I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 56
So tell me you love me, come back and haunt me.


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE! E aí? Tudo bem com voces? - sempre imagino que voces perguntam de volta, então vou responder. Não me achem louca. - Como não está lá tudo bem, não vou negar. Passei a semana inteira mal, com muita dor, então ficar sentada e escrever foi muito difícil. MASSS como eu amo voces, e amo I Never Can Say Goodbye, dei um jeitinho de me posicionar na cama para escrever. Que querida eu, não? Sim, exatamente kk um amor! Sabe o que voces podem fazer por mim em agradecimento? Dar uma passadinha em Helena minha oneshot especial (e pessoal) que escrevi final de semana passado. Sério, é muito bacana, bem emocional assim, um draminha bom - como eu gosto. Adoraria ver o rostinho de voces por lá, como vi a linda da Thah (que deixou uma recomendação muito fofa! Obrigada sua linda!).
Voltando ao capitulo, voces irão perceber muitas referencias de Teen Wolf, sim, melhor série. Eu amo a Lydia, então batizei nossa amiga com esse nome. Tate é o sobrenome da Malia (o que ela usa, né? Sabemos que voce é uma Hale, bby!), eu amo essa série. Se não assistiram ainda, assistam! Vale muito a pena!! O capitulo foi narrado pela Lilá, minha baby, e preferi deixar o diálogo deles para um P.O.V Leo, gosto de narrar com a perspectiva dele. Espero que gostem desse cap, e que fiquem tristes comigo pelo Will. Ai, tadinho dele.
A música do titulo e cap, é do Coldplay. The Scientist (amo).
Tomara que gostem do cap, e não esqueçam de comentar! Amo quando fazem isso! Sei que demoro 1 semana para responder, mas é proposital. Gosto de "alertar" voces sobre o capitulo novo kk
SEM MAIS DELONGAS, UMA BOA LEITURA!
PS:Não esqueçam de comentar o que acharam :)



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Bom galera, escrevi uma one-shot sobre amizade, perdas, e amor entre amigos - que é uma das coisas mais fortes que existem no universo.

Se voce curte minhas fics, e um bom drama, creio que vai gostar. São apenas 2.050 palavras, mas o significado é muito especial.

https://fanfiction.com.br/historia/636501/Helena/

Leiam Helena ♥ Prometo que vai valer a pena!

Não esqueçam de comentar o que acharam :)

Agora vamos voltar a fic!

Beijos.

....

–Will – murmurei seu nome.

Ele se virou, e me encarou correndo até onde eu estava. Assim que nossos corpos se encontraram a mesma sensação de tranquilidade me atingiu, e de uma maneira ainda mais forte.

Soltei o ar enquanto o abraçava.

Ele continuava o mesmo garoto de cinco anos atrás, e mesmo depois de todas essas burradas que fez, continua sendo o cara por quem sou apaixonada desde criança.

–Vai ficar tudo bem. – sussurrei em seu ouvido.

Eu sabia que ficaria.

(...)

P.O.V Lilá

Minhas mãos afagavam suas costas enquanto ele respirava freneticamente em meu pescoço.

Ele não pode ter uma crise.

Não agora.

–Vem, senta. - me soltei dele, o levando até uma das cadeiras da recepção - Respira devagar.

Ele o fez.

Observei seu peito subir e descer lentamente.

–Você trouxe sua bombinha? - Negou com a cabeça. Ele então fechou os olhos, que agora estavam marejados. - Nós já passamos por isso uma vez, você sabe como funciona. Você tem o controle. - Ele assentiu.

Will é asmático. O motivo pelo qual começou a fazer natação quando criança foi esse, melhorar sua capacidade respiratória. Na água ele é o melhor, e nunca o vi ter uma crise nas competições. Já fora delas, nas situações mais complicadas, é quando acontece.

Como agora.

A primeira vez que presenciei uma de suas crises fortes foi ao mesmo tempo assustador, e embaraçoso.

Tive certeza absoluta de que eu queria. Eu o amava, e estava pronta. Seria nossa primeira vez, e é obvio que estávamos assustados. Tudo estava dando certo, até que ele começou a ter uma crise - por conta do nervosismo - e eu tive que ajuda-lo.

Ele não conseguia falar, e eu ficava tentando entender suas mímicas. Não achava a bombinha em lugar nenhum, e ele já estava ficando roxo. Por sorte - ou azar - a mãe dele entrou no quarto salvando o dia, e me matando de vergonha. Sem dúvida nenhuma foi uma montanha russa. Mas foi bom. Estávamos tão felizes.

