Spacial Survival Program - Interativa escrita por Sarah Rockbell


Capítulo 4
Capítulo 3: Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora!



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– Tudo bem, Aki-san, pode continuar, está indo muito bem.

Aru bufou ao ouvir seu novo sobrenome ser dito por Anna-sensei. O rapaz até tinha gostado do nome antes, a tradução de seu nome todo sendo “Existência Brilhante”, mas agora isso o irritava desde que Mallu disse que seu nome ficou muito gay. Dizzy disse que o nome era “fofo”, Shion apenas concordou com um ~Nyah e quando Rosemary ficou calada, ele tinha certeza de que era verdade. Beatriz também não ajudou muito, ficando calada a maior parte do tempo.

Sua expressão antes irritada agora era de preocupação quando ele pensava na Hiranian que estava cada vez mais distante. O Aki não a via todo o dia, já que estava fazendo cada vez mais fisioterapia com Anna-sensei (a Fisioterapeuta Angelunian que parecia nunca tirar o sorriso gentil do rosto), mas smepre que a via quando ia falar com Olivia-sensei, ela parecia cansada e extressada, mas sempre arranjando uma desculpa para poder trabalhar mais. O sobrevivente estava realmente preocupado, afinal, a jovem de cabelos azuis era sua primeira amiga, mas agora estava tão... Distante. E não só ele, mas Shion e Melany pareciam ter notado.

– Está tudo bem, Aki-san? – Ele saiu de seus devaneios ao ver o rosto preocupado de Anna-sensei.

– Hai, Anna-sensei. – Ele falou sorrindo. A mulher parecia não acreditar, suspirando e batendo suas asas rosa claro (que combinavam com seu cabelo de rosa-chiclete e olhos roxos) indignada.

– Acho melhor pararmos por hoje, você já está quase acabando mesmo, Aki-san. – Ela falou com seu sorriso gentil e começou a empurra-lo do quarto. – Boa sorte, Aki-san. – Anna-sensei disse com um sorriso misterioso.

Aru apenas retribuiu o sorriso, ignorando o mistério na expressão dela e saindo da sala de Fisoterapia. Ele já estava em S.S.P. há dois meses, mas seu tempo lá consistia basicamente em fazer fisioterapia e comer em seu quarto. Ele nunca pôde conhecer o refeitório, mas Shion e Rosemary sempre iam para o quarto dele comer. Beatriz também ia antes de ficar tão distante. Ele balançou a cabeça antes de se lembrar que os únicos lugares que ele conhecia era seu quarto, a sala de Olivia-sensei, o banheiro da ala hospitalar e a sala de Fisioterapia.

O rapaz começou a caminhar em direção da sala de Olivia-sensei (ele descobriu que a maioria a chamava de Arihana-sensei, já que esse era o sobrenome dela), para poder dar as notícias sobre sua melhora (agora ele já podia dar pequenos pulos e correr não muito rápido, mas já andava perfeitamente bem). Ele parou bem na frente da sala dela e já ia bater na porta, mas parou quando ouviu a discussão entre Beatriz e Olivia.

– Beatriz-chan, você precisa descansar! Isso não mais uma opção! – Ele ouviu a voz da Arihana exclamar.

– Mas, Shishou! Eu não quero dormir! Eu não posso! Por favor! – Betriz parecia desesperada, o que surprendeu Aru.

– Minha querida, você já tentou tomar os Anti-Night-Matter? – Ele não reconhecia a coisa que Olivia-sensei havia pedido para Beatriz tomar, mas parecia ser bem importante.

– Não! Não são pesadelos comuns, parece ter algo errado com o meu K-S. – A Hokes suspirou. – O jeito é esperar até a Melinda-sama chegar.

– Mas você tem que dormir! – A Arihana parecia indignada.

– Não, Melinda-sama chega amanhã. Ela vai saber o que fazer pra me ajudar. – Aru escutou Olivia suspirar derrotada e bateu na porta.

