I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 59
Honey, please don't cry, I'll be waiting for you on the otherside.


Notas iniciais do capítulo

(PRIMEIRAMENTE ESSE CAPITULO ESTÁ DIGNO DE MUITOS COMENTÁRIOS, VIU! NOSSA SENHORA! TÁ DEMAIS)
Olá meus amores, antes de tudo peço que abram uma aba, ou procurem no youtube - caso estejam no celular - a música Glass Face - Holland, nossa, voces vão sentir o clima. Para os amantes de Teen Wolf, essa música foi um achadinho da season 5 (mais precisamente de uma cena entre o Liam e a Hayden), o ítalico é um pedaço dessa música.
Voltando, sejam bem vindos ao capitulo 59! Yey! Estamos quase no final, e a cada capitulo nos aproximamos mais. Teremos muita coisa ainda, mas a contagem é sim regressiva. Já agradeço antecipadamente todo carinho, e todos os comentários maravilhosos que minhas leitoras fieis deixam. Voces sabem quem são! OBRIGADA! Aos fantasmas, por favor, deixem ao menos 1 review na fic. É engraçado ver o número de acompanhamentos subindo, mas o de comentários estabilizado. Aos novos leitores, peço que cometem, shippem, e falem o que quiser. Adoro conversar nos comentários kkk Então sinta-se a vontade para falar sobre tudo!
Esse capitulo, gente, eu amei escreve-lo. Que saudade da Anna!!! E sério, creio que é um dos melhores da fic, eu simplesmente amei o resultado final. Ficou tão fofo e sentimental, quero colocar em um pote e guardar comigo. HAHAHA
Espero honestamente que gostem, e não deixem de COMENTAR!!
Caso queira ler uma outra fic minha, também será bem vindo! Hahaha
Um grande beijo :*
PS: O que acham que a Anna vai fazer depois desse capitulo?
PS2: O shipp de voces nunca esteve tão próximo de rolar hahah



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Sempre pensei que um raio não pudesse cair duas vezes no mesmo lugar.

Eu estava errada.

P.O.V Anna

Senti mãos afagando meu cabelo.

Na mesma hora uma sensação de paz me atingiu, e me senti leve, tranquila, como há muito tempo não me sentia. Abri meus olhos devagar, notando a luz forte que vinha da janela. Por um momento pisquei freneticamente tentando me acostumar com o sol.

Eu estava no meu quarto, deitada em minha cama, só que envolvida nos braços de alguém. Consegui escutar o coração acelerado, e as mesmas mãos que antes estavam no meu cabelo passaram para meus braços, acariciando devagar.

Não consegui controlar um sorriso bobo em meu rosto.

–Bom dia - virei para encara-lo, sentindo seu sussurro em meus ouvidos.

–Will? - seus olhos azuis ficaram confusos.

–Você estava esperando outra pessoa? - me afastei abruptamente dele, saindo da cama.

Eu esperava outra pessoa?

Porque estava me sentindo culpada por estar com ele? Pior, porque fiquei desapontada ao notar que não era Leo ali comigo?

Porque pensei que fosse ele?

Leo..

–Anna, tá tudo bem? - Ele provavelmente notou minhas mãos na cabeça, uma dor insuportável me atingindo.

–Eu sinto muito, tá latejando demais.. - fechei os olhos tentando esquecer a dor.

Assim que os abri não estava mais em meu quarto, e sim em um hospital, o mesmo em que passei quatro anos da minha vida.

Então tudo isso era um sonho, claro.

Estava diante de um corredor com muitas portas, mas somente uma tinha um brilho especial. Era como se eu precisasse desesperadamente abri-la. Assim o fiz, levando um tremendo susto ao me ver deitada em uma cama, ligada por inúmeros tubos.

O barulho das máquinas era ensurdecedor, e aquilo estava me afetando. Além de sentir minha pulsação subir, senti minha mão formigar no mesmo lugar em que a agulha estava cravada.

