Lipa... escrita por Duda, kiks


Capítulo 2
Capitulo 1 - A porta da rua e um quase abuso


Notas iniciais do capítulo

OI gente! Não era pra postar hoje, mas como estou na fase de angariar leitores, postei.
Espero que gostem.
Boa leitura...
*Já agora leitoras de A Outra Face de Um Badboy amanhã haverão novidades por lá, se mantenham ligadas!



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POV LIPA

Estava já cansada de tanta mordomia, apesar desses dois últimos dias terem sido dignos de uma princesa. Todo o mundo me  rodeando, Vilma me carregando potes de comida para o quarto, Charlie sempre enfiada lá em casa, contando suas tristes e deprimentes histórias com Henrique, Adam brincando comigo de esconde esconde debaixo dos lençóis e me acompanhando no projeto de devorar Pringles e beber coca cola! As coisas estavam se tornando cansativas.

A melhor parte era eu não levantar cedo, me preocupando em chegar a horas nas aulas, nem aparecer nelas.

Sim, eu sobrevivi ao acidente no congelador. Ao certo como escapei não sei, mas acordei num lugar que não meu quarto rodeada de pessoas que se empenhavam dessa vez a me matar com uma montanha de cobertores, já pra não falar que colaram em meu rosto um aparelhinho que eu nem sei o nome que quando eu respirava ficava embaciado que nem vidro de carro em dia de chuva.

Mas estava já cansada de ficar admirando as paredes de meu quarto durante…( Um dia equivale a 24 horas, ou seja dois a 24x2=48) Durante 48 horas seguidas sem direito a intervalo.

Queria voltar pra minha vida NORMAL ( se isso era possível, visto que segundo meu pai eu som um caso á parte perdido numa sociedade de 7 biliões de pessoas) o mais rapidamente possível.

E por minhas contas apenas faltavam 5 horas pra isso acontecer. Sim porque eram quase duas da manhã e eu nem sono tinha. O que querem? Uma pessoa que passou dois dias enfiada numa cama, não tem sono!

Apalpei os cobertores, tentando achar minha bola de pelo, mas não estava. Fiz um grunhido, como sempre fazia quando queria chamar Adam e nem por isso ele apareceu. Talvez estivesse no telhado.

Acordei com uma coisa muito húmida raspando em minha cara. Abri o olho e lá estava Adam, todo contente, me olhando com desdém.

_ Que foi bicharoco? Vira esse rosto de morto feio pra lá. – empurrei Adam para o chão e virei para o outro lado.

Quê, dois minutos de pois a droga de despertador soou e eu estava capaz de fazer a mesma coisa que fiz com Adam.

Enfiei a cabeça debaixo da almofada e respirei fundo pra controlar meus nervos. Apesar de ter muita vontade de voltar para a escola, minha vontade de sair da cama era… Pois não era nenhuma!

Mas tinha que ser. E em menos de meia hora já estava saindo de casa.

Cheguei na escola e corri para a aula, felizmente cheguei cedo, e não levei atraso. Fiquei conversando com Charlie que me desfez o miolo ontem  pra eu chegar cedo, pois tinha muita coisa pra me contar e não podia esperar mais.

_ Charlie, você já falou isso, umas 20 vezes no mínimo. Já entendi que as coisas estão bem entre vocês. Cala a boca e me deixa concentrar, por um segundo será pedir muito! – gritei pra ela enquanto me fixava de novo nos cadernos na minha frente, sim porque eu estava copiando os supostos trabalhos que eram pra fazer em casa.

Não tardou e o sinal bateu e toda a turma invadiu a sala que nem cavalos de guerra. Dei rápido o caderno pra Charlie e olhei em direção á porta.

Qual é? Será que esse menino tem que marcar presença em todo o lugar, afetando minha vista numa hora como essa da manhã.

Nossos olhares se encontraram, e eu me fixei mais nele com uma expressão sínica, aguardando ele desviar seus olhos dos meus.

_ Charlie senta ao lado de Camila. Hoje fico em seu lugar.  – ah, mas que mal eu fiz pro mundo?

_ Perdeu a localização. Sua mesa é pra lá. Esse é o acento de Charlie.

_  E olha só eu me importando com isso!

_ Legal! Eu mudo de lugar! – ou melhor eu queria, mas ele não deixou e entretanto o professor chegou também.

_ Assenta a bunda na cadeira e fica quietinha, Thrussell.

_ Ah, tira essa pata de peçonhenta do contato com minha pele. – falei desgrudando meu braço de sua mão que estava insistindo em prende-lo.

Abri meus caderno e ele também o fez. Tentava me concentrar mas estava difícil, pois durante grande parte da aula aquela coisa ficou brincando com uma caneta, coisa de garotinho de 3º série.

O professor de espanhol começou escrevendo alguma coisa e ele desligou da caneta, se chegando pra mesa e se aproximando sussurrando logo depois:

_ Sempre achei que o frio te fizesse esfriar a cabeça, mas afinal parece que congelou seu cérebro mesmo, sua piranha! - estava escrevendo e acabei riscando a linha.

Como assim piranha?

_ Piranha? Aqui quem tem nome de peixe não sou eu não, Fishman! – acentuei seu apelido, e queria ver qual resposta o engraçadinho daria pra mim.

Infelizmente o engraçadinho virou outra pessoa que não Iván.

_ O papo entre os dois está legal? – vi o vulto do professor se acercando demais de nossa mesa. Esse também estava se metendo onde não era chamado. -

_ Estava até você interromper! – Meu parceiro de carteira temporário, que expulsou minha colega de mesa permanente falou, e eu apenas olhei pra cima lhe dando toda a razão.