– Pode entrar! – Olivia disse calmamente e ele entrou, vendo elas sentadas como se nada tivesse acontecido. – Ah, Aru-kun, já acabou com a fisioterapia? Mas nem sequer completou sete Meldowns no Clowen (sistema de medida de tempo dos Hiranians)!

– Acabamos cedo! Bom, hoje eu consegui correr por mais de quatro Maleights, quase cinco! Só não foi por 7 Meljays! – Ele disse animado e se sentiu bem ao ver um sorriso verdadeiro no rosto de Beatriz.

– Aru-kun, isso é maravilhoso! – A Hokes disse sorrindo. – Então, já tomou o desejum?

– Na verdade, eu já ia para o meu quarto pra comer. – Então, ele viu as duas sorrirem secretamente um para a outra. – O que foi?

– Que tal ir comer no refeitório comigo e os outros? – A Hiranian questionou sorrindo, fazendo os olhos do sobrevivente se arregalaram.

– Jura

– Claro, você está precisando de contato humano, Aru-kun. – A Arihana falou divertida, empurrando eles para fora do quarto. – Podem ir!

– Vamos, Aru-kun! – Beatriz exclamou o arrastando. – Os Planktonions podem estar acabando! Ai, ai, ai!

Com sua amiga o arrastando como se o mundo fosse acabar, eles logo chegaram ao refeitório. Assim que as portas foram abertas por uma Beatriz irritada, ele ficou maravilhado. O lugar era simplesmente uma grande sala branca, com mesas, sofás, cadeiras, almofadas espalhadas pelo lugar, todas com um escuro tom de azul tinta. O teto era feito do que parecia ser um vidro muito resistente, já que ele podia ver o espaço e suas infinitas estrelas.

– Wow... – Foi tudo o que ele conseguiu dizer e sentiu um braço em seus ombros. Beatriz estava quase à sua altura, mas ainda na água (fazendo o sobrevivente lembrar do quão pequeno ele era) e com o braço em seu ombro.

– Eu sei, foi a única coisa que consegui dizer quando cheguei aqui pela primeira vez também. – Ela respondeu, o pegando pelas mãos e o arrastando para uma das mesas.

Pela primeira vez, ele prestou atenção em como a Hiranian se locomovia. Os caminhos de água, que tinha seu nome próprio de Watery Path, erazm grandes linhas retas com pequenas curvas, bem grandes para dois Hiranians passarem por vez (aparentemente, em emergências, mais caminhos se abriam). Sua água era cristalina e pura, mudando de temperatura de acordo com o clima e feita com perfeitamente para propriedades de Hiranians.

– Aru! – Ele ouviu uma voz animada chamar seu nome e a próxima fala confirmou o dono. – ~Nyah!

– Shion! Bom dia! – O Aki disse sorrindo para o Antari que vinha em sua direção rapidamente.

– Aru-kun, bom dia, de gozaru. – Rosemary disse, sua expressão gentil se iluminando mais um pouco.

– Ah, Blake-san, bom dia! – Aru respondeu e Rosemary parecia irritada.

– Eu já disse para me chamar de Rosemary ou Rose, de gozaru! – A Angelunian exclamou, logo se virando e acenando para alguém que vinha. – Melany-san, bom dia, de gozaru!

– Bom dia, povo do meu coração! – Melany gritou feliz então, ficou confusa quando viu Aru. – Aki-kun, o que faz aqui?

– Ah, Young-san, a Olivia-sensei finalmente me deixou fazer o desejum com vocês! – Aru disse sorrindo. Seus amigos, menos Beatriz que sorria loucamente, pareciam chocados. – O que foi?

– Isso é maravilhoso, de gozaru! – Rosemary exclamou feliz, o abraçando (claro que ele ficou vermelho!).

