I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 66
You are the best thing that's ever been mine.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, Aiya sua linda! Muito obrigada pela recomendação! De verdade, só quem recebe um recomendação linda dessas na vida sabe como estou me sentindo. É um sentimento de gratidão, dever cumprido mesmo. Eu amo o carinho de voces comigo nos comentários, mas uma recomendação é muito especial. Mostra que a história não é apenas boa, mas sim uma das preferidas. Meu olho tá meio embaçado aqui, me desculpem. Muito obrigada pelas palavras lindas! Vou mandar uma MP assim que conseguir agradecendo melhor :)
Sei que o horário esta tarde, me desculpem, mas como prometido estou postando. 1 capitulo por dia, lembram?
Gostei muito de ver voces comentando, continuem assim que vou responder todo mundo na sexta a tarde :) Que bom que curtiram o capitulo passado, fico muuuuito feliz mesmo!
TÁ QUASE ACABANDO, MEU DEUS! QUE DOR NO PEITO :´(
Até amanhã, e não esqueça de comenta, hein?
Uma boa leitura!
Espero que gostem,
Beijão~
ps: a música do capitulo é Mine - Taylor Swift :)



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– O que está querendo dizer? - fitei-o.

– Todo mundo sabe que ele ama você, menos você. A pessoa que mais importa nessa história.

– Isso não é verdade. - encarei o envelope me tentando a abrir.

– Quer apostar? - levantei sobrancelha.

Leo só apostava quando tinha certeza de alguma coisa.

(...)

P.O.V Leo

1 semana antes.

Pensei pela oitava vez se deveria tocar a maldita campainha ou ir embora. A vizinha da casa ao lado já estava me olhando com uma cara esquisita ao me ver parado por mais de 10 minutos na frente da casa.

Droga.

Fechei os olhos e apertei. O que diabos eu estava fazendo aqui?

– Leo! Que surpresa te ver aqui, entra! - Senhora Harries sorriu ao me ver.

– Eu não quero incomodar, ahn.. - sorri nervoso - o Will está ocupado? Se ele estiver posso voltar outra hora, sem problemas.

– Não, não! - o olhar dela se iluminou - Ele vai adorar receber sua visita.

Eu já não tenho tanta certeza disso.

– Tudo bem. - entrei na casa.

Nunca tinha estado aqui antes, mas a sensação não foi essa.

– Você veio aqui uma vez com a sua mãe no aniversário de 5 anos do Will. - ela riu - Vocês dois acabaram brigando, e cada um terminou a festa de um lado chorando.

– Algumas coisas nunca mudam.. - sussurrei baixo.

Ao andar mais pela sala notei uma área repleta de troféus, medalhas, recortes de jornais e fotos.

– Meu marido foi um grande nadador no colégio, assim como Will. - notou minha curiosidade - Os dois são muito parecidos, competitivos ao extremo, mas apaixonados pelo esporte.

– Sei bem o que é isso. - sorri para ela - Meu pai também foi capitão do time de basquete, e tudo que eu sempre quis foi seguir seu passos.

– E conseguiu, meus parabéns. - ela continuou me guiando - Vamos subir no quarto dele, provavelmente Will está jogando video game. É o que ele mais fez desde que voltou do hospital. - fitou o chão - Não sei o que está acontecendo, é como se ele tivesse perdido o sentido da vida. Sei que ele ama nadar, mas a vida não é só isso. - assenti.

– Não se preocupe, Sra.Harries. Essa parte vai entrar na nossa conversa. - ela sorriu.

– Muito obrigada, Leo. De verdade. - mostrou a porta branca.

Me despedi dela, e bati três vezes na porta.

– Posso entrar? - eu já tinha aberto.

Will estava sentado na cama vestindo o que parecia ser um pijama, e uma tala em seu braço. Ele usava uma mão só para segurar o controle.

– Não to conseguindo jogar de qualquer jeito. - continuou me fitando desconfiado -O que faz aqui?

– Nossa, já começamos bem assim? - caminhei pelo quarto.

