O Homem Debaixo Da Armadura escrita por Veridis Quo


Capítulo 1
Único - O Homem Debaixo da Armadura




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Tony avistou o horizonte iluminado a frente, e percebeu que havia gastado sua preciosa saliva com Bruce Banner.

Obviamente devia ter desconfiado que a formação do médico não era essa e a sua aventura de como explodira todas as armaduras e dera um jeito de retirar o reator do peito foi ouvida pelas quatro paredes. Não culpou o amigo por isso (até porque ele ficaria verde) e preferiu contar com a ajuda de outro carinhosamente chamado de “Picolé”.

Steve Rogers era o Capitão América, o cara sábio que pode dar mil conselhos valiosos. Embora Stark tenha se desfeito dos seus casulos, os demônios ainda estavam presentes em seu interior. Precisava, realmente, falar com alguém. Steve veio em uma energia na mente.

Observou o próprio peito para em seguida tamborilar os dedos no vidro transparente da casa de Steve. A sala de estar era refrigerada pelo ar e a simplicidade do ambiente denunciava uma personalidade humilde no  loiro. Humilde Stark nunca seria mas se sentiu estranhamente confortável ali. Respirou fundo, coçou o cavanhaque e ouviu a voz do loiro lá da cozinha, pelo tom de voz, estava se aproximando. Trouxe consigo dois copos com limonada. Um para si e o outro para o Homem de Ferro. Tony devia esperar que Steve não bebia. E se bebesse não teria efeito algum. Porém, se Stark tivesse álcool no sangue, acabaria fazendo coisas que não devia naquela casa.

Virou-se para Rogers e agradeceu em um assentir, tomando para si o recipiente de vidro e bebericando o líquido adocicado. Sentiu-se em casa, naqueles tempos em que sua mãe fazia suco com biscoitos. Se sentia na casa da avó.

Mas não era sua avó que estava ali.

E sim um homem geneticamente modificado por conta de um soro, um super soldado que lutara consigo para salvar a terra de um deus-maníaco por poder. Um homem trajando a calça jeans e camisa cor-de-lavanda. Aquilo lhe fez sorrir levemente.

 Perante o gesto de Steve para se sentar, ele tomou seu lugar no sofá cor bege e descansou o pé na coxa. Apoiou a mão no braço do móvel enquanto a outra segurava o copo. Retirou o Ray-Ban e o fechou, vendo o Capitão se sentando na poltrona a sua frente com polidez e elegância. Depois de alguns minutos de silêncio, Steve se pronunciou:

—E então, Tony, a que devo sua visita?

O Filantropo riu e disse:

—Ah, eu vim dar o ar de minha graça sabe, transparecer o ambiente. Como você está?

 —Ah sim! – Steve sorriu de uma forma tão iluminada que Stark perdeu o fôlego. O Capitão América se encostou mais, tendo os olhos azuis a transmitir tanta bondade, tanta sinceridade. - Eu estou bem. Natasha veio aqui me dar uma ajuda com alguns aparelhos, ela me contou que você estava...Bem, eu me assustei com as noticias.

—Aquelas falando que eu estava morto? Capitão, vaso ruim não quebra! – Brincou em um sorriso de canto- Só fiquei nas garras de um ator de teatro falido, um maluco laranja que cuspia fogo e uns sujeitos que ficaram enchendo meu saco. Pepper quase morreu. Mas aí ficou cuspindo fogo também e pelo o amor de Deus, Cap, foi a última. Foi a cota. Estou me aposentando.

Steve tomou um pouco do liquido e explicou melhor:

— Fiquei preocupado com as noticias na TV. Mas eu sei que você estava vivo. Sempre está, Tony. Você é um vaso forte. Eu me preocupei com aquelas crise; Natasha disse que estavam frequentes.

Neste momento, Stark se inclinou mais e colocou o copo na mesinha de vidro na frente de ambos. As paredes da casa do Patriota eram brancas. E as Tony percebeu que homem bastante crescido para se sentar no colo do Cap. Manteve-se quieto por um tempo e disse:

—Eu estava sobrecarregado, Steve. Ficava sem dormir, tinha pesadelos. Isso tudo resultou nessa porra toda. Eu fui falar com o Bruce, mas ele só ficou dormindo enquanto eu contava tudo. Não foi por mal, pelo menos as paredes me ouviram. A questão é que eu preciso de alguém.

