Mon Prince escrita por Siaht


Capítulo 1
Mon Prince


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente!!!;D
Bom, aqui estou com mais uma história e espero que gostem!*-*



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Lucy gostava de contos de fadas e todo mundo sabia disso. Era quase uma característica da menina, como se fosse algo inerente ao nome Lucy Weasley. Alguns poderiam desdenhar e dizer que todas as garotinhas de sete anos gostam de contos de fadas, talvez fosse uma verdade, no entanto, nenhuma garotinha os amaria mais do que a pequena Weasley.

Ela gostava de contos de fadas, simples assim. Gostava dos finais felizes, dos beijos que quebravam maldições, das princesas lindas e bondosas, mas, acima de tudo, dos príncipes encantados. Tinha apenas sete anos, mas já sonhava com o dia que encontraria o seu príncipe e seria feliz para sempre. Ninguém entendia ao certo essa estranha obsessão da garota pelas histórias trouxas, mas ela era uma criança e essa era provavelmente apenas uma fase, enquanto isso, Lucy continuava a gostar de contos de fadas e ninguém poderia se opor a isso.

Às vezes, seus pais se preocupavam com a filha, sempre tão distraída e sonhadora, e com a estranha mania de carregar seu livro de contos para onde quer que fosse. Ela era diferente, a caçula dos Weasley – Potter e, sem dúvidas, a mais sensível entre eles. Às vezes, seus pais desejavam entender o que se passava na mente infantil da garotinha, no entanto, nunca seriam capazes, porque Percy e Audrey viviam em um mundo completamente racional e prezavam a lógica acima de tudo. A pequena Lucy, por sua vez, não se importava com a razão e vivia com a cabeça nas nuvens, muitas vezes perdida em sua própria imaginação.

Mas o que os pais ou qualquer outro adulto não conseguiam perceber era que Lucy era uma menina solitária. Ela era a caçula e umas das poucas crianças que ainda permaneciam em casa, enquanto a maior parte da família estava em Hogwarts. Ainda assim, quando o verão finalmente chegava a situação não se alterava.

A irmã, Molly, era 10 anos mais velha, uma distância muito grande, uma vez que enquanto a primogênita vivia o ápice da sua adolescência, a caçula ainda estava perdida e um mundo extremamente infantil e inocente. E, mesmo que Molly amasse a pequena criatura ruiva e sardenta que era irmã, estava preocupada demais com seus NIEM’s e ocupada demais com os rapazes para lhe dar atenção. O mesmo era válido para Victoire, a prima que recém-formada em Hogwarts se importava apenas com seu estágio no St. Mungus e em beijar Teddy Lupin.

James, Fred e Roxanne passavam tempo demais jogando Quadribol, falando sobre Quadribol e assistindo Quadribol e, portanto, não tinham tempo para sonhadora Lucy. Dominique não gostava de crianças, pelo menos era o que a loira alegava, já sua mãe, Fleur, preferia dizer que a filha estava apenas no ápice da “aborrescência” e que ninguém deveria ouvir os disparates que ela dizia. A verdade era que Dominique não tinha paciência com crianças, principalmente com Lucy que era doce e inocente demais e a jovem, que já era normalmente mal-humorada, estava ainda pior naquele verão devido ao fim de seu namoro com Ethan Wood.

Albus e Rose pareciam deslumbrados desde que voltaram do primeiro ano em Hogwarts e só conseguiam falar sobre o colégio. Além disso, já não tinham mais tempo ou paciência para crianças. Havia ainda Hugo e Lily, eles eram apenas dois anos mais velhos que Lucy, mas também não queriam a companhia da garota. Hugo dizia que ela era menininha demais e Lily alegava que a prima era muito criança para andar com eles. não era um bom argumento, mas Hugo e Lily eram melhores amigos, um grupo fechado, e não queriam mais ninguém se intrometendo. A dupla de ruivos era quase como Fred e Jorge um dia foram e estavam sempre aprontando e pregando peças, Lucy não tinha um espírito maroto suficiente para estar com eles.

