Eterna Vingança escrita por AngelSPN


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Então amados leitores! Mais um capítulo quentinho! Espero que apreciem, beijos a todos!
E minha amiga Alice H...ainda acredito que você volta flor, esse capítulo é pra você!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362343/chapter/3

Sam aproximou-se do sobrevivente que tentava esconder a face, ele estava em choque e se debatia muito. Os paramédicos aplicaram sedativos para acalmá-lo. O jovem que apresentava uns vinte e dois anos e, fechou os olhos adormecendo quase imediatamente. Sam e os assistentes da polícia local estavam chocados com o rosto do garoto. O mesmo corte rasgava a boca do rapaz, formando um sorriso macabro.

— O que o garoto balbuciava? — perguntou o loiro ao paramédico que limpava as feridas da vítima.

— Ele estava em choque, apenas dizia algo como “...ela é bonita”. Com licença agentes, precisamos levá-lo urgente ao hospital.

Dean e Sam concordaram, e voltaram a procurar indícios de algo sobrenatural. O EMF estava enlouquecido, certamente era algum espírito vingativo. Era hora de visitar o hospital psiquiatra e falar com a garota.

— Dean, o que você acha que é? — Sam perguntava enquanto procurava algo na internet.

— Não sei. Acredito que seja um espírito vingativo. Tipo aquele que caçamos com o papai. Só que esse é muito mais furioso e adora mutilar suas vítimas.

— É, pensei que só matava homens. No entanto, hoje, o garoto escapou. Será sorte? — Sam encarou o irmão que dirigia.

— Sorte ou azar, ele ganhou um sorriso para sempre — Sam espremeu os lábios em desaprovação ao comentário sem graça do irmão.

— Desculpa — falou o loiro sem graça — a ruiva da lanchonete comentou que o tal de Carson vira a mulher ou “coisa” com uma espada de samurai? Um espírito samurai vingativo? É loucura, porém, os cortes são limpos e precisos. A lâmina certamente é bem afiada — o loiro visualizou a placa que indicava o hospital psiquiátrico e, dobrou a esquina.

— É. Mas como uma mulher samurai, se é que existe, tenha a ver com Minnesota? — Sam inclinou a cabeça indicando o hospital a frente.

Dean estacionou, abriu o porta luva, pegou a caixa com os diversos crachás falsos. Depois voltou a guardá-los.

— É melhor continuarmos como agentes do FBI. Dá mais credibilidade — o loiro piscou estalando a língua, jogando o distintivo ao moreno que esboçou um sorriso.

Os dois logo estavam adentrando a ala, havia sido mais fácil do que imaginaram. A assistente seguia na frente, era um corredor longo com várias portas, tudo muito branco. Dean não agüentou a curiosidade e perguntou a jovem que seguia a frente, com uma prancheta nas mãos.

— Sra. Linder, pensei que o hospital fosse, mais aberto sabe — Dean direcionou o olhar para as portas trancadas.

— Essa é uma ala restrita, são pessoas que não conseguem se misturar com os demais, literalmente entram em uma espécie de crise. E acabam machucando os outros e a eles mesmos. Não estão em condições sociáveis, se é que me entende — a mulher continuou falando apressadamente. Era evidente que ela tinha medo de passar por aqueles corredores.

— Você já foi ataca? — até mesmo Sam olhou o irmão.

— Deu para perceber? — a mulher loira sorriu, apertando a prancheta contra o peito.

— Desculpe-me, mas deu sim — Dean sorriu encabulado, coçando a cabeça.

— Foi há alguns anos, e, mesmo assim... parece que foi ontem. Só que não posso deixar o medo me dominar. Temos que lidar com eles e aceitar o fato. Não é? — a loira continuou a sua trajetória ao ver o loiro acenando positivamente com a cabeça. — Aqui está ela. Infelizmente a garota continua em choque. Fala pouca coisa e não gosta de deixar a porta aberta. Por favor, sejam cautelosos. Ela ainda está em recuperação.

Os dois anuíram adentrando o recinto, ele era amplo. Havia uma cama, escrivaninha e duas cadeiras. A garota estava sentada escrevendo alguma coisa. Quando ouviu a porta se abrindo, logo correu para a cama. A assistente falou algo para ela se acalmar e apresentou os dois homens. Sam sorriu, demonstrando simpatia pela moça. A garota mantinha um protetor, como aqueles que usavam para fazer cirurgia, cobrindo o rosto até o nariz.

— Olá, meu nome Andersen e meu parceiro é Nugent. Trabalhamos para o FBI, e gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas. Seremos breves, apenas pedimos sua colaboração — Sam puxou a cadeira para perto da garota.

— Maoko Kawak — a jovem resmungou.

— Maoko? Bonito nome. Pode nos contar o que aconteceu? — Sam arriscou. Sabia que a qualquer momento ela poderia pirar, e seriam forçados a saírem sem pistas ou informações do ocorrido.

—Eu, vindo do Japão. Férias aqui. Meu pai mora no Japão. Mamãe mora aqui em Minnesota. Saí em companhia dos amigos, pegamos um atalho para chegarmos até Duluth e fomos atacados. Tudo muito rápido, ela apareceu do nada e os fatiou. Eles deviam tê-la chamado de bonita — a garota encolheu os joelhos abraçando-os.

