I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 7
You? No. It cant be true!


Notas iniciais do capítulo

Oii Lindasss! Muito obrigada pelos reviews, eu amo vocês! 36 leitoras, uau! To muito feliz ♥ Bom, esse capitulo está dividido. Eu queria muito saber, vocês querem que o Will termine com quem? hahahah Espero que vocês curtam o capitulo, boa leituraaaa! ♥ * Dedico esse capitulo á minha Jill, obrigada por ser tão maravilhosa! Te amo ♥



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P.O.V Elizabeth

Entrei em casa me arrastando, eu só queria chorar.

Subi as escadas correndo, e pulei em minha cama. Deitei nela, e fiquei chorando por um bom tempo. Escutei barulho de chaves e tentei enxugar as lágrimas, e quem sabe tentar arrumar meu cabelo desgrenhado.

Ouvi o barulho dos saltos de Jill se aproximando.

–Porque nunca acontece nada comigo? Tipo, nada de: Wow, surpresa! E pior, quando acontece eu tenho a habilidade de ferrar com tudo. Quando eu to "afim de alguém", sei lá, seria bacana se a pessoa percebesse, entende? - Jill já chegou falando e sentando na cama. - Meu Deus, Lilá! O que aconteceu?

–Você quer uma surpresa? O que acha de sua amiga que esta em coma há quatro anos acordar? - Ela ficou estática.

– A Anna acordou? - Ela tirou levemente o salto se acomodando na cama.

–Sim. - Falei dando um sorriso que logo sumiu como a lembrança de que eu e Will eramos felizes.

–Porque você está triste? Ela finalmente acordou, você deveria ficar feliz com isso, você sentiu tanta falta dela.

–Não é bem assim, Jill. Eu to muito feliz por ela, é só que.. - Falei com lágrimas nos olhos.

Ela não falou mais nada, apenas colocou minha cabeça em seu colo e começou a mexer em meus cabelos.

Sempre foi assim, Jill é a mãe que eu não tive.

Jill se parece muito com ela. Os mesmos cabelos castanhos - agora mais claros nas pontas - e as leves ondas. O sorriso de orelha a orelha, e os olhos brilhantes. Ela tem até a mesma pintinha em cima do lábio que mamãe tinha.

É difícil não lembrar dela quando olho para Jill.

Consegui me acalmar, e respirei fundo.

–Me explica bem o por que de você estar chorando.

Ela começou a fazer tranças em meu cabelo, e me senti com dez anos de novo.

–Como já disse, eu to muito feliz por ela ter acordado, nossa. Eu amo a Anna, e senti muita falta dela. Só que, eu não sei o que esperar com essa volta repentina. Nós não temos mais treze anos, Jill. E se não nos dermos bem? Ela esteve fora por um bom tempo - Era verdade.

–Não foi bem uma escolha dela estar "por fora".

–Eu sei.

–Não é só por isso, não é? - Ela se virou.

–Não, não é. - Senti que as lágrimas estavam vindo, mas me segurei - Eu sei que Anna era apaixonada por Will. E agora que ela sabe que nós estamos juntos - ou estávamos -, nem sei mais agora, eu não tenho a menor ideia se ela vai me perdoar. Eu nunca quis "trair" ela, e também não quero perder nenhum deles, Jill.

Ela me fitou. Senti que seus olhos enxergavam minha alma.

–Olha Lilá, não importa quanta merda a outra fez, ou quantas desculpas voce precisa pedir. Deixar algumas coisas de lado nesse momento vale a pena. Sei lá, não vou me meter, você decide. Mas quando é sua melhor amiga ali, voce tem que pensar duas vezes. Pensa bem, acho que ela vai entender. Se fosse voce, entenderia? Espera um pouco, vai com calma. Tudo deve estar muito complicado agora. - Ela sorriu - E o Will, se eu bem o conheço, ele não vai te deixar sozinha. Juntos vocês vão passar por isso, acredite. Conversa com ele.

Sorri por um momento.

–Obrigada, Jill. Por tudo. Você sempre tem alguma coisa para dizer.

–Acho que pelo fato de compreender muito as pessoas, isso me torna mais segura em relação a elas. Eu te entendo, Lilá, e o tempo é bom, mas nem sempre cura tudo.

–Você tem razão.

–Sabe, nós temos que aprender a lidar com as cicatrizes da vida, e aos poucos preenchendo com coisas boas.

–Você está falando isso por causa da morte deles, não é? Acho que já passamos por muita coisa.

–Passamos, sim. - fitou o chão - Agora está menos difícil, mas não vamos esquecer essa dor.

–Eu sei.

Ela me abraçou.

–Agora chega disso, vamos dormir que é melhor. - Ela levantou da minha cama.

–Jill, dorme aqui?

–Tá bom. - Ela voltou a se jogar nela - Boa noite, Lilá. E Pensa bem, ok?

–Boa noite, Jill. Pode deixar, pode deixar...

P.O.V Anna

Acordei com o sol da janela batendo em meu rosto.

Mentira, o paciente do quarto ao lado sofreu um ataque cardíaco, e os aparelhos fizeram barulhos muito altos.

–Bom dia, flor do dia. - Era meu pai que estava em meu lado.

–Oi, papai.

–Meu bebe está pronto para ir para casa? - Pensei em reclamar por ele ter me chamado de bebe, mas percebi o quanto senti falta disso.

–Não sei.. - Falei sincera.

Escutei batidas na porta, e logo depois meu médico entrou. Eu nunca tive um médico só meu antes, também, nunca precisei.

–Minha paciente favorita! - Ele sorriu, e apertou a mão do meu pai.

–Dr. Foss, muito obrigado. - Meu pai o abraçou - O senhor fez muito por nossa Anna.

–Não, Roger. Eu fiz apenas o meu trabalho. - Ele sorriu e me olhou - Anna, infelizmente você não vai se livrar de mim tão facilmente. Você terá que frequentar o hospital por um longo período de adaptação, e também te marquei para um acompanhamento com uma psicologa de minha inteira confiança. Ela vai te ajudar ainda mais nesse pós-trauma, digamos assim.

–Tudo bem, ela vai fazer o necessário para ficar bem novamente. - Papai respondeu por mim.

–Bom, você está liberada, Anna. Mas antes, nós aqui do hospital preparamos um bolinho e uns docinhos para comemorar.

Ele abriu a porta, e uns dez enfermeiros entraram no quarto.

"Estou tão feliz por você ter se recuperado, enfermeiro Caleb disse"

"Anna, você parecia um anjo naquela cama. Fico feliz que tenha acordado, enfermeira Sally falou"

"Nós vamos sentir sua falta, Anna!"

Todos gritaram em coro e me abraçaram.

Eu não sei quem são essas pessoas, e isso me deixa frustrada.

Eles cuidaram de mim por tanto tempo, e criaram uma certa ligação comigo.

Eles esperavam que eu retribuísse, mas eu não sei quem são eles.

Tentei sorrir o tempo inteiro - para mostrar como estava feliz em voltar para casa - mas eu nem sei mais o que é ter uma casa.

Me despedi de todos, e fui até o banheiro me trocar. Meu pai me deu uma bolsa com algumas roupas - provavelmente Chloe escolheu - e eu me troquei. Um vestido cor de rosa, bem clarinho. Cores claras, meu gosto não mudou muito. Sai do banheiro, e meu pai me ajudou a andar.

As pessoas me olhavam sorrindo nos corredores do hospital, e eu escutei alguns sussurros

"Essa é a garota que acordou do coma"

"Pobrezinha, perdeu essa parte da vida"

"Ela é a que voltou da morte"

Tive que rir, as pessoas só sabem fofocar.

Embarquei no carro e saímos de lá. "Finalmente", escutei meu pai falando. Eu fiquei na janela só observando tudo. Esta muito diferente do que eu me lembrava. Nossa.

–Outro dia nós passeamos melhor, agora precisamos ir para casa - falou notando o meu olhar embasbacado.

Não demorou muito e nós estávamos lá, lar doce lar.

"Parece que eu nunca deixei esse lugar", sussurrei.

–Vai na frente, querida. Vou pegar suas coisas.

Abri a porta com calma.

–Surpresa! - Muitas pessoas gritavam.

Todas elas estavam exprimidas na minha pequena sala de estar.

Fiquei em choque, todas essas pessoas vieram me ver?

Muitas vieram me cumprimentar. Minhas antigas professoras, meus antigos colegas, minha família. Todos falando as mesmas coisas.

"Como você acordou?"

"Como é estar em coma?"

"Você é a prova de que milagres existem"

Olhei em um canto e vi minha irmã. Ela acenou com a cabeça, ainda estava chateada comigo pelo jeito que falei com ela.

O barulho era grande e eu não estava preparada para tudo isso.

Minha cabeça ainda doía, mesmo depois de algum tempo no hospital.

Sai de fininho pela porta da frente, e ninguém me viu. Ainda bem, queria mesmo ficar um pouco sozinha. Fui até o portão, e fiquei olhando para o nada. De repente um garoto virou a esquina. Ele era moreno e um pouco forte, muito bonito. Era mais velho.

Ele sorriu, e eu fiquei envergonhada. Era pra mim aquele sorriso? Tentei voltar para casa, mas acabei tropeçando e caindo na calçada. Eu ainda não tinha controle total das minhas malditas pernas.

–Ai! - Estava sentindo uma dor em meu tornozelo, pelo menos dor eu ainda sentia.

–Você não muda mesmo, não né? É uma lerda - o encarei - Anna banana - ele riu.

–Você? - Perguntei indignada.

Não, não pode ser.

Um garoto tão lindo, justo ele?


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram??Quero reviews, hein? Hahahah quem será essa pessoa misteriosa? Bom, Minhas outras fics estão atualizadas, corram lá!Será que teremos nossa primeira recomendação? #MistérioComentem o que acharam :)Uma boa semana,Mil Beijos,Bee ♥