I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 61
I lost myself when I lost you.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, como eu pude me esquecer de comemorar o capitulo 60? Gente!! Yey!! Chegamos a 60 capitulos, meu Deus! Muito obrigada pelo carinho, e não sumam :( Capitulo passado metade de vocês não apareceram (aos que comentaram, eu adorei o que disseram. Obrigada por tudo, e se esse capitulo for ao ar (nossa, postado sua burra) antes que eu responda vocês, me perdoem!
Eu sei que estou um pouco atrasada, mas sempre posto no SABADO, só que de madrugada. Poderia mentir dizendo que deu problema no meu computador, ou no not, mas seria mentira. Eu não postei porque não conseguia terminar esse capitulo, sério. Eu chorei escrevendo, e amizade para mim é uma coisa muito forte, acabo levando para lado pessoal e extraindo coisas da vida real. Sem brincadeira, esse é um dos capitulos que mais gostei de escrever. ISSO É REALIDADE. ISSO É AMOR.
Esqueçam o shipp Lenna, agora é Lianna :) Hahaha
Espero do fundo do coração que gostem - e comentem.
Não vou mais atrasar, continuarei postando sempre de madrugada, só hoje mesmo que passei um tempo com minha família, depois voltei a escrever.
SPOILER: Esse capitulo poderia estar maior, massss.... resolvi separar um capitulo SÓ para as cenas na praia. Me aguardem...
Que vocês se emocionem com Anna e Lilá, e dessa vez não teremos nenhuma música. Imaginem a trilha que quiserem, deixo a encargo de vocês.
Uma ótima leitura!
beijosss.
PS: Leiam até o final heheh



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Assim que ele se dirigiu a porta, escutamos três batidas de leve. Ele me encarou, e confirmei que abrisse.

– Lilá - os dois se encararam, mas ninguém disse nada - e você quem é? - Will falou sério, encarando o garoto que estava ao lado dela.

(...)

POV Anna

Diz uma lenda chinesa que amizades verdadeiras são como árvores de raízes profundas, nenhuma tempestade consegue arrancar.

Ambos ficaram em silencio, e a cena era angustiante. Por favor, alguém fala alguma coisa - gritei mentalmente.

– Eu sou Nolan, mas também não sei quem você é. - o garoto sorriu.

Ele tinha cabelos negros, e de longe seus olhos pareciam da mesma cor. Algo nele me fez lembrar de Leo, talvez seu jeito de se impor diante dessa situação com Will.

Senti que ele não foi muito com a cara do garoto em sua frente, mas o sentimento era recíproco.

– Sou Will.. - ele voltou a me encarar, logo depois correndo os olhos para Lilá.

– Ele é o namorado da Anna. - Lilá falou ainda sem tirar os olhos dele.

– Hum.. - ele analisou os dois - Que pena, adoraria sentar e conversar, mas parece que você já está de saída. Prazer em te conhecer, Bill.

– É Will. - falou com a cara já fechada - A Anna não está muito bem, prefere descansar um pouco.

– Ah, eu não sabia. - Lilá me encarou pela primeira vez desde que pisou no quarto.

– Tudo bem, pode entrar. Não tem problema. - sorri sincera.

Eu sentia tanto a falta dela, que qualquer momento ao seu lado já era um grande feito.

– Então nos falamos depois. - Will deu passagem para os dois, ainda fitando Nolan com a cara amarrada.

– Tchau, Will. - me despedi - E obrigada. - Não sei o por que de ter agradecido, talvez por ele ter vindo me ver.

Mas ele é meu namorado, espera se dele tal comportamento.

Por alguns instantes só o barulho das máquinas era ouvido. Lilá ficou parada ao meu lado da cama sem falar nada, e eu também não sabia ao certo o que dizer. Porque tudo estava tão complicado entre nós?

