Forever & Always escrita por SeriesFanatic


Capítulo 8
A traição




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– SANTO POSEIDON! VOCÊ SÓ TEM UM OLHO! – Dylan disse ao ver Tyson.

Tyson estranhou o menino, ele até que lembrava Percy, mas os cabelos eram loiros.

– Quem é você? – Tyson perguntou chegando à costa.

– Dylan. UAU! Deve ser maneiro ter um olho só! – ele exclamou.

– É bem legal! Mas tem vezes que não. Sabe onde está meu irmão? O nome dele é Percy.

– Percy Jackson?

– Sim.

– VOCÊ É TYSON! NOSSA QUE LEGAL! EU SOU DYLAN, FILHO DE POSEIDON! NOSSA, É TÃO MANEIRO TER UM IRMÃO COM UM OLHO SÓ! – Dylan disse, animado.

– Filho de Poseidon também? – Tyson perguntou abrindo um sorriso.

– É! Filho de Poseidon! NOSSA! O Percy disse que você era irado, mas você é mais que irado cara! – Dylan exclamou.

Tyson quase corou com a animação do irmãozinho, desistiu de ir logo ver Percy e arrumar o chalé, Dylan estava tão animado com o novo irmão que deixou Tyson mais do que animado. Annabeth foi para seu chalé e novamente encontrou Andrew.

– Sério garoto, qual é seu problema?! – ela exclamou desviando dele.

– No momento, é o fato de que você não me quer! – ele disse abrindo um sorriso.

– Então serei um eterno problema!

– Volta aqui, Sabidinha... – ele disse puxando-a pelo braço.

Annabeth tirou a faca da baia e empurrou Andrew até a parede externa do chalé de Ártemis, colocando a faca em seu pescoço.

– A única pessoa que pode me chamar assim é o meu Percy! TÁ ME OUVINDO projeto de Robin Hood? – ela disse com raiva.

– Seu Percy por acaso é aquele que estava beijando a deusa Calipso hoje cedo? – Andrew disse com a voz fraca por causa do braço de Annabeth que prendia seu pescoço.

– Que...? – ela disse soltando-o.

– É... – ele disse recuperando a voz normal. – Ele estava beijando a deusa Calipso hoje cedo, todos viram. Pode perguntar.

Annabeth desistiu de ir para o seu chalé e bateu na porta do chalé 3, ninguém abriu e não parecia haver ninguém, ela já estava indo em direção a arena ver se Percy estava treinando luta greco-romana com Clarisse, quando encontrou Dylan e Tyson brincando, Dylan ficava se pendurando em Tyson como um macaco e fazia perguntas sobre o mar, que fazia o olho do ciclope brilhar de alegria.

– Annabeth! – Tyson exclamou ao vê-la.

– Oi grandão. – Annabeth disse, forçando um sorriso.

Tyson a abraçou mesmo com Dylan pendurado em seu braço esquerdo.

– Morri de saudades. – Tyson disse sorrindo.

– Eu também. Como você tem passado? – ela perguntou sendo educada.

– Bem! Papai gosta muito de mim e está orgulhoso dos filhos! – Tyson disse, como sempre, colocando Percy num pedestal.

– Ouviu isso cunhadinha? Papai está orgulhoso de mim! – Dylan exclamou.

Annabeth deu um sorriso amarelo, ela tinha certeza de que Tyson só se referiu a ele e a Percy, mas Dylan parecia ser tão... ingênuo, quanto Tyson, que ela preferiu apenas sorrir.

– Legal... ah... algum de vocês sabem onde está o Percy? – ela perguntou.

– Não. Mas eu queria pedir desculpas, Annabeth, aquela briga... foi minha culpa... e eu... sinto muito mesmo! – Dylan disse fazendo bico.

– Tudo bem Dylan. A culpa foi minha por não ter tido coragem e ido falar logo com ele! – Annabeth disse fazendo carinho no cabelo do menino.

– Olha, eu acho que o Percy deve tá na arena treinando com Clarisse. – Tyson disse.

– É... eu estava indo pra lá. – ela respondeu.

– Quando vir meu irmão, por favor, diga que estamos esperando ele no chalé! – Dylan disse.

– Pode deixar. – Annabeth disse ainda forçando o sorriso.

– Tchau Annie! – Tyson sorriu.

Annabeth apenas fez um gesto com a mão dizendo tchau e continuou caminhando até a arena. Não encontrou Percy, mas sim Clarisse e muitos outros campistas.

– Ainda não vi aquele palerma do Jackson hoje! Mas quando o ver, diga que eu vou matá-lo por ter trazido aquela deusa para cá! Chris e todos os campistas estão encantados com aquela... vadia! – Clarisse disse corando no final.

– Isso é ciúme irmã? – Sherman provocou.

Clarisse deu um murro na cara dele e Annabeth achou melhor deixar todos treinando. Procurou Percy por todo o acampamento e por fim, foi na Casa Grande tirar satisfações com Quíron.

