Marylin escrita por Juliana Moraes


Capítulo 21
The key


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Era ele!

– Quem é você? – Murmurei com medo. Ele não respondeu. – Quem é você? – Repeti.

– Marylin! – James buzinou fazendo o homem correr até uma moto amarela de ultima geração, e dar partida sumindo do meu ponto de vista em questão de segundos. – Mary? O que está acontecendo? – Ele gritou preocupado.

Paralisada e sem saber o que pensar após estar cara a cara com o homem que vem me ameaçando, olhei para trás e vi Richard acordando. Corri desesperada, e entrei no carro.

– Corre James! – Pedi colocando o cinto de segurança.

Em questão de segundos já estávamos longe da Burning Flight. James acelerou o carro e correu pelas ruas movimentadas mesmo sem saber o motivo para tal ato.

– O que aconteceu? Está tudo bem com você? Quem era aquela pessoa de preto? Ela te machucou? – Ele perguntou preocupado.

– Richard me agarrou e o homem que me ameaça me salvou. – Minha respiração ainda estava ofegante.

James parou o carro violentamente em um acostamento.

– Aquele desgraçado fez o que? – Ele gritou e me encarou furioso. – Ele... ele encostou em você? O que ele fez Mary? – Ele trincou os dentes.

Senti meu estômago revirar ao lembrar de Richard tão perto de mim.

– James... eu te conto tudo, mas por favor vamos embora primeiro. – Eu o encarei tremula enquanto ele ligava o carro novamente e seguia caminho até a MB.

Eu estava me sentindo suja, confusa e com medo do que iria acontecer no dia seguinte.

 Eu não poderia aparecer na Burning Flight como se nada tivesse acontecido, eu não poderia voltar lá e encarar Richard como se ele não tivesse me atacado. Eu teria que ficar na MB trancada para evitar ter o mesmo triste fim que Alisson teve, ou teria que enfrenta-lo e jogar as cartas na mesa sobre o ocorrido?

 – Agora que chegamos você pode me dizer o que aconteceu? – James parou o carro na sua vaga de estacionamento, e virou seu corpo em minha direção me encarando.

– Foi horrível. – Respirei fundo descendo do carro e pedindo para ele fazer o mesmo. Eu não queria falar sobre isso dentro de um carro, eu precisava de um banho, roupas limpas. – Eu estava te esperando quando alguém me agarrou, eu pensei que era você até perceber que aquele não era teu cheiro... – Ele me encarava extremamente preocupado e atento a cada palavra. – Eu vi que era Richard e entrei em desespero com medo do que ele poderia fazer, ele é mais forte do que eu então já se pode imaginar que eu não consegui me soltar tão fácil. – Entrei no banheiro jogando meus sapatos para um canto e tirando meus acessórios, colocando-os sob a penteadeira ainda desorganizada. James me observava da porta. – Eu revidei de todas as formas possíveis, e isso o irritou muito! – Fechei meus olhos tentando apagar aquilo da minha memória. – Ele me jogou contra a parede e eu não tive reação... eu estava perdendo e então o homem que vem me ameaçando apareceu e acertou Richard na cabeça... eu não sabia que era ele até que fui atrás e ele murmurou algo como “ Você é meu jogo Marylin.”! – Fiquei em silencio sem encarar James, eu tentei não demonstrar meu medo em minha voz, mas isso só aumentou minha insana vontade de chorar.

– Mary... me desculpa. – Sua voz falhou. – É tudo culpa minha! – Ele socou a porta fazendo com que a madeira afundasse um pouco.

– Sua culpa? – Eu finalmente o encarei. – Por Deus! Você não tem culpa de nada...

– Eu tenho! – Ele me interrompeu e caminhou em minha direção, parando em minha frente. – Se eu tivesse chegado na hora combinada, se eu não tivesse... – Eu o abracei fazendo com que ele parasse de falar. – Mary...

– Não fala nada! – Pedi enquanto eu o abraçava. – Só me abraça.