–Controle? - gaguejou - Eu não tenho nem o controle da minha própria vida. - fitou o chão.

Ele colocou a mão direita no peito fazendo uma careta de dor. Fiz o mesmo, sentindo o calor de seu corpo. Ele abriu os olhos me fitando. Fiquei em silencio sustentando seu olhar.

–O que aconteceu, Lilá? - balancei a cabeça. Ele estava falando de Anna, ou de nós?

Trouxe minha mão devagar, mexendo depois os dedos freneticamente. Ele estava melhor, conseguia respirar fundo e soltar o ar sem interferencias. Agradeci mentalmente.

–Ela esta.. de novo.. - Assenti. Uma lágrima escorreu em sua bochecha, me fazendo desmoronar por dentro. Não é ciúme, eu só não queria ve-lo assim. Sofrendo. - Como isso pode acontecer?

–Pelo que Olivia falou, é decorrente de uma hipoglicemia. Não foi igual há cinco anos atrás, dessa vez as chances dela acordar são maiores do que antes, é só uma questão do organismo dela voltar funcionar. Não é como a primeira vez. - repeti para tranquiliza-lo. Seu olhar parecia perdido.

–Eu não estava aqui, mais uma vez eu não estava ao lado dela. - balançou a cabeça.

–Não se culpe, Will. Você não poderia fazer nada - me encarou - É uma luta dela contra ela mesma. Só quem consegue vencer é Anna. E ela vai. - sorri fraca. Eu estava confiante em minhas palavras. Pelo menos na minha cabeça elas tinham força.

Ele continuou me encarando.

–Como você consegue aguentar tudo isso? Como pode ser tão forte assim, Liz? - ele me chamou de Liz, o que não fazia isso há muito tempo. Senti os pelinhos do braço se arrepiarem. - Depois de tudo que você passou, como consegue acreditar nas coisas, nas pessoas?

Fiquei em silencio.

–Eu tenho fé.

Olhei a pequena tatuagem no meu indicador, tão minuscula que só eu conseguia entender o que estava escrito. Era uma coisa pessoal, uma ligação só minha com o que acredito, com a minha fé.

–Não posso me lastimar pelo resto da vida pelo que aconteceu com meus pais. Ainda doi? Sim, muito. Mas sei que eles preferem me ver seguindo em frente, do que parada no tempo. - ele desviou o olhar - Se eu não acreditar, Will, quem vai acreditar em mim? - sorri.

–Eu. - soltei o ar. Não sabia o que dizer, estava tudo tão confuso, tão íntimo. Era como se ele visse me minha alma. Não queria mais olhar aqueles olhos azuis, me traziam tantas lembranças boas, e infelizmente ruins também. - O que eu fiz, Lilá? - colocou as mãos na cabeça - Eu não estava aqui para ajuda-la, na verdade, acho que nunca estive plenamente. - me fitou - Eu tenho sido um péssimo namorado pra ela. - Não, por favor. Não vamos falar sobre isso. - Assim como fui pra você.

–Deixa isso pra lá, não importa.

–Importa sim, Lilá. - Pegou em minha mão - Eu sei que tenho sido um idiota com vocês nos últimos tempos, confesso que até eu quero me socar as vezes, mas por favor, nós tivemos momentos bons, não tivemos? - ele não piscava. - Eu não posso ter feito tudo errado a vida inteira. Eu.. - tentava gesticular com as mãos - não sei o que estou sentindo, e isso me frusta. Não queria ter feito o que fiz, fui um babaca, e muito menos ter magoado você, que sempre esteve ao meu lado, que sempre está. - Olhou para minhas mãos que se mexiam incontrolavelmente, e as segurou. - Lilá, me desculpa. Eu não quero perder você também, eu não posso.

Senti um aperto grande no peito. Não queria pensar em nós, não era o momento. Mas é impossível não sentir alguma coisa depois de ouvir isso. Os últimos meses tem sido uma droga em alguns aspectos, já outros são incríveis, como Anna. E ela é a namorada dele, é com ela que ele esta. Não posso simplesmente sorrir e dizer que ele vai ter minha amizade pra sempre - ele vai ter -, mas não sou madura o bastante pra ficar ao seu lado sem querer te-lo pra mim. E sentir ele tão perto, e falando que não quer me perder? É enlouquecedor. Tão perto, mas tão longe.

–Lilá? - Continuei encarando o nada.

–Você não me perdeu. - ele me abraçou.

Continuei estática. Voce ainda não me perdeu.

Meus olhos ficaram marejados, e eu queria não estar sentindo esse gosto de bile na boca. Uma voz em minha cabeça me dizia que nada voltaria a ser como era antes, e que esse é o nosso fim. É só uma questão de tempo.

–O que você tá fazendo? - a voz de Leo nos separou. Me virei o encarando.

–Eu é que te pergunto, o que você tá fazendo aqui? - Will se levantou.

–Parem, por favor. - levantei ficando próxima dos dois. Aqui não é hora e nem lugar para mais uma briga infantil.

–Eu to aqui por causa da Anna, diferente de você que não está lá com a SUA namorada. Por que você tá aqui com a Lilá?

–O que você tem a ver com isso? - Will franziu o cenho, visivelmente irritado. Leo não estava diferente.

–Talvez porque eu saiba que você é um baita cuzão indeciso! Como você pode ser tão babaca assim com as duas? - minha boca se abriu tamanho espanto. Eu sei que esse é um momento delicado pra ele, mas também é para Will, assim como é para mim.

–E o que você quer que eu faça? - Will falou mais alto que o normal.

–De algum apoio a ela! Isso seria ótimo vindo do NAMORADO dela - Will começou a se aproximar dele, e alguma coisa me dizia que aquilo não terminaria bem.

–Não podemos fazer nada, tá legal? Ela ta em coma. Em.coma. Nem sabemos se ela vai acordar..

Leo ficou em silencio por alguns segundos, em seguida o quebrando com o barulho de um soco. Will caiu no chão tamanha força do golpe.

–Leo! - fitei seus olhos verdes. Voce não é assim, para. Me ajoelhei ficando ao lado dele.

–Ela não precisa de pessoas como você na vida dela, ta legal?! - dois seguranças vieram até onde estávamos, mas a mulher da recepção sinalizou que fossem embora. - Se você não acredita na recuperação dela, porque ela acreditaria? Não. Você deve apoia-la, não sair do lado dela um minuto. É isso o que namorados fazem, se apoiam, cuidam um do outro. Você não fez nada disso até hoje - Will continuou encarando o chão. Aquilo estava abrindo a porta para tudo que ele havia dito minutos antes, deixando ele ainda mais culpado. - Quantas vezes você veio ve-la nesses cinco anos?

–Leo.. - balancei a cabeça. Para. Por favor. Eu não aguento mais isso.

–Não precisa falar nada. - Saiu de lá a passos largos.

Fitei o rosto de Will agora com um hematoma vermelho. Um pouco de sangue escorria de seu nariz.

–Will.. - Com a manga do meu casaco tentei limpar um pouco dele.

–Ele tem razão - levantou rapidamente.

–Ele está nervoso com toda essa situação, não pensou no que estava falando.. - ele balançou a cabeça.

–Eu não posso, Liz. Não quero magoar mais ninguém, mas é isso que estou fazendo.. - colocou a mão no nariz, voltando a me fitar - Não é justo com voce, Lilá. Eu sinto muito. Nunca quis fazer isso. - Seu olhar novamente estava perdido - Isso é minha culpa.

Ele estava confuso, e sofrendo ainda mais com isso. Will me fitou pela última vez, virando as costas e andando por um dos corredores.

E eu continuei ali, no chão.

Encostei minhas costas na parede, e juntei meus joelhos próximo ao meu peito. Não tinha mais nada a ser feito. Não sobrou nada.

Então chorei, como nunca tinha chorado antes.

Por Anna.

Por Will,

por mim.

Nobody said it was easy

It's such a shame for us to part

Nobody said it was easy

No one ever said it would be this hard

Oh take me back to the start

I was just guessing at numbers and figures

Pulling the puzzles apart.

Questions of science, science and progress

Don't speak as loud as my heart.

So tell me you love me, come back and haunt me,

Oh, when I rush to the start

Running in circles, chasing in tails

Coming back as we are.

Nobody said it was easy

It's such a shame for us to part.

–Tá tudo bem? - a mesma moça da recepção agora estava parada em minha frente.

Passei meus dedos pelo rosto limpando as lágrimas que sobraram, e tentando arrumar o estrago.

–Sim, sim - sorri fraca.

–Ambas sabemos que isso não é verdade. - seus olhos eram ternos - Você está chorando aí no chão há algum tempo, não tá tudo bem. - Ela me estendeu a mão.

Levantei com calma, desamarrotando minha roupa.

–Obrigada.

–Vai ficar tudo bem, viu? - Sorriu. Assenti sem expressão. O que ficaria bem? Anna? Sim, tenho certeza. Minha relação com Will? Não.

Queria responde-la, mas antes que pudesse para-médicos atravessaram a porta correndo com uma maca.

–A irmã vai tratar a papelada, a garota é código amarelo - um deles falou enquanto corria.

–Pode deixar, Scott. - a moça me olhou como se encerrasse nossa conversa, e voltou para sua mesa.

Observei a garota na maca, ela estava coberta de sangue. Parecia jovem, era loira, e tinha a pele clara, agora pálida. Impossível não lembrar de Anna, e daquele fatídico dia.

Senti uma leve tontura.

–Onde ela tá? - Uma garota mais velha, minha idade mais ou menos, entrou gritando. - Cade a Lydia?!

–A senhorita tem que ficar calma, por favor. Eu sou Jess, e vou te ajudar. - O nome dela era esse. - Você acha que consegue preencher esses papéis? - tirou algumas folhas de sua mesa. - Eles podem ajudar muito sua..

–Irmã. Lydia é minha irmã mais nova. - Falou piscando freneticamente. A garota estava muito nervosa. - Ela tá bem? Posso ve-la?

–Antes voce precisa assinar esses papeis. Lydia tem algum responsável? - Ela negou com a cabeça. - Bom, então faça isso, por favor.

Ela pegou os papeis e sentou em uma das cadeiras da recepção. Suas mãos tremiam, e notei que ela não estava conseguindo fazer aquilo sozinha. Não podia deixa-la assim.

–Oi - me aproximei devagar. Os olhos verdes da garota estavam saltando para fora. -Eu sou Lilá, e posso te ajudar com isso se quiser. Você precisa de ajuda? - Ela assentiu. Peguei os papéis de suas mãos - Eu vou ler as perguntas, e voce me responde.

–Tudo bem.. - sua voz estava um pouco tremula.

–Preciso do nome completo, idade, - li um pouco a ficha - data de nascimento..

–Lydia Tate, 12 anos, quatro de maio de dois mil e três.

–Voces tem plano de saúde? - Ela assentiu - A Lydia possui alguma deficiencia, alergia, ou passou por alguma cirurgia, transplante..

–Ela tem alergia a camarão, só. E não, ela sempre foi uma garota saudável, nunca aconteceu nada.. - ela começou a chorar - Me desculpe.

–Tá tudo bem. - afaguei seu ombro. - As outras perguntas podem ser respondidas depois. Eu vou levar para Jess, só um minuto.

Andei até a mesa estendendo as folhas.

–É Jess, não é? Eu ouvi voce falando pra ela - voltei a olhar para garota, ela estava com as mãos na cabeça, desesperada - Você consegue uma água para ela, por favor? - Ela me encarou séria.

–Como voce fez isso? - Fiz uma careta. Como assim? - Segundos atrás voce estava chorando no chão destruída, e agora está assim, eu não entendo. - sorriu fraca.

–Eu.. ahn.. - fitei o chão - Quando as coisas não são comigo é mais fácil..

–Bom, continue assim. Vou pegar a água. - Sorri sozinha. Nunca tinha pensado nisso isso, mas focar em outras pessoas me tira do meu próprio foco. Não penso em mais nada, e talvez seja isso o que preciso. - Aqui. - voltou com um copinho plástico.

–Obrigada, Jess.

Voltei até a garota, estendendo o copo. Ela tomou um gole devagar, enquanto encarava o nada.

–Eu te disse meu nome, voce pode me dizer o seu? - ela me fitou.

–Sou Taylor.

–Você parece melhor, Taylor. Quer falar sobre o que aconteceu? - ela balançou a cabeça.

–Eu me sinto tão burra, eu não fiz nada! - voltou a chorar.

–Hey, tá tudo bem. - peguei em sua mão. - Lydia é sua única irmã? Onde estão seus pais?

–Mortos. - falou seca.

“Os meus também”, quase falei. Entendia agora o que ela estava sentindo, essa necessidade de proteção, carinho.

Jill.

–Eu sinto muito. - E sentia mesmo. Essa dor é como uma ferida que nunca cicatriza, ela pode até fechar, mas sumir, jamais.

–Eles morreram há quatro meses, e eu fiquei responsável por ela. Já tenho 18, e como não temos mais ninguém, somos só nós duas. Ela não quis me ouvir, mas eu devia ter cedido.. como eu fui burra. - levou as mãos na cabeça.

–Você não pode acertar todas, Taylor. - Ela me fitou - Lydia ainda é jovem, não sabe que voce quer apenas o bem dela, pensa que voce esta a controlando, querendo substituir a mãe de vocês, que é insubstituível.

–Como.. como voce sabe tudo isso? - Ela limpou as lágrimas.

–Eu perdi meus pais muito nova, e quem cuida de mim desde então é minha irmã mais velha, Jill. Nossa história é parecida com a de vocês, por isso entendo Lydia. - seus olhos prestavam atenção a tudo - Ela está com raiva de tudo, e não entende porque isso aconteceu com vocês. Por algum motivo acha que a culpa é dela. E também, olhar para voce todos os dias a faz lembrar deles. Essa saudade também mata.

–É exatamente isso. - assentiu - Eu só falei para ela não ir a festa, então ela saiu de casa correndo, acabou atropelada.. - Respirou fundo - Ela é minha única família.

–E voce a dela. - Meus olhos já estavam marejados, e um flashback de minha infância voltou como flashes. - Vai ficar tudo bem com a Lydia. Assim que ela se recuperar, conte tudo a ela. O que sente, e que não quer substiruir a mãe de vocês. Você só quer cuidar dela, protege-la. Irmãs fazem isso uma com a outra. Se chama amor.

A garota em minha frente me abraçou.

–Obrigada, Lilá. - afaguei suas costas.

–Vai ficar tudo bem com vocês, tenha paciência. - Sorri.

Nos afastamos e ficamos uma ao lado da outra em silencio. Nada precisava ser dito, ela só precisava de uma força.

–Taylor! - Um garoto correu até a nossa direção.

–Theo. - Eles se abraçaram.

–Desculpa ter demorado, não consegui sair mais cedo do trabalho.

–Tá tudo bem, to tão feliz por voce estar aqui.

–Eu também. - Ele beijou a testa dela.

Derreti por dentro, e devo ter feito algum som que fez os dois se virarem para me encarar.

–Theo, essa é Lilá. - o garoto sorriu.

–Prazer em te conhecer. - levantei da cadeira deixando-a vaga para ele - Bom, agora que voce tem companhia vou indo.

–Eu não quero atrapalhar. - ele continuo de pé.

–Não, eu tenho que procurar alguém mesmo. - encarei Taylor - Lembre-se do que eu disse, é só uma questão de tempo.

Ela assentiu, e depois me deu um longo abraço.

–Obrigada por tudo, Lilá. Você é iluminada, de verdade. - fiquei tocada com suas palavras.

Sorri para os dois me despedindo, precisava sair dali. Não queria mais ter que olhar para os olhos azuis de Theo. Eles me lembravam alguém que eu preferia esquecer.

Andei um pouco até o final do corredor para pegar uma água. Assim que voltei os dois não estavam mais lá.

–Ela foi transferida para o quarto. - Jess leu minha mente. Sorri. Pelo menos alguém teria um final feliz hoje.

Voltei a sentar na mesma cadeira.

Observei o relogio na parede, há quanto tempo já estou aqui? Há quanto tempo Anna está em coma? Fechei meus olhos pensando em descansar um pouco, mas fui atrapalhada pelo som de passos. Não, não sabia que era ele pelos passos, o que entregou foi o perfume. Encarei Leo - que dessa vez estava com uma cara melhor.

–Precisamos conversar. - falei sincera.

Ele se aproximou, e sentou na cadeira ao meu lado. Não conseguia para de mexer as mãos, até que ele as segurou. Estava quente, e a troca de calor foi perceptível. Mesmo que eu estivesse chateada com ele, Leo é meu amigo.

Meu melhor amigo.

Ele Ficou me encarando por um tempo, os olhos verdes marejados. Leo lutou tanto por ela, e nunca desistiu.

Ele nunca vai.

Então ele se aproximou de mim, e me abraçou - e como eu precisava dele. Ser sozinha no mundo é triste, mas desde que conheci Leo não me sinto mais assim.

Ele é a pessoa iluminada, Taylor.

Não eu.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Quero muito saber a opinião de voces!!
Uma ótima semana,
Mil beijos,
Ju :)



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