Perfectly Wrong escrita por Juliiet, Nana


Capítulo 12
Asher preso em carbonita


Notas iniciais do capítulo

OIE GENTEEEEE, ói eu aqui :)
O QUE VOCÊS ACHARAM DA CAPA QUE A NANA FEZ? EU TO APAIXONADA POR ELA ♥
Então, esse capítulo é muito Nana HUAHEUAHSEUAH super nerd
Eu quero agradecer a TODO MUNDO que comentou cap passado, eu ri MUITO com as teorias malucas de voces. Eu terminei de responder aos reviews do outro cap, mas ainda não aos do cap passado, mas termino ainda essa semana.
A Brisa e a Júlia acertaram as fantasias yey o/
Eu dei spoiler pra Brisa, mas a Júlia nunca me respondeu então...se ela quiser, eu sou spoiler pra ela do próximo cap :)
Espero que gostem do cap, até lá embaixoooo :*



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Ferrou.

Eu me virei lentamente, afastando-me de Asher para enfrentar meu triste e trágico fim.

Ok, drama.

Eu não havia conseguido mentir para o meu namorado por tanto tempo sem ficar cara de pau e realmente boa na coisa toda.

– Amor, que bom que você acordou – falei com a cara mais lavada desse mundo. – Eu queria te apresentar alguém. James, esse é Asher.

Eu não virei para trás para ver a expressão do cara que iria morrer num futuro bem próximo. A de James já era assustadora o suficiente e parecia exigir explicações.

– Você lembra do JJ? – perguntei, pensando rápido. – Meu amigo do trabalho?

Eles haviam se conhecido da última vez em que James viera me visitar.

– O que ele tem a ver com o fato de você estar só de toalha e conversando com um cara? – perguntou, furioso.

Aproximei-me dele relutantemente.

– Calma, querido. Asher é o namorado do JJ, que veio me trazer uns papéis da galeria que eu preciso olhar. Você sabe que eu pedi o dia de folga para ficar com você...

À medida que a informação ia penetrando a mente do meu namorado, sua expressão ia suavizando, até que seu pescoço adquiriu um lindo tom cor de rosa que mostrava que ele estava envergonhado. Se a situação não fosse tão crítica, eu teria sorrido. James não ficava envergonhado com frequência e era sempre fofo vê-lo vermelho.

Mas eu tinha outras coisas com que me preocupar. Como, por exemplo, a possibilidade do capeta do meu colega de apartamento destruir minha mentira só por orgulho ferido e por não querer ser conhecido como gay. Eu estava totalmente nas mãos dele e, se ele não seguisse minha farsa, estaria mais do que fodida na vida.

Eu iria matá-lo depois, sem dúvida, mas isso não recuperaria o meu relacionamento com James.

– É um prazer conhecê-lo – Asher estendeu a mão para James, com um sorriso torto no rosto. – Mas a Max nunca me contou que o namorado dela era tão...sexy.

James ficou roxo e eu quase engasguei e morri com minha própria saliva.

– Ahn...obrigado – James respondeu incerto enquanto apertava a mão de Asher.

– Bom, eu já vou indo – meu colega de quarto, que futuramente seria um cadáver, disse, ainda com aquele sorriso idiota no rosto. – Sabe como é, JJ é muito impaciente e já deve estar sentindo minha falta.

Eu simplesmente não estava acreditando naquilo. Ele tinha que estar fazendo de propósito! Eu mal conseguia me segurar para não rir e ele sabia disso. Eu estava provavelmente roxa de tanto segurar o ar nos pulmões.

– Não precisa me levar até a porta, eu sei o caminho. Beijos, amada.

Era a última gota. Antes da porta se fechar atrás de Asher, eu estava dobrada no meio, quase tendo uma parada cardíaca de tanto rir. E eu apostava tudo o que eu tinha que ele estava se divertindo enquanto ficava do lado de fora, me ouvindo ter um ataque.