Fechei os olhos com força enquanto as mãos de James afagavam minha costa, eu me sentia protegida ao lado dele, e por um momento desejei jamais sair daquele abraço. Meus olhos começaram a arder e não pude controlar as lágrimas que saltavam sem dó de sujar a camisa azul que James vestia.

Alguns longos minutos se passaram até que finalmente parei de chorar.

– Vou tomar um banho... não demoro. – Beijei sua bochecha delicadamente, e encarei o espelho vendo James sair do banheiro me deixando sozinha.

Suspirei ao ver meu reflexo. Eu nunca fui o tipo de garota que se via em capa de revistas, e nunca desejei ser elas, mas também nunca estive tão... descuidada.

Enquanto a banheira enchia, pude ouvir as vozes de James, Katherine, e Nick que vinham de algum lugar da pequena casa. Tentei não prestar atenção no que diziam, pois tinha certeza de que o assunto era sobre o acontecido com Richard e o homem que me ameaça.

 Pensar que eu fui salva, se é que eu posso usar essa palavra nesse caso, por quem me ameaça deixa minha mente cheia de perguntas e incertezas.

 A primeira conclusão em que cheguei é que seja ele quem for, e o que queira, não está em seus planos me machucar, pois talvez ele precise de mim viva. Mas se ele precisa de mim viva, qual é a minha utilidade? Tudo me leva a pensar que isso não tenha a ver comigo, e sim com meu pai ou a Máfia Britânica. Mas o que ele quer? E o que meu pai teria de tão importante a ponto de me envolver?

– Marylin, vai demorar muito? – James bateu na porta despertando-me de meus pensamentos.

– Já estou saindo. – Pulei para fora da banheira me enrolando em uma toalha.

                                                                 ~X~

– E como isso vai funcionar? – Perguntei após ouvir o novo plano de Katherine.

– Michael demonstrou interesse, tirar algo dele após alguns drinks vai ser fácil! – Ela sorriu entusiasmada com a ideia de desmascarar mais alguém.

– Eu acho meio arriscado baby... – Nick abraçou Kathe pela cintura com uma ruga de preocupação na testa.

– Já fizemos isso antes. – Ela o encarou sorrindo, aquele sorriso que deve ter feito Nick se apaixonar na primeira vez que a viu.  

James estava ao meu lado, e desde que Katherine começou a falar ele não murmurou nem uma palavra se quer. Eu o encarei preocupada com o que se passava em sua cabeça.

– E o que irá fazer Mary? – Nick perguntou. – Voltará para a Burning Flight?

– Ela não pode voltar para lá. – James finalmente disse algo. – Mary, você sabe o quão perigoso isso é, não sabe? – Ele se levantou ficando em minha frente.

– Eu não posso fugir James. – Murmurei com a voz falha.

– Você pode! – Sua voz estava alguns tons mais alto, como se estivesse furioso comigo. – Marylin... – Sua voz mudou e sua postura não era a de um protetor, e sim a de um namorado extremamente preocupado. – Podemos... podemos ficar fora por alguns dias. Só você e eu. – Ele se ajoelhou segurando minhas mãos. – Por favor.

 Eu não podia simplesmente aparecer na Burning Flight, mas fugir poderia me trazer ainda mais problemas.

– James, fugir pode ser pior. – Nick murmurou com certo receio.

– Marylin tem que enfrentar Richard amanhã, ela querendo ou não, é o certo a ser feito Jay... – Katherine sussurrou sentando ao meu lado, e encarando James. – Lembra quando entramos na MB? A primeira regra era não fugir dos problemas. Isso vale para Mary também.

– Vocês não entendem! – James se irritou. – Eu não estou falando isso como um agente da Máfia, eu estou cansado dessa situação! – Ele voltou a atenção para mim. – Marylin, sei que sou seu protetor mas agora estou agindo como seu namorado, eu não quero te perder! – Seus olhos azuis ameaçavam lacrimejar fazendo com que minha garganta ardesse, e minha cabeça gritasse em desespero em uma tentativa em vão de expulsar todos os meus problemas. – Eu não suportaria te perder. – Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça, ainda segurando minhas mãos.