Mais medalhas, pôsteres de bandas, um trecho de uma música do Ed Sheeran na parede.

– A Elizabeth sempre gostou dele, então.. - notou que eu olhava curioso - Não sei nem por que to te dizendo isso.

Voltei a encara-lo.

– Como está o ombro? - ele ficou sério.

– Mal. Imagine que você lesionasse seu joelho gravemente. Os médicos podem até dizer que ele vai se recuperar, mas não vai ser como era antes. Não vou poder mais competir, e nadar agora só por diversão. - riu fraco.

– Eu sinto muito, cara. De verdade. - disse sincero. Para um atleta o corpo é a segunda coisa mais importante na hora de competir.

A primeira é a mente.

– Tanto faz, depois que eu saísse da escola faria o que? Eu nunca fui bom o suficiente para uma olimpíada ou algo sério, de qualquer jeito não importa. - sua voz soou amargurada.

– Mas isso não significa que sua vida acabou, qual é. - tentei motiva-lo, mas ele levantou uma sobrancelha desconfiado.

– De novo, o que faz aqui?

Fiquei em silencio.

– Eu não sei.

– Se for para dizer que você e Anna voltaram nem gaste saliva, já estou sabendo. - gargalhei. Como ele era egoísta.

– Não, é por ela. - apontei para uma foto na cabeceira de sua cama.

Era ele e Lilá, e se não me engano a mesma que ele usa como proteção de tela no celular.

Ele pegou a foto em suas mãos.

– Sei que ela está indo embora. - soltou o ar.

– E você tá parado aqui por que? - franzi o cenho.

– O que você quer que eu faça? Ela já terminou comigo mais de 1 vez, e depois de todo esse rolo com a Anna sei que ela não vai me perdoar. Não importa o que eu faça.

– Perdoar mais essa burrada, você quer dizer. - mostrei os dentes, mas ele ficou irritado.

– Se você veio aqui para me insultar pode ir embora, tá legal? Eu sei fazer isso sozinho. - jogou uma almofada na porta indicando o caminho.

Respirei fundo.

Isso era importante, eu tinha que continuar.

– Olha, Will. Eu nunca gostei de você, e continuo não gostando. Você é um idiota, mimado e egoísta. Tive que pensar muito antes de vir até aqui, mas se é por Lilá vale a pena. Ela é simplesmente a garota mais maravilhosa que já conheci, e não consigo entender por que você fez isso com ela? - balancei a cabeça - Você a magoou profundamente, brincou com os sentimentos dela, e ainda veio com o papo de “nós podemos ser amigos”. Ah, por favor! - seu rosto começou a ficar vermelho - Ela foi te ver no hospital, sabia disso? Eu levei ela até lá e tive que aguentar a angustia dela por ter pensado que você estava morrendo. Ela quase morreu, você tem noção?

– Eu, eu.. - gaguejou - Não preciso que você me diga essas coisas. Você acha que eu gosto do que vejo quando me olho no espelho? Que eu não fico me corroendo toda vez que vejo ela de longe e não posso fazer nada? Eu sei o que fiz e me arrependo. Eu não deveria ter deixado ela ir embora da primeira vez. - seu olhar ficou vazio.

– E você vai deixar uma segunda? - ele me encarou - Ela ama você, Harries. Não é uma paixãozinha de criança como foi com a Anna, é gostar pra caralho. Sei que a história de vocês pode não dar certo, mas ela merece um ponto final.

– Eu não quero dar um ponto final, Valdez. - acreditei em sua sinceridade.

– Então você não tem muito tempo. - levantei da cadeira em que estava sentado - Você a conhece melhor do que ninguém, vai saber o que fazer. - assentiu.

Caminhei até a porta para ir embora.

– Valdez - me virei - Quando ela vai?

– Ela embarca para Austrália no domingo. - ele ficou pensativo.

– Obrigado. - disse sério.

– Não to fazendo isso por você, e sim pela Lilá. - bufei - Pra mim você continua um idiota.

*****

Atualmente

– Não vamos falar sobre isso, tá? - ela me encarou - Hoje é o dia da Jill e do Charles, e não vou ficar pra baixo.

– Você que começou com o assunto, eu só jogo para vencer. - sorri.

Lilá continuo fitando a estrada e não disse mais nada. Sabia que ela já estava mal, um sorriso não esconde a alma.

– Ei, - cutuquei seu ombro - Você será uma ótima madrinha. - ela riu

– Sabe, eu até tentei não pensar nisso, mas é meio impossível. Eu queria muito que meus pais estivessem aqui. - soltou o ar - Ver Jill bem sucedida, casando, daqui a pouco com filhos.. ela não vai ter ninguém ao seu lado, assim como eu. - mesmo com o canto do olho vi que ela chorava.

Percebi que tínhamos chegado. Estacionei o carro em frente a casa dela.

– Olha pra mim. - tirei o cinto me sentando melhor - Você nunca vai estar sozinha, não importa onde esteja. Quando você casar, isso se você casar - ela riu fraca - Eu ficaria honrado em poder te levar até seu noivo. Você promete pensar com carinho? - ela me abraçou.

– Só se eu for madrinha do seu casamento. - eu ri.

– Difícil dizer em qual dos lados, meu ou da Anna? - Ela riu, e me soltou devagar, limpando seu rosto na manga da roupa.

– Acho que essa é a hora em que vou para casa. - abriu a porta do carro - Obrigada por tudo, Leo. - sorriu.

– Nos vemos mais tarde. - me despedi.

Ela mais do que qualquer pessoa merece um final feliz.

E vai ter.

Ao chegar em casa vi que não tinha muito tempo para me arrumar. O jantar começava ás 7 e meia, e eu tinha 1 hora para ficar pronto. Tomei um banho rápido e corri até meu guarda roupa para achar alguma coisa. Era formal? Nem tanto? Eu tinha que usar blazer?

Droga.

Peguei meu celular e liguei para Anna.

– Olá, namorada. - ela riu - Desculpe, mas eu nunca vou cansar de repetir isso.

Só não repita muito na frente da Lilá, ok? Sem casal melação, lembra?

– Farei o máximo possível. - sorri - O que devo usar hoje a noite?

Hum, roupas. – Há há - Vista-se como quiser, só que não muito bonito.

– O que? Como se isso fosse possível.. - gargalhou - Porque diz isso?

Tem umas primas minhas que virão, e sabe..

– Você está com ciúmes? - foi minha vez de rir.

Não, você que é metido. Eu preciso desligar, minha mãe está me chamando.

– Anna..

Idiota.– desligou.

Quanto tempo eu esperei para escutar isso.

Ela poderia me xingar a vida inteira que eu nunca me cansaria.

****

– Você está linda, Jill. - a cumprimentei - Charles, você é um sortudo.

– Se não soubesse que você namora minha irmãzinha ficaria preocupado. - me abraçou - Já não era sem tempo.

– Eu sei. - deu tapinhas nas minhas costas. - Aproveite o jantar que amanhã você será um homem casado.

– Não fale isso senão ele desiste, Leo! - Jill segurou o braço do noivo.

– Nem por um segundo. - Charles a beijou.

Deixei os dois juntos curtindo o momento deles, e me dirigi até a família do noivo.

– Sr. Robb. - ele me abraçou.

– Esse aqui é meu genro, Leo Valdez. - apertei a mão dos outros senhores - Namora Anna, a mais nova. Grande garoto, ganhou uma bolsa pelo basquete na UCLA. - os homens sorriram.

– Com um sogro assim, quem precisa de advogado de defesa? - ele riu - Com licença, mas vou procurar minha namorada.

Saí de lá ouvindo eles ainda falarem sobre mim, e me senti orgulhoso.

Tenho certeza que meu pai sentiria o mesmo.

Procurei uma cabeleira loira pelo salão, a encontrando perto de outras garotas.

Here we go.

– Aí está você. - a abracei por trás - Olá. - as outras meninas me encararam.

– Então esse é o Leo, Anna? - a mais velha perguntou.

– Sim, Elsa. - me puxou para perto - E nós estamos juntos. Por favor, sem dar em cima dele como fazia com os namorados da Chloe. - fiquei espantado.

Fui defendido com unhas e dentes por ela, uau.

– Não pense assim, prima. Mudei bastante nesses anos todos. - sorriu amarelo - Assim como você, engordou um pouquinho, né?

– Uma vez piranha, sempre piranha. - sussurrou baixo, mais eu ouvi.

–Acho que vamos dar uma volta. - a puxei pela mão - Com licença.

Só faltava Anna rosnar.

– O que foi aquilo? - ela fez uma careta.

– Eu odeio essa garota desde que me conheço por gente, não sei por que a convidaram.

– Porque ela é da sua família?

– Infelizmente. - revirou os olhos - Mas podemos pelos menos escolher nossos amigos, e falando em amigos, você viu Lilá? - neguei com a cabeça - Eu a procurei em todo lugar mas não a encontrei. Vamos lá fora.

Antes que eu fizesse qualquer movimento Anna segurou minha mão.

– O que foi? - parou de andar.

– Nada. - sorri sozinho.

Ela não faz ideia.

I say "Can you believe it?"

As we're lying on the couch

The moment I could see it

Yes yes I can see it now

Do you remember we were sitting there by the water

You put your arm around me for the first time

You made a rebel of a careless man's careful daughter

You are the best thing that's ever been mine.

Assim que chegamos na parte externa do salão - o restaurante que reservaram para o jantar era gigante - encontramos Lilá sentada em uma das mesas encarando o nada.

– Ela está assim por causa dele, não é? - Anna me encarou. Assenti confirmando. - Eu menti pra você, Leo. Eu me meti, tá legal? Eu fui atrás do Will e contei que ela está indo embora. Por favor, sem sermão. - ficou séria.

Ri um pouco da cara dela, que ficou confusa.

– Eu sei. - tirei uma mecha de cabelo que caía em seu rosto.

– Como? - levantou uma sobrancelha.

– Eu fui atrás dele também.. - mordi o lábio.

– Ah, então você é daqueles “faça o que digo, mas não o que faço”? Sabia! - deu um soco em meu ombro - E mesmo assim ele não fez nada?

– Ainda.. - me fitou curiosa - Não, mesmo que você me mate eu não vou contar.

– Leo!

– Ué, não dizem que a melhor parte é sempre o final? Então, aguarde, e verá. - beijei sua testa - Vamos falar com ela, deixa-la um pouco diabética.

– Eu não acredito que você não vai me falar. - seguiu ao meu lado praguejando.

– Olha só se não é meu casal preferido! - Lilá sorriu - Só não contem para minha irmã, ela me tiraria do cargo de madrinha. - voltou a ficar séria - Eu vou sentir saudades de vocês dois.

– E nós de você. - Anna respondeu por mim - Você sabe que aqui é a sua casa.

– Eu sei. - falou com a voz embargada.

– Você mesma falou que não queria despedidas. - sorri para ela.

– Você está certo, Leo. - limpou a maquiagem com a ajuda de Anna.

– Sempre estaremos aqui por você, nunca se esqueça disso. - as duas se abraçaram.

– Permissão para abraçar sua melhor amiga? - fitei Anna.

– Toda! - ela riu - Você pode abraçar quem quiser, Leo. Menos Elsa. - Lilá riu.

– Isso vai ser divertido.

– Porque? - encarei a ruiva.

– Você ainda não viu nada. - ela me abraçou - Se tem alguém nesse mundo que desperta a ira de Anna, esse alguém é Elsa. Em hipótese alguma fique sozinho com ela, acredite. - sussurrou em meu ouvido.

Como se eu conseguisse ter olhos para outra pessoa.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Que aperto no peito! Aquele momento em que voce quer contar o final, mas ao mesmo tempo não quer se despedir :( Vou sentir tanta saudade de vocês!
Não esqueça seu comentário que me ajuda pra caramba!
Uma boa semana,
Mile beijos,
Ju.



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