Steve se remexeu na poltrona. Sibilou:

—E Pepper?

—Não quero envolve-la em mais problemas. Eu quase a matei.

—Você quer dizer que?

—Nós só estamos ficando.

—Sem relacionamento sério, Tony? –Steve chamou a atenção de Stark -  Você que cuidar de Pepper.

—Para cuidar dela eu preciso cuidar de mim, Cap. Estou muito sobrecarregado. Me desfiz das armaduras, mas sinto que a situação está complicada pro meu lado. Ficou traços em meu psicológico. Compreende isso?

Rogers fitou Stark com ternura. Ele assentiu longamente, dizendo: -Todas aquelas lutas, os estilhaços em seu coração. Pode falar, Anthony.

Tony lacrimejou levemente e fitou a cozinha americana do Capitão. Até isso era americano. Enfim.

—Eu sou um idiota te falando isso. Mas sinceramente, a Pepper---- A Pepper não me merece.

—Como assim?

—Olha só pra mim. Eu sou para-raio em problema. Tudo que é problema vem pra cima de mim, Steve.

—Tony, se ela realmente te ama ficará ao seu lado. –Steve se inclinou em direção a Stark, segurando-lhe a destra e apertando entre os dedos calorosamente – O amor tudo suporta.

Mais uma vez as lágrimas vieram e Stark esfregou os olhos.

—Eu não acredito muito nisso.

—Por quê não, Tony?

— Simplesmente não acredito que alguém tenha me amado por completo com a exceção de meus pais.

Neste momento, Steve soltou a mão de Tony e o fitou longamente, como se pudesse ver a alma do Homem de Ferro ali. Observou os olhos negros do Playboy e disse com convicção:

—Não é verdade. Já perguntou para alguém isso? Eu tenho certeza que Pepper faria tudo por você.

—Aí é o ponto que eu quero chegar –Tony se encostou no sofá, sentindo falta dos dedos de Steve sobre os seus.  – Eu quero cuidar mais de mim para----para ser uma pessoa---- Deus! Isso é confuso demais!

Steve se ergueu. Ele se sentou ao lado ao lado de Tony e pousou a mão sobre seu ombro cansado e respirou fundo. Stark lacrimejou e fez de tudo para não chorar.

—Você acha que sendo deste jeito, a Pepper merece mais? Uma vida sem problemas?

—Exatamente.

Rogers deu um pequeno tapinha na cabeça de Stark e disse:

—Não seja idiota, Tony. É claro que não. Pepper esteve com você todo esse tempo!

Tony coçou os olhos, respirou fundo e procurou se desconcentrar do toque em seu ombro, já que os dedos de Steve eram calorosos e convidativos demais.

—Não sei mais de nada, Steve. Acho que estou enlouquecendo.

—Não está, Tony. Só ansioso, precisa desabafar esses sentimentos.

—Sentimentos! Veja só como eu estou por causa de sentimentos! -Stark envolveu o rosto em ambas as mãos- Ah, como eu invejo o J.A.R.V.I.S!

—J.A.R.V.I.S é uma máquina. –Steve se aborreceu levemente com as palavras de Tony- Você não. Tony, encare isso de uma vez, por favor. Se liberte.

O Homem de Ferro se levantou do sofá e tomou a limonada toda como se fosse uma espécie de água. Então, disse:

—Você não tem uísque?

—Precisa dele para ser feliz? Para se libertar?

—Eu preciso de alguém! –Bateu no vidro, começando a tremer. Estava se descontrolando. Iria chorar. Lembrou do garotinho que conhecera, aquele que lhe ajudara. “Respira, Respira” foi isso que disse. Tentou respirar mas não tinha fôlego e ameaçou cair. Neste momento, Steve correu para ajuda-lo e o amparou nos braços, envolvendo ambos sobre o corpo macio e fragilizado de Stark.