– Amor, você está bem? – James perguntou, parecendo preocupado com minha saúde mental.

Eu também estava preocupada, afinal, viver com Asher Lockwood era pedir pra ganhar um ticket só de ida pro hospício mais próximo.

Beijos, amada.

Eu não podia pensar nisso ou iria me jogar no chão de tanto rir.

– Tudo ótimo – consegui colocar ar suficiente nos pulmões para dizer. – Eu só lembrei de uma piada.

Ele assentiu, ainda me fitando como se eu tivesse batido a cabeça.

– Estranho esse namorado do Spencer – comentou, fazendo-me parar de rir e olhá-lo, nervosa. – Ele não parece gay.

Engoli em seco.

– Ele não precisa usar salto agulha e cílios postiços pra ser gay, James – afirmei, ajeitando minha toalha. – E um cara hetero diria que você é sexy?

Ele coçou a nuca.

– Bom, é verdade...

Eu sorri, aliviada.

– Eu vou me vestir, Erin e Mitch devem estar chegando – falei, virando-me para ir para o quarto. – Você devia fazer o mesmo.

James me segurou pelo braço antes que eu pudesse ir muito longe.

– Mas você está tão linda assim – resmungou, passando uma mão pelas minhas costas e acomodando a outra na minha nuca.

– Eu não estou vestindo nada – atestei o óbvio.

– Exatamente – ele respondeu e eu ri, logo antes de ter seus lábios pressionados nos meus.

Fechei os olhos e deixei-o explorar minha boca. Nós mal tínhamos nos beijado desde que ele chegara e eu precisava admitir que sentia falta disso. Passar meses sem ser beijada me fazia sentir como uma flor que havia sido colocada no meio do deserto, por mais ridícula que seja a comparação. E James era tão alto, tão forte, me segurava com tanto cuidado e me beijava com tanto carinho que fazia eu me sentir segura, como se nada pudesse me atingir.

O beijo de Asher não devia ser assim. Ele devia beijar da mesma maneira que vivia. Sem medo de se arriscar. Seus lábios deviam ter gosto de perigo, de aventura, de...

Por que diabos eu estava pensando no Lockwood?! E pior, em como seria o beijo dele?! Eu nunca saberia mesmo – e nem queria. Eu tinha o homem que amava me beijando, e seu beijo era o suficiente para mim.

Eu não precisava beijar outro cara. Muito menos o tarado com quem dividia o apartamento.

Afastei-me de James, percebendo que minha cabeça não estava realmente naquilo. Eu ainda estava nervosa por quase ter sido descoberta, estava puta com Asher; estava querendo cortar as bolas do Asher, ainda estava um pouco chateada com James e todo o lance de não ter um par pro casamento da minha melhor amiga e...

Eu nem sabia, só parecia ter coisa demais na minha cabeça para que eu pudesse aproveitar os braços de James ao meu redor.

– Temos que nos apressar, sério – falei, levantando o rosto para olhá-lo, embora evitasse seus olhos. – Não quero estar de toalha quando Erin e Mitch chegarem – dei um selinho nos seus lábios vermelhos e me virei em direção ao quarto.

Fechei a porta e me encostei nela, suspirando.

O que havia de errado comigo?

...

– Eu não sabia que você cozinhava tão bem, Max – Mitch elogiou enquanto comia seu sexto pedaço de brownie.

Dei de ombros.

– Não é algo que eu faça com frequência – respondi, depois de tomar um gole do meu vinho. – Não gosto muito de cozinhar, mas obrigada.

Mitch parou de comer e olhou para mim, horrorizado.

– Você está louca? Não gosta de cozinhar e tem um talento desses? Se Erin cozinhasse assim, eu não a deixaria sair da cozinha nem pra ter o bebê.

James riu e Erin deu um forte tapa na parte de trás da cabeça do noivo. Eu só sorri. As pessoas normalmente tinham essa reação.

Ninguém entendia.

