Foi Na Mansão Dos Malfoy... escrita por Sensei, KL


Capítulo 33
Simples acaso... Meu doador era o seu pai.


Notas iniciais do capítulo

Vocês vão me odiar quando virem onde o capítulo termina kkkk
espero que curtam.
Beijoos



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PDV Rose

A Lyra sempre disse que Lockhart era um babaca, eu bem que podia tê-lo mandado a merda quando tive a chance, um grande arrependimento esse meu. Estávamos perto do banheiro da Murta-que-geme, eu não gosto desse lugar.

-Vai logo. –Harry falou cutucando Lockhart pela cintura.

Murta estava sentada em um Box no final do banheiro, perto das pias, ela suspirava baixinho.

-Ah, são vocês. –Ela disse quando nos viu. –O que querem?

-Quero saber como você morreu. –Harry disse.

Parece que essa pergunta foi a melhor que já fizeram na morte dela.

-Ah, foi horrível. –Ela disse. -Eu estava aqui sentada nesse boxe, chorando por que Olivia Homby estava caçoando dos meus óculos, tranquei a porta e fiquei aqui, então ouvi alguém entrar. Começou a falar estranho, acho que era uma língua diferente, mas o que me incomodou foi que era a voz de um garoto. Então eu saí para mandá-lo ir embora, aí... –ela meio que se inchou como se fosse um clímax. –Morri.

-Como? –Lyra perguntou confusa.

-Não faço ideia. –Ela sussurrou. –Só me lembro de ver dois olhos grandes e amarelos.

-Onde exatamente você viu os olhos? –Harry perguntou.

-Por ali. –Ela disse apontando vagamente para a pia em frente ao seu boxe.

Harry, Ron e Lyra correram para lá e começaram a procurar alguma coisa, como um tipo de passagem, eu fiquei de olho em Lockhart que tinha o olhar em puro terror.

-Aqui. –Lyra disse.

Ela apontou para a torneira.

-Tem uma pequena cobra gravada. –Ela disse.

Harry tentou abrir.

-Essa torneira nunca funcionou. –Murta disse animada.

-Diga alguma coisa em língua de cobra. –Rony sugeriu.

Harry olhou para a torneira e se concentrou.

-Abra. –Ele disse.

-Nossa língua. –Lyra falou.

Harry mexeu os ombros e respirou fundo, voltou a encarar a torneira e no momento seguinte um sibilado saiu de sua boca, era estranho e dava arrepios, mas devo dizer... Era o máximo.

A pia meio que entrou num compartimente dando passagem a um cano grande que dava para passar um homem.

-Vou descer. –Harry disse.

-Eu vou junto. –Lyra sorriu animada.

-Eu também. –Rony falou suspirando.

-Rose não vai. –Lyra falou autoritária.

-Vocês não vão me deixar aqui. –Falei irritada. –Eu vou sim.

Precipitei-me para o buraco e fiquei ao lado de Harry.

-Bem, parece que não precisam de mim. –Lockhart falou indo devagarzinho para a saída.

Lyra apontou a varinha para o pescoço dele.

-Você vai primeiro. –Ela disse ameaçadoramente.

-Mas que bem isso vai trazer? –Ele perguntou.

Saí da frente do buraco e Harry o cutucou com a varinha.

-Mas... –Ele falou, mas Lyra o empurrou buraco abaixo, Harry foi logo após, seguido de Rony e então eu.

Era como se fosse um escorrega... Um escorrega escuro, melecado e nojento. No fim ele nivelou e eu caí atrás de Rony. Harry e Lockhart se levantavam mais na frente, Lyra escorregou para trás de mim e parou com as pernas abertas.

-Devemos estar a quilômetros abaixo da escola. –Harry disse.

-Quantas salas dessas existem na escola, já não bastou no ano passado com a pedra filosofal? Por que essas coisas ficam no subterrâneo?! –Lyra se perguntava bufando, parecia revoltada.

-Provavelmente debaixo do lago. –Rony disse.

-Isso não é muito animador. –Gaguejei.

Lyra pegou a varinha e sussurrou.

-Lumus.

Logo depois o Harry.

-Lumus.

Fiquei com a minha varinha na mão.

-Lumus. –Sussurrei.

Fomos os cinco andando devagar, Harry ia apontando a varinha para Lockhart, a luz fazia nossas sombras parecem fantasmas nas paredes molhadas, era assustador.

-Se ouvirem alguma coisa fechem os olhos imediatamente. –Harry aconselhou.