Por fim, havia Louis. A menina já tinha até mesmo desistido de obter companhia quando avistou o garoto, sentado sozinho à sombra de uma árvore, perdido nas páginas de um livro grosso demais para um menino de 11 anos, mas ele era um Corvinal e gostava de livros tanto quanto Lucy gostava de Contos de Fadas. Ela caminhou até ele, porque o pior que poderia acontecer era ele mandá-la para longe, como Dominique fizera.

— Oi. — disse se sentando ao lado do garoto.

Ele voltou os olhos azuis para a prima e sorriu.

— Oi, Lucy. — Louis era muito mais gentil que a irmã.

A menina sorriu feliz, um sorriso enorme que mostrava a ausência de um dente de leite.

— O que você “tá” fazendo? — a pequena perguntou, piscando os grandes olhos com expectativa.

— Lendo. — ele respondeu gentil, mostrando o livro. Era óbvio que estava lendo, mas não seria rude com a prima mais nova. — E você? O que está fazendo?

A garotinha deu de ombros.

— Nada. — ela disse triste, abraçando o livro de Contos de Fadas, que sempre trazia consigo. — Ninguém me quer por perto...

A ruiva parecia à beira das lágrimas e loiro fechou o livro voltando toda sua atenção a ela. Louis não gostava de ver as pessoas chorando, principalmente garotas e, acima de tudo, as garotas de sua família. Ele havia jurado que iria estuporar Ethan Wood assim que voltasse à Hogwarts e, mesmo que o Wood fosse mais velho e que ele nem mesmo soubesse esse feitiço, ele iria fazê-lo, porque o rapaz fizera sua irmã chorar e ninguém tinha esse direito.

— Isso não é verdade, Lucy.

— É sim! — a garota afirmou. — Todo mundo me acha pequena e boba.

Louis suspirou. De certa forma, ele entendia como a prima se sentia, afinal tinha duas irmãs mais velhas que nem sempre queriam um “pentelho loiro” atrás delas. Ele entendia como era ser o mais novo, o pequeno que supostamente não entenderia os assuntos dos mais velhos e não tinha idade para participar. Talvez fosse por isso que sentisse tanta simpatia pela menina.

— Você não é boba, Lu. Você é sonhadora, criativa e tem muita imaginação. — o menino disse sorrindo.

A menina pendeu a cabeça para um lado, enquanto mordia o lábio inferior confusa.

— E isso é bom?

— Eu acho que é. Afinal, sem pessoas com imaginação nós não teríamos os livros, ou os contos de fadas. — ele disse, fazendo a menina sorrir.

— Você gosta de contos de fadas, Lou?

O garoto deu de ombros.

— Não sou o maior fã dos príncipes, sapatos de cristais e bailes, mas acho que todo mundo gosta de um final feliz.

A ruiva sorriu.

— Sabe Lucy, eu costumava ler quando a Vic e a Domi estavam em Hogwarts e eu não. Era uma forma de não ficar sozinho. Tenho muitos livros que posso te emprestar.

— Livros com finais felizes? — a ruivinha perguntou empolgada.

O garoto riu, assentindo.

— Sim, livros com finais felizes.

Aquela ensolarada tarde de verão marcou o início das duas mais novas paixões de Lucy, os livros, que no decorrer dos anos seriam seu oxigênio, e Louis Weasley, o garoto loiro de olhos azuis, inteligente, bonito e gentil. Um verdadeiro príncipe aos olhos da garotinha ruiva e sonhadora. Era algo platônico e inocente, que provavelmente se perderia ao longo dos anos, mas no momento não importava muito.

No fim, Lucy ainda gostava de contos de fadas. Gostava dos finais felizes, dos beijos que quebravam maldições, das princesas lindas e bondosas, mas, acima de tudo, dos príncipes encantados e, aos sete anos, Louis parecia o príncipe dos seus sonhos.


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Notas finais do capítulo

Fic bobinha, mas achei bem bonitinha e inocente, então resolvi postar.
Merece algum comentário?
Beijinhos...
Thaís