Sasuke POV

Sakura e eu estávamos agora em Paris. Nossa lua-de-mel virou mais um passeio do que de fato uma lua-de-mel.

Foram mais de três noites e nenhuma digna do nome “lua-de-mel”. A princípio eu não me importava com isso, mas já está se tornando irritante. Eu não quero parecer gay, mas isso está me afetando psicologicamente. Não o fato de não ter relações sexuais com a Sakura, e sim o fato daquele pensamento de “Ela é diferente, e por isso sinto que não devo fazer nada disso com ela” não sair da minha cabeça.

Sim, isso está me prendendo. Se continuar assim, não terei como completar o plano com êxito.

Nós temos que ter uma noite. A nossa noite. Quem sabe eu não mude de ideia depois disso?

Estávamos num restaurante contemplando a Torre Eiffel. Ela tagarelava sobre a cidade enquanto eu apenas a ouvia. O meu celular estava no bolso, como sempre, mas foi só eu lembrar dessa merda que começa a vibrar.

Droga.

Olhei no visor. Tinha que ser a Karin. Desliguei o celular rapidamente, mas Sakura notou.

- Quem era?

- Ninguém. Nada importante.

- Hm... – ela voltou seus orbes esmeralda para a torre. Realmente tínhamos uma visão privilegiada daquela maravilha.

Nós passamos a tarde no hotel onde estávamos. Eu sei que parece estranho, poxa, passar a tarde num hotel quando se tem uma cidade inteira para explorar... mas foi a vontade dela e, ouso dizer, que achei muito estranho o fato dela querer voltar ao hotel apenas para sentar-se na sacada e começar a ler um livro.

Perguntei se era o mesmo de sempre, mas ela negou. Disse que lia um da autora Jane Austen. Sentei-me ao seu lado e fitei a capa: Razão e Sensibilidade.

Acho que ela tira esse estilo de luvas e vestidos desses livros antigos que lê.

Mesmo já sabendo do que se tratava o livro, perguntei:

- Mais um caso para o Poirot resolver? – brinquei.

- Não! Poirot é detetive, este aqui é um romance.

- Hm... – fitei o pôr-do-sol daquela tarde.

Definitivamente Sakura tinha problema! Quem lê livros em plena lua-de-mel? Quem é a maluca que prefere livros a uma boa noite com um cara “dos sonhos” – era o que eu tentava demonstrar.

Bom, ela continuou lendo seu livro enquanto anoitecia. Mas quando escureceu não teve jeito, deixou o livro sobre uma escrivaninha e se aproximou de mim – eu estava ainda na sacada observando a lua.

- Sasuke-kun... – disse pegando em minhas mãos. Ela guiava-me como uma fada para dentro do quarto, e eu parecia enfeitiçado com sua graciosidade.

Ela estava divina. Com um de seus vestidos usuais. Desta vez era verde claro, combinando com seus olhos esmeraldas. Tão belo ficava em seu corpo, parece que foi feito somente pra ela, ela era a única na qual o vestido se encaixava perfeitamente.

Guiou-me para dentro do quarto lentamente e, chegando perto da cama, passou seus braços em meu pescoço dando-me um abraço que só ela sabia dar.

Retribuí aquele abraço enquanto sentia seus lábios quentinhos beijarem demoradamente o meu pescoço. Os lábios subiram com dificuldade para meu queixo, sim, ela teve que ficar na ponta dos pés para alcançar logo depois a minha boca.

Devorei aqueles lábios sem luxúria, foi quando percebi que era o momento ideal para deitá-la na cama e finalmente fazê-la minha.

Quando eu já estava sobre ela, senti suas mãos delicadas abrirem os botões de minha camisa enquanto a beijava. Sim, o plano estava dando certo, mas esqueçamos por enquanto o plano...

Separei-me dela apenas para jogar a camisa no chão. Foi quando ela sentou-se na cama pedindo que eu a ajudasse a abrir o vestido atrás.

Assim eu o fiz, retirei o vestido de Sakura e o joguei longe como fiz com a camisa.

Suspirei ao fitar seu corpo. Tão branquinho e perfeito. Suas peças íntimas branquinhas emolduravam as curvas bem feitas.

Observei por um tempo a sua face. Óbvio que ela estava corada, mesmo tendo me puxado para a cama e tomado a iniciativa, ela estava envergonhada. Agora eu admito: aquela face toda corada – assim como seu olhar – me causou uma sensação indescritível. Foi algo que nem com a mulher mais bonita que eu já deitei na cama – ou no carro – eu senti.

Terminamos de nos despir, e após fitar seu corpo nu eu suguei seus lábios rosados.

E aquela foi a nossa primeira noite após “tanto tempo” casados.

