Eterna Vingança escrita por AngelSPN


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Acabou o feriadão! Hora de continuar os trabalhos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362343/chapter/6

Bobby não hesitou, ativou o navegador e rastreou a chamada. Atirou dois livros dentro da sacola surrada e correu porta a fora.

“Droga, aquele moleque loiro, um dia vai me matar”

O caçador entrou na camionete e saiu em disparada, não havia tempo a perder. Conhecia muito bem a lenda, a mulher era violenta, assassina, mutilava a qualquer um que estivesse em seu caminho. E, não havia perguntas a quem possuísse o pergaminho humano, a Kuchisake torturava e destroçava suas vítimas. Bobby tentou ligar para o celular de Dean, mas só caía na maldita caixa postal. Acelerou ainda mais a camionete, deixando para trás um rastro de poeira.

Sam Winchester não teve dificuldades em roubar, o primeiro carro que vira no estacionamento do motel, muito pelo contrário sua agilidade fora admirável, a julgar pelas mãos trêmulas. Havia quantos bares naquela cidade? Se ao menos tivesse levado o loiro, e não ele sido levado para o motel... Sam passou a mão pelo queixo. Procurou inutilmente pelo celular, só então lembrou a burrada que fizera, deixando-o em cima da cama do motel. Enquanto dirigia, vasculhava o carro, no intuito e na esperança de encontrar algum celular. Mas, não havia nenhum. Não teve alternativa, tinha que voltar para o motel. Aquela hora da noite não haveria, nenhuma loja que vendesse um, e os outros estavam no porta luva do impala.

¥¥¥

Algumas horas antes...

Dean cogitava a hipótese de não encontrar o melhor bar naquela região, resolveu seguir onde avistara um, logo na entrada para a cidade. Tinha dito a Sam que iria se divertir um pouco, no entanto não estava com todo aquele entusiasmo que demonstrava ao irmão. Sabia que se agisse de forma diferente do habitual, acabaria por deixar Sam ainda mais preocupado. E o loiro não era idiota em perceber o quanto Sam estava abatido, ele mesmo estaria perturbado se fosse a situação inversa. Talvez já estaria fazendo alguma outra loucura para livrar o irmão, e era exatamente isso que ele temia. Que Sam fosse fazer alguma loucura, para salvá-lo do pacto. Um temor se apoderou de seu corpo ao imaginar seu irmão cometendo algum ato insano. Mas não podia culpá-lo, não mesmo.

O loiro estacionou o impala, estava tarde e ainda não comera ou bebera alguma coisa. Entrou como sempre fazia, distribuindo aquele sorriso maroto para a moça que se aproximava, rapidamente Dean usou seu raio X para o sexo feminino, realmente a garota era muito bonita.

— Então... — ela começou sorrindo maliciosamente para o loiro.

— Então... — o rapaz sentou-se encarando-a descaradamente.

 A garota sentiu o rubor subir pela sua face, já estava bem acostumada com cantadas e esse tipo de olhadas. Mas ele conseguiu acender a mulher adormecida nela.

— Perdão, o que vai querer? — ela desviou os olhos daqueles verdes que lhe depositava muita luxúria em sua mente.

— Bem, vou deixar você me indicar a melhor comida e bebida desse lugar.

Ambos sorriram. Dean banqueteou-se com a comida e a bebida. Agira corretamente em deixar a moça escolher por ele. Quando ele pediu a conta, percebeu que a moça estava saindo. Pagou rapidamente o que devia e alcançou a jovem morena de olhos castanhos.

— Hey, moça! — ele alcançou-a e sorriu, a noite fria deixava o vapor de sua boca ficar ainda mais denso.

— Olha, se não é o homem dos olhos verdes! Veio agradecer a boa escolha da comida? — ela continuou caminhando friccionando os braços para espantar o frio.

— Também. Mas na verdade... não posso deixar uma moça andar sozinha por essas ruas — Dean depositou sua jaqueta nos ombros dela.

— Obrigada. A propósito, me chamo Lorraine — ela estendeu a mão em cumprimento.