Eu não suportaria vê-lo sofrer.

– Eu posso ligar. – Murmurei a fim de encontrar uma solução. – Eu posso telefonar para o escritório dele e resolver isso por telefone mesmo, ele não vai me encontrar...

– Pode ser uma boa ideia. – Nick perambulava de um lado a outro. – E o que irá dizer?

Comecei a pensar no que eu poderia dizer, mas minha mente estava ocupada demais pensando no que se passava com James.

– Eu resolvo isso amanhã, agora... sem ser indelicada, mas tem como nos deixarem a sós? – Pedi.

Eles apenas sorriram concordando e se retiraram silenciosamente.

James ainda estava na mesma posição. Ele segurava fortemente minhas mãos, seu corpo estava apoiado em meus joelhos, fazendo com que o ato de me mover fosse impossível. Seu silencio era perturbador, e fazia com que o sentimento de culpa que existia em mim crescesse.
Eu odiava vê-lo assim, ainda mais sabendo que o motivo sou eu, são meus atos, minhas palavras e defeitos. Eu gostaria de saber um meio de passar tudo o que ele estava sentindo para mim, para que assim a dor dele fosse a minha e ele pudesse sorrir daquele jeito que tanto me fascina.

– James. – Sussurrei tão baixo que somente ele poderia ouvir. – Olhe pra mim. – Pedi e assim ele fez. – Por favor, não fica assim. – Seus olhos estavam águados, e suas expressões eram angustiantes. – Eu irei resolver isso amanhã, pedirei uma semana longe de tudo aquilo e poderemos ficar juntos, naquela mesma casa de campo, só você e eu. – Tentei sorrir.

– Marylin eu não quero que se machuque mais. – Ele falava como se soubesse de algo que eu não sabia. – Eu não quero que esteja nisso. – Sua voz era desesperadora.

– Eu não posso sair disso agora James! – Já não tinha mais argumentos para isso. – Você sabe que eu não posso.

– Por favor Marylin, eu não quero te perder. – Ele moveu seu corpo caindo em cima de mim e me beijando. Suas mãos envolviam minha cintura e meu rosto, e nesse momento pude sentir algumas lágrimas que deslizavam por sua face e caiam na minha. – Por que é tão difícil acreditar nisso? – Ele sussurrou em meio ao beijo. – Vamos esquecer isso, vamos começar nossa vida longe daqui, sem vingança, sem MB, sem Burning Flight...

Meus olhos se arregalaram ao ouvir as palavras vinda de James, e ao encara-lo analisei suas expressões para tentar decifrar se aquelas palavras eram sinceras.

– E temos como fugir de tudo isso? – Me interessei pela proposta.

– Podemos tentar. – Ele sorriu com esperanças. – O que acha? – Sua mão acariciava minha bochecha, e sua respiração quente me deixou desnorteada.

– Eu... eu... – Comecei a chorar. – James, você sabe que eu não posso desistir de tudo isso agora. – Ele me abraçou.

– MB vai pegar o Richard...

– Não! – O interrompi. – A máfia está tentando capturar Richard faz anos! E desde que cheguei eles não fizeram nada para captura-lo... nada! – Eu estava frustrada.

James sentou ao meu lado e puxou meu corpo contra o dele, para que eu me deitasse em seu abraço.

                                                                    ~X~

Acordei um pouco mais tarde do que de costume. Eu não iria trabalhar hoje, e o mais perto que chegaria da Burning Flight seria por meio do telefonema que daria a Richard durante a tarde. Ainda não sabia quais frases de efeito iria usar para tal conversa, e devo admitir que após pensar muito sobre o que James havia me dito, estava pensando na hipótese de pedir demissão.
Mas agora isso não estava somente relacionado a mim, Katherine também estava envolvida nisso e poderia ser a próxima vítima, e deixa-la nisso sozinha era egoísmo!

Meu celular tocou.

– Marylin! – Katherine murmurou. – Estou pegando café para Richard e Edward, vou falar rápido pois não tenho muito tempo. – Ela parecia ansiosa. – Michael parece interessado e me convidou para sair hoje a noite, eu concordei.

