Eterna Vingança escrita por AngelSPN
Notas iniciais do capítulo
Em mais um devaneio, lhes apresento Eterna vingança. Espero que apreciem... sem moderação.kkkkkk
O policial Carson empunhou sua arma, saindo lentamente de sua viatura. A lufada de ar frio invadiu-lhe o corpo. Carson podia sentir as fortes batidas em seu peito, a cada passo em direção a estranha criatura caída ao solo, o deixava apreensivo. Minnesota nunca fora um lugar que houvesse relatos de seres extraterrestres ou outra coisa sobrenatural qualquer. Seu pai era o maior criador de bovinos da região, crescera ouvindo lendas e contos, jamais acreditara em qualquer um deles, até agora. Carson continuava seu caminho, desviando dos corpos mutilados a sua frente. Pegou o rádio portátil de sua cintura, apenas estática. A falta de freqüência apenas retornava o chiado. Seu parceiro estava mais a frente com o dorso virado ao contrário, Carson sentiu a ânsia de vomitar ali mesmo, e não conseguiu evitar.
Ainda de joelhos o policial ouvira o som de algo se rastejando, imediatamente voltou em posição de alerta.
— Parado aí! — sua voz saiu mais trêmula do que esperava.
— Me... me ajude, por favor... me ajude — a voz feminina estava fraca, porém compreensível.
Carson olhou ao redor, não havia mais o sinal da criatura, ou seja, lá o que tenha visto. Colocou o revolver de volta ao coldre. Correu rapidamente até a jovem de cabelos negros, a garota estava muito ferida, balbuciava apenas a palavra “me ajude” com extrema dificuldade. O policial levantou a jovem com facilidade, ela era de estatura mediana e magra. Levou-a rapidamente para a viatura, colocando-a no banco cautelosamente. Fechou a porta e deu a volta pelo veículo. Observou mais uma vez a área, repleta de corpos. Entrou no carro e deu a partida, tinha um relatório confuso e sobrenatural a apresentar ao seu chefe imediato. Carson ligou a sirene e saiu em disparada para o hospital.
—Hey, garota. Você está acordada? —a jovem balançou a cabeça, mesmo com sangue em suas vestes, ela parecia desperta. — O que aconteceu? Está machucada em seu rosto? — o policial dirigia em alta velocidade, e voltou seu olhar para a sobrevivente daquele misterioso massacre.
— Não... não me deixe sozinha, ela vai me matar. Ela matou a todos. Sempre diga “Ela é bonita” e sobreviverá, mesmo com esse corte — a jovem passou a mão trêmula sobre seus lábios.
— O quê? Eu entendo. Você passou por uma experiência assustadora, é compreensível que esteja com medo. Fique tranqüila, você está segura agora — Carson dizia tentando manter a própria sanidade e o controle da situação. E cortando o silêncio que se instaurou por alguns quilômetros, a voz de um homem ecoou naquele momento.
— Na escuta Carson?
— Merda! Na escuta Will. Finalmente essa droga voltou a funcionar.
— Qual a situação? Onde está Ricky? Estou chamando vocês há horas! — a voz do outro lado do rádio soava preocupação.
— Will, mande viaturas e ambulância em Duluth perto do lago, houve uma chacina. E ... —o policial suspirou tristemente — E, Ricky está morto. Acredito que só haja uma sobrevivente que estou levando ao hospital próximo daqui.
— Entendido, Carson. Desligando.
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Sam Winchester sentia o vento soprar seus cabelos, sentia a liberdade tomar conta de seu corpo. Dirigia o impala com prazer, seu irmão estava dormindo depois de uma noitada que o loiro passara com as garçonetes gêmeas.
O moreno sorriu ao ouvi-lo balbuciar alguma palavra desconexa. Mas, seus lábios se comprimiram novamente ao lembrar do pacto. Após os acontecimentos com o casal demônios * Casey e o tal padre Gil, os irmãos decidiram não falar sobre o pacto. Ou melhor, Dean decidiu. No entanto, Sam tinha outros planos. Agora que recuperara a colt, e Ruby lhe ensinou a fazer novas balas, ele invocaria o demônio da encruzilhada e o faria quebrar o pacto do irmão.
— Sammy? — a voz sonolenta de seu irmão o trouxe de volta de seus pensamentos.
— Ah, a bela adormecida acordou, finalmente!
— Onde estamos? — o loiro ignorou totalmente o comentário do mais novo, que sorriu ao ver o irmão reclamar de dor no pescoço, massageando-o.
— Quase em Minnesota — o moreno respondeu passando a mão nos cabelos.
— E o que temos aqui, mesmo? — o loiro esfregava os olhos, espantando o sono.
— Cara, você não me ouviu em nada ontem a noite? — Sam olhou o irmão, que apenas inclinou os ombros.
— Me refresca a memória. Ontem em tava doidão — Dean largou seu sorriso maroto, enquanto Sam balançou a cabeça e abriu o porta luva, atirando o recorte de jornal no colo do irmão.