– E-Eu não entendi, Bl-, quer dizer, Rosemary-san. – O Aki guaguejou. – Por que isso é maravilhoso?

– Beatriz-chan, você não contou pro Aru, ~Nyah? – Eu nem preciso dizer quem falou isso.

– Não, Shion, eu queria que fosse surp- QUANDO FOI QUE VOCÊ TIROU A ROUPA?

– Ah, minha querida Beatriz-chan é tão destraida! Eu fiz isso há um tempão, ~Nyah! – Assim que ele acabou de falar isso, começou a ser estrangulado por se despir em frente de “donzelas puras”.

– Então... – Aru começou, tirando os olhos da cena que aparentemente era normal para o resto. – O que o Shion-kun quis dizer com “Não contou pro Aru” ? O que ela não me contou?

– Bom, Aki-san, é que até você ter um certo nível de recuperação, você não pode ir à nenhum lugar além de seu quarto e ao médico. – Melany explicou. – Todo Sobrevivente leva um tempo impreciso para se recuperar, as vezes nem sequer fisicamente, mas mentalmente. Olhe, você e Shion-kun são casos totalmente diferentes. – A Young disse, fazendo gesto para o Antari que estava sendo estrangulado por Batriz, que em troca estava (meio que) sendo contida por Rosemary. – Ele não estava muito bem... Mentalmente quando chegou, na verdade, acho que a maioria nunca está. Você é um caso muito raro, porque os Dark Shells nunca traumatizam o nastante fisicamente para esquecermos... Para termos uma ignorância gentil...

Agora, a Hiranian estava olhando para ele com um olhar hipinotizado, seus grandes olhos azuis praticamente fazendo um buraco em seu peito. Aru sentia como se ela quisesse tirar algo dele, que nesse caso seria sua boa sorte.

– Como você tem tanta sorte? – Ela sussurrou e pareceu notar seu erro, balançando sua cabeça. – Então, você deve estar bem recuperado, já que está aqui! Mas, também, sempre que alguém vem aqui, que dizer outra coisa também: Aki-kun, você vai pra escola com a gente!

– Ta legal, se a Beatriz-chan te soltar, você veste esse casaco, de gozaru? – Rosemary perguntou, segurando um longo casaco azul escuro. Shion, que estava quase morrendo de asfixia, assentiu. – Viu, Beatriz-chan, pode solta-lo, de gozaru. – A Blake disse e a Hiranian retulantemente largou o Antari.

– Ah, Beatriz-chan, eu sabia que você nunca me mataria! Você realmente me ama, ~Nyah! – Ele exclamou sorrindo, pulando na garota.

– Me larga e veste logo isso! – A Hokes gritou, estendendo o casaco na frente dela. Shion colocou suas mãos no casaco e deixou elas caírem, rasgando o pano em trapos.

– Ops, parece que minha mão escorregou, ~Nyah. – O Antari falou inocentemente, mas a garota de cabelos azuis estava fervendo de raiva, até certa ruiva se intrometer.

– Não se preocupe, eu sempre carrego mais de um, de gozaru! – Rosemary disse sorrindo, colocando outro casaco no ombro do rapaz, que retulantemente colocou seus braços nos buracos e fechou os botões. – Ótimo, agora, quem está com fome, de gozaru?

– Nossa, Mas que comida é essa? – Aru perguntou para seus amigos, sentado à mesa enquanto eles se preparavam para comer. Ele tinha em seu prato sua simples Meijer Toasty (massa feita de Cranberry, Melly Milk e Panny assado) e um pouco de leite de Cooliweis (primos meio distantes dos Antaris). Seu Meijer Toast era um quadrado branco com bolinhas azuis e seu leite era branco.

– Oh, isso aqui é o Planktonion, Aru-kun! – Beatriz disse sorrindo, mostrando seu prato. Nele, haviam coisas que pareciam pílulas acizentadas. – Ele são naturais e apenas estão fritos! Ah, eu estou bebendo um pouco de suco de Myeliflower. – Agora ela apontava para o líquido amarelo vivo em seu copo.