O Homem De Ferro sentiu o cheiro másculo e inebriante do outro que se consistia em uma força, uma barreira. Steve passou tanto tempo congelado, se pelo menos soubesse da metade que foi aquele século, se estivesse consigo naquela virada de ano em 1999, se estivesse ali, teria lhe aconselhado a não deixar aquele homem no terraço. Teria sido sábio, tudo seria diferente. Por que não o conheceu antes? Teve de conhece-lo quando Loki atacou a terra e tudo ficou escuro como a noite? Tony tentou não chorar, e não abraçar Steve, mantendo os braços cruzados.

—Se você soubesse, Tony do quanto -Steve disse em um tom baixo e amigável. –Do quanto você inspira as pessoas.

—Elas....Elas não sabem que----

—Shhh - O Capitão levou Tony até o sofá, mas este não quis sentar. Agarrou-se ao corpo do Patriota, temendo que se ele lhe largasse o mundo voltasse a ser escuro e ameaçador. Então disse: disse: -Elas não sabem que eu sou assim. É essa a resposta, Steve. Sem a armadura eu sou um chorão trêmulo.

Neste exato momento, nestas pequenas palavras, Steve percebeu. Havia dito aquilo, e deixara uma questão no coração de Tony. Sem a armadura ele era o quê? Quando J.A.R.V.I.S destruiu todas elas no céu Natalino, aquela pergunta ficou na cabeça de Stark. Percebeu que o havia afetado. Não era aquilo que quis dizer, estava somente fora de si por um homem arrogante e piadista. E aquele mesmo homem arrogante e piadista precisava de mais pessoas do que o próprio Steve. Precisava de amor. E fora um imbecil em ter dito aquela bobagem. Tudo bem, Tony não era fácil. Ácido como um limão. Porém, de um limão, uma saborosa limonada pode ser servida.

O Capitão América disse,em um tom dócil, mantendo-se abraçado ao outro:

—Não foi isso que eu quis dizer. Eu estava chateado. Entenda, você me provocou. Eu só ---- merda.

Tony ergueu a cabeça, ouvira direto?

—Quê? Você falou um palavrão?

Rogers negou com a cabeça em um sorrisinho, cerrando os olhos para completar:

—É disso que eu estou falando, Stark! Você tem piada pra tudo, as vezes cansa.

—Piada só pro que é engraçado, Picolé.

—É disso que eu estou falando, Tony. A provocação. Eu estava confuso nesta vida nova, neste século novo. Eu tirei um cochilo e de repente a situação se inverteu. Mas saiba que você mostrou ser muito mais que um homem usando armadura.

Tony sentiu vontade de dizer: "então você queria que todo o mundo ficasse mórbido porque um deus Asgardiano estava invadindo a terra? E o senso de humor?" Mas estava tão confortável naqueles braços que não disse nada e ouviu com atenção e encantamento tudo aquilo. Assentiu para que Steve pudesse completar o raciocínio. Ele continuou:

—Eu imagino que tenha sido horrível. Tony, você foi um herói ali. Podia muito bem ter virado as costas e ficado no seu palácio. Mas ao invés disso, saiu e foi lutar conosco. Simplesmente isso, Tony. Foi lá e arriscou a vida para salvar o mundo. Você se arrisca para salvar Pepper, para salvar o presidente, para salvar a todos nós porque há algo bom em sua alma, em sua personalidade. Aceite isso de uma vez por todas. Não há nenhum vilão aí dentro, é você próprio que constrói barreiras e dá o entender que este mesmo vilão existe.

Então, Steve retirou a mão da cintura alheia e pousou no rosto lacrimejante de Tony. Disse:

—Só existe um homem com ideias brilhantes e grande senso de humor. Anthony Stark, não se torture mais.