— Está aí. Leia.
— Tão educado... hã.. — Dean pigarreou antes de começar a leitura. — Chacina aos arredores de Duluth, assustam moradores. Cerca de dez pessoas foram mutiladas em uma semana. Tá, mas o que isso tem haver com a gente? — Dean parou, olhando o irmão.
— Continue lendo — Sam respondeu secamente.
—O policial Carson relatou que ao fazer a ronda da noite, seu parceiro Ricky ouvira gritos, ambos se separaram e quando Carson volta para a viatura e não encontra seu parceiro ele tenta chamar ajuda pelo rádio. Carson relata que havia apenas chiado e que não pôde pedir ajuda, então avança alguns metros com a viatura no intuito de conseguir sinal ou freqüência e se depara com corpos mutilados, entre eles o do seu parceiro. Ok, Sam. Chiado, estática esses são os sinais? — o loiro perguntou e teve como resposta o olhar severo do irmão.
— Cara, quer ler até o final! — Dean sorriu, adorava irritar seu irmão.
— Tá, amor. Deixe-me ver... blá..blá..blá..blá... e, o policial afirma ter visto algo que não parecia humano, mas que desaparecera antes mesmo dele poder atirar. Carson conseguiu salvar apenas uma das vítimas, a jovem de origem oriental, Maoko Kawak. A garota está internada, no hospital psiquiatra mais próximo de Minnesota.
— E então caçador-sabe-tudo. O que você acha? — Sam avistou o posto de gasolina e estacionou.
— Bom, parece um começo bem assustador. Pode ser um animal bem rápido. Confesso que vale a pena investigar, já que estamos quase chegando. — Dean atirou o recorte de jornal para dentro do porta luva e fechou-o novamente.
Sam saiu do impala, abasteceu e seguiu até a loja de conveniência pagar a gasolina, e pegar algo para comer. A pequena televisão presa a parede, mostrava os acontecimentos em Duluth.
— Lamentável, não é? — a mulher ruiva comentou ao perceber o interesse do moreno alto.
— Sim, sim. Pegaram os culpados? — Sam voltou sua atenção à atendente.
— Não. E acho que nem vão pegar. O jeito é ficar longe de Duluth. Eu amava aquele lugar, até meu pobre Ricky ser morto... são cinquenta e cinco dólares — a mulher voltou seu olhar para os olhos de Sam.
— Ricky? — o moreno mudou o corpo para uma posição inquiridora — Ricky... era um dos policiais... eu sinto muito. Era seu amigo? — Sam estendeu o dinheiro a moça ruiva.
— Era meu namorado — a garota respirou fundo controlando a emoção que invadia seu coração ao lembrar do amado.
— Porque você disse que, não vão pegar os culpados? — Sam recebeu o troco, e colocava o dinheiro na carteira. Esperava que a moça, pudesse lhe informar alguma pista dos acontecimentos em Duluth.
— Carson, o melhor amigo e parceiro de Ricky. Disse que não era humano, que parecia algo sobrenatural. Eu não acredito em fantasmas, lendas e maldições. Só que... — a jovem parou abruptamente e Sam a encorajou a falar.
— Pode falar, mesmo que pareça loucura. Sou do FBI — Sam mostrou o falso distintivo, aos olhos arregalados da ruiva.
— FBI? Desculpa agente Andersen. Eu... eu... — a mulher agora estava assustada com a revelação.
— Olha só. Eu e meu parceiro Nugent, estamos a caminho de Duluth. Queremos pegar o responsável ou o que quer que tenha acontecido com os cidadãos. E mesmo que você pense que possa ser loucura, para nós pode ser uma pista. — Sam esboçou um sorriso confiante e determinado, que acabou fazendo a ruiva relaxar.
— Carson, não contou tudo em seu relatório. Pois o chamariam de louco, e internariam ele, assim como fizeram com a sobrevivente do massacre. Mesmo que ele tenha dito que parecesse humano e que desaparecera rapidamente, os amigos e seus superiores atribuíram essas confirmações ao choque de ver Ricky... por todos os lados — a ruiva não agüentou e começou a chorar convulsivamente. Sam pega do bolso seu lenço e entrega a mulher solidariamente.
— Tudo bem. Eu compreendo que deve ser difícil a você. Está tudo muito recente. Desculpa fazê-la passar por isso — o moreno segurou a mão trêmula da jovem, lhe passando conforto.
A porta da loja se abre, e os dois direcionam o olhar ao homem que entrara de maneira um pouco agressiva. Sam volta seu corpo em direção ao homem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
* Sam lembra do último caso do casal demônio, se quiser ler se refere a minha fic Moiras http://fanfiction.com.br/historia/311400/Moiras/
E então mereço seus calorosos reviews, que enchem a alma do escritor de alegria e motivação? Ou vão me deixar morrer? Beijos!!