O túnel estava tão vazio que parecia um túmulo, era mórbido, quando viramos uma curva escura Rony parou de andar.

-Tem alguma coisa ali. –Ele disse apavorado.

Mais na frente tinha o contorno de algo grande e curvilíneo, ele estava parado.

-Será que está dormindo? –Harry perguntou olhando para nós.

-Sei o que é. –Lyra disse.

Lyra que estava calada se aproximou rapidamente. Ela apontou a varinha para uma pele de cobra, a coisa devia ter mais ou menos uns seis metros.

-Droga. –Rony praguejou.

Lockhart fez um muxoxo e caiu de joelhos no chão. Rony veio até ele.

-Levante-se. –Rony apontou a varinha.

O professor então se atirou em Rony tomando a varinha de sua mão. Afastei-me em direção a Harry, estava com medo.

-A aventura termina aqui. –Ele disse apontando a varinha para nós. -Vou levar um pedaço dessa pele de volta à escola, dizer que cheguei tarde demais para salvar a garota e que vocês dois enlouqueceram tragicamente ao verem o corpo dela mutilado, digam adeus às suas memórias!

-Idiota. –Lyra cuspiu irritada. Ela nem ousava fazer nada contra o professor, do jeito que a varinha do Rony era instável ninguém queria arriscar.

-Obliviate! –Ele gritou.

Naquele momento a varinha pareceu explodir, Lockhart foi jogado para trás e a caverna começou a desmoronar, Harry pegou a minha mão já que eu era a mais perto e me puxou por entre a pele de cobra, se esquivando das pedras. Um segundo depois estávamos sozinhos e havia uma parede d pedregulhos em nossa frente.

-Rose?! ROSE! ROSE! HARRY! HARRY! ROSE! –Lyra gritava desesperada.

-Estamos aqui. –Gritei. –Estamos bem.

-E agora? –Rony gritou. –Não podemos passar, vai levar séculos.

Harry olhou ao redor como se procurasse uma saída, mas não havia nada.

-Harry, não dá, temos que seguir em frente. Eles vão ficar bem. –Falei.

Harry acenou positivamente com a cabeça.

-Esperem aí. –Harry disse.

-NÃO! –Lyra gritou.

-Esperem com Lockhart. Se não voltarmos em uma hora...

-É melhor o senhor voltar senhor Potter, ou eu vou atrás de você até no inferno! –Lyra gritou.

-Vamos ficar bem Lyra. –Gritei.

-Vou tentar afastas algumas pedras para vocês passarem... –Rony disse. –Para quando... Voltarem... Harry...

-Vejo vocês daqui a pouco. –Harry disse tentando soar forte.

-Tomem cuidado. –Lyra disse com a voz embargada. –Eu vou mandar ajuda.

-Ajuda? –Perguntei confusa.

-Vocês vão ver. –Ela falou.

Harry segurou minha mão fortemente, se eu morresse seria legal morrer com meu irmão... Espera aí, ele não sabe que é o meu irmão! Não quero morrer sem que Harry saiba que é meu irmão. Quando abri a boca para falar Harry ofegou, olhei para frente, na curva seguinte havia uma porta enorme com duas cobras entrelaçadas, os olhos eram duas esmeraldas brilhantes.

-Espere aqui Rose. –Ele disse engolindo seco.

Harry se aproximou da porta e sibilou alguma coisa, a porta se dividiu em dois e as cobras se afastavam como se dessem passagem, fui até Harry e segurei sua mão, ele tremia dos pés a cabeça, ele virou seu rosto para mim, estava branco feito leite, seus olhos apavorados.

-Tudo bem Harry, estou aqui com você. –Falei, eu também estava com medo.

Ele acenou com a cabeça positivamente. Então entramos os dois, de mãos dadas e a única coisa que eu consegui pensar era: Temos que conseguir, não quero morrer nesse lugar!

-Não solte a minha mão, - Falei firme. - vamos fazer isso juntos.

---

A sala que entramos era um pouco escura, havia umas colunas com cobras em alto-relevo que davam a impressão que estavam se movendo. Aquilo assustava. Andamos calmamente, Harry parecia esperar que o basilisco pulasse de alguma daquelas colunas e nos atacasse, confesso que eu também pensei isso.

No final da sala, na última coluna havia uma estátua, era um rosto gigante de um homem, era sério e rústico e no chão em frente a ele estava quem eu procurava.