Era como na escola. Eu sempre fui ótima em matemática e tirava boas notas na matéria sem precisar estudar muito – mas havia poucas coisas que eu odiava mais. Ser boa em algo não significava que eu precisava necessariamente gostar de fazê-lo.

– Pois é você quem nunca vai sair da cozinha, babaca – Erin falou, ainda olhando feio para Mitch, que estava sentado ao lado dela no sofá. – Agora eu como por dois e você tem que me alimentar, não me escravizar.

– Come por dois...come é por um exército – Mitch murmurou, mas todos conseguimos ouvi-lo, o que fez Erin dar uma cotovelada nas costelas dele.

James e eu rimos da demonstração de violência...digo, de amor dos dois. Eu estava sentada no balcão da cozinha americana e ele, numa das cadeiras altas.

– Eu adoro quando a Max cozinha – ele comentou quando meus amigos pararam de tentar matar um ao outro. – Pena que ela quase nunca me mima com a sua comida.

Claro, nós moramos em estados diferentes, James.

Eu só dei um sorriso amarelo e me preocupei em acabar com o vinho na minha taça.

Desliguei-me da conversa e fiquei apenas pensando que eu...eu devia estar me divertindo. E não estava. Sim, eu estava rodeada por pessoas que amava, mas me sentia desconfortável, irritadiça, entediada. Era como se algo faltasse, como se...como se eu estivesse brincando de ser adulta enquanto todos os outros já não precisavam brincar. Eles eram realmente adultos.

Mitch riu de alguma coisa que James disse e Erin aproveitou a distração do noivo pra roubar um pedaço de brownie do seu prato. Ela o comeu discretamente, mas eu, que estava observando toda a cena, sabia que ele tinha visto. Ele só sorriu, seus olhos adquirindo uma suavidade que só aparecia quando ele olhava para Erin. Ela lambeu os dedos e ele se aproximou do seu rosto, encostando o nariz em sua bochecha, como um tipo de carinho. Era se virou para olhá-lo e sorriu, com a pontinha da língua entre os dentes.

Eles eram tão espontâneos, tão naturais. Eles não precisaram aprender a amar um ao outro, apenas aconteceu. Como algo inevitável, incontrolável.

Olhei para James e percebi que não era mais natural. Eu estava dura como uma rocha, tensa como não lembrava de ter estado – e justamente quando devia estar feliz e satisfeita.

Talvez fosse o tempo. Erin e Mitch não estavam juntos há tanto tempo como James e eu. Talvez um dia eles perdessem aquela espontaneidade tão simples, tão bonita. Talvez um dia só o que sobrasse fosse o amor e o respeito, e o sentimento de que eles deviam estar juntos.

Talvez.

Era bem tarde quando Erin e Mitch foram embora. Eu tinha bebido um pouco demais e não estava me sentindo bem, além de estar quase um zumbi de tão cansada.

– Por que você não vai se deitar, meu bem? – James perguntou, abraçando-me por trás e apoiando o queixo no topo da minha cabeça. – Eu arrumo tudo por aqui.

– Não se importa mesmo? – perguntei, afinal ele não tinha percorrido mais de dois mil quilômetros só para lavar minha louça.

Ele me fez virar para encará-lo e beijou o topo da minha cabeça.

– Claro que não, eu sei que você está cansada.

Sorri para ele e me arrastei para o quarto. Só consegui pensar que, por culpa do Asher, a minha camisola sexy estava suja e eu nem poderia vesti-la para James. Não que realmente fosse acontecer alguma coisa naquela noite – não no meu estado semi catatônico.

Acabei colocando um moletom que chegava até os meus joelhos e não era nem um pouco sexy. Apaguei as luzes e me joguei na cama, adormecendo quase imediatamente.

...

– Não – falei, já perdendo a paciência. – Não vou fazer isso. Você não disse que a maldita festa era hoje!

Havia passado os últimos dez minutos no telefone com Asher, tentando convencê-lo a ser razoável, mas o cara era impossível!