– Bom, já que ninguém me apresentou - Nolan fitou Lilá, que sorriu fraca - Eu sou Nolan, e conheço você muito bem, Anna. - franzi o cenho.

– O Nolan é filho do Dr.Stabler. - É verdade, ele lembrava muito o pai.

– Obrigada pela visita, acho. - o encarei curiosa.

– Acredite, essa não é a primeira vez que te vejo. - ele riu - Não que eu seja um stalker psicopata, é só que meu pai sempre falou muito sobre o seu caso, e como eu também estudo medicina.. você não está prestando atenção no que estou falando, não é? - Continuei a fitar Lilá, sem notar o que ele falava. Voltei a encara-lo quando ficou em silencio.

– O que? - ele riu.

– Acho que o maior problema aqui não é o seu namorado desconfiado, e sim esse clima entre vocês. - virou para Lilá - Eu vou deixar vocês conversarem. - ela assentiu, e ele se aproximou de mim - Foi um prazer te ver acordada, Anna. - beijou minha mão.

Ri de suas palavras. É tão diferente encontrar alguém que não leve tudo tão a sério, que consiga deixar o clima mais leve.

– Pode voltar mais vezes. - sorri - e prometo que vou falar bem de você para o seu Pai. - seu rosto se iluminou.

– Faça isso, por favor. Estou precisando de um carro novo.

– Tudo bem, Nolan. - Lilá o empurrou - Chega disso, tá ok? - levantou uma sobrancelha - Tchau.

– Mas.. - Ela já tinha fechado a porta na cara dele.

Soltei o ar devagar, sabia que esse momento chegaria um dia.

– Então.. - notei que ela mexia os dedos freneticamente.

– Então.. - falou ainda sem me encarar.

– Lilá, olha para mim. - Me arrumei melhor na cama, sentando de verdade.

– Eu não consigo, Anna. Me desculpa.. - levou as mãos a cabeça - Ver você nesse hospital só me traz lembranças que quero esquecer. - balançou a cabeça - Você não tem ideia de como foi difícil te ver deitada em uma cama sem ter o que fazer. Eu não pude te ajudar, não consegui fazer nada. - seus olhos estavam marejados.

– Ta tudo bem, Lilá. Não foi sua culpa, nós já falamos sobre isso. Se não fosse por você, nossa, eu nem estaria aqui. - tentei tranquiliza-la.

Eu devia muito mais do que um obrigada a ela.

Devia minha vida.

– Você pode achar que a única coisa que fiz nesses quatro anos foi me apaixonar pelo o amor da sua vida, mas não foi só isso. Eu te visitei toda semana nos primeiros anos, te contava como foi meu dia, sobre o que estava acontecendo, e quando sentia sua falta corria para cá - ela me encarou - Foi tão difícil passar por tudo isso sem você. Eu não pude contar para minha melhor amiga como foi meu primeiro beijo, ou como fiquei chorando a noite toda no dia da nossa formatura porque ela não estava lá. - sorriu fraca - Eu precisei tanto de você. - limpou as lágrimas que escorriam pelo seu rosto - Assim que me dei conta do que sentia por Will não tive coragem de aparecer aqui, na minha cabeça eu estava traindo você. Só que foi mais forte do que eu, e não consegui guardar esse sentimento só pra mim. Droga! - ela virou para parede. Respirou fundo algumas vezes, até que se voltou para mim - Eu não queria falar sobre isso agora, sei que estão juntos, mas preciso falar a verdade. - assenti para que ela continuasse.

Na verdade eu não sabia nem o que dizer, só consegui sentir dor pela perda dela. Visivelmente ela ainda o amava, e esse sentimento estava a destruindo por dentro.

O que eu havia feito?

– Eu me senti baixa, um pedaço de lixo, por fazer isso com você, mas não consegui ficar longe dele. Nunca pensei que pudesse sentir algo assim, e quando me dei conta eu já tinha me apaixonado por ele. Toda vez que o via sentia borboletas no meu estomago, e o jeito que ele falava meu nome, eu.. - sorriu.