-Gina! –Harry e eu murmuramos ao mesmo tempo.

Então corremos ao encontro dela sem nunca soltar as mãos, me joguei de joelhos no chão e peguei Gina nos braços, Harry me imitou.

-Ela está tão branca e fria. –Falei assustada.

-Gina! Por favor, não esteja morta, por favor, não esteja morta. –Harry murmurava enquanto tentava acordá-la.

-Gina! Vamos lá amiga, por favor. –Gemi.

-Gina, acorde! –Ele gritou.

-Ela não vai acordar. –Uma voz falou atrás de Harry, levantei o olhar e dei de cara com um adolescente de rosto bonito, a sua imagem parecia a de um filme antigo, cheia de fantasmas e rabiscos.

-Tom Riddle? –Harry gaguejou incrédulo.

-Não! –Gemi desgostosa. –Seu desgraçado o que você fez com ela? –Gritei.

-O que você quer dizer com “Ela não vai acordar”? Ela está... -Harry não conseguiu completar.

-Ainda está viva. –Tom falou me fazendo suspirar de alívio. –Mas por um fio.

-Você é um fantasma? –Harry perguntou.

-Uma lembrança. –Ele explicou. –Conservada nesse diário por cinquenta anos.

Ele apontou para o diário que Gina andou escrevendo o ano inteiro. Harry não pareceu entender que o inimigo ali era o Riddle, pois tentava a todo custo ajudar Gina ignorando o garoto.

-Vamos Rose, me ajude, você também Riddle, há um basilisco, eu não sei onde...

-O basilisco só virá se for chamado Harry. –Tom falou.

-O que quer dizer?

Ele olhou para trás procurando a varinha, ela estava nas mãos de Riddle.

-Olhe me devolva isso, posso precisar.

-Você não vai precisar. –Riddle falou .

Peguei a minha varinha nas roupas e segurei firma.

-O que quer dizer, não vou...?

-Expelliarmus. –Gritei. Mas Riddle foi mais rápido.

-Protego. –Ele sorriu. –Rose, já estava me esquecendo de você.

-Você ainda não entendeu Harry? –Perguntei puxando Gina para perto de mim e longe dele.

-Entendi o que Rose? –Harry perguntou.

Riddle e eu nos encarávamos.

-Foi ele Harry. –Eu disse.

Ele olhou para mim, notou minha cara de nojo para Riddle e depois olhou para o garoto e notou o sorriso sarcástico.

-Como foi que a Gina ficou assim? –Ele perguntou lentamente como se tudo começasse a se encaixar.

-Bom, essa é uma pergunta interessante, não é Rosemary? - disse Riddle em tom agradável me encarando. -É uma história bastante comprida. Suponho que a razão de Gina Weasley estar assim é porque abriu o coração e contou todos os seus segredos para um estranho invisível.

-Do que é que está falando? –Harry perguntou.

-Do diário Harry. –Eu expliquei. –Gina vem escrevendo nele a meses.

-A Gina? –Ele perguntou incrédulo.

-Me contou suas tristes preocupações e mágoas, como os irmãos implicavam com ela, como teve que vir para a escola com livros de segunda mão, como... - Os olhos de Riddle brilharam -, como achava que o bom, o famoso, o importante Harry Potter jamais iria gostar dela...

-Desgraçado. –Cuspi.

-Não querendo me gabar, Harry,-Ele falava com Harry, mas olhava para mim. - sempre fui capaz de encantar as pessoas de quem precisei. Então Gina me revelou sua alma, e por acaso essa alma era exatamente o que eu queria... Fui ficando cada vez mais forte me alimentando dos seus medos e segredos mais íntimos. Fiquei poderoso, muito mais poderoso do que a pequena Senhorita Weasley. Suficientemente poderoso para começar a alimentá-la com alguns dos meus segredos, e começar a instalar nela um pouco da minha alma...

-Do que você está falando? –Harry perguntou confuso.

-Você ainda não entendeu? –Riddle perguntou.

-Ele quer dizer que foi a Gina. A Gina quem abriu a Câmara, quem escreveu as mensagens e atacou os alunos. –Falei com a voz embargada.

-Não. –Harry sussurrou.