~*~

Acordei sentindo um peso sobre meu corpo, um outro corpo, o corpo dela. Fitei o relógio sobre o criado-mudo e soltei um longo suspiro quando vi que faltavam dez minutos para o meio dia.

Nossa noite foi tão longa e prazerosa que nem percebemos o horário em que fomos dormir. Ela parecia mais cansada, num sono profundo, enquanto remexia-se um pouco sobre mim.

Movimentei minhas mãos em sua cintura e tentei empurrar o corpo para o lado, a fim de levantar-me.

Eu o fiz com cuidado para que ela não acordasse.

Cobri seu corpo com o lençol branco – contemplei suas feições por um bom tempo com um sorriso de canto bobo nos lábios, mas isso não vem ao caso – e logo após tomei um rápido banho. Vesti qualquer roupa e procurei pelo meu celular. Provavelmente Karin tinha me ligado.

Olhei no visor: 3 ligações perdidas.

Essa ruiva piranha não me deixa em paz, o pior é que eu não sei como me livrar dela, ela é a única pessoa que sabe dos meus planos e – infelizmente – faz parte dos mesmos.

Desliguei o celular. Ela provavelmente – muito possivelmente – me ligaria novamente cinco minutos depois.

Suspirei ocioso. Nada eu tinha pra fazer naquele quarto de hotel, minha única opção era voltar para a cama.

Deitei ao lado de Sakura, e no mesmo instante ela passou as mãos em meu peito, provavelmente procurando por mim, e deitou-se sobre mim.

Após alguns minutos ela abriu os olhos e, assim que me viu, uma coloração avermelhada tomou conta de suas bochechas. Mas mesmo assim ela me mostrou um lindo sorriso de felicidade.

- Acho que agora não somos um casal anormal – disse ela.

- É, acho que não – concordei.

Um tempo passou e nós fomos tomar café num restaurante caro.

~*~

Sakura e eu ficamos apenas mais alguns dias em Paris, e resolvemos voltar logo para o Japão.

Compramos uma casa na cidade de Konoha, era a maior e mais bela mansão da cidade.

Em um dia nos mudamos para a mansão já mobiliada e bem quando chegou a noite recebemos uma visita inesperada, uma visita que me fez congelar e quase morrer sem ar.

Sakura abriu a enorme porta e deparou-se com ela. Aquela cabeleira avermelhada, aquele sorriso estonteante, aquela que escondia uma cobra vil por trás de toda a máscara de boa amiga.

Sakura, inocente como era, retribuiu o sorriso e exclamou:

- Karin!!

As duas “amigas” se abraçaram como se fizesse anos que não se viam, e então Sakura convidou Karin para sentar-se conosco no sofá.

- Como soube que estou morando aqui? – indagou Sakura curiosa, porém Karin levou um tempo para responder sua pergunta, pois seus olhos agora pousavam em mim, e principalmente em minha camisa meio aberta.

Eu permaneci sentado com o olhar frio, não acreditando que ela teve a coragem de visitar-nos.

- O Japão inteiro sabe, querida, você é bem conhecida por aqui.

Sakura sorriu tímida e logo partiu para as “apresentações”.

- Este é meu marido, Sasuke. Sasuke, essa é a Karin! – ela pegou em minha mão, obrigando-me a levantar e cumprimentar a criatura.

Foi nesse momento que eu mais gelei. Karin tinha problemas em nos visitar daquela forma, agora tanto eu como ela teríamos que ter o máximo de cuidado o possível para não deixar transparecer nenhum sinal de que já havíamos nos conhecido antes.

***

Yo minna o/

Mais uma vez, mil desculpas pela demora, esse fim de ano tah ossu pra escrever, pois eu to passando as férias num sítio em ES e aqui é muito quente (OBS: o calor derrete minha inspiração ó.ò).

Porém, eu acordei numa manhã e fiquei deitada só enchendo lingüiça lol só pensando em como eu queria um reencontro SasuSaku no mangá, e de repente me veio a fic Ambição inteirinha na cabeça o.o

Eu pensei: “Não posso deixar essa oportunidade passar” uhauhauha

Peguei meu celular, fui no bloco de notas e anotei toda a fic o.o

Ou seja, já tenho ela mais ou menos completa na minha cabeça, só falta desenvolver, e também depende dos reviews /o/

Eu quero muito agradecer a quem deixou reviews ótimos no capítulo anterior, eu pensava que ninguém ia ler, mas percebo que tenho leitoras que acompanharão a fic até o término, e agradeço essas pessoas pelo carinho viiuu??

OMG e desculpem por esse capítulo tosco, nem o título tah bom, mas eu prometo: é agora que as coisas vão começar a acontecer, e vcs vão querer matar a Karin, coitada ó.ò

Minna, mil beijos e tenham um bom ano novo /o/

Até o próximo *0*