– Trato é trato, Max – ele resmungou do outro lado da linha. – Eu deixei você transformar meu apartamento no seu ninho de amor com a condição de que você viria à festa.

– É, mas você quase colocou tudo a perder aparecendo lá daquele jeito, o acordo deveria ser cancelado! E antes ninho de amor do que recanto das orgias!

– Então, infelizmente, eu vou precisar dizer ao seu namoradinho que, apesar de ele ser bem sexy, eu gosto mesmo é de mulher.

Eu estava com duas perguntas pertinentes sobrevoando minha cabeça: eu realmente queria matar o Asher? Sim. Eu queria ir pra cadeia?

Bom...talvez valesse a pena...

Não, eu não iria desperdiçar minha vida por causa do idiota. Embora, fosse tentador.

– Certo, digamos que eu tope – falei, quase cuspindo fogo de raiva. – O que eu vou dizer pro James? Ah, desculpa, amor, eu tenho que ir numa festa vestida de

– Eu vou pensar em alguma coisa, não se preocupe – o babaca disse e ainda teve a cara de pau de desligar na minha cara depois.

Mordi o lábio inferior com força para me impedir de gritar de frustração. Aquele demônio acabava com toda a minha serenidade. Eu nem podia aproveitar um dia de turista com meu namorado sem que o desgraçado me deixasse louca.

– Tudo bem com a Erin? – James perguntou ao se aproximar com um sorvete em cada mão.

Eu havia dito a ele que era Erin no telefone. Sim, sim, eu era uma mentirosa compulsiva, e daí?

– Só drama de mulher grávida – respondi, aceitando o sorvete de creme e sabendo que, se Erin pudesse me ouvir, eu iria apanhar. – Nada para se preocupar.

Ele sorriu e passou o braço pelos meus ombros, enquanto começávamos a caminhar. Ainda estava no meio da tarde e nós já havíamos ido ao Museu de História Natural, ao MoMA e ao Metropolitan. James era simplesmente encantado por museus e parecia uma criança na manhã de Natal. Eu não tinha a pretensão de parecer mais inteligente do que era de verdade e, honestamente, achava museus um saco. Já James não queria parecer inteligente – ele era mesmo.

Eu tinha finalmente conseguido convencê-lo a dar uma caminhada no Central Park. Era muito mais a minha cara, eu amava parques e lugares abertos, onde eu podia ver as árvores e sentir a brisa no rosto.

Meu celular vibrou no bolso da minha calça e eu o peguei discretamente. Era uma mensagem do Asher, que só dizia:

Vá para casa em meia hora.

Como essa era a ideia original, de qualquer jeito, nem me dei ao trabalho de responder. Eu estava cansada de tanto andar e já havia dito ao James que queria ir para casa.

Em meia hora, estávamos lá. Abri a porta e James foi direto para o sofá, ligando a TV no canal de esportes – um canal que eu nem sabia que Asher e eu tínhamos, já que a telinha só passava do History Channel para o Telecine Cult e, ocasionalmente, para algum canal infantil.

Fui para a cozinha pegar um copo de água e sorri ao ver o local impecável. Ao contrário de Asher, James odiava bagunça e sujeira – exatamente como eu! – e havia deixado a cozinha impecável na noite anterior.

Só para conseguir que meu colega de quarto relaxado colocasse o copo dele na lava louças era um parto.

Abri a geladeira e quase deixei cair o copo que eu segurava.

Filho da puta.

Havia uma jarra com o que parecia ser um suco. Eu não tinha feito e sabia que James também não – não tinha estado ali naquela manhã. Como se o enorme bilhete cor de rosa grudado nela não fosse dica o suficiente.

Seu namorado gosta de suco de laranja? Então vai adorar esse! E vai dormir feito um bebê.

A.

Bufei e revirei os olhos. Aquele cara só tinha cabelo na cabeça mesmo? Onde ele havia escondido o cérebro? Ele não pensou que James podia ter aberto a geladeira antes de mim? E o que ele queria dizer com “dormir feito um bebê”?