Por muito tempo, Tony teve todas as características de um vilão bem sucedido. Aquela ironia ácida, a arrogância que só crescia, enfim. Mas ao mesmo tempo quis proteger quem mais amava. Ele sempre arriscou tudo por todas aquelas pessoas, até mesmo a própria saúde física e mental. Desafiou o Mandarim porque simplesmente seu amigo ficou em coma. E ali, com aqueles heróis na S.H.I.E.L.D se esforçou para não deixar o mundo morrer, quando podia ter ficado, realmente, em casa. Steve estava certo e abriu seus olhos. O mundo estava se iluminando e agora as coisas estavam claras como água. Nunca fora um vilão. Era o herói. O Homem de Ferro. E nem precisou contar toda a história na suíça nem a aventura toda para que o Capitão América chegasse a aquela conclusão. Ele fitou dentro da sua alma naquela noite.

—Steve, eu-----

Ele fitou mais a sua alma do que a própria Pepper. Aquela Potts, a secretária dos cabelos ruivos e sorriso bonito. Será que amava Pepper ou estava com medo de perder a única pessoa que estava consigo? Percebeu que existia mais alguém além de Pepper. Existia Steve. E ele disse coisas tão lindas com aqueles olhos azuis e cabelos loiros, que mais parecia aqueles príncipes de contos de fadas salvando a princesa da torre. Steve não se importava com seus problemas, ele sempre estaria ali para cuidar de si e vice-versa.

Ele estava atraído por Steve Rogers.

—Tony? -Perguntou o Capitão América, afastando-se levemente, corado pelo o que havia feito. – Está tudo bem?

Anthony segurou as mãos do Patriota, impedindo que ele se afastasse muito. As manteve perto do rosto e ouviu a pulsação agitada do outro. Sentiu-se um adolescente quase pedindo a mocinha para sair. 

Ainda era capaz de sentir isso.

—Steve eu não quero lhe assustar.

—Não, não, está tudo bem. –Agitou os olhos, confuso- Eu te disse alguma coisa que foi errada? Eu devia ter medido as palavras e te ouvido mais. Tem alguma coisa----

Stark riu,achando-o adorável desta forma. Como não percebeu antes?

—Você disse tudo que eu queria ouvir, Steve. Tudo que eu queria ouvir.

Aliviado, o Capitão América se sentou ao lado de Tony e riu. Abriu os braços, dizendo:

—E então? Um abraço?

E mal ele sabia que abrindo os braços o leão ia dar o bote. Quando ele fez isso, Tony não pensou muito na culpa. Simplesmente se jogou para cima do outro homem com corpo e alma, trazendo-o para si. Atraído, sentindo o coração bater a mil sem o reator, selou os lábios alheios em um toque deveras intenso, pressionando ambas as bocas em um ósculo surpreso. Steve manteve os olhos tão abertos quanto dois pratos azul-claros e procurou manter a calma.

Iria dizer a Anthony que fazer aquilo proporcionaria uma reviravolta na amizade deles e não teve intenção alguma de fazer as coisas irem para este lado da moeda.

Perdeu a linha de pensamento. Quando Tony Stark envolveu os braços em volta da cintura do Capitão, este não resistiu e jogou todo aquele sermão para onde não pudesse ouvi-lo. Estava bom demais. Retribuiu o abraço, fechou os olhos e relaxou mais os lábios, entreabrindo-os. Sentiu a língua úmida e macia do Homem de Ferro a adentrar sua boca, massageando-o e excitando cada célula de seu corpo. As mãos um pouco calejadas de Anthony apertaram a carne naquela cintura e levantou mais a camisa cor lavanda, temendo que o capitão chamasse sua atenção. Mas Steve permitiu que ele o fizesse, retribuindo o beijo de maneira um pouco inexperiente, mas esta era uma das razões que o tornava tão apaixonante.

O ato durou mais alguns segundos, e a falta de ar foi sentida nos pulmões de Stark. Ele separou os lábios e suspirou. Fora um dos melhores beijos que já tivera. Não! O melhor. Ainda que um pouco atrapalhado pela inexperiência do belo Capitão a sua frente. Notou que pela intensidade da coisa toda, acabou por deitar o loiro sobre o sofá e estar por cima de seu corpo forte. Entrou em transe ao fitar os lábios avermelhados de Steve e seu rosto ofegante. Foi então que percebeu a gravidade da situação. Aquilo podia muito bem ter assustado Rogers.