-Sim! –Riddle sorriu. –As anotações ficaram muito mais divertidas depois disso "Querido Tom" — recitou ele. - "Acho que estou perdendo a memória. Tem penas de galos nas minhas vestes e não sei como foram parar lá.” “Querido Tom, Percy me diz o tempo todo que estou pálida e que estou diferente do que era.” “Houve outro ataque hoje e não sei onde é que eu estava. Tom, que é que eu vou fazer? Acho que estou ficando maluca... Acho que sou a pessoa que está atacando todo mundo, Tom!”.

Ele riu gostosamente.

-Você brincou com a mente dela. –Falei horrorizada.

-Levou muito tempo até que ela parasse de confiar em mim e grande parte disso foi sua culpa Rosemary! –Ele apontou a varinha com um gesto displicente para mim. –Ela desconfiou e tentou jogá-lo fora. E quem o achou... Justamente a pessoa que eu mais queria conhecer...

-Harry. –Falei, adivinhando.

-E por que você queria me conhecer? –Harry perguntou.

-Veja bem... Gina me contou sobre sua história. Senti que precisava conhecer você. Então lhe mostrei a minha fantástica captura do bobalhão do Hagrid para conseguir sua confiança.

-Hagrid  é meu amigo.E você o incriminou, pensei que tinha se enganado...

-Era a minha palavra contra a dele...

Desliguei-me da conversa para tentar ajudar Gina, ela estava gelada, coloquei a mão em seu pulso e tentei ver os batimentos, tão lentos que quase não ouvi, não havia nada o que fazer, o único jeito de salvá-la era matando riddle.

-Só o professor de Transformações, Dumbledore, pareceu pensar que Hagrid era inocente. E convenceu Dippet a conservar Hagrid aqui e treiná-lo para guarda-caça. E, acho que ele talvez tivesse adivinhado... Dumbledore nunca pareceu gostar de mim tanto quanto os outros professores... –Riddle continuava a falar.

-Aposto que Dumbledore não se deixou enganar por você. - disse Harry com os dentes cerrados.

-Bem, não há dúvida de que ele ficou me vigiando de maneira incômoda depois que Hagrid foi expulso. — disse Riddle de maneira indiferente. — Percebi que não seria seguro a abrir a Câmara enquanto ainda estivesse na escola. Mas não ia desperdiçar os longos anos que passei procurando por ela. Resolvi deixar aqui um diário, preservando o meu eu de dezesseis anos em suas páginas, de modo que um dia, com sorte, eu pudesse conduzir alguém pelas minhas pegadas e terminar a nobre tarefa de Salazar Sonserina.

-Mas você não conseguiu terminar sua tarefa. Dessa vez ninguém morreu, nem mesmo a gata. –Falei.

-Acho que ainda não lhe disse querida Rosemary. –Ele falou sorrindo para mim. –Matar sangues-ruins não me interessa mais. Há alguns meses minha obsessão passou a ser... Harry Potter.

Harry encarou-o. Abri a boca surpresa.

-Imagine a raiva que tive quando na vez seguinte que alguém abriu o meu diário, era a Gina que estava me escrevendo e não você. Ela o viu com o diário, sabe, e entrou em pânico. E se eu repetisse todos os segredos dela para você? E se, o que seria pior, eu contasse a você quem tinha andado estrangulando os galos? Mas eu sabia o que precisava fazer. Por tudo que Gina tinha me contado, eu sabia que você não mediria esforços para solucionar o mistério, principalmente se um dos seus melhores amigos fosse atacado. E Gina tinha me contado que a escola inteira estava alvoroçada porque você sabia falar a língua das cobras... Enfim, fiz Gina escrever o bilhete de adeus na parede e descer aqui para esperar. Ela resistiu, chorou e ficou muito chateada. Mas não resta muita vida nela... Ela transferiu muita força para o diário, para mim. O suficiente para eu poder finalmente deixar aquelas páginas... Estive esperando você aparecer desde que chegamos aqui. Sabia que você viria. Tenho muitas perguntas a lhe fazer, Harry Potter.

-Por exemplo? –Harry perguntou.

-Bem... Como um garoto magricela como você conseguiu derrotar o maior bruxo de todos os tempos? Como você saiu com apenas uma simples cicatriz quando os poderes de Lord Voldemort foram dizimados?!

-O que te importa? Foi depois do seu tempo. –Harry disse.

-Voldemort. - disse Riddle. - é o meu passado, presente e futuro, Harry Potter...

E, tirando a varinha de Harry do bolso, ele escreveu no ar três palavras cintilantes:

TOM SERVOLO RIDDLE

Em seguida, agitou a varinha uma vez e as letras do seu nome se rearrumaram formando outras palavras:

EIS LORD VOLDEMORT

Surpresa não era o bastante para descrever minha expressão.