Por acaso ele achava que eu ia drogar meu namorado?

Bem...foi o que eu acabei fazendo.

Em minha defesa, eu fiz isso para proteger um relacionamento. E eu não acreditava que Asher colocaria cianureto ou coisa do tipo no suco...não, ele não queria matar meu namorado, só fazê-lo dormir. Certo?

Bom, James bebeu e, demorou um pouco, mas ele ficou tão sonolento que acabou dormindo no sofá mesmo. E enquanto eu me arrumava, eu ia checar de dez em dez minutos se ele estava respirando. Eu realmente não achava que Asher envenenaria o suco, mas...

Eu nunca tinha certeza de nada com o cara.

Quando eu estava pronta – quase chorando lágrimas de sangue por estar vestindo aquela roupa –, coloquei um sobretudo e liguei para Asher.

– Você está atrasada – foi o que ele disse ao atender.

– James demorou a dormir, você queria que eu fizesse o quê? – falei malcriada.

– Teria sido mais rápido se nós o tivéssemos matado e escondido o corpo.

– Se você não calar a boca, é o único que vai morrer. Diz logo onde eu tenho que te encontrar.

Ele resmungou mais um pouco, mas me deu o endereço. Eu não tinha a menor ideia de onde era, mas o google maps existia justamente para isso.

Desliguei o celular e o enfiei no bolso do sobretudo. Fui até o quarto e peguei uma manta, usando-a para cobrir James. Beijei delicadamente seus lábios antes de sair de casa.

O lugar era bem longe, meio fora da cidade, num bairro cheio de casas. Bom, casas não era a palavra certa. Mansões se aproximaria mais, embora eu pudesse jurar ter visto um castelinho...

Estava escuro e talvez meus olhos estivessem me pregando uma peça.

O taxista me deixou na frente de uma dessas mansões. Ela tinha um jardim enorme, sem nenhuma cerca ou algo parecido para a segurança, e era amarela e branca, meio que imitando uma casa de fazenda – embora eu duvidasse que houvesse uma casa de fazenda tão luxuosa.

O lugar estava cheio de gente. Aliás, a rua inteira parecia estar festejando o Halloween e eu já tinha visto várias fantasias engraçadas, embora nenhuma fosse tão exposta quanto a minha.

Paguei ao taxista e já estava me dirigindo para a casa quando outro taxi parou na frente da casa e o motorista começou a buzinar. Demorou um tempo para que eu percebesse que era pra mim que ele estava buzinando, mas quando eu percebi, fui até ele.

A porta do banco traseiro se abriu e uma voz abafada gritou lá de dentro.

– Max! Max, me ajuda!

Quase caí para trás quando vi a criatura. Eu não podia acreditar, não mesmo! O cara era louco, só podia. Eu comecei a rir escandalosamente enquanto ele se complicava todo para sair do carro.

– Não tem graça! – Asher reclamou, por baixo da cabeça do Jabba the Hutt. – Para de rir e me ajuda aqui!

Ainda rindo sem conseguir me conter, ajudei a puxar aquele monstro para fora do táxi. Consegui, mas ele acabou caindo de costas no chão e eu quase o acompanhei, mas foi de tanto rir. Eu não conseguia enfiar na minha cabeça que Asher tinha se fantasiado de Jabba, era simplesmente hilário demais.

– Você deve saber que eu só me vesti assim pra poder segurar você pela coleira – ele falou, enquanto tentava se levantar.

Eu parei de rir na mesma hora. Ele não podia estar falando sério. Eu podia até estar vestida com o biquíni dourado da princesa Leia, o que ela usou quando foi escrava do Jabba, mas eu não iria deixar ninguém, muito menos aquele acéfalo com sorriso de pedófilo tarado ficar segurando a corrente no meu pescoço, como se eu fosse um cachorrinho.

– Pode esquecer – falei, furiosa. – Eu corto suas bolas antes de você chegar perto de mim.

Ele suspirou, ou eu achava que era um suspiro, era difícil saber com ele estando dentro daquela fantasia.

– Tudo bem, tudo bem – ele disse, finalmente. – Me ajuda a abrir esse zíper aqui, então.

– Você não pretende ficar pelado, não é?

– Eu estou vestido por baixo da fantasia, idiota.

Rolei os olhos, mas o ajudei. O cara nem conseguia andar com aquilo, antes ficasse pelado mesmo...

Não porque eu quisesse ver. Mas sim porque aí ele seria preso por atentado ao pudor e eu poderia ir para casa.

Quando finalmente consegui abrir o zíper daquela fantasia ridícula, ele escorregou para fora dela e se levantou, fazendo-me ficar estática, apenas olhando-o com – e eu me envergonhava muito disso – a boca aberta.

– E aí, o que achou do meu plano b? – perguntou, colocando as mãos no quadril e mostrando sua fantasia de Han Solo.

Merda, ele estava gostoso.

Não bastava ele ser gostoso normalmente, mas eu realmente tinha um tesão no Han Solo. Aquela calça preta apertada, aquela blusa que mostrava um pouco do peito, aquele colete...puta merda, eu estava com medo de começar a babar.

Mas é claro que eu não diria isso. Eu tinha meu orgulho.

– Eu perguntei se você gostou da minha fantasia, monstrinho – ele falou, balançando a mão na frente do meu rosto.

– Gostaria mais se você estivesse preso em carbonita – soltei.

Ele riu e me olhou assombrado.

– Então você conhece Star Wars? – perguntou, como se fosse algo realmente incrível.

Dei de ombros. Tinha assistido aos filmes quando era criança, não era grande coisa.

– A trilogia original é legal – respondi.

Ele continuou sorrindo e então se aproximou.

– Agora que já conversamos demais – falou, perto do meu ouvido. – Por que você não tira esse sobretudo pra eu ver como meu monstrinho ficou de biquíni?


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Notas finais do capítulo

Gente, até agora tá difícil de escolher os 3 melhores comentários, voces se superaram! Mas ainda tem tempo, eu ainda não terminei o cap do Asher, então continuem se esforçando *.* (e eu faço questão de responder a todos, termino ainda essa semana)
A Nana é a pessoa mais fofa do mundo, voces gostam quando ela responde aos reviews também? hsuaheuaheuh
Hey, deixa eu fazer uma pergunta, que veio agora na minha cabeça. Então, eu to assistindo - e pirando - com Heirs, o novo dorama do Lee Min Ho e eu queria saber se voces gostam de doramas. E animes? Mangás?
Então, até o próximo e desculpem se eu não fiz muito sentido hoje, é que eu to escrevendo isso enquanto falo com meu melhor amigo no facetime heuhausheuahse

OBS:
Pra quem não entender as referencias de Star Wars, Princesa Leia, Han Solo e Jabba são personagens do filme. Leia e Han são meio que um casal :3 AIN LINDOS, AMO MUITO ehauheua ok, falando sério agora. O Han fica preso em carbonita e tals, aí precisam ir salvar ele...enfim, procurem no google porque eu to com sono. Mas eu espero que voces conheçam porque Star Wars é perfeição ♥
— Mas eu vou colocar links pra voces conhecerem eles, caso alguém não conheça:
Princesa Leia (no biquini dourado heuahsuehauh QUEM NUNCA VIU ISSO EM FRIENDS?)
http://winnipegcyclechick.com/wp-content/uploads/2012/07/Princess_Leia_Gold_Bikini_chained.jpg
Jabba the Hutt (ó coisa linda)
http://www.mwctoys.com/images/review_jabba_1.jpg
Han Solo (GATO LINDO PERFEITO)
http://latino-review.com/wp-content/uploads/2013/02/Episode_4_Han_Solo_2.jpg

Então é isso, galerinha, muito obrigada por tudo, beijooos :**