— Você a viu? Como assim a chamarem de bonita? — Sam perguntara, enquanto Dean folheava um caderno.

— Ela é bonita... ela é bonita... ela é bonita —o moreno respirou fundo, a garota estava entrando no mundo dela novamente.

— Hey, Sam. Olhe isso — Dean mostrou um desenho ao irmão.

— Maoko, quem é essa mulher de vermelho? Foi ela que atacou vocês? — Sam mostrou o desenho à jovem que tirou os longos cabelos negros dos olhos.

—Sim, ela é bonita. Culpa minha, eu não sabia da maldição. Ela é bonita... sim... você é bonita — Sam estreitou os olhos, havia mais coisas a descobrir.

— Porque você se diz culpada? — Sam usou seu mais doce tom de voz, fazendo-a continuar a falar.

—Eu trouxe a maldição. Rompi o selo que a aprisionava da espada, eu não acreditava. Queria vendê-la, morar aqui, sem voltar para Japão e não ser fardo para mamãe... ela é bonita! Então fico como ela... ela é bonita — a jovem começou a chorar e a assistente deu como encerrada as perguntas.

— Por favor, chega de perguntas. A coitadinha precisa descansar.

Sam lamentou o acontecido e prometeu a jovem que acabaria com a maldição. Maoko parou de chorar abruptamente e tirou a proteção de sua face, mostrando ali cicatrizes terríveis, um sorriso macabro e aterrorizante.

— Ela é bonita... então, vou ficar como ela.

Os irmãos saíram do hospital, passavam novamente pelos corredores. Agradeceram a assistente e voltaram para o hotel onde estavam hospedados. Sam abriu a porta e foi logo sentar em frente do seu notebook. O loiro atirou-se na cama com o jornal local em mãos. A história sobre a mulher misteriosa estava ficando cada vez mais sinistra. Pesquisaram inúmeras lendas, assassinatos e quando estavam quase indo dormirem, Sam remexeu-se na cadeira, virou o notebook de lado e chamou pelo irmão.

— Dean, dá uma lida nisso — Sam estava com o rosto sério e demonstrava exaustão.

— O quê? — o loiro levantou-se e aproximou-se do notebook.

— Veja, aqui há uma lenda de uma mulher trajando vestes vermelhas, como sangue, e usando uma máscara — Sam agora parecia muito entusiasmado com a descoberta.

— E? — Dean voltou a sentar na cama.

— E que nessa lenda a mulher teve a boca cortada de orelha a orelha, pelo marido. Ao que parece ela o traiu. Há várias formas de como ela surgiu, aqui diz que era uma interna que saía a noite com a boca pintada de batom como um corte. Ou que ela fazia uso de magia negra. Cara, essa lenda até virou filme — Sam passou a mão no queixo.

— Diz como matá-la? Onde foi enterrada? Podemos queimar seus ossos e dar paz a essa alma atormentada. Ou talvez nem seja essa mulher que esteja matando os cidadãos de Duluth — o loiro voltou a bocejar.

— Pode ser, mas o que me chamou a atenção foi essa parte da história. Para esconder o corte horrível ela usou uma máscara, e depois de alguns meses ela se matou. Pouco depois de sua morte, seu marido apareceu morto, com o mesmo corte que fizera no rosto da jovem. Desde então ela aparecia enraivecida, matando pessoas. No entanto antes de matar ela fazia uma pergunta — Sam parou, deixando o irmão interessado na lenda.

— Pergunta? Que pergunta? — Dean voltou seu olhar para o moreno.

— “Eu sou bonita?” — o silêncio no quarto pairou por alguns instantes, até Dean voltar a levantar-se e sentar ao lado do irmão.

—Mas que merda é essa? Maoko repetia essa frase várias vezes. Só pode ser ela.

— É, se a pessoa dizia que SIM para não deixar transparecer o medo, a mulher tirava a máscara e perguntava novamente: “E agora, continuo bonita?”.

— Deixe-me adivinhar, se a pessoa dizia que NÃO, morria imediatamente.

—Exato. Só que, se a pessoa mantivesse o SIM, ela simplesmente dizia: “Então vai ficar como eu” e cortava a vítima, mas a deixava viva.

—Cara, acho que o coringa respondeu SIM para ela — Dean sorriu, e não encontrando o senso de humor de Sam, resolveu ficar quieto. Sam apenas balançou a cabeça.

—O que você acha? De verdade, sem ironias baratas.

— É um começo. Onde ela foi enterrada?

—Hã, essa lenda tem origem japonesa.

— Cara, não me diga Japão!

—É o que parece, o nome dela é Kuchisake Onna. E ela foi cremada.

— Bom, se ela foi cremada... como ela está aqui?

Sam sacudiu os ombros, também não tinha ideia de como esse espírito raivoso, veio parar na cidade.

— Maoko... — o loiro balbuciou o nome da moça.

—O que tem ela? Acha que ela, tem algum envolvimento com o espírito? — Sam falou fechando o notebook.

—Ela se sentia culpada por isso estar acontecendo — Dean começava a encaixar as peças do quebra cabeças.

— A espada! — ambos falaram juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero de coração que tenham gostado.
Mereço reviews?

PS,: e a segunda feira está chegando... :)....kkkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eterna Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.