Forever & Always escrita por SeriesFanatic


Capítulo 6
Sonhos virando realidade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361818/chapter/6

Percy teve um sonho parecido com o que tivera um dia antes de ir para o Acampamento Meio-Sangue pela primeira vez. Uma coruja e um cavalo se encaravam. Mas não era uma praia, era Ogígia. A ilha de Calipso. O cavalo branco temia a coruja cor de areia, ela investia com força em direção ao animal, que parecia querer correr. Antes que a coruja cegasse o cavalo, um potro apareceu, Calipso o guiava, o que impressionou Percy não foi vê-la e sim ver que o potro era AZUL! Ai também já era demais! Um cavalo bebê azul? Criatividade mandou lembranças, viu Percy! A coruja atacou o potro e Calipso não fez nem menção em ajudar, parecia que não podia nem se mexer e tinha dor no rosto. Um bebê coruja apareceu seguido de um bebê águia, havia uma pequena luz negra flutuando atrás da corujinha e do bebê águia, parecia translúcida mesmo sendo negra. Dois grifos apareceram de longe, admirando a cena como se fosse exatamente isso que eles queriam: caos.

Percy acordou assustado e tentou entender. Atena e Poseidon lutando na ilha de Calipso com um potro azul?! Não fazia sentido! Muito menos os bebês coruja e águia e menos ainda a forma translúcida de luz e os grifos! Calipso era a que fazia menos sentido! Afinal, Percy nunca mais poderia voltar a Ogígia, pois nenhum herói poderia retornar a ilha perfeita. Depois do café da manhã, Percy seguiu sua rotina de afazeres normais e lá pelas quatro da tarde foi ver Blackjack e estava conversando com ele quando Thalia adentrou no estábulo e praticamente o puxou pela orelha para fora dali.

– Thalia... – Percy resmungou.

– Thalia uma ova! Vá falar com Annabeth! – ela disse com seu jeito sério.

Percy revirou os olhos e cruzou os braços.

– Perseus Jackson, não me faça te eletrocutar! – ela exclamou.

– Thalia, deixa de dram... AI! – Percy gritou levando choque.

Ela apontou em direção aos campos de morango. Percy foi arrastando os pés e Thalia o seguiu para garantir que ele não fugisse. Nos campos de morango, Grover ajudava uns novatos ensinando como se recolhia o fruto enquanto Annabeth estava sentada em um pano de piquenique. Tinha até uma cesta e comidas espalhadas pelo pano. Percy ficou vermelho de ciúmes e levou a mão ao bolço procurando Anaklusmos.

– Quer ficar calmo?! – Thalia disse segurando o braço dele para que ele não fizesse nenhuma besteira.

– Calmo? Enquanto a MINHA namorada está tendo um encontro com aquele imbecil do Andrew?! – Percy disse tentando falar baixo, mas com raiva.

– Bem, ela está num encontro com um filho de Apolo, mas não é o Andrew. – Thalia disse apontando com a cabeça.

Percy viu uma garota de cabelos loiros encaracolados, os cabelos dela pareciam com o de Annabeth e até eram do mesmo comprimento, mas o da menina era mais cheio e parecia ser cor de ouro. A camiseta do acampamento estava quase toda melada de tinta, o short jeans dela também estava melado, assim como o par de converse vermelho. Annabeth tinha cara de que queria bater em alguém. Percy se lembrava da garota, ela era bastante familiar. Se a memória não lhe falhava, ele a viu nas suas primeiras semanas no acampamento e também na batalha do ano passado.

– Quem é ela? – ele perguntou sabendo que a garota era familiar.

– Alison S. Walker. Não me pergunte o que o S quer dizer. – Thalia disse.

– Ela não me é estranha.

– É a segunda mais antiga do chalé 7. Todos a chamam de Sunny. Ela é meio doidinha.

– Como assim doidinha?

– Digamos que a Rachel perto dela é alguém séria, normal e equilibrada.

– Rachel não é doida.

– Vai lá Percy! – Thalia disse, empurrando-o.

Ele quase que tropeçou nos próprios pés. Annabeth ficou pálida ao vê-lo se aproximar e virou para Sunny encarando-a com um olhar mortífero.

– Sunny, você me disse que o piquenique era para me fazer relaxar ANTES de ir falar com o Percy. – Annabeth disse.

– Acho que a Thalia e a Rachel se anteciparam. – Sunny disse se levantando. – Posso levar a geleia?

– Sério mesmo? – Annabeth perguntou.

Sunny deu de ombros, pegou o pote de geleia e saiu caminhando em direção a Thalia. Quando passou por Percy, ele sentiu cheiro de tinta, como se ela fosse feita de tinta, mas ele notou que algumas das manchas na bochecha e na camisa dela ainda estavam frescas. A garota esteve pintando.

– Oi. – Percy disse ficando de frente para Annabeth.

Ela respirou fundo, arrumando coragem.

– Olá.

Silêncio constrangedor.

– Acha que, sei lá, deveríamos pedi ajuda para a galera do chalé dez? – Sunny perguntou a Thalia, enquanto enfiava a mão no pote de geleia para comer o doce.

– Não. E isso é nojento! – Thalia disse vendo a menina lamber a mão melada de geleia. – Agora fica quieta. Rachel e Nico já vão chegar. – ela disse puxando Sunny para que elas se escondessem atrás em um arbusto.

– Percy... – Annabeth disse se levantando e encarando-o nos olhos. – Eu juro que, o que quer que Dylan tenha te contado, não foi toda a história.

Ele colocou as mãos nos bolsos do short preto, encarando a namorada com raiva. Annabeth não sabia o que dizer e muito menos estava se sentindo calma.

– Tá legal, é o seguinte Cabeça de Alga, aquele moleque chato tá me xavecando desde que nos conhecemos na van. Eu não quero nada com aquele idiota e muito menos estou gostando desse gelo que você tá me dando! – explodiu.

– Por que tártaros eu deveria acreditar em você? – ele perguntou tentando ficar calmo.

Annabeth deu dois passos e segurou o rosto dele, forçando-o a encará-la nos olhos. O coração de Percy explodiu como o Monte Santa Helena.

– Porque eu só quero você, seu lesado! – ela disse.

Ele não aguentou e a puxou para um beijo. Annabeth agarrou os cabelos negros dele com força, para que Percy nem tentasse se livrar, enquanto ele a segurou pela cintura, sem dar chance para que ela fugisse. Pense no beijo mais demorado e desentupidor de pia da história e você entenderá o que aconteceu. Sunny deu um grito de alegria e Thalia teve que dar lhe um choque para que ela ficasse quieta; Rachel e Nico chegaram com as pétalas de rosas e começaram a jogar no casal. A ideia foi de Júniper, dizendo que seria algo romântico. Grover pegou sua flauta e começou a tocar uma música romântica de Jesse McCartney e Thalia ficou jogando morangos neles até que a cornucópia soou, avisando que a Caça a Bandeira iria começar.

Os campistas se reuniram e começaram o jogo. Os novatos menores estavam morrendo de medo enquanto os novatos mais velhos estavam perdidos. Os veteranos de cada equipe tentaram ajudar, porém não foi de grande ajuda. Para a sorte de Percy, ele, Clarisse, Nico e Annabeth estavam no mesmo time. O ruim era que o time azul continha todos os demais chalés que não fossem os de Poseidon, Ares, Atena, Hades e Zeus. Digamos que o jogo não foi muito equilibrado, mesmo o time vermelho tendo Atena e Ares. Percy ficou encarregado de ir até onde o riacho Zéfiro desaguava na praia dos fogos atrás da bandeira. Clarisse e Thalia iam lhe dando cobertura.

– Tem certeza que está por aqui? – perguntou Percy a Clarisse.

– Jackson, deixe de ser covarde! – disse ela.

Ele deu de ombros e continuou seguindo pelo caminho que Annabeth os ensinara. Já era de noite quando chegaram à praia. Viram ao menos dez garotos de Herfesto guardando o local.

– Só pode tá zoando com a minha cara?! – disse Percy ao ver a guarda.

– Precisamos de reforços! – Thalia disse.

– Você ou eu? – Clarisse perguntou a Thalia.

– Porque não pode ser eu? – Percy perguntou ao ver o tamanho dos braços dos meninos.

– Você é filho do deus do terremoto. Pode assustá-los caso solte um pum! – Clarisse brincou.

– Thalia pode ir lá e eletrocutá-los! – Percy disse.

– Percy, você é uma galinha ou um cavalo? – Thalia zombou.

– Um homem na verdade. – ele disse sem entender a brincadeira.

– Eu vou, boa sorte com esse aí, Grace. – Clarisse disse correndo de volta para a base da equipe vermelha.

– E então, já fez as pazes com a Annabeth? – Thalia perguntou.

– Você sabe que sim! – sorriu. – Obrigado Thalia.

– Ei, família é pra isso, Cabeça de Alga!

– Er... olha, sobre essa história de Cabeça de Alga... só quem pode me chamar assim é a Annabeth!

– Awn que fofinho, Percy! – Thalia zombou.

Antes que Percy pudesse responder, uma espada apareceu entre ele e Thalia.

– Levantem. – Chris ordenou.

O casal de primos se levantou e logo puxaram luta, mas Chris não estava sozinho. Thalia e Percy lutaram conta quinze semideuses. Percy não lembrava bem o nome de todos, mas sabia que pelo menos cinco eram de Hermes, um de Dionísio e os demais de Apolo. Os filhos de Afrodite e Deméter estavam só observando a batalha, assim como Sunny Walker.

– Chris, não acha que isso é covardia não? – Percy perguntou.

– Ah qual é Percy, com medo de perder pros filhos de Hermes? – Chris riu.

– Como se os filhos de Zeus e Poseidon temessem os de Hermes, Dionísio e Apolo! – Thalia zombou.

Um trovão sacudiu o céu e todos os semideuses pararam espantados, a chuva começou. Ninguém ousou a lutar e os dez filhos de Herfesto começaram a se afastar do mar. Thalia abriu um sorriso ameaçador, Percy ainda estava tentando entender o que estava acontecendo. Annabeth, Nico e Clarisse chegaram onde os demais estavam e viram os amigos em estado de choque. Thalia parou de sorrir quando viu uma luz cinza caminhar sobre as águas do mar. Percy ficou atônito e caminhou ao encontro da luz, com Annabeth e Nico chamando seu nome, mas ele estava em transe. Quando chegou mais perto, Percy conseguiu identificar a forma conhecida. A mulher saiu da água e o abraçou; Clarisse e Sunny estavam segurando Annabeth, que queria matar a tal mulher. Percy nem lembrava que tinha uma namorada quando a abraçou, mas assim que terminou o abraço, abriu um imenso sorriso e pronunciou seu nome:

– Calipso!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!