Eu deveria estar me sentindo mal por ouvir ela falar isso sobre Will - já que ele é meu namorado - mas não consegui. Me senti assistindo um filme de romance, e torci pelos dois. Me imaginei em seu lugar, mas não foi o garoto de olhos azuis que vi como o outro protagonista.

Foi Leo.

Eu me sinto dessa forma quando estou com ele.

– Sabe, por dois anos nós fomos felizes. Não completamente, não tínhamos você conosco, e sua presença fazia falta todos os dias. - sorriu sincera - As vezes eu parava e pensava como seria o dia em que você acordasse, porque eu sabia que você iria acordar - isso me fez sorrir - o que falaria para você, sobre o que falaria, mas nada aconteceu como planejei. O dia em que você acordou coincidiu com nosso aniversário de namoro, estávamos fazendo dois anos juntos. - eu não fazia ideia disso - e minha alegria ficou completa naquela hora, como se um pedaço do meu coração tivesse sido colado de volta, restando apenas alguns cacos. Eu só queria ver você, te abraçar, dizer o quanto você fez falta, mas não foi isso que aconteceu. - ficou em silencio - Essa urgência em querer te trazer de volta fez com que eu me perdesse. Me senti mal, não tinha o direito de viver uma vida que era sua, e não achava justo estar feliz enquanto você estava desolada. Eu precisava te ajudar, e fiz o que achei certo. Não sabia que que nossa amizade se resumia a Will, nunca fomos assim. - balançou a cabeça - Lá no fundo eu sempre soube que ele ama você, mas não posso negar que fui feliz vivendo minha fantasia.

– Lilá, você sabe que não é bem assim.. - tive que interrompe-la.

– Eu sei que o que é amor, Anna. Ele machuca, se remenda, te faz sorrir, te faz feliz. Sei disso porque sinto isso por você. - ela diminuiu a distancia que nos separava - Eu amo você, Anna. Sempre te amei, e sempre vou amar. Você é minha família. - minha visão começou a ficar embaçada, mas sabia que ela também chorava - Foi você quem me deu força quando meus pais partiram, o momento em que mais precisei de amor, carinho. Sempre foi você. Não sei o que aconteceu no meio do caminho para que nós nos afastássemos tanto, mas, meu Deus, você é minha melhor amiga, caramba! - gargalhou entre o choro - Quando te vi desmaiada nos meus braços temi que aquela tivesse sido nossa última conversa. Eu nunca me perdoaria por não ter falado isso para você, Anna. EU SINTO MUITO.

– Você não precisa falar isso, nunca precisou. - A abracei.

Deixei que o cheiro dela me inebriasse, e que as lágrimas levassem junto toda tristeza que sentíamos uma pela outra..

Ela continua usando o mesmo perfume, e por um segundo lembrei de nós quando tínhamos 11 anos. Éramos assim, amigas antes de qualquer coisa.

Soltei o ar ainda chorando, eu me sentia em casa nos braços dela.

– Eu me perdi quando perdi você.– sussurrei - Eu senti tanto a sua falta, Liz. Me desculpa por tudo, eu não sei por que fiz as coisas que fiz, e me arrependo pelo que disse. - ela me soltou, sentando na beirada da cama. Seus olhos verdes enormes me encararam. - Se pudesse eu faria tudo diferente, começaria do zero. Mas não posso.

– Eu não mudaria nada. - a fitei surpresa - Tudo isso só me mostrou o quão importante você é na minha vida, e que a família vem antes de qualquer coisa - assenti sorrindo.

Peguei em sua mão gelada, e a apertei.

– Você é minha irmã, sempre foi. - ficamos em silencio nos olhando, há quanto tempo não fazíamos isso?

Ela desviou o olhar primeiro.

– Agora sim podemos começar um novo capitulo. - balançou a cabeça.

– E eu preciso de você nele, Lilá. - disse sincera. Mesmo assim, ainda tinha um outro assunto que nos prendia ao passado. - Sobre Will..

– Não vamos falar sobre ele, por favor. - fitou o chão.

– Eu sinto muito. - Senti uma facada em meu peito.

Eu tinha uma grande parcela de culpa nessa história, e continuava mentindo para mim mesma. Nunca amei Will do jeito que ela ama, e isso esta errado. Não é comigo que ele deve ficar, é com ela.

– Ta tudo bem, o que importa é que nós conseguimos nos acertar antes de eu ir embora. - fiquei estática.

– O que? Como assim? - Não, nós acabamos de fazer as pazes.

– Minha partida me deu um pouco mais de coragem para vir até aqui, você sabe como sou orgulhosa, mas antes de ir eu precisava fazer isso.

– Eu sei, e te ouvir falar isso me deixa ainda mais feliz, mas não entendo, porque você está indo embora?

– Porque eu preciso, Anna. Não pense que estou fugindo, - sorriu - eu só quero me libertar. Nunca saí daqui, e tenho essa vontade de conhecer coisas novas desde pequena, você não lembra? - assenti.

– Você sabia todas as capitais, língua oficial e moeda, de mais de 80 países, tirando as inúmeras revistas sobre turismo que comprava. - gargalhou.

– Esse número subiu um pouco, e nesses quatro anos estudei línguas. Agora sou fluente também em alemão e francês.

– Nossa! - minha boca fez um O de espanto - Isso é incrível, Lilá.

– Agora eu quero conhecer pessoalmente esses lugares, chega de ficar apenas imaginando. - seu olhar tinha um brilho especial, e desde criança quando ela falava sobre isso viajava para seu próprio mundo.

– Eu não posso deixar de ficar feliz por você, mas também estou triste. Passei tanto tempo longe da minha melhor amiga, tudo que mais quero é ficar com você. Quando você parte? - ela fez uma careta.

– Depois do casamento de Jill e Charles. - franzi o cenho.

– Já? Nossa! - ela afagou minha mão.

– Ei, isso não significa que ficaremos longe uma da outra. Nós nunca ficamos, nem quando estivemos separadas. - agora foi a vez dela me abraçar - Eu vou sentir falta do seu abraço, sempre foi uma das coisas que imaginei fazer quando você acordasse.

– Eu to aqui agora, é isso que importa. - afaguei suas costas.

– Eu sei, e fico tão feliz por isso. Tenho que te contar tanta coisa.. - ela riu.

– Eu também, Lilá. Eu também..

Começando por Leo, sussurrei baixo.

Eu preciso dar um jeito de organizar as coisas.

Minha volta mudou o rumo de tantas vidas.

Até mesmo a minha.

****

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Francisco Firmino nunca abaixou a cabeça para nenhuma dificuldade que encontrou pelo caminho. Deu seu sangue para sobreviver sem o pai, e ensinou seus companheiros a ler, lembrança que a morte não tirou dele. A única certeza em sua vida é seu amor por Maria Rita, sua flor. Infelizmente não é só de certezas que se vive, e mais uma vez, por causa da ganancia do homem ele viu seu rumo mudar de ponta cabeça. Acusado de um crime que não cometeu, seu único jeito de sobreviver no sertão foi se juntando ao bando de cangaceiros liderados por Zé da Bala. Agora ele não era mais Francisco, e sim, Chico Valente. Depois de 10 anos longe de sua cidade, de tudo e de todos, será que seu coração esqueceu Rita? Dizem que a ausência só mata o amor quando ele já está doente na data da partida.

FLOR DO SERTÃO


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostou?
Semana que vem tem maisssss!!!
Não se esqueça de comentar, viu? Me ajuda pra caramba!!!
Uma ótima semana,
Se cuidem!
Mil beijos,
Ju.



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