I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 68
Only fools fall for you.


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu não sei nem como começar essas notas. Ainda não caiu a ficha que amanhã será O DIA. O final dessa história que tanto amo :´) Sei que nada dura para sempre, mas as memórias desses 4 permanecerão comigo, assim como voces, que fazem parte de mim, e me ajudaram a crescer. Muito obrigada pelo apoio, de verdade. Passamos por tantos momentos bons ao longo da fic :) Um dos meus preferidos é o beijo LiláWill no banheiro do pub, ainda no começo. Sou apaixonada por esse casal, e hoje teremos mais um momento de amordor entre eles. Que decisão voces tomariam se fossem Lilá? Eu não sei minha opinião, mas a dela... sem spoilers.
Espero que gostem do capitulo! E que curtam essa reta final :)
#ÉAMANHÃ!
As músicas do capitulo são: Dancing Queen - ABBA, A Noite - Tie, e Fools - Troye Sivan :)
Até breve,
(chorando aqui)
Beijão~
Não esqueçam de comentar, viu?
I´m already missing you guys!



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Sempre amei, e sempre vou amar.

Essas palavras ecoaram em minha cabeça, mas dessa vez não desviei o olhar.

É a mais pura verdade.

(...)

P.O.V Lilá

– Eles estão chegando! - Sr.Robb levantou da cadeira em que estava sentado, e pegou um tubo vermelho de tamanho médio. Assim que Jill e Charles passaram pela porta de entrada ele estourou, criando uma chuva de confetes.

– Querido, não tinha necessidade disso. Eles já levaram uma chuva de arroz na saída da igreja! - Sra.Robb riu da situação, mas o marido não conseguia disfarçar a felicidade. Já os noivos foram recebidos com aplausos.

Uma mesa em formato de lua foi montada para a família, deixando Jill e Charles no meio, podendo observar os outros convidados. Depois da belíssima cerimonia de casamento, que me fez chorar rios, a recepção era no mesmo local do jantar de ensaio.

Ao meu lado direito estava sentada Jill, e no esquerdo Leo, seguido de Anna.

– Ahn.. - Sr.Robb pigarreou - Antes de começarmos a degustar o fabuloso jantar que nos custou os olhos da cara, - ele fez todos rirem. Casamento que é casamento tem que ter piadinhas sobre o valor gasto - Gostaríamos de falar algumas palavras aos noivos. Todos nós. - sorriu para os padrinhos. - Peguem suas taças em cima da mesa! - nós o fizemos - Charles, meu filho, você não faz ideia da alegria que está me proporcionando no dia de hoje. Ver o homem que voce se tornou é gratificante, mas ter uma nora linda como Jill é a melhor coisa do mundo. Já imaginaram como serão lindos meus netinhos? - ele riu.

– Pai! - balançou a cabeça.

– Deixe me continuar, sim?! Como estava dizendo, Jill é uma nora maravilhosa. Graças a Deus tivemos a benção de ter somente pessoas boas entrando em nossa família. Ryan, Leo.. - apontou para os dois na mesa - e Jill. - sorriu encantado - Minha querida, seja bem vinda a família. Você sempre fez parte da nossa casa, e agora nós vamos fazer parte da sua. Espero que vocês dois sejam felizes, e que o casamento dure para sempre, como o meu e de sua mãe. Um brinde! - os estalos dos cristais ecoaram pelo salão. Os dois abraçaram-no, dando a deixa para que outra pessoa falasse.

– Oi. - Chloe bateu no microfone - Desculpe, é só para ver se não tem ninguém dormindo. Fica a dica, Tio Chuck! - mais risadas - Jill e Charles, Charles e Jill. O que falar desse casal que conheço com a palma da minha mão? - soltou o ar - Eu fico muito feliz em saber que minha melhor amiga encontrou um cara legal, e que meu irmão encontrou uma garota maravilhosa.

– Eu sou um cara legal e ela maravilhosa? - Charles a interrompeu.

– Sim, porque eu gosto mais dela. Hello! - ela riu - Desejo a vocês toda felicidade do mundo, e que continuem sempre cultivando esse amor clichê e invejável, mas uma inveja branca, tá? - mostrou a língua - Tenham uma ótima lua de mel, mas só não quero saber os detalhes, Jill. Seria nojento. - algumas pessoas entenderam a piada, outras não, deixando um silencio constrangedor.

– Essa é a minha irmãzinha. - Charles a abraçou bagunçando seu cabelo.

O microfone então foi dado a mim, que já senti minhas mãos tremendo.

É só ficar de pé e falar coisas bonitinhas, não é tão difícil.

Respira.

Olhei para os convidados, mas me senti insegura. Voltei a fitar minha irmã, e resolvi falar com o coração.

– Charles e Jill, - soltei o ar - quando olho para vocês dois juntos volto a acreditar no amor. Ele existe sim, e vocês são a prova viva. O tempo pode tanto afastar quanto aproximar, e depois desses anos todos vocês finalmente se encontraram. Eu quero isso na minha vida, e mais uma vez vou seguir o exemplo da minha maninha. - ela sorriu - Como podem perceber a família Grant é pequena, apenas eu e minha irmã. Sempre fomos só nós duas, até você voltar, Charles. Quero que saiba que você também faz parte da nossa família. - ele sorriu encarando a esposa - Prometa que vai cuidar da minha jóia mais preciosa, e que vai trata-la como uma princesa todos os dias.. Ela merece ser feliz e cuidada, já passou da hora. - ele assentiu - Jill, obrigada por tudo que fez por mim. Eu admiro muito você, e sei que será uma esposa incrível. Vocês dois se completam, como o dia e a noite. Nada e nem ninguém vai conseguir separar vocês dois. O amor verdadeiro é para sempre, e o de vocês é real. Parabéns pelo casamento lindo! E que sejam imensamente felizes! - todos continuaram em silencio - É isso, obrigada.

– Vem aqui, cunhadinha. - ele tirou meus pés do chão - Vou sentir saudades de você, viu?! Trate de nos ligar sempre.

– Pode deixar. - sorri - E cuide bem da minha irmã, ok? Eu confio em você.

– Farei jus a esse voto de confiança, prometo. - assenti.

– Permissão para abraçar a noiva mais bonita do universo? - Ela me abraçou forte - Sei que não vamos ter tempo de nos despedir depois, então vou aproveitar para faze-lo agora. - ela fungou em meu pescoço - Eu te amo, irmã. - ótimo, agora eu chorava.

– Por favor, tome muito cuidado. Não faça nada que eu não faria, e jamais deixe o celular desligado. Quero saber como você está todos os dias. - assenti - Você vai ser muito feliz, Lilá. Sei disso. - ela me soltou, voltando a me encarar. - Amo você. - voltei a abraça-la.

Me senti uma criança de cinco anos com medo do primeiro dia de aula. A ansiedade pelo novo era grande, mas o medo de ficar sozinha era proporcional.

Não, já era hora de crescer.

Me soltei de seus braços lembrando que todos os presentes estavam assistindo a essa cena, e que provavelmente minha cara estava inchada e borrada de maquiagem. Se estamos na chuva é para se molhar mesmo. Peguei o microfone de volta.

– Um brinde aos noivos! - todos ergueram novamente as taças.

O jantar foi servido, e uma deliciosa sobremesa de frutas vermelhas entregue no final.

– Por favor, me lembre de colocar em um canto do salão uma mesa só com as sobremesas. - Leo me fitou.

– Discuta isso com a noiva, e não comigo. - Anna riu.

– Já começou sendo uma péssima madrinha, Elizabeth. Vou dar o seu lugar para Pipoca, ele nos acompanha há mais tempo. - balançou a cabeça indignado.

Continuei comendo a mousse.

– Adivinhe quem falou a cerimonia inteira sobre o padrinho gato ao lado da ruiva sem sal. - Anna revirou os olhos.

– Milagre ela ainda não ter feito nada. - Leo riu - O que aconteceu?

– Ontem a noite estava esperando Anna voltar do banheiro e ela me abordou com uma papo de que gostaria de conhecer melhor o namorado da prima. - ele fitou a namorada.

