Forever & Always escrita por SeriesFanatic


Capítulo 1
De volta ao Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Por enquanto, não tenho pretensão de adicionar o Acampamento Júpiter, Jason, Piper, Leo e os demais a história porque eu ainda não terminei de ler O Herói Perdido! Tenho benção de Poseidon e sou meio lerda com leitura!



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Era o último dia de aula. Percy batia os pés impacientemente no chão da sala, maluco para sair do colégio e ir ao acampamento. Fazia um ano que os Titãs tentaram retomar a Terra e foram derrotados pelos semideuses e deuses. O desejo de Percy de que todos os semideuses fossem reclamados e levados ao acampamento fez com que houvesse um aumento de quase 60% de novos campistas e também era necessário sátiros tradutores, pois havia muitos campistas que nem sequer falavam inglês. Mas tudo o que Percy Jackson, o herói do Olimpo, queria era ver sua namorada. Annabeth teve que voltar para São Francisco e eles só conseguiram manter contato por mensagem de Íris e cartas, o que não ajudava muito a matar a saudade que o Cabeça de Alga sentia da Sabidinha.

– Senhor Jackson, qual é a resposta? – perguntou a professora de história.

Percy voltou a prestar atenção na aula e não no relógio atrás da professora.

– Perdão, qual foi a pergunta? – disse ele.


A professora repetiu a pergunta pacientemente e não fez questão de esperar pela demorada resposta do menino, já que ela estava acostumada a lidar com alunos com déficit de atenção e hiperatividade e dislexia. Após responder errado e ter que ouvir a maçante explicação da professora, o sinal tocou e Percy quase que saiu pulando e saltitando pelos corredores, pegando em seguida o metrô até chegar à casa de sua mãe. Paul Blofis estava arrumando as malas quando Percy entrou no apartamento, ele e Sally iam sair em lua de mel.

– Percy. – disse Sally dando um beijo na bochecha do filho. – Tem certeza de que vai passar essa noite bem?

– Claro que sim mamãe, já tenho 17. Não se preocupe! – sorriu o semideus.

– Sally, pare de tratar o menino como se ele fosse criança. – riu Paul chegando à sala. – Afinal, ele é o salvador do Olimpo! Tenho certeza de que conseguirá passar uma noite sozinho em casa!

Percy riu da piada do padrasto, Paul era legal com Percy e muito gentil com Sally.

– Ah... eu sei... mas é que é o meu menino... – disse Sally apertando as bochechas de Percy de propósito.

– Mamãe. – Percy reclamou.

Sally e Paul riram e se despediram do rapaz, indo pegar o carro para uma viagem de três semanas andando sem rumo pelos Estados Unidos. Percy ia para o acampamento no dia seguinte, mas é claro que Sally ia ficar preocupada com a única noite que o rapaz passasse sozinho. Felizmente, naquela noite, não houve sonhos e ele foi completamente bem descansado para o acampamento. Brincou por uns segundos com Peleu e logo desceu a colina em direção a casa grande, queria primeiro falar com Quíron, saber se estava tudo bem.

– Tudo ótimo! – exclamou o alegre centauro. – Nunca vi tantos semideuses juntos em um lugar só! Foi um desejo maravilhoso esse seu Percy, estou orgulhoso de você. – sorriu.

– Sim, sim, claro. Vamos todos parabenizar o semideus idiota que abriu mão da imortalidade por uma garota! – ironizou o Sr. D.

Ele deu um sorriso envergonhado e deixou Dionísio e Quíron jogando pinochle como nos velhos e bons tempos. Foi até o chalé de Poseidon deixar suas coisas e viu umas coisas na cama de Tyson, saiu procurando o meio-irmão pelo acampamento, mas só encontrou Grover aos beijos com Júniper na praia dos fogos.

– Desculpa amigo, não vi seu irmão. – disse Grover.

– Ah... bem, ele deve está nas forjas. Mas valeu Grover. – disse Percy.

– Fico feliz em ver que você está bem, Percy. – disse Júniper.

– Obrigado. Digo o mesmo de vocês! – sorriu.

Percy foi às forjas, mas ninguém de Hefesto viu o ciclope. O semideus já estava achando estranho ter coisas na cama de Tyson e ele não estar ali, Tyson idolatrava Percy e sempre que ia pro acampamento, a primeira coisa que fazia, era achar o irmão. Então ele foi para a arena e encontrou a Sra. O’Leary brincando com um boneco de plástico quase que do tamanho dela.

– Ei garota! – disse o semideus acariciando a cadela, que quase o melou todo de baba.

– Ei, você é Percy Jackson? – disse uma voz de criança.

Percy se virou e viu um menino loiro de uns doze anos, o menino tinha os mesmos olhos verdes de Percy, um rosto bem familiar e tinha um ar de perdido.

– Sou sim. E você é quem? – ele perguntou, estranhando.

– Meu nome é Dylan. Me disseram que eu te acharia aqui.

– Quem disse? – estranhou.

– Meu sátiro. Ele disse que eu acharia meu irmão aqui.

Percy ficou pálido e deu um passo para trás, ele não imaginou que ia ganhar um irmão.

– Irmão? – disse sem acreditar.

– Sim. Grover disse que meu irmão, Percy Jackson, o herói do Olimpo, estaria aqui. – disse o garotinho sem jeito.

“Eu vou matar Grover! E Poseidon!” pensou Percy.

– Ah... garoto, tem... certeza mesmo que você... é meu irmão? – disse Percy sem saber muito bem o que sentir.

– Sou filho de Poseidon. É tudo novo para mim, sabe. Mas Quíron disse que você também se sentiu assim quando chegou.

“Ótimo, também vou matar o Quíron” pensou.

Dylan foi até o encontro de Percy e ofereceu a mão como comprimento, Percy apertou a mão do irmão, mas ficou bastante desconfiado. Dylan, de fato, parecia com ele, não só nos olhos; tinha algo no rosto do menino que parecia familiar para Pecy, fora a cara de espanto. Percy então se lembrou dos primeiros dias no acampamento e decidiu ser mais legal com o novo irmão.

– Então Dylan, de onde você é?

– Seattle! Ei, é verdade que foi você que salvou o acampamento ano retrasado e que salvou o Olimpo ano passado?! – o menininho perguntou, animado.

Percy riu e tentou explicar para o caçula que não foi bem assim, que quem realmente salvou o acampamento foi Dédalo e quem salvou o Olimpo foram todos os bravos semideuses do acampamento e até citou o nome dos bravos heróis que perderam suas vidas para que o mundo pudesse ser salvo.

– Sempre sendo modesto não é Jackson?! – riu Chris Rodriguez entrando na arena.

– E aí Chris! – disse Percy apertando a mão do amigo. – Já conheceu meu irmão Dylan?

– Irmão, ele me chamou de irmão! – disse Dylan quase pulando de alegria.

Percy e Chris riram com a reação do menino. Dylan parecia ficar mais feliz do que Tyson em relação à Percy.

– Prazer Dylan, sou Chris Rodriguez, filho de Hermes. – disse Chris oferecendo a mão ao garoto.

– O prazer é meu! – disse Dylan apertando a mão de Chris.

– Quíron e Sr. D mandaram chamar todos os semideuses no anfiteatro, vai ter uma pequena cerimônia lá. – disse Chris sorrindo.

– Pequena cerimônia? Isso nunca aconteceu! – disse Percy estranhando.

– Segundo Travis e Connor é por causa da quantidade de novatos, alguns ainda não digeriram muito bem, sabe como é né! – disse Chris dando de ombros.

– Sei. E como sei! – Percy exclamou.

– E, de acordo com a Clarisse, terá uma homenagem há todos que ano passado, bem, você sabe. – disse Chris com a voz pesada.

Percy concordou com a cabeça e se despediu da Sra. O’Leary. Ele levou Dylan para o chalé e pediu para que ele mudasse de cama do jeito mais gentil que conseguiu, explicando que Tyson era irmão deles e que aquela era a cama dele. Dylan ficou animado para conhecer Tyson, mas também, o garoto estava entusiasmado em conhecer tudo e todos. No anfiteatro, quase não se encontrava espaço de tanto semideuses usando laranja, Quíron e Sr. D estavam no centro com os sátiros. Começou com uma bela apresentação das filhas de Afrodite dançando e encantando a todos; alguns filhos de Hermes fizeram uma pequena stand-up comedy. Não importa o que apresentassem, Percy não conseguia parar de pensar em Annabeth.

– E agora, quero que vocês conheçam nosso novo Oráculo! Rachel Dare! – apresentou Quíron.

Percy e os demais aplaudiram e Rachel estava corando com a atenção. Até Rachel estava ali! Onde Hades se meteu Annabeth?! Rachel fez um discurso e disse o nome de todos que pereceram na batalha, Clarisse soltou um urro de guerra quando disseram o nome de Silena. Não uma traidora, mas alguém bravia e uma verdadeira amiga. Cada chalé se levantou quando o nome de um de seus membros foi falado. Depois houve um minuto de silêncio em homenagem a todos e uma menina de Apolo fechou a cerimônia cantando uma música triste, porém de esperança (em grego, claro). A garota era bonitinha, mas parecia ter uns onze anos. Dylan cutucou Percy a cerimônia toda fazendo diversas perguntas.

– Agora, por favor, o representante de chalé venha até aqui! – chamou Quíron.

– Escuta Dylan, eu tenho que ir, mas não se preocupe tá ok. Eu já volto! – disse Percy.

Uns vinte adolescentes ficaram ao lado de Quíron enquanto ele e Sr. D. falavam quem era filho de quem e explicavam um pouco soube cada deus, por causa dos novatos. Percy estranhou em ver Malcolm representando o chalé de Atena. Annabeth era quem era a chefe do chalé de Atena! Ao término, muitos novatos foram pedir conselhos e tirar dúvidas com os representantes de seus chalés e os sátiros também estavam tentando ajudar. Percy puxou Grover pelo braço e quase deu um murro nele por não ter dito nada sobre Dylan.

– Eu achei que seria melhor você descobrir sozinho! Lembra como você surtou quando soube que o Tyson era seu irmão! – justificou o sátiro.

– Eu não surtei! – exclamou Percy.

Grover fez uma cara sarcástica e Dylan puxou a camisa de Percy, estava com fome. Ele indicou o pavilhão e disse que já alcançava o menino. Dylan foi quase saltitante até o pavilhão.

– Parece até que eu sou o pai dele! O moleque pede minha ajuda para tudo! – disse Percy.

– Qual é Percy! Pega leve com o guri! – riu Grover. – Lembra não como você foi? Se não fosse pelo Luke...

– É, eu sei Grover! – disse Percy, ele ainda tinha um pouquinho de ressentimento pelo Luke.

– Daqui a pouco ele arruma amigos e para de te irritar! – riu Grover.

– Ei, você sabe onde está a Annabeth? Não a acho em canto algum! – ele disse, ficando preocupado.

– Não. Ela não disse para você quando vinha? – perguntou Grover.

– Disse que chegaria hoje de manhã! Mas já é quase a hora do jantar!

– Relaxa Jackson! – disse Clarisse dando um murro no braço dele. – Provavelmente ela achou alguém melhor para beijar! – zombou.

Percy fez uma careta e Clarisse saiu brincando com os irmãos em direção ao pavilhão. Percy e Grover começaram a caminhar em direção ao local, já estava quase na hora do jantar; foi uma cerimônia calma e a cantoria na fogueira também, mas Percy trocou a cantoria na fogueira por uma conversa com Quíron.

– Não faço ideia de onde ela esteja Percy. Pelo que soube, ela viria hoje. – disse ele na cadeira de rodas.

– Não está preocupado?! – exclamou Percy.

– Calma rapaz! Ela deve ter encontrado um monstro no caminho ou deu algum problema no meio de transporte que ela está usando ou coisa do gênero! Amanhã você manda uma mensagem de Íris e verá que está tudo bem!

Percy ficou inquieto, os pés batendo sem parar no chão da sala da casa grande.

– Annabeth sobreviveu à guerra contra os Titãs, vocês lutaram bravamente ano passado, Percy. Tenho certeza de que se ela foi abordada por algum monstro, ela conseguirá cuidar do desgraçado! – disse Quíron tentando fazer o pupilo se sentir melhor.

– É, tem razão.

– Vá se divertir Percy, você merece! E boa sorte com Dylan.

Percy concordou com a cabeça e foi se juntar aos amigos na fogueira. Era estranho ver Clarisse aos beijos e abraços com Chris, enquanto ele tinha que tomar conta de Dylan. Mas a cantoria dos filhos de Apolo foi interrompida com um barulho de carro batendo em uma árvore. Os campistas, sátiros, ninfas, Quíron e até o Sr. D correram em direção ao antigo pinheiro de Thalia, a van do acampamento tinha sofrido um acidente. Argos saiu cambaleando e desmaiou, os filhos de Apolo e Hermes cuidaram de resgatar os semideus dentro. Para a surpresa de Percy, Clarisse e Grover; Nico, Thalia e Annabeth estavam na van. E também mais uns cinco meio-sangue novatos e o barulho do minotauro ecoou pelo bosque. Percy destampou contracorrente e partiu pra cima do bicho.

– Vishe... deja vu! – disse Grover.

– Levem os feridos para a enfermaria! Will, você lidera! Vão! – gritou Quíron.

– Por aqui semideuses! – disse Will chamando os filhos de Hermes que carregavam os feridos.

– Ninguém vai ajudar o Percy?! – gritou Dylan.

– Calma ai. – disse Grover contendo o menino. – Seu irmão e aquele ali são "amigos" de longa data. Ele cuidou do minotauro pela primeira vez quando tinha sua idade. Tenho certeza de que ele pode, muito bem, cuidar dele pela terceira vez.

Não demorou nem dois minutos para Percy Jackson transformar o monstro em poeira, de novo. Sem nenhum arranhão, Percy voltou para os limites do acampamento e correu até a Casa Grande. Mas Will e os filhos de Apolo e Hermes não deixaram ele entrar.

– Qual é Will! Chris! Sou amigo de vocês ou não?! – exclamou Percy.

– Calma Persiana, eles vão ficar bem! – disse Clarisse.

– Quem foi o idiota que colocou sete meio-sangues numa van?! – gritou Percy. – Ainda mais com dois sendo filho de Zeus e Hades?!

– A ordem foi minha Percy. – disse Quíron. - Foi um ponto de encontro em Nova Iorque, qualquer semideus que aparecesse seria trazido para cá por Argos.

Em situações normais, Clarisse iria zombar com a cara de Percy, mas ao ver a preocupação dele com Annabeth, Thalia e Nico, ela achou melhor ficar calada. Dylan entrou na sala e deu um abraço tímido no irmão. Não era realmente o que o filho de Poseidon mais precisava no momento, mas saber que tinha alguém ali para consolá-lo fez a dor diminuir. Quíron, Clarisse, Percy, Grover e Dylan ficaram a noite inteira ali, quietos, esperando notícias.


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