Forever & Always escrita por SeriesFanatic


Capítulo 9
Conselhos divinos




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Thalia abriu a porta do seu chalé com raiva por causa da quantidade de batidas.

– Annabeth o que foi? – Ela perguntou ao ver Annabeth, que parecia ter visto Bianca di Angelo.

– Ai Thalia! – ela disse triste.

Annabeth contou o que aconteceu e Thalia ficou mais pálida do que fantasma. Foi então que a meia-irmã de Thalia entrou no chalé, Skylar se parecia com Thalia, tinha os mesmos cabelos pretos que elas herdaram do pai, porém seus olhos eram pretos, mas preto tipo piche. Apesar dos olhos fortes que Skylar herdou de Zeus, ela tinha feições lindas e não lembrava muito Thalia. Skylar ignorou Annabeth e deitou na cama e ligou o iPod, mesmo sendo proibido no acampamento, e começou a ouvir músicas de rock pesado.

– Eu sei que Sky tem um gosto musical muito bom, mas é só ignorá-la! Eu tenho feito isso tem quatro dias! – Thalia disse.

– Mas só tem cinco dias que o verão começou. – Annabeth franziu uma sobrancelha.

– Isso se chama ser irmã, Annabeth! Você não tem esses problemas porque seus irmãos são todos muito educados e usam a lógica até para vomitarem. – Thalia brincou.

– Pega leve com a menina, Thalia. Ela tem o que, cinco anos? – Annabeth perguntou.

– Acho que sim. – Thalia deu de ombros. – Mas Annabeth, tem certeza mesmo que você viu o Percy beijando a Calipso?

– Tenho. Infelizmente eu tenho.

Thalia suspirou, Percy era muitas coisas, mas não era do tipo traíra.

– Vá falar com ele. – aconselhou.

– Era isso que eu estava indo fazer, quando... – ela fez uma pausa. Annabeth não derramou uma lágrima, mas não foi preciso. Thalia sabia que ela estava mal.

– Annabeth... – Thalia disse com pena dela. – Ô amiga... não sei nem o que dizer...

– Eletrocute aquela deusa! – disse com raiva.

– Annabeth menos tá! Sejamos sensatas também né, por favor!

– Thalia você é minha amiga, deveria concordar comigo. – ela disse.

– Annabeth, amiga ou não, é só o Percy! E tem mais... desde quando Afrodite te deu benção? Porque esse escândalo todo só pode tá vindo dela! – Thalia disse.

– Que escândalo? – perguntou Annabeth tentando se recompor.

– Esse aí! Tu tá parecendo patricinha de filme da Disney quando quebra a unha!

ÓBVIO que Annabeth se sentiu ofendida, mas também a fez respirar firme e ajeitar os pensamentos.

– Não me sinto eu mesma desde ontem. – ela confessou.

– Quando ficamos preocupadas é assim mesmo. – Thalia disse.

– Não é questão de tá preocupada! Er... ah sei lá!

Thalia demorou para responder, ela não era muito fã de sentimentalismo e Annabeth sabia disso, mas ao ver o estado da amiga, ao ver que Annabeth estava sofrendo e diferente por causa de um garoto, Thalia resolveu falar.

– Sabe, eu nunca conheci um menino tão maravilhoso quanto o Percy. – admitiu.

Annabeth levantou uma sobrancelha.

– Hein?

– Percy Jackson, meu primo.

– É, eu sei quem é. Meu ex. Só... explica melhor.

– Antes que você comece a dá chilique e fique aí morta de ciúmes, eu sou uma virgem eterna tá ok?! – Thalia lembrou.

– Eu não dou chilique de ciúmes! – Annabeth exclamou.

– Nada. – disse Skylar do outro lado do quarto.

Annabeth e Thalia olharam para a menina, cada uma com sua versão de “olhar mortífero”.

– Eu não estou tirando sua razão de tá pê da vida com ele. É pra tá mesmo! Mas pensa bem, é o Percy! Vocês demoraram uns quatro anos para se beijarem. E porque foi você quem tomou a iniciativa. O Percy é mais lesado, idiota, tapado e lento que sei lá o que! Acha mesmo que ele ia te trair?

Annabeth parou para pensar, Thalia estava certa. Quíron estava certo. ATÉ O SR. D ESTAVA CERTO! O que havia de errado com Annabeth? Por que ela não conseguia pensar direito? Raciocinar? Usar a lógica? O que havia de errado com a ela? Antes que Annabeth pudesse responder, a cornucópia soou e era a hora no jantar. Quando jogou a comida no fogo em oferenda, Annabeth fez algo que NUNCA pensou que fosse fazer: pedir ajuda a Afrodite.

