Eterna Vingança escrita por AngelSPN


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Não mexa com coisas mortas...



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Os irmãos se despediram depois que Dean deixou Sam no motel. O moreno estava cansado e, logo que entrou no quarto, caiu na cama e adormecera. Seus pesadelos ainda o perseguiam, atormentando sua mente com a inevitável morte de seu irmão. Em alguns de seus sonhos teve a nítida sensação de alguma mulher* lhe soprando algo importante em seu ouvido, porém, apenas ficava aquela longínqua lembrança, e ao acordar, nada recordava, apenas uma angústia o perseguia dia após dia, o pacto do irmão. Algumas horas depois Sam acorda lentamente, sentindo o pescoço reclamar pela má posição ao dormir. Foi ao banheiro, lavou o rosto e olhou-se no espelho, estava com olheiras e a barba para fazer. A toalha branca e áspera foi sentida em sua pele. Atirou-a novamente no porta toalha e voltou a olhar as horas. Eram vinte e três horas, resolveu ligar para o velho caçador. Já que o sono lhe abandonara e, precisava de mais informações que os levassem a concluir o caso da mulher Kuchisake. Quanto mais rápido acabasse com esse caso, mais tempo teria para invocar um demônio da encruzilhada e exigir o rompimento do contrato do irmão. Agora que tinha a colt em suas mãos, nada o deteria. Nem Dean poderia impedi-lo, por isso teria que agir escondido do irmão. O rapaz sentou na cadeira de madeira a sua frente e esperou. O telefone chamava e no quinto toque, aquela voz tão conhecida, atendeu.

—Oi, Bobby. É o Sam — o moreno ouviu o suspiro do caçador do outro lado da linha. Estava enganado ou parecia um certo alivio em ouvi-lo?

—Vocês estão bem? Dean... está com você? — as palavras não queriam sair tão emotivas e preocupadas, só que o caçador não conseguiu esconder o que temia em ouvir a qualquer momento.

—Estamos bem, Bobby. Infelizmente ainda não achei nada que possa livrar esse meu irmão cabeça dura, daquele pacto. Ele está se divertindo em algum bar neste momento. Só que, acabamos esbarrando em uma caçada. Já ouviu falar de Kuchisake Onna? — Sam sentiu o silêncio do outro lado da linha se prolongar. Certamente isso não era nada bom.

Por um momento, o moreno pensou que Bobby havia desligado. E, logo ouviu os barulhos do outro lado da linha. Evidentemente Bobby já estava vasculhando algum livro. O velho não se permitia a perder tempo e tempo era o que estava faltando aos Winchester.

—Sim, sim. Já ouvi falar. Achei o livro que conta a lenda dessa pobre mulher. Não vai me dizer que vocês estão no Japão? — Bobby ouviu a risada do moreno do outro lado da linha. Caso estivessem no Japão, ele imaginava a cara que Dean estaria no momento.

—Não, não. Parece que o espírito dela havia sido selado por um feitiço preso em uma espada, só que uma garota veio visitar sua mãe aqui em Duluth e acabou trazendo consigo a tal espada amaldiçoada— Sam esperou o caçador falar antes de continuar.

—E... acabou rompendo o selo da Tamahagane. O de sempre, hein! — Bobby folheou o livro a sua frente antes de continuar com a linha de seu raciocínio — Porque esses jovens não respeitam a própria lenda? — o caçador passou a mão pelo cabelo ralo.

— Tamahagane? O que significa isso? — Sam franziu o cenho, embora não soubesse o significado da palavra, ela não lhe era estranha.

— Tamahagane é um tipo de metal japonês que era utilizado para forjar as espadas dos samurais, dando melhor leveza e equilíbrio a espada — continuava o caçador folhando o livro empoeirado.

— Entendi. Eu e Dean conseguimos recuperar parte do que estava escrito no selo, só que nós dois não somos peritos em língua japonesa — se Bobby o visse naquele momento, encontraria um par de covinhas se formando em seu rosto — E como você é o especialista em... — o moreno não teve chance de continuar sua narrativa sendo interrompido com certa urgência.

—Recuperaram? Droga, Sam! — o moreno sentiu um arrepio passar em seu corpo. Algo não estava certo, e mais uma vez o mau pressentimento tomou conta de seu semblante.

—Bobby, o que é? Amanhã, voltaremos ao local para achar a espada e queimá-la. Certamente tem o sangue da Kuchisake e... — não houve tempo para o moreno continuar sua teoria. Bobby agora estava quase gritando ao telefone.

—Queimar? Não, nem pensar. Esse espírito só pode ser aprisionado novamente. E, ele não está preso na espada e sim no que você chama de papel ou selo como quiser chamar.

— Quê? —Sam deixou-se sentar na cama —Bobby, do que você está falando? Aquele pedaço de pergaminho... é nele que ela está? — o moreno sentiu-se um idiota.

—Não é pergaminho, Sam. É um pedaço da pele dela, com um feitiço de aprisionamento. Se romperem o selo de pele humana, da espada... a mulher começa sua eterna vingança. Onde está o selo? Vocês devem jogá-lo novamente no espírito proferindo essas palavras — Bobby repete em japonês o feitiço ao jovem, que as memoriza movendo os lábios.

—Ok, Bobby. Valeu pela ajuda. Entrarei em contato com Dean pela manhã. — o moreno estava prestes a desligar, quando o velho caçador o interrompe.

—Sam, se você está com o selo... faça essa proteção que vou te dizer. Porque, o espírito vai atrás de quem a possuir. Ele quer acabar com o selo e livrar-se da prisão. Dessa forma ele ficaria livre para continuar suas atrocidades. Não perca tempo e faça-o agora ou vocês estarão com sérios problemas e.... — Bobby ouviu a respiração do moreno vacilar, conhecia aquele suspiro e sabia que algo estava errado — Sam, o que foi? O que há? Não me diga que vocês o perderam? Sam? Você continua na linha, filho? — o caçador mais velho podia sentir a tensão no ar, era quase palpável e isso o estava matando. Foi quando Sam finalmente saiu de seu transe momentâneo e falou mais para si mesmo, do que para o amigo.

— Meu Deus! Não, não, não! Dean está com o maldito pergaminho de pele! —Sam saiu correndo do motel, deixando o celular na cama, com um caçador gritando do outro lado da linha.


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Notas finais do capítulo

Olá meus amados leitores, espero que estejam gostando da fic. Beijos especiais aos que deixaram um review para essa humilde aspirante escritora.

* A mulher ao qual Sam tem uma certa lembrança é de Átropos, que em sonho veio até ele para alertá-lo sobre seu futuro. Se você não leu MOIRAS, dê uma passadinha para melhor entender a história das irmãs do destino.

Beijos e bom final de semana a todos!



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