-Por essa eu não esperava. –falei.

-Você acha que eu ia usar o nome nojento do meu pai trouxa para sempre? Não, Harry, eu criei para mim um nome novo, um nome que eu sabia que os bruxos de todo o mundo um dia teriam medo de pronunciar, quando eu me tornasse o maior bruxo do mundo.

-Maior bruxo do mundo? –Perguntei.

-Não é! –Harry disse, a voz contida estava carregada de raiva.

-O que?

-Não é o maior bruxo do mundo. Desculpe desapontá-lo e tudo o mais, mas o maior bruxo do mundo é Alvo Dumbledore. Todos dizem isso. Mesmo quando você era poderoso, você não se atreveu a tentar dominar Hogwarts. Dumbledore viu através de você quando frequentou a escola e ainda o amedronta hoje, onde quer que você se esconda...

Dei uma risada sarcástica. O rosto de Riddle se contorceu de raiva.

-Dumbledore foi afastado pela minha mera lembrança. –Ele sibilou.

-Ele não está tão afastado quanto você pensa. –Harry disse.

Riddle fiou bravo, ele abriu a boca para retrucar mais então uma música bonita começou a ecoar pela Câmara, foi ficando cada vez mais alta como se estivesse se aproximando, então como se estivesse sendo criada uma labareda de fogo apareceu na Câmara seguida de um pássaro de penas vermelhas e douradas, suas patas pareciam navalhas e ela trazia um embrulho velho, acho que era um chapéu.

O pássaro voou até Harry e posou no ombro dele encostando a cabeça na bochecha do mesmo.

-É uma Fênix! –Riddle disse um pouco surpreso.

-Fawkes? –Harry perguntou.

Aquela altura do campeonato eu já não entendia mais nada. De onde veio aquele pássaro?

-E isso... –Riddle falou examinando o embrulho que fawkes deixou cair perto de mim. –Seria o chapéu seletor?

Olhando agora, realmente era o chapéu seletor.

-Isso que Dumbledore manda ao seu defensor? Um pássaro canoro e um chapéu velho?

Então Riddle começou a rir, riu tão alto que o barulho ecoou pela Câmara. Então eu me lembrei do que Lyra disse.

“Vou mandar ajuda.”

Será que era disso que ela falava? Se fosse, tratando-se da Lyra, aquilo era mais do que aparentava.

-Aos negócios, Harry. -Falou Riddle, ainda com um largo sorriso. - Duas vezes, no seu passado, ou no meu futuro, nós nos encontramos. E duas vezes não consegui matá-lo. Como foi que você sobreviveu? Conte-me tudo. Quanto mais tempo falar, mais tempo continuará vivo.

-Fale Harry! –Implorei.

-Ah, não se preocupe querida Rosemary. –Riddle olhou para mim sorrindo. –Você não vai morrer hoje.

-Como assim? –Perguntei.

-Rosemary, você não teme a morte, você morreria pelos seus amigos.Você que tentou inutilmente libertar Gina de meu controle, vai ser meu bichinho de estimação, estará segura, mas verá todos os seus amigos morrerem pelas minhas mãos, essa vai ser a minha melhor vingança! Você vai ser a única que me verá ressurgir. Então fique tranquila que sua morte não será hoje. –Ele disse sorrindo sarcasticamente.

-Não. –Sussurrei sufocada.

Harry parecia estar pensando rapidamente. Riddle virou olhando para o meu irmão.

-Ninguém sabe por que você perdeu seus poderes ao me atacar. - disse Harry de repente. -Nem mesmo eu sei. Mas sei por que você não pôde me matar. Foi porque minha mãe morreu para me salvar. Minha mãe trouxa e comum. Ela impediu você de me matar. E eu vi o seu eu verdadeiro. Vi no ano passado. Você está uma ruína. Mal se mantém vivo. Foi isso que você ganhou com todo o seu poder. Você vive escondido. Você é feio, você é nojento...

Riddle ficou irritado, eu segurei Gina mais forte como se com isso pudesse proteger minha amiga da fúria dele. No momento seguinte ele sorriu.

-Então sua mãe morreu para lhe salvar. Um grande contra-feitiço. Estou entendendo agora... Afinal de contas você não tem nada especial. Há uma estranha semelhança entre nós. Nós dois somos mestiços, órfãos, criados por trouxas. Provavelmente, desde o grande Sonserina, somos os dois falantes da língua das cobras a frequentar Hogwarts. E até nos parecemos fisicamente... Mas no final, foi um simples acaso que salvou você de mim. Era só o que eu queria saber.