–Por favor, faça parar! - gritei. E devagar o som foi ficando mais baixo, dando lugar a uma voz. Eu não tinha aberto totalmente a porta, então não notei que tinha mais alguém ali.

–Hoje é meu aniversário, sabia? - Leo se aproximou sentando na beirada da cama. - Provavelmente voce nunca esqueceu a data, mas mesmo se eu te torturasse voce nunca admitiria, não é? - ele riu fraco, me observando.

Parecia que eu estava.. morta.

Esse é o tipo de memória que ninguém esquece, marca demais. Pensei em minha família, nele, e como deve ter sido difícil me ver assim por tanto tempo. Eles passaram todos esses anos a espera de um milagre, basicamente.

–Sabe, eu sinto tanto a sua falta. - ele respirou fundo - Sinto saudades de discutir com voce, de ganhar todas as partidas de caçador só para te ver irritada - ele riu - e de te observar nas aulas quando ninguém está te olhando. Você tem mania de bater com as unhas na mesa, e isso é chato pra caramba. - ninguém nunca tinha notado isso antes - Eu vou jogar minha primeira final no sábado, e gostaria que voce estivesse lá. Só olhando para voce eu fico mais calmo, então prometa que vai me ver jogar um dia desses, ok? - ele fitou o chão desapontado.

–Eu fui, Leo. Cumpri minha promessa. - me aproximei dele, mas ele não podia me ouvir. Tentei pegar em sua mão, não obtendo sucesso. Ela passava direto, como se eu não existisse.

–Se voce soubesse o quanto gosto de voce.. - ele afagou minha mão, e eu consegui sentir seu toque. Como isso é possível?

–Porque vocês dois estão conectados, Anna. - Virei para o lado encarando a mulher do outro lado da cama.

–Vovó? - Não, não é possível.

–Olá de novo, querida. - ela sorriu terna. Da última vez que a vi eu estava em..

–Aconteceu de novo, não é? Eu estou em coma? - senti meus olhos embaçados.

–Eu sinto muito, Anna. Só que dessa vez é diferente.

–Então eu morri, é isso? - fixei meu olhar nela, tentando entender o que estava acontecendo - Por isso voce está aqui, a senhora é um espírito? - ela riu fraca.

–Você não mencionou nosso encontro para ninguém depois que acordou. Acha que foi um sonho, talvez uma alucinação, ou a visita de um ser de outro mundo? - sorriu - Pensou que eles não fossem acreditar em voce, não estou certa? - assenti - Você pode encarar esse momento como quiser, cada pessoa vive de uma maneira diferente, e todas as religiões o chamam de nomes diferentes. Você pode pensar que eu sou real, como posso ser sua consciência tentando te mandar uma mensagem, abrir o seu caminho. - fiquei em silencio por alguns instantes.

–E seria sobre o que exatamente? - ela revirou os olhos. Que saudade dela.

–Porque voce pensou nele - apontou para Leo ao meu lado na cama - nesses dois episódios?

–Eu.. não sei, não tenho como explicar. - era verdade.

–Exato, não tem explicação. - ela sorriu, pedindo para que eu me aproximasse dela. - Minha querida - ela afagou meu rosto - Você acredita em destino? - neguei com a cabeça - Pois deveria. Quando duas pessoas estão destinadas a ficarem juntas, elas vão fazer tudo para que isso aconteça. - a encarei - Você não está sentindo? Feche os olhos, se concentre no ambiente.

Ainda desconfiada o fiz.

–Isso se chama amor. - sua voz soou doce - Se voce também não o sentisse, não teria sentido o toque dele.

–Mas eu.. - continuei envolta nesse transe.

–Você recebeu uma segunda chance, Anna. Está fazendo jus a essa oportunidade? Você está vivendo? - minha mente só conseguia responder um monossilábico: não - Pare de pensar no passado, filha. Não é possível voltar no tempo, mas voce pode fazer do seu o que quiser agora. Você precisa.

–Sim, Vó.. - tentei abrir meus olhos mas não conseguia.

–Eu vou te esperar aqui, sempre. - era a voz de Leo.

This is goodbye

When I leave tonight

I carry your heart in mine

When you sleep in mine

Let our love shine bright

She said honey please don't cry

I'll be waiting for you

On the otherside

Não.

Eu não podia morrer agora.

Senti o oxigênio entrando em meus pulmões como se tivesse voltado a superfície depois de um longo período embaixo d’água. Respirei fundo. Está tudo bem.

Temi abrir os olhos, tinha medo do que me esperava.

Pisquei devagar, rezando para que finalmente acordasse. Senti uma dor forte nas mãos, e não pude deixar de encara-las. Haviam tubos conectados a elas, e o barulho das máquinas era mais alto do que antes. A mesma sensação da primeira vez.

Tinha acontecido de novo.

Olhei para a lateral da cama, minha mãe estava ao meu lado.

–Não, de novo não.. Mãe! - Quanto tempo tinha se passado agora?

Isso não pode ser real.

–Filha, ta tudo bem. - Falou terna, tentando esconder as lágrimas.

–Eu fiquei em coma de novo? Não, não pode ser.. -Senti minha pulsação acelerar, o barulho foi aumentando ainda mais, e a agulha em minha mão direita latejava.

–Anna, fique tranquila.. - um médico se aproximou.. Stabler, talvez.

–Ai meu Deus, quanto tempo foi dessa vez? - Eu não lembrava mais se era ele ou não, e isso estava me enlouquecendo. Tentei procurar uma mudança física em minha mãe, mas minha visão estava embaçada. - Por que? Não, não!

Senti o ar ficando escasso.

Eu não sou asmática, mas se pudesse comparar o que estava sentido a uma crise, ela seria fichinha perto disso.

–Filha, ta tudo bem. - Papai ficou ao lado dela, ainda sem saber o que fazer.

–Respire fundo, Anna. - Stabler indicou o procedimento.

Tentei fazer o que ele disse, mas não conseguia. Minha cabeça estava uma pilha, e ao mesmo tempo não sabia se estava sonhando ou não.

–Ei, tá tudo bem. - Leo se aproximou do outro lado da cama. Ele esta aqui, é ele de verdade. Seu perfume é real.

Fitei seus olhos verdes procurando uma resposta.

Foquei em suas palavras, obedecendo Stabler. Senti uma pontada em minha mão, mas dessa vez não era de dor. Um calor forte subiu pelo meu braço, fazendo os pelos em minha nuca se arrepiarem.

A mão dele afagava a minha, e eu senti seu toque.

Isso é real.

Isso definitivamente é real.

–Estamos aqui, Anna. E não vamos a lugar algum. - suas palavras saíram confiantes.

Agradeci mentalmente por ter sido ele um dos primeiros rostos que vi ao acordar. Eu não estava louca, isso esta acontecendo de verdade. Ele realmente está ao meu lado.

Me senti segura.

–É normal que voce se sinta um pouco confusa agora. - Olivia também estava no quarto - Olá, Anna. Você sabe quem eu sou? - assenti - Seria ótimo se voce falasse, querida. Assim saberemos como voce está.

–O que aconteceu comigo? Eu fiquei em coma de novo? - Meus pais se olharam - Quanto tempo foi dessa vez?

–Ta tudo bem. - ela sorriu - Você não lembra do que aconteceu? - neguei - Qual é sua última lembrança? Em detalhes, por favor.

Tentei me concentrar no que ela estava dizendo, mas toda vez que tentava lembrar era como se impulsos elétricos dessem choques em minha cabeça. Não lembro como cheguei aqui, e muito menos o que aconteceu.

–Lembro do hospital.. Coldplay? - fitei Leo que continuava segurando minha mão - Nós visitamos as crianças, Alissa.. - ele sorriu de orelha a orelha.

–Nós não nos recordamos disso também. - Minha mãe o fitou, assim como os outros presentes no quarto.

–Há alguns dias eu trouxe Anna para visitar as crianças que "moram" no hospital, a grande maioria está fazendo quimioterapia, ou se recuperando de alguma doença severa. Achei que faria bem a ela, então a convidei.

–E parece que fez mesmo, já que a lembrança está nítida em sua memória. - Stabler falou.

Faltava alguma coisa, uma peça não estava encaixada. As palavras estavam na ponta a língua.

–Tem outra coisa também - franzi o cenho torcendo para que isso ajudasse - O jogo! - voltei a fitar Leo - Eu fui, não é? Eu cumpri minha promessa, eu te vi jogar a final.

–É, voce estava lá, querida. - Meu pai sorriu, mas ele continuou em silencio.

–Promessa? - Perguntou intrigado. Nem eu mesma sabia do que estava falando, simplesmente saiu da minha boca.

–E voce ganhou? - Olivia riu.

–Realmente Anna é uma paciente que deve ser estudada, como é possível voce acordar do coma assim? Falando normalmente, e com a memória parcialmente intacta? - fiquei em silencio. Eu não sabia a resposta.

–O que aconteceu comigo, quer dizer, como eu vim parar aqui? - Esperei que alguém começasse a falar.

–Bem, voce teve uma crise hipoglicêmica, que combinada com um ataque de panico causou uma perda de consciência. Nós optamos por te induzir ao coma, diminuindo assim as chances de sequelas. - pelo visto eles acertaram em cheio.

–E há quanto tempo estou aqui? - essas palavras me deram calafrios.

–Menos de vinte e quatro horas, o que é surpreendente. - Stabler sorriu confiante. - Seu quadro não era dos mais graves, mas mesmo assim, não pensamos que fosse acordar tão cedo. Você lutou bravamente, jovem.

–É verdade, querida. - Mamãe falou docemente.

Continuei encarando cada um dos rostos ali presentes, ainda sem acreditar que tinha passado por essa experiencia de novo. É surreal.

–Tudo bem, mas agora temos que deixa-la descansando um pouco. - Olivia se dirigiu aos meus pais - Anna passará por mais alguns exames, e assim que estiver 100% boa poderá ir para casa.

–Confiamos em voce, Liv. - Meus pais sorriram - Até logo, filha. Te amamos. - Meu pai se despediu.

–Eu também amo vocês. - sorri. Me sentia um lixo por ter feito eles passarem por isso de novo, mas eu não tive culpa. Não sabia que isso aconteceria, e não tive como prevenir. Nunca vou recompensar todo sofrimento e angústia que fiz eles passarem, e o que posso fazer agora é agradecer por ter pais tão maravilhosos.

Stabler me examinou rapidamente, acompanhado de Olivia.

–Você nos deu um grande sustou, sabia? - sorriu tirando um dos aparelhos conectados ao meu corpo - Fico feliz que esteja bem, não sabe o quanto ficamos preocupados com voce. Todos nós. - Encarou o filho, que conversava com meus pais.

–Bom, vamos deixar voce em paz. - Stabler foi o primeiro a se dirigir a saída, acompanhado de meu pai, e minha mãe.

Eu não queria que ele saísse, queria que continuasse ali comigo, segurando minha mão.

Não me deixando assim dormir de novo.

Como se tivesse lido meus pensamentos, ele se aproximou, ficando ao meu lado.

–Sobre o que perguntou, nós ganhamos. - sorriu ainda me encarando - Eu venci o jogo, e voce o coma mais uma vez. Difícil dizer quem é o mais teimoso, não é? - riu fraco.

–Talvez se não fosse por isso eu não estaria aqui, então prefiro continuar desse jeito, mesmo que termine sozinha. - sorri.

Ele balançou a cabeça.

–Você sabe que não é bem assim, eu vou te esperar aqui..

–Sempre. - o fitei. - Eu sei disso, sempre soube.

E eu também, pensei em falar, mas ainda não era hora.

Preciso resolver algumas coisas antes, e tomar de volta as rédias da minha vida.

As vezes são as escolhas erradas que nos levam para o caminho certo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Semana que vem tem maisss!! Não percam!!
Não deixem de comentar, viu?!
Um ótimo final de semana,
Mil beijos,
Ju!



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