— Dean — o loiro apertou a mão que lhe era oferecida e voltou a caminhar ao lado da garota.

— Então, Dean. Você não é daqui, nunca o vi por esses lados. Está de passagem? — Lorraine sentia seu coração disparar ao lado do loiro, e tentava de todas as formas driblar os sórdidos pensamentos que lhe invadiam a mente.

— Sim, estou de passagem. Lorraine, você aceita uma carona? Estou com meu carro logo ali. E você está tremendo de frio — Dean indicou o impala estacionado logo a frente. A moça o olhou desconfiada. Dean conhecendo aquele olhar foi logo dizendo:

— Juro que não sou nenhum psicopata — ele falou deixando os lábios entreabertos.

—Sendo assim... aceito.

Lorraine entregou-lhe a jaqueta e aceitou o convite do loiro. Entrou no impala e indicou o caminho até sua casa. Não era muito longe, não de carro. Dean estacionou em frente a um apartamento.

— Bem, chegamos. Você não deveria caminhar tão tarde da noite sozinha. É perigoso com toda essa onda de assassinatos que andam ocorrendo em Duluth.

— Infelizmente a cidade está enfrentando esse lado sombrio que está acontecendo por lá. Então... obrigada pela carona, Dean — a moça depositou um beijo demorado na face do loiro.

Dean viu-a descer do carro e seguir até o portão, o rapaz ligou o impala e antes de arrancar viu a garota voltando em sua direção.

— Droga, eu realmente não sou assim... mas você quer subir para tomar um drink? — Dean foi pego totalmente de surpresa. Estava sempre acostumado a tomar a iniciativa e acabou sentindo-se um idiota em ficar apenas a encarando.

— Lorraine, você é uma boa garota. Só que, não sei. Sei lá, se fosse em outra ocosião... eu pularia em você...

— Lugar errado, hora errada. Foi um prazer em conhecê-lo — a moça sorriu e deu as costas ao impala.

— Lorraine, espere — Dean saiu do carro e estendeu um cartão para a jovem — Caso precisar de alguma coisa, se estiver com algum problema, me ligue.

— Você é um anjo? — ela perguntou colocando o cartão no bolso da calça jeans.

— Não. Mas posso ser seu protetor, algum dia.

A moça estava muito comovida. Todos os homens que encontrara em sua vida, jamais se preocuparam com ela como Dean havia feito. E sem qualquer intenção a mais. Ela analisou aquele homem entrar no impala e desaparecer de sua visão. Não seria mesmo um anjo?

Dean seguiu rumo ao hotel onde estavam hospedados. Realmente as últimas batalhas haviam influenciado em seu modo de agir. Acabara de dispensar um mulherão, e uma noite de prazeres. E não era o fato de estar com os dias contados, em parte talvez fosse. Mas a maior delas era como salvar o irmão de algo que nem ele mesmo sabia o que era. Nesse momento sentiu aquela raiva pelo seu pai aumentar. Idolatrava o cara, e acabou odiando a forma com que ele lhe dera essa terrível missão. Salvar o irmão de algo ou matá-lo. Como um pai podia despejar uma coisas dessas em cima de um filho?

Dean esfregou os olhos úmidos, a lua cheia iluminava toda a extensão daquela estrada. Poderia até contemplá-la e lembrar das noites em que sua doce mãe lhe ensinava os nomes das estrelas e das constelações. Era uma lembrança cheia de falhas, só que isso lhe bastava. Lembrar de Mary, lhe era o suficiente. Perdido nas ternas lembranças de um passado longínquo, Dean nem percebera o que lhe esperava. O estrondo dos pneus fora tudo que pôde ouvir e logo em seguida a batida violenta em uma árvore, antes que perdesse a consciência a imagem de uma mulher vestida de vermelho com uma espada na mão seguia ao seu encontro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai gente que saudades dos nossos meninos!! Maldito HellHiatus..kkk

Então gostaram do capítulo? Espero os reviews mágicos!! Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eterna Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.