– O que?! – Gritei.

– Calma! É tudo  parte do nosso próximo plano. – Ela riu. – Michael me leva para algum lugar público, onde James e Nick estarão, eu o embebedo já que ele está com coração partido por ter perdido Alisson, e assim...

– Você tenta fazer confessa-lo. – Eu sorri entusiasmada. – James já esta sabendo disso? – Perguntei.

– Jacob e Nick devem estar falando com ele agora. – Ela parecia andar entre carros e motos, e falar no celular ao mesmo tempo. – Ah! Richard perguntou de você, acho que está na hora de ligar Mary... Tenho que ir, boa sorte. – Ela desligou.

Fiquei encarando o telefone em minha frente enquanto montava inúmeras conversas em minha cabeça, e nenhuma delas acabava de forma agradável.

James estava com Jacob, e mesmo estando no campus da MB, assim como eu, ele não sabia o horário que voltaria para “casa”.

Comecei a inventar desculpas a mim mesma para adiar o telefonema. Organizei a cozinha, fiz café da manhã para um, pendurei algumas roupas, briguei com James em pensamento por ter deixado a toalha molhada em cima da cama, tomei banho, sequei meu cabelo, fiz minhas unhas, e resolvi ver o que tinha nas caixas que ainda estavam intactas no canto da sala.

– Porque eu não sabia da existência disso? – Questionei em voz alta descobrindo inúmeros e importantes arquivos sobre o caso que meu pai trabalhou. Caso Richard, se é que assim posso chamar.

Ali estavam todas as anotações que ele tinha feito desde que começou a se envolver com esse caso, anotações de vinte e sete anos atrás, quando tudo começou. Notava-se que meu pai estava realmente envolvido com tudo aquilo, todos os dias algo novo era anotado, nem que fosse apenas uma pequena observação do que ele fez na empresa, ou até mesmo sobre o tempo “ Um dia ensolarado em Londres e eles continuam dentro da sala de reuniões.” Se eu não conhecesse meu pai, e talvez não o conheça, juraria que aquilo se tornou um tipo de loucura.
 Deslizei meus olhos por todos aqueles papéis, lendo de forma rápida tudo o que estava escrito. Organizei aquelas pastas, deixando-as de lado, e comecei a abrir as pequenas caixas que ali tinham. A maioria das caixas continham mais papéis, fotos, registros bancários, número e senha das contas antigas, e nome de alguns funcionários que passaram dessa para melhor, ou não, após descobrir os planos da Burning Flight. Duas das caixas estavam trancadas, uma delas necessitava de uma senha de seis dígitos para que pudesse ser aberta, o cadeado era igual a de um cofre, a segunda caixa, maior e revestida de ferro, para ser mais resistente imagino, tinha apenas um cadeado.
 Procurei a chave por todos os cantos imagináveis daquela imensa caixa de papelão, e não achei nada. Tentei então abrir a caixa cujo cadeado era uma senha, tentei a data de aniversario do meu pai, a data do aniversario de minha mãe, a data do casamento dos meus pais, tentei o número da caixa postal, que eu me lembro bem ser a senha do banco deixada para minha tia Janie, e quando estava prestes a desistir coloquei a data do meu aniversário.

– Um... zero... zero...sete... nove... sete... – Um barulho vindo da caixa me assustou.

Para minha total surpresa, a caixa abriu.

Sem pensar duas vasculhei a caixa, encontrando um papel amassado.

Se está lendo isso quer dizer que você escolheu o caminho que eu temia.
 Eu só desejo do fundo do meu coração que esteja bem... Não sei como estão as coisas, não sei se entrou para MB ou apenas aceitou ter um protetor para que não tenha que sair de Londres. Espero que James esteja cuidando bem de você, ele é um ótimo rapaz e sempre mostrou muito interesse nesse caso, mesmo eu desconfiando que o interesse dele é voltado a você, mas não o julgo por isso, aliás você se tornou uma garota linda assim como sua mãe.
 Minhas pequena Marylin... se eu pudesse ver o futuro faria de tudo para que o passado fosse diferente, para que agora eu não estivesse aqui tentando adivinhar se irá ler essa carta.
 Quero lhe pedir algumas coisas, a primeira é que não deixe a vingança tomar conta de você, não tenha isso como prioridade. A segunda é que tome muito cuidado, pois sei que deve haver alguém atrás de você interessado no que tem na outra caixa, o que me leva a terceira coisa... o que está na outra caixa é algo que pode colocar todos da Burning Flight na cadeia, mas isso requer muito cuidado, muito cuidado mesmo! Como abrir a caixa? A chave sempre esteve com você.
 Peço que tenha consciência de seus atos, e quando encontrar aquele que aqueça seu coração assim como sua mãe aqueceu o meu, desista dessa loucura que é a MB e vá viver sua vida longe de tudo que te trás lembranças ruins, construa sua vida, case-se, construa a família que eu não pude te dar e seja feliz!
 Também peço para que cuide de James, ele esteve nisso ao meu lado e não tem culpa do ocorrido.

Me perdoe mais uma vez por tudo isso, não era essa a minha intenção.
   Eu te amo para sempre.

 Scott Benson.

Meus olhos davam espaço para as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

– Eu estou nessa por você pai. – Sussurrei sentindo meu rosto queimar.

“ A chave sempre esteve com você.” Ao ler novamente a carta lembrei-me da última coisa que meu pai havia me dado. Foi no meu aniversario de seis anos, quando ele me deu uma corrente de prata com um pingente de chave, eu usava essa corrente todos os dias desde então.

A retirei de meu pescoço e com as mãos tremulas a encaixei no cadeado de prata, e sem delongas a virei abrindo a outra caixa.

Tudo o que tinha ali era uma fita de vídeo, daquelas antigas do tempo em que estavam descobrindo o CD. Eu estava curiosa demais para saber o que estava ali dentro, eu sabia que era algo que colocaria todos atrás das grades e por esse motivo deveria tomar todo o cuidado possível.

Calcei meus sapatos e caminhei até a base da MB. Eu me lembro de uma sala onde era possível assistir todos os vídeos gravados em fitas antigas, e era lá o meu destino.

Enquanto procurava pela tal sala de vídeos, desejava com todas as minhas forças não encontrar James ou Jacob, isso acabaria com todos os meus planos. Mas alguns corredores e lá estava a sala que procurava.

Entrei discretamente e tranquei a porta sentindo meu coração acelerar. Corri até o aparelho antigo, talvez nem tão antigo assim, sob a mesa de vidro e coloquei a fita com cuidado, não poderia correr o risco de estraga-la.

O vídeo começou a rodar, a imagem era ruim e tudo o que se via era uma sala de reunião, talvez a mesma sala de reunião da Burning Flight mas com uma decoração muito diferente, Richard estava de costa para a câmera, que aparentemente estava escondida, e em sua frente uma sala vazia era projetada na parede branca.

– Senhor Burn. – Richard murmurou assim que um homem sentou na sala projetada, ficando de costas para ele.

– Richard! Recebi suas planilhas e devo dizer que elas não me agradaram. – Ele se virou ficando de frente para Richard, e para a câmera, e eu tive a impressão de que o conhecia de algum lugar. – Temos que resolver isso imediatamente. As bombas ficarão prontas...

– Assim que possível senhor Burn! Estamos fazendo o possível para que isso fique pronto o mais rápido possível. – Richard tratava o homem com todo o respeito e medo do mundo.

– Pois bem, não era esse assunto que queria tratar com você. – Sua pele era pálida, seus olhos eram de um tom de azul já vistos anteriormente, seu cabelo era grisalho e muito bem ajeitado, seu sotaque o dedurava dizendo sua origem irlandesa, sua voz e sua semelhança com James me davam medo.  

Porque eu tinha a impressão de que o conhecia? 


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Notas finais do capítulo

Gostou? Então deixe seu comentário para que o próximo capítulo possa sair o mais rápido possível. xx