Sai de fininho pela porta da frente, e ninguém me viu. Ainda bem, queria mesmo ficar um pouco sozinha. Fui até o portão, e fiquei olhando para o nada. De repente um garoto virou a esquina. Ele era moreno e um pouco forte, muito bonito. Era mais velho.

Ele sorriu, e eu fiquei envergonhada. Era pra mim aquele sorriso? Tentei voltar para casa, mas acabei tropeçando e caindo na calçada. Eu ainda não tinha controle total das minhas malditas pernas.

–Ai! - Estava sentindo uma dor em meu tornozelo, pelo menos dor eu ainda sentia.

–Você não muda mesmo, não né? É uma lerda - o encarei - Anna banana - ele riu.

–Você? - Perguntei indignada.

Não, não pode ser.

Um garoto tão lindo, justo ele?

(...)

P.O.V Anna

–Vem - Ele me estendeu a mão.

–Não, eu não quero a sua ajuda - Virei a cara.

–Então tá, fique aí sozinha gritando por alguém. Mas lembre-se de gritar alto, já que eles estão lá, com música alta. - deu meia volta.

–Tá, tá. - Ele sorriu - Então me ajuda aqui. - Ele riu irônico

–Só se você pedir por favor. - Passou a língua nos lábios.

Era só o que me faltava.

Fiquei um tempo em silencio.

–Foi bom ver você, Anna. Tchau! - Ele ameaçou sair de lá, mas eu o impedi.

–Por favor, me ajude a levantar.

–Como é bom ver você pedindo a minha ajuda, Anna Banana. - Ele segurou minha cintura, e por um momento eu me arrepiei. Droga de corpo que me traiu. Ele não. Qualquer um menos ele. - Parece que você já não sente só ódio por mim, não é?

–Cala a boca, Valdez. - Falei com raiva.

Esse garoto.

Que ódio.

P.O.V Leo

Eu realmente não acreditei quando minha mãe disse que nossa vizinha estaria de volta. Já que ela é bem mais que um simples vizinha.

Eu conheço Anna desde, sei la, desde sempre.

Antes de virarmos inimigos mortais, já fomos amigos. Nós somos vizinhos há anos, e Anna sempre foi minha amiga. Nós fazíamos tudo juntos, mas infelizmente isso mudou quando na escola, ficamos em salas separadas.

Ela na turma A, e eu na B. Nós só conseguíamos conversar no intervalo, e pra mim estava ótimo. Falava com ela sempre, e voltavamos pra casa juntos. Só que ela começou a fazer novas amizades, e a passar mais tempo com eles, os novos amigos.

Mais tempo com Will.

Eu não gosto dele, não consigo nem respirar o mesmo ar que esse babaca. Eu sentia muito ciumes dos dois, claro, mas Anna sempre falou que não, que era minha amiga também, e que tinha espaço para os dois na vida dela.

Chegou uma hora em que ela começou a se afastar de mim, e meu ódio por Will foi só aumentando. Eu comecei a ter novos amigos, e passei a pegar no pé desse idiota. Anna ficava sempre do lado dele, e abominava meus atos.

Deixamos de ser amigos, mas eu nunca a esqueci.

Nós começamos a brigar intensamente, e a nos desentendermos, tudo por causa de Will. E infelizmente ela passou a me odiar. Era bom que ela me odiasse, assim eu não sairia da vida dela.

Ela não me esqueceria.

Eu estava indo em direção a casa dela, e então eu a vi. Os cabelos compridos e loiros estavam um pouco descabelados. Ela estava mais bonita, ela parecia mais viva. Ela pareceu me notar, mas acho que não percebeu o meu olhar. Tentou sair de lá mais acabou tropeçando.

Fui ao encontro dela.

De volta aos velhos tempos.

–Você pode me ajudar a chegar até o meu quarto? - Fiquei parado - Por favor? - Assenti - Vamos pelos fundos, não quero ninguém se preocupando comigo.

–Voce não pode pensar assim, quer dizer, é obvio que eles vão se preocupar com voce.

–Tá, só me ajuda. - Revirou os olhos.

Ela sabia que eu estava certo.

A peguei no colo. Ela ficou um pouco mais vermelha. Sorri, era bom saber que ela sentia alguma coisa por mim, que ela ficava agitada.

Fui pelos fundos, e a levei até seu quarto. Coloquei ela em cima da cama, e fiquei a encarando. Senti uma coisa peluda passando por entre as minhas pernas.

–Pipoca! - Ela gritou, e o cachorro se escondeu atrás de mim.

Passei a mão nele, que se deitou ao chão. Ele estava um pouco assustado, mas reconheceu meu toque.

–Ele sempre foi seu mesmo. - Disse nos olhando.

–Não, ele é seu. - Coloquei ele em cima da cama - Quando te dei ele há sete anos atrás, ele passou a ser seu. Eu só cuidei dele enquanto você esteve fora.

Eu lembro muito bem de quando dei o Pipoca a ela, foi antes dela se tornar melhor amiga de Will. Era quando só havia nós dois.

Sinto falta daquela época.

–Sabe, você foi a única pessoa que não perguntou sobre o coma. - me encarou curiosa.

É que parece que você nunca foi embora.

Sussurrei.

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Bom galera, se voce curte I Never Can Say Goodbye o que acha de ler mais uma das minhas ideias loucas?

I KNEW YOU WERE TROUBLE

"Quando Sebastian bateu alcoolizado em um poste, o que acabou ocasionou um desastroso incêndio, ele não imaginou se mudar para casa do delegado, e muito menos ter que conviver com a filha dele. Charlie por sua vez, não tinha ideia que aquele garoto metido que viera morar em sua casa, era seu maior ídolo. Ainda tentando juntar seus pedaços, ambos tentam lidar com a personalidade forte um do outro, mas quem sabe juntos não conseguem superar isso? É, encontraram um sentimento em um lugar inesperado. Só que quando Charlie descobrir quem ele é, e também o que fez, será que ela vai conseguir perdoa-lo? Será que o amor realmente supera tudo? Só o tempo e o resto da fic vão dizer..."

Espero que gostem, e se vc se interessou, corre lá!

Obrigada!!

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