Tony se sentou no sofá, acompanhado de Steve:

— Desculpa cara, foi algo super mal pensado eu devia ter----

Mas antes que pudesse completar a frase, Rogers o beijou novamente, buscando mais daquela língua úmida e boca macia. Stark se lembrou daquela vontade no inicio da visita de sentar-se no colo dele e chorar a vontade. Não sentou por orgulho. Mas bem que podia, já que estava sendo deliciosamente puxado, apertado, pressionado, tocado, estimulado e explorado pelo Capitão. Sentiu que a calça ficara um pouco apertada. E também sentiu que estava sendo um tarado. Foi a casa de Steve para conversar e acabou se apaixonando por ele naquela conversa de alguns minutos. Aí, se via no sofá, sendo beijado pelo loiro e doido para fazer sexo com ele. Uma só vez não, várias vezes. Todo o dia se fosse possível. Acordaria, veria aquela face descansando sobre o travesseiro e teria certeza que Mandarim nenhum roubaria a sua paz interior.

O beijo fora interrompido novamente e Tony soltou um gemido manhoso por conta disso. Abraçou-se a Steve e não manteve a calma. Passou a beijar-lhe o pescoço macio, a mordiscar e sugar a pele virgem. O Capitão apertou as coxas alheias, entregando-se de cabeça naquele ato.

—Anthony, eu-----

—Não diga nada, não diga absolutamente nada, eu estou louco para fazer isso -Sussurrou,mordendo-lhe a orelha- É insanidade, eu sei, mas dane-se você é lindo.

O Capitão América suspirou apaixonadamente e afastou-se. Viu um Tony ofegante e corado pelas próprias ações, então aproximou o rosto e beijou-lhe o canto dos lábios, sentindo a barba alheia tocar o queixo liso.

—Está tudo bem agora? Eu não quero fazer nada se perceber que você está ansioso, se você está nervoso e triste. Eu me importo, Tony. Eu me importo com você.

Stark lacrimejou novamente e voltou a beijar o pescoço alheio. A medida que beijava e ouvia os gemidos baixos e másculos do outro, não se segurou. Começou a chorar. Chorou. Simplesmente sentiu as lágrimas escorrendo do rosto e pressionou o corpo contra o alheio. Deus, o sexo era algo feito por hobbie, agora tendo um parceiro que amava, percebeu que faria amor. Steve se preocupava consigo, se importava com seu bem-estar e podia muito bem parar tudo que estava fazendo para simplesmente mimá-lo e dizer que estava tudo bem e sobre controle.

Sentiu que Steve estava sendo sincero, claro e objetivo naquelas palavras. Chorou por isso, sorrindo.

— Stark – Sentiu-se molhado pelas lágrimas dele e ergueu lhe o rosto, limpando-as.

—Você é apaixonante, Steve. Não me deixe.

Steve sorriu, erguendo-se e levando Tony consigo, em uma direção para o corredor principal.

—Você acha mesmo que eu te deixaria, Stark? Sozinho? Logo eu que sou um Capitão responsável? Você é um recruta, e eu não abandono os meus recrutas.

Stark sorriu de forma abobalhada. Fora levado até um local e percebeu que este mesmo local era um quarto. Abraçou o Capitão por trás e sussurrou:

—Para ser um recruta eu preciso ter um Capitão. Seria você o meu?

Steve virou Tony para si ao coloca-lo no quarto. Trancou a porta,abraçou-se a ele e disse:

—Sempre, sempre.

E o beijou.

Mais uma vez.

E os beijos não se cessaram naquela única noite. Amaram-se como nunca haviam amado ninguém. 

Porém, quando tudo ficou silencioso, Tony observou um Steve Rogers adormecido. Levou os dedos aos cabelos dele e percebeu que estava atraído desde daquele toque aborrecido, ligeiramente violento e atrapalhado naquela sala. Que Steve estava ali para salvá-lo daquela escuridão, fora trazido para aquele século e seria sua luz.

Aquilo era lindo.

Não saiu dos braços dele.

O homem debaixo da armadura é Anthony Stark, cujo é fiel ao seu Capitão.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura!