Marylin escrita por Juliana Moraes


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Repostando a estória de MARYLIN pois achei justo uma prévia aqui, alguns dias antes do livro ser publicado. Espero que ainda sintam o mesmo pela minha escrita por minha imaginação.

Have fun!



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– Filha! O jantar está servido. – Minha mãe, Khloe, gritou colocando a travessa com o melhor macarrão que eu já comi em cima da mesa. – Não podemos deixar a comida esfriar.

Eu brincava no tapete da sala em frente a uma lareira acessa, minhas bonecas estavam espalhadas ao meu redor e eu cantarolava uma canção de natal enquanto meu pai falava ao telefone.

Meu pai, Scott, gargalhava enquanto falava com alguém do outro lado da linha. Minha mãe foi até ele pedindo para que desligasse e viesse comer com a gente, ela não gostava de tecnologias durante o jantar.

Era noite de natal. Nossas famílias moravam em Nova York enquanto vivíamos nossa vida em Londres, a mais próxima de nós era a Tia Janie que morava em Oxford, mas nunca aceitou nosso convite pedindo para que ela se juntasse a nós nas festas de final de ano.

– Vamos filha, lave as mãos enquanto eu arrumo aqui para você. – Minha mãe se abaixou ficando do meu tamanho. Seu sorriso era impecável, seu cabelo negro estava amarrado em um rabo alto, suas roupas eram novas e seus olhos azuis acinzentados me transmitiam uma paz imensa.

Ensaboava bem as mãos enquanto me permitia cantarolar uma nova música de natal que meu pai havia me ensinado ainda hoje. Demorei alguns minutos arrumando meu vestido vermelho de veludo no imenso espelho do banheiro. Sorri para meu reflexo já que meu cabelo era igual ao de minha mãe assim como a cor dos seus olhos, o que me deixava encantada pois ela era linda.

Dei alguns passos para fora do banheiro mas parei assim que ouvi um estrondo vindo da sala.

– O que faz aqui? – Meu pai gritou assustado. – O que é isso em suas mãos? ... Não! – Sua voz era falha e desesperadora.

Caminhei mais dois passos e me escondi atrás do pequeno bar de madeira, onde meu pai guardava as bebidas que ele ganhava de presente. Encostei meu rosto no chão tentando ver o que estava acontecendo.

– Largue isso, podemos conversar como pessoas civilizadas! – Minha mãe murmurou no mesmo tom de voz que meu pai. Sua voz exalava medo.

O pouco que conseguia ver era com dificuldade já que o tapete peludo e as pernas das cadeiras impediam uma ampla visão.

Além dos meus pais haviam ali dois homens que seguravam armas pequenas porém, aparentemente, que faziam um grande estrago. Estavam ali também uma mulher alta, cuja a perna e seu sapato vermelho era tudo o que eu conseguia ver, e três homens com aparências rústicas como aqueles em filmes de gangster, a única coisa que lhe deixavam semelhantes eram os ternos que vestiam.

– Acabou para você Benson! – O homem de terno, cuja pele era morena e em seu pulso tinha um enorme relógio de ouro, murmurou gargalhando.

Os dois homens com armas na mão deram passos largos cada um em uma direção, o mais alto segurou o braço de minha mãe e lhe apontou a arma na cabeça, o outro homem, mais baixo e mais magro, segurou meu pai que revidou lhe dando um soco na cara, o que lhe deixou furioso e o fez disparar a arma.

O barulho era ensurdecedor. Tampei meus ouvidos com força e vi meu pai cair no chão, pensei em sair correndo até ele mas meu medo de que aqueles homens me vissem e atirassem em mim era tão grande que mal consegui me mover.

Eu queria sair correndo para os braços do meu pai, eu precisava que ele me protegesse como ele sempre fez.

– Não! – Minha mãe gritou aos prantos. – Por favor, não! Deixe-me ir! Deixe-me sair daqui com minha menina! – Seus gritos me deixaram em pânico. – Por favor!

– Sinto muito senhora Benson. – A mulher, cujo o rosto não conseguia ver, riu como se estivesse gostando de tudo isso.

Minha mãe escapou dos braços de um dos homens correndo até a mesa, onde a ceia de natal estava servida, ela passou os olhos pela casa e assim que me encontrou pediu com gestos que eu ficasse ali. Os homens a agarraram, mas ela saiu correndo novamente dessa vez em minha direção desviando assim que chegou perto do bar para que ninguém me visse, mas era tarde demais. A arma disparou novamente acertando-a no peito. Ela caiu em minha frente, seu olhos cheios de lágrimas e sua respiração falha fizeram meu coração quebrar em pedaços.

Meu mundo havia desmoronado naquele momento.

– Mamãe! – Murmurei passando a mão em seu cabelo agora desarrumado.

– Eu te amo Marylin. – Ela sussurrou baixo fechando os olhos.


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Notas finais do capítulo

Love - JJ x