“Sei que não sou de muita importância para a senhora, minha deusa, mas, por favor, ajude-me a entender o que está acontecendo” ela pensou.

E foi comer com os irmãos; Percy parecia assustado, não parava de tremer e deixava cair o talher o tempo todo. Tyson e Dylan notaram isso também, já que aparentavam estar perguntando o que tinha de errado com ele. Calipso não estava à vista. Depois do jantar, Annabeth foi falar com Rachel.

– Pela milésima vez só hoje, meu nome é Rachel Elizabeth Dare, não Raven Baxter! Eu não escolho ver o futuro! Não entendo quando vejo o futuro! O que eu vejo do futuro é só profecia, caramba! – foi a resposta dela. E parecia com raiva.

Annabeth não entendeu muita coisa e foi caminhar na praia até dar a hora de dormir. Viu uns casais se pegando (novidade) e uns filhos de Hermes pregando peça no demais campistas (praxe). Ela sentou perto do mar e ficou pensando no que havia de errado com ela.

– Não há nada de errado com você, criança. – disse uma voz linda.

Annabeth parou de encarar os próprios pés e olhou para cima, ali estava a mulher mais linda do mundo: Afrodite. Em carne, osso, beleza e DNA divino.

– Senhora Afrodite. – Annabeth disse, surpresa.

– Olá, filha de Atena. – a deusa respondeu.

Annabeth não sabia o que responder, até porque ela nunca pensou que a deusa da beleza e do amor ia dá ouvido a reclamação dela.

– Ouvi sua angústia menina e devo dizer que... – parou para pegar um espelho e se retocar. – ficarei feliz em te ajudar.

– Perdão? – Annabeth disse incrédula.

– Annabeth Chase... sabe como se sabe que se está amando? – Afrodite perguntou.

Annabeth bem que queria provar que era mais inteligente que a deusa (não ia ser muito difícil), mas preferiu não discutir, afinal, mesmo Afrodite sendo “fraca” comparada com Zeus, Poseidon e Hades (os que poderiam realmente causar uma desgraça muito grande na vida dela), ela é uma deusa né! Um pouquinho de respeito não ia matar (com exceção de Hera).

– Não senhora.

– Você se sente boba. Suas mãos soam, friozinho na barriga, não para de pensar nele. Para de tomar decisões racionais porque seus sentimentos falam mais alto. Nem parece você mesma de tão emocional que está. – Afrodite disse como se estivesse revelado o segredo da paz mundial.

O coração de Annabeth se acelerou e ela sentiu o corpo tremendo.

– Sabe, menina de Atena, eu gosto muito do seu namorado. Esse tal de Percy Jackson é... curioso...

– Como assim?

– A forma como ele te ama, como ele te olha, é tudo tão... simples, tão... automático.

– Automático?

– É! Como se fosse natural. Nunca vi um amor tão... morno e ao mesmo tempo tão... verdadeiro.

Annabeth quase congelou. A deusa do amor estava dizendo que o amor de Percy por ela era verdadeiro? Mesmo ele a tendo traído com Calipso?

– Lamento, senhora Afrodite, mas devo dizer que está errada. Percy Jackson não me ama.

– Menina tola, o que sabes do amor?

– Sei que se o Percy realmente sentisse por mim, não teria me traído. – ela disse começando a ficar com raiva.

– Filha de Atena, como o que mais gostas é aprender, então me escute: nada é o que parece. Creio que você deve ter tido uma prova disso com minha filha, Silena, e sua traição perante o Olimpo. – Afrodite disse serena.

Para a sorte de Afrodite, era Annabeth e não Clarisse que estava ali. Mas ainda assim, Annabeth teve de se segurar MUITO para não responder a deusa de uma forma grosseira.

– Silena foi uma heroína. – Annabeth disse séria.

– Acredite em minhas palavras, filha da sabedoria. – Afrodite disse ignorando a resposta de Annabeth.

Afrodite começou a brilhar e Annabeth desviou o olhar, logo a deusa desapareceu, deixando a moça ali com muitas coisas para pensar. E quando eu digo muitas, eu digo MUITAS! Tipo... o tamanho do chifre que da Hera depois de tanta traição de Zeus.


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