Então ele virou e olhou para o rosto gigante do homem, puxei Gina quando ele passou por mim. Riddle começou a falar em língua de cobra, olhei para Harry assustada e ele parecia aterrorizado.

-Rose, feche os olhos. Fique aí parada, você está segura. –Ele disse tentando me passar segurança. –Não abra os olhos de maneira nenhuma, prometa. Prometa para mim Rose!

-Eu prometo. Harry. –Choraminguei. –Lyra contou para você sobre os doadores? –Perguntei.

Olhei para trás, a boca do rosto gigante estava se abrindo como um grande buraco negro.

-Sim. –Ele confirmou, mesmo sem entender.

-Meu doador era o seu pai Harry. –Falei rápida. –Somos irmãos.

Ele me olhou incrédulo.

-Ir-Irmãos?

-Feche os olhos! –Gritei.

-Que belo, uma reunião de família. –Riddle falou sarcástico.

Eu o vi encostar-se à parede e fechar os olhos fortemente. Então escondi meu rosto na roupa de Gina. Eu podia ouvir o arrastar da cobra gigante, Riddle continuava a sibilar mandando comandos, Harry corria as cegas, eu comecei a chorar sem saber o que fazer. Fawkes piava como se estivesse lutando, provavelmente ele estava ajudando Harry, por favor, ajude-o. Não deixe meu irmão morrer!

-Me ajudem! –Harry falava agoniado. –Me ajudem, por favor, qualquer um.

A voz parecia estranhamente abafada, abri os olhos para saber o que estava acontecendo, Harry estava no chão com o chapéu seletor na cabeça. Eel estava de olhos fechados como se fizesse um pedido, fawkes voava pela cabeça do Basilisco tentando pára-lo. Fechei os olhos novamente, eu prometi.

Harry correu perto de mim.

-Ele está cego Rose. –Harry falou. –Pode abrir os olhos.

Fiz o que ele mandou, Harry correu para longe de mim, atrás do Basilisco, Riddle ficava sibilando para a cobra, então o basilisco começou a atacar Harry, dava para notar que ele estava cego, realmente, espera aí... De onde veio aquela espada?

Harry empunhou uma espada prateada, o Basilisco mergulho contra ele e um golpe certeiro ele enfiou a espada no céu da boca do bicho. A cobra ficou paralizada por um instante e caiu de lado. Morta.

-Isso! –Gritei aliviada.

Corri em direção a Harry, ele tinha um dente de Basilisco no braço, fortemente enfiado na carne. Suas roupas estavam encharcadas de sangue.

-Oh meu Deus.

Caí de joelhos na frente dele. Harry arrancou a presa do seu braço e seu corpo começou a bambear como se ele estivesse bêbado, o segurei antes que ele caísse de cara no chão, Harry se aninhou nos meus braços o sangue dele jorrava nas minhas roupas. A fênix pousou ao nosso lado.

-Fawkes... –Ele sussurou. –Você foi incrível...

Então Fawkes encostou a cabeça no ferimento como se estivesse triste.

-Não morra Harry, por favor. –Pedi, as lágrimas rolavam no meu rosto.

-Rose... –Ele sussurrou. –Eu gostei de saber que você era minha irmã.

-Não fale como se isso fosse uma despedida. –Pedi mexendo no cabelo dele carinhosamente.

-Você está morto Harry Potter. –Riddle disse sorrindo. -Morto. Até o pássaro de Dumbledore sabe disso. Você está vendo o que ele está fazendo, Potter? Está chorando.

-Chorando? –Olhei para Fawkes, ela realmente estava chorando.

-Vou me sentar aqui e apreciar você morrer, Harry Potter. Pode demorar à vontade. Não tenho pressa. Assim termina o famoso Harry Potter. Na Câmara Secreta, abandonado pelos amigos, finalmente derrotado pelo Lord das Trevas que ele tão insensatamente desafiou. Sabendo que sua irmãzinha mestiça vai sofrer pelo resto da vida em minhas mãos. Você vai voltar para a sua querida mãe de sangue-ruim em breve, Harry... Ela comprou para você mais doze anos de vida... Mas Lord Voldemort acabou por vencê-lo, como você sabia que ele faria...


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM PLEASE!
Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo