Eterna Vingança escrita por AngelSPN


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Adeus fim de semana... até o próximo :)



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A três horas de Duluth, Carson remexia sua comida no prato, estava novamente sem apetite. Desde os dezoito anos se dedicou a polícia, e, agora eles o haviam dado “férias” para se recuperar da perda do parceiro e amigo de doze anos. O homem levantou-se, jogando o prato no chão com demasiada fúria.

Carson passou as duas mãos pela nuca, estava enlouquecendo. Essa era sua opinião de si mesmo. O homem olhou para o chão, balançou a cabeça em reprovação do próprio gesto e, agachou-se para juntar os destroços. Porém, os ensinamentos de anos, o alertaram da chegada de dois homens, que o observavam do portão de madeira.

— Em que posso ajudá-los? —Carson perguntou energicamente, levando a mão á cintura.

—Meu parceiro e eu, estamos investigando o caso da chacina em Duluth. Soubemos que o senhor, encontrou e salvou a moça Maoko — Carson olhava para o loiro, que o encarava com determinação.

—Vocês pegaram “meu caso”? Estão no meu lugar, enquanto estou de “férias” forçadas? — Carson, voltou a limpar os cacos do prato no chão. Sam adiantou-se.

— Na verdade, somos do FBI e... — o policial ergueu os olhos, antes de levantar-se novamente e dizer:

—FBI? Seus distintivos, se me permitem — Carson esperava as identificações.

— É claro — Dean e Sam se entreolharam, aquele homem parecia levar sua profissão muito á sério, além de ser muito observador.

— Por que o FBI, estaria interessado em Duluth? — o homem voltou a entregar as credenciais dos Winchesters — Ao que me consta é apenas um caso de um maluco serial killer e... — Carson fora interrompido pelo tom enérgico de Dean.

—Quando sua jurisdição não consegue resolver... nós entramos em ação —alfinetou o loiro.

Sam evidentemente encarou o irmão, pigarreou e voltou a perguntar sobre o ocorrido. Carson pareceu relaxar, afinal de contas ainda precisavam dele. Isso ele tinha que admitir, gostava de sentir-se útil e não descartável.

— O que querem saber? — Carson apontou para duas cadeiras na varanda, e sentou-se em um banco de borracha de pneu.

— Se não importar-se... desde o começo. Qualquer detalhe, cheiro, algo que lhe possa ter chamado a atenção, desde a mais bizarra situação — disse Dean balançando a cabeça e gesticulando as mãos.

— Vocês leram meu depoimento, é claro! Não há muito que acrescentar — Carson baixou o olhar, cruzando os braços.

Os irmãos se entreolharam, naquele momento tiveram a confirmação de que, Carson sabia mais do que havia dito. Seus gestos, olhar e nervosismo não passaram despercebidos aos olhos dos veteranos Winchesters.

— É nós lemos, sim — Sam respondeu de imediato — Só que... Terence acha que você não quis dizer tudo que viu — os irmãos perceberam mais uma vez, o desconforto de Carson.

—Terence... eu, estava em choque. Acabei misturando as coisas, eu acho — o policial suspirou lentamente, deixando os ombros caírem. O chamariam de louco se revelasse tudo.

— Senhor Carson, já vimos e enfrentamos enumeras situações. Por favor, queremos ouvir o que o senhor acha que viu? Qualquer coisa — o loiro ergueu a mão em horizontal.

Carson não soube explicar a sensação de confiança, que aqueles dois lhe transmitiam, por breves segundos os encarou, esperando a coragem de contar a verdade. Respirou profundamente antes de começar.

—O ar havia ficado frio, havia corpos para todos os lados. Antes de meu amigo ser mutilado, pude ver a lâmina passar por seu corpo, que estava torcido para trás. Eram movimentos rápidos, impossível a um ser humano normal. Por alguns segundos... pensei... achei, ter visto uma mulher com vestido banhado em sangue. Ela não me viu e, desapareceu no instante seguinte. Então eu vi a garota, pedindo ajuda — os olhos de Carson cintilaram de ódio e sofrimento. Não lhe era nada fácil relembrar a perda do amigo de longa data e, não poder fazer nada.

— Lamentamos o que aconteceu a Ricky. Prometemos solucionar esse caso, de uma vez por todas — Sam levantou-se estendendo a mão a Carson, que retribuiu o cumprimento.

—Espero ter ajudado — disse Carson vendo os agentes descerem os degraus da varanda.

— Ah, só mais uma pergunta... no local onde deu início a essa lamentável tragédia, Maoko nos comentou que trazia consigo, da viagem do Japão uma espada... você não saberia onde ela estaria? — o loiro virou-se subitamente mordendo o lábio.

—Não, não havia nada parecido por lá. A não ser nas mãos daquela “mulher”. E... bem, tinha um pedaço de papel, um pergaminho com inscrições japonesas. Deve estar junto com as evidências. Só isso — disse com um tremor em sua voz.

— Obrigado Senhor Carson. Agradecemos a sua colaboração — Sam acenou com a cabeça e seguiu o irmão que já entrava no impala.

Infiltrados como agentes do FBI, não fora difícil conseguir o pedaço de papel, envolto ao plástico na delegacia. Dean habilidosamente guardou a evidência em seu bolso, e voltou seu corpo com a caixa, dos demais objetos, ao policial novato que sorria.

—Bom trabalho, policial Waine, agradecemos sua colaboração com o FBI. Não nos esqueceremos, de mencionar sua ajuda em nosso relatório — o loiro saía batendo nas costas do novato.

—Obrigado, agente Nugent. Muito obrigado, tivemos um sério acidente quando estávamos transportando essas provas do crime, o motorista acabou perdendo a vida.

— Lamentamos. O que aconteceu? — Sam voltou seu olhar para o jovem.

— Não sei muito, todos acabaram de saírem, voltaram ao local do acidente. Vocês tiveram sorte, as provas naquela caixa acabaram de chegar. Logo serão despachadas.

— Certo. Obrigado Waine — Sam acenou com a cabeça e seguiu o mais velho.

Dean entrou no impala e esperou que seu irmão senta-se ao seu lado, dando então a partida no carro.

—Você quer ir direto para o motel? Estou afim de, relaxar um pouco essa noite — Dean sorriu maliciosamente.

—Hã, claro. Vou ficar lá no motel. Estou todo acabado. Preciso de uma boa noite de sono e, você deveria fazer o mesmo — disse Sam passando a mão no queixo.

—Certamente terei uma boa noite, Sammy. Ah, liga para o Bobby. Ele pode nos ajudar a parar essa maluca sorridente, com problemas de beleza. E, o cara fala japonês! — o loiro piscou divertidamente para o irmão.

—É você pode ter razão. Amanhã teremos que vasculhar aquele lugar em busca daquela espada, é ela que contém o sangue de Kuchisake, por isso, ela só ataca naquele perímetro — Sam atirou o corpo para traz quando o Winchester mais velho acelerou o impala.

—É... o de sempre, achar e queimar — Dean bagunçou o próprio cabelo, antes de olhar para a estrada.


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Notas finais do capítulo

Espero que curtem e comentem :)
Beijos!



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