_ Fishman, sala de diretoria, já! – Boa! Pensei pra mim. Bem feito, podia ser que ele aprendesse a lição!

O barbudo ( meu professor de espanhol) caminhou até sua secretária de novo, ainda com o indicador levantado em direção á porta, caso Iván não soubesse bem onde se situava a saída!

Botei meu pé na frente dele, com a intenção dele cair, e isso quase aconteceu. Iván se virou pra trás e me encarou como se me quisesse matar naquele momento.

_ Alguém está fodido! – comentei, sendo bem expressiva ao me pronunciar, fazendo careta feia pra ele!

_ O que falou? – acho que quem ficou fodida agora fui eu.

Como uma coisa tão velha como aquele espanhol que pouco fala brasileiro a tantos metros de distancia de mim conseguiu ouvir o que eu falei?

_ Nada! – respondi abrindo um sorriso e ignorando ele, que deu mais um paço reaproximando-se de novo de mim.

_ Repita o que falou, Thrussell ! – olhei pra Iván que com o sorriso que tinha corria o risco de perder um dente.  Não adiantava esconder por isso falei o que tinha dito, na cara daquele professor que eu nem sabia o nome e que mais parecia tirado de um conto dos anos 40.

_ Disse  que se foda!

_ Acho que já sabe! Rua! Estão os dois expulsos de minha aula!– e ele de novo levantou o indicador indicando a porta.

Bati com força a caneta na mesa e saí logo depois de Iván. Querendo jogar aquele babaca no chão, quebrar seu pescoço, retirar seus olhos e fazer de sua cabeça tomate esmigalhado. Era incrível, numa semana á conta desse garoto eu já fui chamada á diretoria por duas vezes. Que droga!

_ Você é um imbecil! Por sua culpa a gente vai visitar a sala do diretor, de novo!

_ Não me culpa, pelo que sua boca deita fora! – ele ergueu as mãos se virando pra trás e fazendo sua camiseta mostrar um pouco de seu peito.

E não pensem coisas. Apenas olhei e reparei nesse pormenor.

_ Eu te odeio! Idiota! – virei costas indo na direção contrária á dele.

_ Hey. Não sei se sabe mas a diretoria é por ali.

_ Então fica já sabendo que eu faço o que quero e que não tou com a mínima disposição pra aturar diretor mal humorado. E muito menos de ir lavar prato pra cantina e arrumar caixas no congelador, de novo. Sei lá como o lance acaba dessa vez, não voltarei a por minha sobrevivência em risco mortal!

_ Era bom que morresse mesmo. Aturar você é pior que ficar ouvindo bebé chorando todo o dia. Mas se não vai pra diretoria onde pensa ir?

_ Embora! - afirmei convicta.

Segui meu caminho e ignorei esse ignorante, porém ele continuou com sua perseguição. Estava a meio do corredor e me senti puxada sendo logo depois  arrastada para dentro da sala de arrumações da escola.

Iván tapou minha boca e pediu silêncio mas com seu jeito bruto, e minimamente arrogante . Alguém entrou naquele cubículo cheio de coisas e a gente se encolheu, nos escondendo melhor.

 Nossos corpos se tocaram e ficaram muito juntos. Podia sentir seu cheiro do perfume, e parece que ainda não mudou, desde que a gente se deixou de falar. Continuava com o mesmo aroma bom.

Pus meu cérebro funcionando e fui relacionando as coisas. Iván com certeza ouviu barulho e como sabe bem que se alguém nos vir vagueando pelo colégio em tempo de aula, somos severamente punidos (pois é proibido!), por isso nos salvaguardou ao entrarmos nesse lugar minúsculo e cheio de pó.

Quem quer que fosse foi varrendo todo o canto mas parecia não estar encontrando o que tanto procurava, se foi aproximando cada vez mais de nós. Temi que nos fossem apanhar mas não, se ouviram passos se afastando e logo depois a porta bateu de novo.

Suspirei de alivio, meu Deus foi por pouco. Iván também expulsou todo o ar que seus pulmões seguravam e deslizou sua mão destapando minha boca e pousando-a exatamente em cima de um de meus seios. Olhei pra ver onde ele a tinha realmente e ele me seguiu com o olhar, dando assim conta da situação onde se encontrava. E ele parecia ter feito tudo isso involuntariamente sem nenhuma ponta de intenção.

Nosso olhos se encontraram no mesmo ponto e de novo eu senti sua mão correndo por meu corpo e dessa vez parando em minha bunda, e consequentemente a apertando de leve.

Onde esse garoto estava querendo chegar? Que raio ele estava fazendo?

_ Tira a mão de onde a tem! - exigi. 

Ele assim o fez mas se arrependeu dois segundos depois voltando assenta-la por lá.

_ Não. - segredou.

Como assim não? Quem dava ordens era eu, quem ele se estava achando? 

_ Já falei pra sacar a mão de onde a tem.

_ E eu já falei que não! Me obriga, Felipa! – acho que foi a primeira vez em 2 anos que ele me chamou por Felipa. Tanto tempo que não ouvia ele proferir meu nome.

Depois de sua declaraçãozinha ridícula sugerindo que ele me obrigasse eu não me responsabilizei mais por meus atos. Levei minha mão em seu rosto e uma marca marcou a diferença entre sua pele natural e um vermelhão que por lá deixei. O empurrei e desenvencilhei de seus braços. 

_ Isso é abuso sabe! Para a próxima que tentar algo parecido te castro, entendeu! Seu idiota! Nojento de merda! Te odeio...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Quem curtiu?
Deixem reviews eles sempre incentivam e passem por minhas outras fics enquanto não á atualização por aqui.
Beijão pra todos!!
=)



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