– O que posso dizer Annabeth? Ela é uma deusa que pediu refugio aqui. – Quíron justificou enquanto jogava pinochle com Sr. D.

– Podia simplesmente ter dito não, talvez?! – ela exclamou.

– Menina, isso aqui é um acampamento para semideuses, mas não quer dizer que nós tenhamos que satisfazer suas vontades! Piorou no quesito amoroso! – O Sr. D disse.

– Annabeth, não sou muito de concordar com Dionísio, mas ele está certo. Não posso fazer nada se você está com ciúmes de Percy. Os deuses concederam liberdade a Calipso verão passado. – Quíron disse sendo racional.

– Deveria lembrar disso Annie Bell, você estava lá! – disse O Sr. D.

– Mas os deuses só concederam essa liberdade porque Percy pediu! – Annabeth lembrou.

– Eu achava que as crias de minha meia irmã eram racionais, lógicas e estratégicas... mas você só está sendo sentimental, Annie Bell! – justificou o Sr.D.

Annabeth suspirou e tentou pensar com clareza. Quíron estava certo e (por mais que doesse admitir) Sr. D também! Ali era um acampamento para semideuses e Calipso era uma deusa buscando refúgio após passar milênios confinada em uma ilha. Usando a lógica, o primeiro lugar que Annabeth iria se tivesse vivido a mesma situação que Calipso, era para o Acampamento Meio-Sangue! Mas ela queria o Percy!

– Obrigada pela... dica, titio! – Annabeth disse saindo de perto deles.

Quíron segurou o riso, o modo como ela disse “titio” foi mais do que hilário.

– Não ouse a rir! – Sr. D rosnou.

Cansada de procurar pelo namorado, Annabeth foi procurar Sunny. Não foi difícil de encontrar (muito pelo contrário) já que a menina não saia das artes e artesanatos.

– Oi Sunny! – Annabeth disse chegando perto dela.

– Ei! – Sunny sorriu.

A campista tinha o avental coberto de tinta, assim como a calça jeans, os tênis esportivos e a camisa laranja (que já estava parecendo um quadro em si de tanta tinta). Sunny pintava um quadro cheio de relógios coloridos e com formas distorcidas.

– Cubismo? – Annabeth perguntou apontando para o quadro.

– Acho que sim. – Sunny riu. – Eu não escolho o que pintar, vou mexendo o pincel e a arte é feita!

Normal para filhos de Apolo.

– Sunny, você viu o Percy?

– Vi sim! Fui pegar uns morangos tem uma hora para usar em um quadro e o vi entrando no estábulo! – ela respondeu segurando um pincel na boca.

– Obrigada. – Annabeth disse saindo, mas hesitou. – Sunny?

– Hum?

– Como você sabia que aquela deusa era Calipso? – Annabeth perguntou, desconfiada.

– Eu estudo tá legal! – Sunny respondeu, ofendida.

– Eu sei, eu também estudo e eu não sabia que aquela era Calipso.

– Ai Annabeth, deixa de pergunta difícil! Eu hein! Tá pior que o Andrew! – reclamou.

– Como assim, pior que o Andrew?

– Ele vive perguntando coisas sobre mitologia grega pra mim. Pelo que parece, eu sou a única de todo o chalé sete que presta atenção nas aulas de mitologia grega.

– Que tipo de coisas?

– Sei lá! Várias coisas. Lembra que eu também tenho TDAH? Não sou muito de prestar atenção!

– Mas você o responde quando ele pergunta?

– Claro né! Além dele ser meu irmão, ele pode me esmagar nos duelos e eu gosto da minha cara do jeitinho que ela é. Sem cicatriz! – Sunny respondeu, parecendo outra pessoa.

Annabeth não disse mais nada e saiu do local, Sunny não parecia ser ela mesma. Ela nunca fez menção a aparência e o único namorado que teve foi um mortal (horrível, do tipo que faz Afrodite passar a milhares de quilômetros de distância), ou seja, Sunny não ligava para aparência como os demais do chalé sete. Annabeth também nunca a ouviu defender os irmãos ou ter medo deles, Alison era tão bota lutando quanto Clarisse. Nos estábulos, Annabeth quase que teve um ataque cardíaco ao ver Percy beijando Calipso. Choro é pouco para descrever a situação da nossa amada Sabidinha. Ela saiu correndo em direção ao chalé 1, a única pessoa que ela confiava era a Thalia.

Quando chegou no chalé sete depois do banho, Sunny foi para seu beliche, ela dormia na parte de baixo, já que Will dormia na parte de cima. Para um pouco de privacidade e até mesmo de escuridão, Sunny havia colocado uma cortina e como era amiga de todos no acampamento, conseguiu com que um filho de Herfesto instalasse uma pequena mesa de estudos na parede, que podia ser escondida dos irmãos. Ela abriu o compartimento e a mesa apareceu com alguns livros, um notebook, algumas caixas, pertences e uma fotografia. De uma das caixas, Sunny tirou uma pulseira com um pingente em forma de foice. O símbolo de Cronos.


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