O Som Das Estrelas escrita por Fairy


Capítulo 2
Capítulo 2 – "Vamos viver"


Notas iniciais do capítulo

Oi Amores, como estão?
Tive tempo de escrever hoje de manhã, então postarei ele hoje (:
Agradeço os comentários e Yandere por favoritar a fic *-*
Espero realmente que gostem :*



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"Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão." (A. A. Padovani)


~*~

Estava andando entre os entulhos e mais adiante enxergo pessoas, escuto vozes, vozes conhecidas. Sinto meu coração acelerar, corro em direção a elas. Algo começa a preencher meu coração. Eram eles. Me sinto perplexa, lágrimas de felicidade correm o meu rosto.

– Minna! – gritei me aproximando.

Eles estavam ali, bem na minha frente novamente. Não podia acreditar, estavam festejando como sempre, eles realmente não tem jeito. Me aproximei mais, e o céu começa a escurecer. Era estranho, mas não me importei porque eles estavam ali e vivos. Porém quando olhei de volta para eles, a cena havia mudado. Estávamos naquele dia... o dia em que tudo acabou.

Via o olhar de desespero de todos, corriam para todos os lados, usavam magia ao seu limite, alguns já estavam sem poder mágico. Vi Wendy cair desmaiada após ser atacada por um dragão, tentei socorrê-la, mas meu corpo não se move. O céu se tornou escuro e então... ele apareceu. Acnologia. Não, não quero passar por isso de novo! Ele estava acima de todos, o desespero se transformava em pânico e em um piscar de olhos, tudo e todos desapareceram na minha frente.

– NÃO! – Acordei assustada. Meu corpo suava, meu coração ainda estava disparado, minhas mãos tremiam. Esse pesadelo de novo... é como se eu tivesse que lembrar do que aconteceu, toda noite. Lágrimas começam a descer pela minha face. Não conseguia me segurar. Não queria ter que se lembrar daquela cena outra vez.

Percebo passando as mãos entre as lágrimas que o dia tinha clareado. Mais um dia se passou... e estou aqui sozinha. Suspiro fundo, tentando não chorar mais. Hora de continuar. Olho para o céu radiante “Ohayo minna”. Fecho os olhos imaginando-os felizes. Melhor assim.

Me encontro andando sem rumo junto a Plue, é bom ter ele comigo, mesmo sem palavras, ocupa um pouco do vazio que sinto em meu coração. Sigo à procura deles. De alguma pista de onde eles possam estar. Com a ajuda de Pyxis sei em qual direção está Magnólia. Penso que eles também iriam para lá, para nosso lar, o lugar que temos para voltar.

Os rastros de destruição estão por todos os lados. Acho que Acnologia não se conteve só com Crocus. Como ele pode não ter nenhum sentimento? Acabar com a vida das pessoas sem nenhum remorso... Será que algo pode detê-lo? Fiquei sabendo que após a catástrofe ele voltou a voar pelo continente. Penso se um dia terei que encará-lo novamente. Realmente não quero ter que pensar nisso.

Passo entre algumas cidades sendo aos poucos reconstruídas, de algum modo me sentia bem vendo aquela cena, todos se ajudando para construir o futuro. Futuro... me lembro de ter dito que o salvaria. Naqueles dias realmente acreditava que poderia fazer tal ato. Mas agora, talvez veja isso como uma piada de mim mesma. Acreditar que poderia mudar o destino. Que bobagem. Não pude salvar nem meus companheiros e nem a mim. No final só pude conhecer o verdadeiro desespero, e ver todos sumirem na minha frente.

Em uma dessas cidades peguei um jornal. Talvez fosse bom saber o que poderia estar acontecendo no mundo de agora. O abri, e tristemente tudo o que via eram fotos de desaparecidos desde o incidente. Aquilo me deixou perplexa, é como se um buraco tivesse aberto dentro de mim. No fim das contas, todos só estão procurando por seus entes queridos, assim como eu.

Continuei vagando, peguei algumas frutas pelo caminho para comer. É estranho como os dias passam devagar quando se está só. Mas sempre que escurecia, eu pensava que era mais um dia longe de meus amigos. Me deparo com uma floresta arrasada e curiosamente uma árvore estava de pé no meio de toda aquela destruição. Estranho. Vou me aproximando dela, passando por todos os galhos e troncos derrubados. Fico de frente para aquela misteriosa árvore. E me surpreendo com o que vejo preso entre seus galhos.

O cachecol de Natsu. Fico estática olhando para ele, um calor invade meu corpo. Subo para pegá-lo, quase caio da árvore, mas o alcanço. O abraço com todas minhas forças e olho para os lados procurando por Natsu. Uma esperança renasce em mim. Ele tem que estar por perto, não abandonaria seu cachecol por nada. Mas infelizmente não havia ninguém por perto, tudo o que via era a floresta destruída.

A escuridão volta a fazer parte de mim. Natsu... onde você está? Seu cheiro está no cachecol, e é como se eu sentisse seu calor emanando dali. Me sento em algum dos galhos daquela curiosa árvore. Estava escurecendo. Me sinto deprimida. Abraço o cachecol mais uma vez, leio a carta de Levy outra vez. Não posso desistir. Eles nunca desistiram de mim.

Ainda assim é estranho Natsu não estar com seu cachecol, é tão precioso para ele. Penso que talvez... Não! Ele deve ter apenas perdido. Sei que um dia vou encontrá-lo e entregarei isso para ele. Olhei para o cachecol, trazia boas lembranças. O sorriso de Natsu, aquele seu jeito que me mostrava que sempre havia uma solução. Sua determinação, força. Seu amor pelos companheiros. Com ele do meu lado sempre me sentia protegida. Agora não faço idéia de onde ele está.

Desço da árvore e me sento encostada em seu tronco. As estrelas começam a aparecer me fazendo companhia. Olho para elas, as contemplo. Incrível como a noite pode ser calma. Penso na carta de Levy-chan. Fecho os olhos e começo a pensar. “Levy-chan... você está bem? Ainda está sozinha? Queria mesmo poder te ajudar. Também me sinto só, queria poder estar com você, te dizer que sua carta chegou até mim. Então por favor, mesmo que essas palavras não cheguem até você. Aguente. Viva. Estou tentando fazer isso a cada dia que passa. É estranho existir e não viver não é? Só se passaram 5 meses... Sabe Levy-chan, não há nenhum dia que eu não pense em desistir, mas... daí eu penso, poxa, nossos companheiros nos esperaram por 7 anos, eles sofreram, foram humilhados e mesmo assim ficaram olhando para porta da guild, esperando que um dia passássemos por lá novamente. Me sinto patética ao pensar em desistir em tão pouco tempo. Sei que vamos nos encontrar. Levy-chan, vamos viver certo? Então... me espere

Abro os olhos e me vejo diante de um céu perfeito. “Levy-chan, pode me ouvir?”. Começo a rir de mim mesma, talvez a voz que ouvi da outra vez só fosse mesmo coisa da minha cabeça. Olho a carta de Levy, a aperto entre minhas mãos e volto o olhar para as estrelas. E em um flash, vejo Levy sorrir para mim. Balanço a cabeça, piscando os olhos repetidamente. Estou realmente louca. Mesmo assim meu coração se preencheu, pois tive certeza que ouvi “Estou te esperando, vamos viver”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado,
logo as coisas se resolverão *-*
Por favor, comentem :/



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