– Os meus também são Planktonions, só que com geléia de Cranberry por cima e estão assados, Aki-kun. – Melany disse sorrindo. Em seu preto, as massas cinzas estavam cobertar por uma pasta gelatinosa azul. – Ah, eu também estou bebendo milk-shake de Goldennil! Olha, eles até colocaram cobertura de Cranberry e leite de Cooliweis! – A Young tomou um copo do milk-shake dourado com cobertura azul, gemendo ao gosto maravilhoso.

– O meu é só um pouco de Cloudy Fluff, coberto com mel de Achinnians e uma Meijer Toast com geléia de Miralinna, de gozaru. – Rosemary apontou para a massa branca fofa coberta com mel lilás e sua Meijer Toast com pasta roxa em cima. – Ah, um pouco de suco de Tab-Tab-Lily, de gozaru. – A Blake explicou apontando para seu copo com líquido rosa.

– Meu desejum é só alguns Finellynians, ~Nyah! – Shion apontou para os humanoides cobertos de escamas amarrados com cordas ao lado de sua cadeira, o que fez todo mundo pular e se perguntar como não tinham visto aquilo antes.

– Shion, esses são os cozinheiros! E também são meus primos! – Beatriz gritou, desamarrando os Finellynians que logo correram de volta para a cozinha.

– Ah, mas Beatriz-chan, essa era a minha comida! Faz tampo que não como Finellynians! ~Nyah! – O Antari reclamou fazendo bico, o que fez a Hokes balançar a cabeça.

– Vai pegar um pouco de Fishinian Panny pra você, vai. – Shion apenas abaixou a cabeça e se levantou, indo em direção à fila.

– Você foi um pouco dura, Beatriz-chan, de gozaru! – Rosemary exclamou, olhando para Shion que agora tinha suas orelhas abaixadas e rabo também.

– Mas eu não acho! – Veio uma voz de traz deles.

– Mallu-chan! Bom dia! – Melany exclamou, vendo a Hiranian se sentar em um banco aquatico perto da mesa. Os outros responderam comn alguns “bom dias”, apenas variando entre “Mackinzie-san” e “de gozaru”. – Onde é que você estava de manhã?

– Primeiro, ainda é de manhã, Melany e segundo, eu estava vendo a briga entre Circe e Dizzy. Mallu falou, ajeitando os longos cabelos em um rabo de cavalo alto.

– A Dizzy e a Circe estavam brigando?! – Melany gritou, dando um pulo. – Por que eu não estava lá pra assistir? A Circe apanhou e a Dizzy-chan ganhou? Me diz! Me diz!

– Ninguém venceu, o Watercollian pervertido interrompeu antes que a coisa ficasse feia. – A Mackinzie explicou, seus olhos alaranjados de repente se tornando sérios. – Mas é melhor assim, a Melinda-sama chega hoje, não podemos fazer feio na frente dela.

– Quem é Melinda-sama? – Aru perguntou, afinal, já tinha ouvido tanto falar nesse nome que gostaria de assemelha-lo à algo.

– Você não sabe? Melinda-sama é a cientista e inventora-chefe da nave. Ela crirou o K-S. – Os dois não notaram quando Beatriz ficou rigída na menção de “K-S”. Mas Rosemary notou a reação da amiga.

– Pessoal, acho que deviamos mudar de assuntou, de gozaru. – Melany assentiu junto, parecendo nervosa.

– O que é o “K-S” ? – Aru pareceu não notar Rosemary.

– O que está acontecendo, ~Nyah? – Shion perguntou, vendo o estado de Beatriz e o desespero de Rosemary, as sua pergunta logo foi respondida.

– O “K-S” é o Kimochi Simulator, um dispositivo que simula emoções em seres que não as tem, seres como nós, os Hiranians.


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