– Eu odeio essa garota, não vamos mais falar sobre ela. Já me controlei ontem para não esfregar a cabeça dela no bolo. O de hoje é bem maior. - sorriu diabólica.

– Não precisa fazer isso, Anna Banana. Você sabe que eu só tenho olhos pra você. - ela riu.

– Nunca pensei que esse apelido conseguisse soar carinhoso, mas deu certo. - ele se aproximou dando um beijo de leve nela.

– Por favor, sem melação, ok? - revirei os olhos - Já basta Jill e Charles. Mas é o casamento deles, não posso fazer nada.

O pessoal da organização já estava preparando a pista de dança, e o DJ estava se posicionando.

– Ta bom, senhora amargurada dona de 52 gatos. - Leo disse. - Pensei que tinha chamado Nolan para ser seu acompanhante, o que aconteceu? O cara não aguentou a pressão?

Anna soltou uma gargalhada assim como eu.

– Você não sabe? - ele ficou confuso.

– O Nolan é gay, Leo. Ele passou 1 semana aqui, e na seguinte foi visitar o namorado na Inglaterra. - ele abriu a boca espantado.

– Pois é, eu tenho dedo podre mesmo. - dei de ombros - Me conformei com isso já.

Notei que os acessórios já estavam sendo distribuídos, plumas, pulseiras neon, óculos divertidos, coisas de casamentos.

– Pessoal, se aproximem da pista que a festa vai começar! - era o DJ convocando os presentes.

– Aí meu Deus! - Anna empurrou o corpo de Leo para me encarar.

Esse instrumental.

Nossa música.

– Ahh! - gritamos juntas.

– Com licença, Leo. Mas a primeira dança é com uma pessoa especial. - me estendeu a mão.

– O que? Fui trocado? - pisei em seu pé para sair de trás da mesa, mas conseguimos um lugar na pista.

Friday night and the lights are low

Looking out for a place to go

Where they play the right music, getting in the swing

You come to look for a king

Anybody could be that guy

Night is young and the music's high

With a bit of rock music, everything is fine

You're in the mood for a dance

And when you get the chance

You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen

Dancing queen, feel the beat from the tambourine, oh yeah

You can dance, you can jive

Having the time of your life

See that girl, watch that scene

Dig in the dancing queen

– É impressionante como essa música me faz lembrar da nossa infância. - continuou dançando.

– Quantas vezes não cantamos no karaoke da sua casa? É um clássico!

– Obrigada. - gritou.

– Pelo que? - fiz o mesmo, o som estava muito alto.

– Por ter me dado uma chance de consertar as coisas de novo. - balancei a cabeça.

– Não se remenda o que nunca se desfez. - sorriu. Voltamos a dançar ao som de outra música, quando notei pelo canto do olho Leo fazendo sinal.

Elsa.

– Anna, eu não quero dizer nada não, mas acho que é melhor você começar a escolher o andar do bolo que quer destruir.

– O que? - ela entendeu - Aquela garota! Saía de perto do meu namorado! - esbravejou indo na direção deles.

Ri sozinha.

Sempre acreditei que esses dois dariam certo.

– Agora vamos dar uma desacelerada. - as luzes ficaram azuis, e os casais se juntaram.

Droga.

Ótimo, Elsa está no meu lugar e eu não tenho aonde ir.

– Posso. - virei para trás já sabendo de quem era essa voz - Tirando o ombro machucado, eu ainda sei dançar.

O encarei.

Ele estava lindo com esse blazer, o mesmo que usou em um dos lançamentos da gravadora.

– Não precisamos nem nos tocar se você não quiser. - ergueu as mãos em rendição.

– Tudo bem. - sem jeito coloquei minhas mãos em seu pescoço, com todo cuidado para não machucar seu ombro. Quando ele tocou minha cintura senti descargas elétricas pelo corpo. Ele sabia que era o toque de Will.

– Você está linda, Lilá. - ri fraca.

Palavras não bastam, não dá pra entender

E esse medo que cresce não para

É uma história que se complicou

Eu sei bem o porquê.

Seus dedos passeavam pela minha espinha.

– Porque está fazendo isso, Will? - sussurrei em seu ouvido.

– Você não gosta mais? Eu posso parar.

– Você me entendeu, por que está aqui? - ele se afastou, fazendo nossos olhares se cruzarem.

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços

Me entorta as costas me dá um cansaço

A maldade do tempo fez eu me afastar de você

– Porque só agora eu tive coragem de vir até você. - soltou o ar - Fui um completo babaca, Lilá.

– Sim, você foi.

– Eu sei, fui tão longe que cheguei ao ponto de ser a dor da pessoa que mais amo. - continuei em silencio, do que valiam essas palavras agora? - Por favor, diz alguma coisa. Só não fica em silencio.

E quando chega a noite e eu não consigo dormir

Meu coração acelera e eu sozinha aqui

Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão

Olhos nos olhos do espelho e o telefone na mão.

– O que você quer de mim? - ele parou no lugar.

– A verdade. - disse sério - Não quero que você desista de tudo por minha causa, Lilá. Nunca te pediria isso. Só me diga 1 coisa. - respirou fundo - Ainda existe um nós para você?

Tirei minhas mãos de seu pescoço, dando um passo para trás.

Pro tanto que eu te queria o perto nunca bastava

E essa proximidade não dava

Me perdi no que era real e no que eu inventei

Rescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer

E te dedico uma linda história confessa

Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você.

– Sempre vai existir, Will. - balancei a cabeça - Mas não é suficiente.

Deixei-o sozinho na pista de dança, andando rapidamente para fora do lugar.

Eu precisava de ar.

Sentei no mesmo lugar da noite passada, só que dessa vez o céu não estava estrelado.

– Não vou te deixar ir embora fácil assim. - virei para encara-lo.

– Você já fez isso uma vez, duas não será problema. - disse amargurada.

– Eu sinto muito por isso. - se aproximou - Eu estava tão cego pensando no que perdi que esqueci o que tinha ao meu lado, a mulher mais incrível que já conheci na vida. - senti que meus olhos estavam embaçados.

– Para, por favor..

– Não. - pegou minha mão e levou até seu peito - Você tá ouvindo isso, Lilá? - seus batimentos estavam acelerados - Eu fico assim por sua causa. - riu fraco - Eu te amo. - ele acariciou meu rosto delicadamente - Me desculpa ter demorado todo esse tempo para perceber que a mulher que eu amo é você.

– Por que você está dizendo isso agora? Eu vou embora amanhã, Will. - minha voz saiu embargada.

Ele sorriu.

"De a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar."– e então me beijou.

Não foi como das outras vezes com paixão e todas aquelas faíscas. Foi um beijo de saudade, de amor.

De despedida.

Suas mãos acariciaram meu rosto enquanto as minhas passeavam por seus cabelos. Toquei sem querer a cicatriz de seus pontos, o que me fez voltar a realidade.

Encarei seu rosto uma última vez, e mesmo que se passassem mil anos eu ainda tremeria ao ver seu olhar me fitando.

– Eu não posso ficar, Will. Sinto muito. - toquei em seu rosto, alguns hematomas ainda cicatrizavam. - Eu sempre te amei, e sempre vou amar. - parafraseei Jill.

Nossas mãos que ainda estavam juntas foram se afastando ao longo dos meus passos.

Virei mais uma vez para trás vendo o cara que sempre vai fazer meu coração bater mais rápido se distanciando. Só que dessa vez ele estava dolorido.

Sentirei saudades desses olhos azuis que um dia já foram meus.

I'm tired of this place, I hope people change

I need time to replace, what I gave away

And my hopes, they are high, I must keep them small

Though I try to resist, I still want it all

I see swimming pools and living rooms and airplanes

I see a little house on the hills and children's names

I see quiet nights part overrice and Tanqueray

But everything is shattering

it's my mistake

Only fools fall for you, only fools

Only fools do what I do, only fools fall

Only fools fall for you, only fools

Only fools do what I do, only fools fall.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Não estou acreditando que é amanhã :( Ai meu coração!
Não esqueça de comentar hein? Me ajuda pra caramba!
Até breve,
Ju.



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