responder uma coisinha que eu não consegui. –Ela disse.

-E daí?! –Perguntei.

-Será que você poderia me passar a resposta? –Ela pediu fazendo carinho no meu cabelo.

-Há! Mas nem nos seus sonhos, você não me ajudou e eu também não te ajudo.

-Te dou o meu dever de poções! –Ela disse rápido.

-Feito! –Respondi mãos rápido ainda.

Apertamos as mãos e corremos escada acima.

-Está na minha gaveta da cômoda. –Falei quando ela se dirigia para o meu quarto.

-Está no meu livro de poções. –Ela respondeu quando eu me dirigia para o dela.

É, bem vindo ao dia-a-dia da Família Reed-Kepner-Anderson.

---

PDV Lyra

Depois de terminar o dever de feitiços deitei na cama descansada, todas as minhas tarefas tinham sido feitas e agora era somente esperar dia primeiro de setembro chegar. Desliguei as luzes do quarto e deitei na cama de olhos fechados, aproveitando o silêncio anormal da casa, Nate estava lá em baixo fazendo alguma coisa junto com vermelha e Tia Andrea, não me interessei por isso.

Ouço barulhos de bicadas na janela.

Abri os olhos.

-Uau. –Ofeguei baixinho.

Na minha janela havia a ave mais linda que eu já vi, ela brilhava na escuridão da noite, literalmente, pois algumas partes de suas penas estavam pegando fogo. Abri a janela sem ter muita certeza do que estava fazendo, a ave deu uns pulinhos no parapeito e entrou sobrevoando o quarto e iluminando tudo, ela pousou na cabeceira da minha cômoda deixando cair uma carta no meu travesseiro.

Peguei a carta e abri, não precisei ligar as luzes, pois o pássaro já tinha luz suficiente.

Querida Lyra,

Será um prazer aceitar o seu convite, eu fiquei me perguntando quando faríamos isso outra vez, confesso que me diverti muito no último. Sexta feira às duas da tarde eu estarei lhe esperando no campo de grama. Por favor, leve sorvete de limão.

Atenciosamente, Albus.

PS: A ave é a minha Fênix, seu nome é Fawkes. Sua coruja estava muito cansada por isso decidi que não era uma boa ideia enviar a carta por ela. Jack estará esperando pela senhorita no corujal de Hogwarts.

Sentei na cama com a carta nas mãos e fiquei admirando a Fênix na cabeceira da minha cama, olhei para os olhos pequeninos e brilhantes.

-Fawkes. –Sussurrei. Ela piou como se entendesse e dissesse: Sim , é o meu nome.

Sorri.

Encarei as chamas vermelhas nas penas das assas, fui lentamente até ela com a mão levantada, tive medo que ela fugisse se eu fizesse qualquer movimento brusco. Mas isso não aconteceu, ela abaixou a cabeça como se esperasse que eu tocasse suas penas, passei a mão lentamente pelo corpo da ave e sorri mais ainda, Fawkes encostou a cabeça na palma da minha mão, o local queimou, puxei a mão rapidamente e olhei para ver o estrago, havia uma queimadura que formava o desenho de uma ave que logo depois sumiu. Fawkes abriu as assas a saiu voando pela janela.

-O que foi isso? –Perguntei a mim mesma.

Corri até a janela a tempo de ver Fawkes indo embora.

-Lyra?

Pulei assustada virando para porta.

-Está me zoando? Não chega assim de fininho! –Falei colocando a mão no coração.

-Desculpe. –Nate disse. –O que foi? Você está estranha.

-Você acreditaria se eu dissesse que uma Fênix acabou de sair voando do meu quarto? –Perguntei.

Ele me olhou zombeteiro e arqueou a sobrancelha.

-Somos bruxos. –Ele levantou um dedo. –Fomos para uma escola de magia. –Levantou outro dedo. –Voamos em vassouras. –Levantou três dedos. –Encontramos um cara com um rosto atrás da cabeça. Sim, eu acreditaria em você.

Eu dei uma gargalhada.

-Somos tão estranhos. –Falei por fim.

---

Sexta feira chegou logo, levantei animada e fui até a cozinha que era onde as mulheres da casa começavam o dia: Tomando café da manhã.

-Bom dia suas lindas! –Falei sorrindo.

-Bom dia Lyra!-Tia Andrea Falou.

-Bom dia Lyra!- Tia Angela falou.

-O que deu em você? –Minha mãe perguntou.

Perdi o sorriso na hora.

-Nossa mãe isso é jeito de tratar a sua filha?

Virei de costas num movimento irritado e subi as escadas ouvindo as risadas na cozinha. Entrei de novo no quarto e encima da cômoda estava minha nova vassoura.

Se eu der uma voltinha não vai fazer mal, não é?

Peguei ela e subi, dei uma volta no quarto e depois saí pela janela que deixei aberta, dei uma volta na casa dando risadinhas animadas.

-Hey! –Nate chamou.

Parei num rompante, ele colocou a cabeça para fora da janela, seu cabelo estava desarrumado de um jeito bonito.

-Você não acha que se algum trouxa te vir voando em uma vassoura o ministério vai tomar sua varinha? –Ele disse todo profissional.

Fechei a cara.

-Sempre tem um sem-graça para acabar com a diversão dos outros. –Dei língua para ele.

-Eu também te amo Lyra. –Ele sorriu revirando os olhos.

---

Estava no quintal da minha casa jogando o lixo para fora, voltei pela porta da cozinha e encontrei Rose pegando água na geladeira.

-Você sabe as horas? –Perguntei fazendo um coque no cabelo.

-São uma e meia. –Ela disse despejando água em um copo.

-Onde está todo mundo?

-Nate foi dormir, disse que ficou com sono depois do almoço, Tia Andrea foi para a cidade resolver algumas coisas do escritório, mas no final ela sempre acaba voltando lá. Mamãe foi para a faculdade, tinha reunião com o reitor e sua mãe foi comprar alguma coisa, não sei o que. –Ela disse.

-Rose eu preciso sair para fazer umas coisas, você me cobre.

-Que tipo de coisas? –Ela me olhou desconfiada e arqueou a sobrancelha.

-Nada perigoso. Prometo que volto antes do pôr-do-sol.

-Tudo bem, se alguém perguntar de você eu invento uma desculpa. Não faça nada ilegal.

Ela terminou de tomar água e subiu para o quarto. Quando ela estava fora de vista corri para a despensa e peguei uma cesta, coloquei uns sanduíches, um bolo, um suco de morango e o sorvete de limão que estava na geladeira. Saí de fininho pelo quintal, não sem antes levar um lençol florido do varal.

Fui andando pelo caminho de terra até a fazenda do vizinho, atravessei a cerca de arame e fui para o campo de grama, o vento fazia as folhas balançarem e debaixo da árvore ele esperava.

-Chegou cedo. –Falei sorrindo.

Coloquei a cesta no chão e forrei o lençol na grama, sentei me acomodando, ele sentou ao meu lado.

-Como foram as férias Lyra? –Ele perguntou sentando ao meu lado.

-Interessantes. –Sorri marota.

---

-Arthur sempre foi um garoto muito curioso. –Dumbledore falou dando uma risadinha quando terminei de contar como salvamos Harry.

-Os gêmeos contaram que a ideia foi do Rony, de vez em quando ele tem esses surtos geniais! –Falei sorrindo.

-O Jovem Weasley vive a sombra dos seus irmãos. –Ele disse sempre filosófico.

-Eu acho que deve ser difícil para ele. Mas mesmo assim Rony está sempre lá para ajudar.

-Acredito que a lealdade aos amigos um dia será sua maior arma. 

-Mas também pode ser sua maior fraqueza. –Falei depois fiz uma careta. –Estou começando a falar como você!

Ele deu uma gargalhada gostosa.

Dumbledore estava na metade do seu sorvete de limão enquanto eu comia um sanduíche quando eu toquei no assunto.

-Albus... –Comecei. Ele acenou com a cabeça me incentivando a continuar. –Hermione estava lendo Hogwarts, uma história e me contou uma coisa sobre o colégio.

-Sim?

-Ela disse que existe um livro com todos os nomes dos alunos, não foi só ela, a professora Mcgonagall também falou isso.

-Ele existe.

Encarei o diretor, ele me olhou e deu um sorriso esperto.

-O senhor já sabe o que eu vou perguntar! –Acusei sorrindo.

-Não tenho a menor ideia. –Ele falou.

-O senhor já sabia, antes de todo mundo, até mesmo de mim e do meu pai! Por que nunca me contou?

Ele suspirou baixinho vendo que não adiantava negar.

-Não é algo que eu devesse lhe contar, a senhorita tinha que descobrir sozinha. –Ele explicou abaixando o sorvete, deixando-o de lado um pouco.

-Então é verdade, eu sou uma Black? –Sorri. Mesmo o meu pai podendo ser um homem ruim como Sirius Black era boa essa ideia de ter um pai.

-Sim. –Ele sorriu discreto.

-Sirius Black é o meu pai?

-Eu não sei.

-Mas acha que sim? –Pressionei.

Ele me encarou severamente por cima dos óculos de meia lua.

-Ok parou. Já consegui tirar muito de você por um dia. –Eu ri.

-Lembre-se Lyra, isso não é algo que você deva espalhar por aí. Para todos os efeitos você ainda é somente uma Anderson.

-Sim senhor. –Falei.

Deitei no chão e coloquei os braços abaixo da cabeça como uma espécie de travesseiro. Olhei para o céu azul e sorri.

-Lyra Marie Anderson Black... Soa bem.  –Falei.

Passamos boa parte das horas seguintes conversando sobre coisas aleatórias, eu fazia perguntas sobre as coisas do mundo bruxo que eu não sabia ainda e falava sobre minha vida, mas eu notei que somente eu falava Dumbledore não parecia o tipo de pessoa que falava sobre a vida pessoal e eu não iria forçá-lo. O sol já estava se pondo quando uma ave vermelha sobrevoa a árvore onde estávamos.

-Fawkes... –Sussurrei baixinho.

-Está na hora de ir. –Dumbledore falou.

Lembrei-me da noite anterior e cocei a mão inconscientemente, parecia que eu podia sentir a cicatriz em forma de ave na palma da mão, mas não havia nada lá. Fiquei me questionando se devia ou não contar ao diretor, ele levantou calmamente, me levantei com ele, como no ano passado ele fez um floreio com a varinha fazendo o pano e os restos de comida se ajeitar na cesta. No fim decidi contar.

-Diretor Dumbledore... –Comecei pegando a cesta.

-Quer me contar mais alguma coisa Senhorita Black? –Ele sorriu de lado.

Sorri discretamente.

-Quando Fawkes veio trazer-me sua carta aconteceu algo estranho.

-Como assim? –Ele perguntou agora preocupado.

-Ela queimou a minha mão. Uma queimadura com uma forma estranha... Mas ela sumiu quase que no mesmo momento. Ela costuma fazer isso? –Perguntei.

Ele pareceu surpreso por um momento, mas logo ele deu um sorriso misterioso como se soubesse de algo que eu não sabia o que provavelmente é verdade.

-Não, ela não costuma fazer isso e peço desculpas pela falta de tato de minha amiga, mas explicarei isso em outro dia, sim? Posse leva-la em casa se quiser.

-Tem tempo? –Perguntei.

-Não levará um segundo.

Ele me ofereceu o braço, peguei meio incerta e no segundo seguinte senti um puxão no umbigo, tive a sensação de estarem me puxando em todas as direções ao mesmo tempo, então tudo parou e eu estava em casa. Soltei o braço do Diretor e joguei a cabeça para o lado colocando tudo para fora.

-Me desculpe por isso. A maioria vomita da primeira vez. –Ele disse me ajudando e dando palmadinhas em minhas costas.

Limpei a boca, ofegando.

-Está brincando? Quando vou aprender a fazer isso? –Perguntei esperançosa e Dumbledore riu.

-No sexto ano. –Explicou.

-Está muito longe. –Falei num muxoxo. –Ah, você tem que ir. Até o dia primeiro de setembro professor.

-Até Senhorita Black!

Então ele sumiu com um Crack. Entrei em casa.


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM PLEASE!
Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo