The Lucky One escrita por AnaLu


Capítulo 8
Capitulo 8 – Vamos sair daqui?


Notas iniciais do capítulo

Eu achei que teria terminado esse cap até o fim de semana, mas minhas expectativas eram bem altas para ele e acabei demorando. Não fiquei cem por cento feliz com o resultado, mas faz parte. O capitulo ta beeeeeem doce, é um aviso para os que tem diabetes.
Espero que gostem, boa leitura!



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Capitulo 8 – Vamos sair daqui?

O caminho inteiro Edward fez suspense sobre a onde estávamos indo, estávamos do outro lado da cidade, até que paramos em frente de uma lanchonete que eu nunca havia visto na minha vida.

– Saímos do Baile para comer? – perguntei intrigada, afinal se ele estava com fome havia muita comida na festa. Mas o que mais eu poderia esperar? Somos apenas melhores amigos, não é mesmo?

– Você é meio bipolar sabia? – ri junto com ele – Eu simplesmente te trouxe para experimentar o melhor milk-shake do mundo! – disse convencido e abriu a porta do carro já saindo – Vamos? – assenti e logo estávamos passando pela porta do lugar.

A decoração era colorida, cada parede tinha uma estampa diferente, listras, bolinhas, caracóis... Havia um grande balcão e algumas mesas coladas nas janelas com sofás pretos ao invés de cadeiras. Edward cumprimentou uma senhora que estava atrás do balcão e fez nossos pedidos, dois milk-shakes de chocolate, e em seguida sentamo-nos em uma das mesas, um de frente para o outro. O lugar não estava muito cheio e tinha um ar divertido e aconchegante. Nossos pedidos chegaram e ele tinha razão, era o melhor milk-shake que já tomei na minha vida.

– E então valeu ou não a pena sair do Baile para vir aqui? – perguntou com uma sobrancelha levantada e um meio sorriso.

– Valeu sim, está delicioso!

– Percebe-se, afinal você já tomou mais da metade do seu... – que mentira! Mas realmente estava muito bom, apenas revirei os olhos.

– Como você encontrou esse lugar? – perguntei curiosa mudando o assunto.

– Sabe, às vezes gosto de pegar o carro só para dirigir por ai-

– Em uma velocidade extremamente alta – o interrompi e ele me encarou – ok, desculpe, continua.

– E, bom, esse lado da cidade é bem mais tranquilo e tem uns lugares muito bacanas, é bom para fugir um pouco de tudo...

– Eu nem imaginava que o outro lado da cidade era assim, e olha que nossa cidade é minúscula! – rimos – Mas isso me preocupa, sabe? – abaixei o olhar misturando o resto do meu Milk-shake com o canudo – Quero dizer, depois da formatura vamos para a faculdade, deixaremos Forks e praticamente tudo para trás e então eu percebo que ainda há muitas coisas para fazer e conhecer por aqui... eu não sei se estou pronta... – ele ficou sério e olhou para a janela pensativo. – É meio bobo, eu sei...

– Não, de forma alguma – fez sinal para senhora atrás do balcão, pedindo a conta – Mas ainda temos uns seis meses para resolver isso... tem mais um lugar que eu quero te mostrar... é aqui perto, o que acha? – já estava de pé me estendendo a mão.

– Claro... mas não vamos para outra lanchonete, né? Não sei se aguento comer mais alguma coisa...

– Vamos logo Bella, que dramática – disse já me puxando – você me faz me sentir como a bruxa do João e Maria – lhe dei uma cotovelada na costela de leve e deixamos o lugar rindo.

Antes de chegar ao carro já estava tremendo, afinal o inverno já tinha chego e ca estou eu de tomara que caia. Entrei no carro e ele me estendeu seu paletó, agradeci com um sorriso e logo o vesti inalando o seu perfume discretamente, claro.

Seguimos pela estrada e já nos limites da cidade ele entrou em uma pequena estradinha em meio às árvores, três minutos e então ele parou o carro. Estava boquiaberta, era uma das paisagens mais lindas que já vi.

– Sabia que iria gostar, é o topo de um penhasco que antigamente funcionava como um mirante, mas hoje quase ninguém vem, o que acaba se tornando um ótimo esconderijo. – Eu ainda não conseguia falar nada ele abriu a porta do carro – Vamos?

– Sim, er, só um minuto... isso ta me matando – tirei os sapatos que Alice me deu e soltei meu cabelo, estava bem mais confortável agora, soltei um suspiro de alívio e Edward riu.

Eu me aproximei da beirada com cuidado para admirar melhor a vista, os faróis do carro ficaram ligados para podermos enxergar alguma coisa. Eu conseguia ver uma imensidade de árvores e então ao fundo a praia de La Push.

– Como eu sempre venho aqui, eu tenho umas coisas no meu porta-malas, é sempre bom estar preparado. – Ele disse estendendo uma manta no chão para nos sentarmos e me entregando um pacote de salgadinhos, ri me lembrando sobre a história da bruxa e ele me acompanhou.

Por um momento ficamos quietos, olhávamos a paisagem e as estrelas no céu. Estava feliz por estar ali. Era um silencio confortável, ele abriu o salgadinho e me ofereceu, revirei os olhos e peguei o fazendo rir.

– Você tinha razão, é incrível! Há quanto tempo você vem aqui? – perguntei levando o salgadinho a boca.

–Desde que aprendi a dirigir, acho que é meu lugar favorito no mundo, ok isso foi meio pegas, mas enfim, eu morro de ciúmes dele, você é a primeira pessoa que trago aqui.

– Pode ficar tranquilo que eu não trarei ninguém aqui... – ele deu um sorriso sem graça, nunca tinha o visto daquele jeito, não sei, ele parecia mais frágil, mais sensível.

– Er, você já tem noção da carreira que vai seguir na faculdade? Você disse que estava na duvida... – mudou de assunto.

– Bom, acho que jornalismo, eu gosto de ouvir e contar histórias... quem sabe eu escreva um livro um dia... mas e você? Carlisle deve estar muito orgulhoso por você querer seguir seus passos...

– Sim, ele está, o que é bom, ele me apoia muito, mas também tem um pouco a pressão... mas escrever um livro hein? Isso é legal... – disse sorrindo e cutucando meu ombro e eu sorri apoiando minha cabeça no seu.

O silencio novamente reinava e era possível ouvirmos as ondas quebrando na praia ao longe. Era estranho, mas eu queria congelar aquele momento para sempre, não queria falar nada com medo de estragá-lo e Edward parecia compartilhar do mesmo sentimento. Eu já estava quase dormindo quando decidi levantar minha cabeça, olhei para as estrelas procurando constelações ou algo do tipo.

– Bom, parece que ainda teremos mais um mês de namoro, certo? – ele quebrou o silencio e eu concordei com a cabeça olhando para ele. – Desculpa ter te colocado nessa...

– Relaxa Ed, já falamos sobre isso e não está sendo tããão ruim, afinal você me alimenta o tempo todo – balancei o pacote de salgadinho e ele riu. – Acho que talvez tudo isso esteja nos unindo mais ainda e isso é bom, é o nosso ultimo ano na escola.

– Verdade... você não consegue tirar da cabeça o fato de estarmos indo embora no verão, não é mesmo? – eu ri sem graça.

– Acho que tenho medo de mudanças, medo de tudo que vai acontecer, medo do futuro... – encarava minhas mãos apoiadas no meu colo.

– Bom, todos têm certo receio, então relaxe, e quanto a nós seis, somos amigos desde sempre e isso não mudará tão cedo. – ele suspirou – Mas eu confesso que também tenho meus medos quanto ao futuro...

Agora eu olhava para ele, nossos olhos se encontraram mais uma vez nessa noite. Estávamos bem perto um do outro.

– Talvez devêssemos fazer uma espécie de pacto... – ele sussurrou sem se mexer – só nos preocuparemos quando for a hora, quando estivermos com os nosso diplomas...

– Me parece um bom pacto – sorri.

Ainda estávamos bem próximos, sua mão segurou meu rosto e eu fechei os olhos, me deixando levar pelo momento. O beijo foi calmo e aos poucos fomos nos entregando o deixando mais urgente, mexia em seu cabelo e ele segurava minha cintura, nossa línguas travavam uma batalha, acabamos por deitar na manta seus braços me enlaçavam possessivamente e minhas mãos passavam por suas costas . Separamos-nos um pouco ofegantes e nos encarávamos sem saber o que dizer. Havíamos nos beijado e não havia ninguém por perto, foi algo totalmente espontâneo e me deixou totalmente confusa. Na verdade eu não sei é certo chamar o que aconteceu de um simples beijo.

– Er... acho que... bem...talvez devêssemos voltar para casa... está meio tarde – ele disse sem graça e eu concordei.

Recolhemos as coisas e entramos no carro em silêncio, seria uma cena cômica se não tivéssemos tão confusos e constrangidos. Não havia sido um simples beijo, mas sim O beijo. Foi incrível, mas tinha um problema, ele era meu melhor amigo, o cara que eu fingia namorar, que eu conhecia desde sempre, não fazia nenhum sentido para mim. E tudo o que eu mais queria era esquecer, mas não foi possível, passei a madrugada inteira pensando nele, com nele quero dizer o beijo, não o Edward. Uma coisa era certa, eu estava extremamente confusa.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Foi um cap totalmente focado nos dois e ja começa a perceber que a Bella não é tão indiferente a ele, certo? Bom, como sempre, se quiserem deixar criticas e sugestões é só comentarem.
Uma noticia boa é que agora estou de férias então postarei com mais frequência.
Ah, eu postei recentemente um oneshot, vou por o link aqui para quem estiver interessado, é uma songfic inspirada na musica Starlight da Taylor Swift. http://fanfiction.com.br/historia/440923/Starlight/
Bjos e até o próximo!