I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 50
I guess that’s just part of loving people: you have to give things up.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!! Tudo bom com voces? Preciso dizer que estava louca para postar esse capitulo, e mesmo sendo quase 3:30 da matina, eu não podia ficar sem posta-lo. Escrevi ele hoje mesmo, já que estou que nem louca editando a fic desde o começo kkk tantos errinhos básicos, portugues, estética, contradições... mas to arrumando! Vai levar mais tempo do que eu planejava, temos 49 caps já! UOUUUU!!! ESSE É O CAPITULO 50 DE I NEVER CAN SAY GOODBYE! VENHAM CÁ DAR UM ABRAÇO NA TIA BEE O/
OBRIGADA A TODOS QUE NOS ACOMPANHAM DESDE O COMEÇO, E QUE ESTÃO HÁ TANTO TEMPO COMIGO :) COMENTEM SE VOCES ESTÃO AQUI DESDE OS PRIMÓRDIOS DA FIC KKK
Esse cap será narrado pelo Leo, o personagem que sem dúvida nenhuma, é o preferido de voces kkk porque isso, gente? Ele nem é tão bacana assim... mentira, nesse cap teremos mais uma prova de o quão legal ele é.
Tivemos uma nova leitora que comentou em quase todos os caps da fic, e que em 2 dias leu tudinho já postado! Voce é rápida, hein! Muito obrigada The Anyone Girl!
Voces já sabem onde me encontrar:
omundoforadacolmeia.com.br :) Deem uma passadinha lá, e digam o que acharam. Não custa nada, vai? Deixem uma abelhinha feliz hahaha
Sem mais delongas,
Boa leitura!
COMENTEM O QUE ACHARAM DO CAPITULO, HEIN? QUERO OPINIÕES :) poucas pessoas comentaram o capitulo anterior, e isso não é bacana. Gosto de ouvir um feedback, guys!



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–Boa noite, Leo. - se despediu.

–Fique e faça ela ser - falei sincero. Ela me encarou sem graça.

–Idiota - me deu as costas e foi em direção a porta, mas antes de entrar, se virou - te vejo amanhã no jogo - e sorriu.

Pronto. Nada mais precisava ser dito.

I'm not afraid anymore

I'm not afraid

Forever is a long time

But I wouldn't mind spending it by your side

Tell me everyday I'd get to wake up to that smile

I wouldn't mind it at all

(...)

P.O.V Leo

Minha respiração estava pesada, senti que meus pulmões pegavam fogo. Olhei para o placar, estávamos perdendo por um mísero ponto. Um jogador adversário tentava me desconcentrar, fazia de tudo para tirar minha atenção da bola. Ele estava conseguindo. Aqueles olhos eram tão azuis, lembravam os de Anna.

–Leo - Treinador gritou do outro lado fazendo com que eu me virasse para encara-lo - A cesta! Arremesse a bola! - apontou para minha direção. Assenti que sim, havia entendido o toque dele.

Peguei a bola em minhas mãos, meu futuro dependia desse arremesso. Respirei fundo de novo, sentindo uma pontada na costela. Eu não tinha mais folego. Em uma fração de segundos voltei a encarar o placar, eu tinha menos de 20 segundos.

Ajeitei a mão perfeitamente, e dei o toque. A bola se lançou curvilínea, fazia seu trajeto perfeitamente.

Soltei o ar. Tudo estava em câmera lenta.

Senti o silencio vindo da arquibancada, restavam apenas 5 segundos. Não tinha como aquele lance dar errado, eu já o fiz um milhão de vezes. Só vi o que tinha acontecido quando o outro time explodiu em comemoração. A bola foi para fora, e nós perdemos. Me ajoelhei no chão levando as mãos a cabeça.

Isso não pode estar acontecendo.

–Leo! - abri os olhos, estava em meu quarto.

As almofadas em meu lado, e o cobertor no chão me fizeram respirar aliviado, foi tudo um sonho.

–Filho, pensei que já estivesse acordado - minha mãe apareceu na porta - você está suando - sentou na cama, e colocou as mãos em minha testa.

–Tá tudo bem, Dra. Valdez - dei um beijo em sua bochecha - Eu tive um sonho ruim, só isso.

–Quer falar sobre ele? - me indagou.

Desde que meu pai morreu ainda quando eu era pequeno, temos essa tradição de contar tudo que sonhamos. Minha mãe acredita que muitas vezes eles podem ser uma premonição, como na vez em que ela sonhou com uma torta de maça, e quando acordou preparou uma torta de maça. O que não faz muito sentido.

–Não, tá tudo bem mesmo - menti. Esse sonho me deixou preocupado, e se pudesse me teletransportar para algum lugar, iria ao encontro de Lilá. Não foi ela quem disse que suga as emoções das pessoas? Quem sabe ela pode tirar esse nervosismo que se alastrou em meu corpo.

–Eu to bem empolgada com o jogo hoje, filho - sorriu afagando minha bochecha - acabei de voltar do hospital, não vou trabalhar hoje.

–Aleluia - ela riu - e como foi seu encontro ontem a noite?

–Não foi bem um encontro, né? Já não sou mais uma adolescente, foi mais um jantar entre amigos - seus olhos estavam brilhando.

–Porque não chama ele para o jogo hoje a tarde? - ficou surpresa - Ué, preciso saber se ele curte basquete, senão como vai me conquistar?

–Não é bem você que ele tem que conquistar - sorriu.

–Mas pelo visto você ele já conseguiu - me deu uma tapa no ombro.

–Você é meu filho, mais respeito - cobriu os olhos envergonhada - vou convida-lo, obrigada - beijou o topo da minha cabeça - Desça daqui a meia hora, vamos almoçar mais cedo por conta do jogo - assenti.

Assim que ela saiu do quarto, fui arrumar minha mochila. Camiseta, calção, meia, tênis, tudo estava em ordem.

Me olhei no espelho. Meu cabelo estava bagunçado, assim como meu olhar. O pesadelo de hoje cedo me deixou confuso, e não posso estar assim no jogo. Sou o capitão, preciso liderar o time. Tentei desacelerar.

Peguei na bancada um porta jóias preto. Eu não tenho milhões de peças ali, apenas uma. Segurei firme o anel prata, e o percorri com o olhar. O nome de meu pai estava cravado nele, presente de meus avós. Minha mãe falou que ele nunca tirava, e que jogou todos os jogos no colégio com ele.

Assim como ele, segui seus passos. Não entrei no basquete por causa disso, e sim porque sempre me senti conectado ao esporte. Esta no sangue, segundo minha avó.

Coloquei-o no dedo, e foi como se uma energia positiva tivesse entrado em minha circulação.

–Sei que vai estar lá, Pai - beijei o anel.

Terminei de guardar algumas coisas, e desci. Minha mãe já me esperava com frango e batata doce.

–Senta aí, maromba - a encarei - desculpe, você sabe que eu faço piadas quando to nervosa.

–Mãe, não fica assim. É só mais um jogo - repetia isso mentalmente desde que acordei.

–Eu sei filho - serviu um pouco de suco em meu copo - mas também sei que esse jogo é muito importante pra você - passou a mão em meu dedo, notando o anel. Fiquei em silencio, não queria falar ainda mais sobre isso - Então, Lilá vai estar lá? - levantou as sobrancelhas.

–Não me venha com esse olhar, dona Liv - ela riu - ela vai estar lá, assim como Anna.

Ela ficou alguns segundos em silencio enquanto mastigava a comida.

–Sabe, eu gosto dela, de verdade, mas não não confio nela - franziu o cenho - se essa garota ainda não notou o quanto você gosta dela, acho que não serve para você.

–Mas ela gosta de mim, mãe. Sei disso - sorri.

Passei o resto do almoço contando sobre meu dia com Anna, e as coisas que a vi fazer. Não sei se mudei a cabeça dela em relação a sua ex-futura nora, mas pelo menos deixei meu pensamento em outro lugar.

****

O jogo estava marcado para as três da tarde, mas não me contive, cheguei ao ginásio á uma. Precisava treinar mais arremessos, isso estava me matando. Fiquei lá tentando e tentando, até acertar várias vezes.

–Parece que alguém acordou inspirado hoje - Fred estava parado ao meu lado - você estava concentrado mesmo, falei contigo quando cheguei, e você não disse nada.

–Pois é, eu tava tentando me aquecer - o encarei - e você, o que ta fazendo aqui?

–Fugindo? - riu nervoso - Eu to me sufocando com essa pressão, Leo - ele sentou no chão - Você sabe que eu não sou o melhor jogador, como vou fazer para os olheiros me notarem se estou me cagando de medo? - não consegui conter minha risada - Você ri assim porque não é você que esta com a faca no pescoço.

–Não é bem assim..

–Eu estraguei tudo, Leo - fitou o chão - Fiquei muito nervoso durante o PSAT, e acabei esquecendo boa parte das coisas. Minha média ficou uma bosta, e não entrei em nenhuma faculdade até agora. Essa é minha única chance - soltou o ar. Eu não sabia que ele estava passando por isso, ele guarda tudo para si.

–Fred, você sabe que é um baita jogador - me encarou - falo isso com propriedade, já que muito do que você sabe eu que te ensinei. Vendo você jogar, me sinto um pai orgulhoso - riu fraco - você não precisa ser o melhor para se destacar, basta jogar limpo.

–E é por isso que você é nosso capitão, e meu melhor amigo - me deu tapas nas costas.

–Ta bom, ta bom, agora vai treinar uns arremessos - Notei que o pessoal começou a chegar, e fui cumprimenta-los.

–Capitão - Sam se curvou - a suas ordens.

–Tá engraçadinho hoje, né Sam? - Treinador colocou sua mochila no banco - Quero ver você rindo assim quando ganharmos dos Shaunders. - A brincadeira tinha acabado.

Os caras foram até o vestiário, e eu fiquei sentado vendo o pessoal já chegando as arquibancadas. Muitos colegas de classe, a torcida dos Shaunders, e as líderes de torcida que já estavam a postos. Notei um sorriso familiar, e vi minha mãe chegando com Dr.Stabler. Ela acenou, e sussurrou um “te amo, mi hijo”. A escutei falar isso tantas vezes, mas dessa vez era especial. Acenei de volta, e mandei um beijo. Ela apontou para baixo, fazendo sinal para que eu olhasse. Lilá chegou com Jill, Charles, e Sr.Robb. Só estava falando ela.

Lilá veio correndo em minha direção. Passou pelas inúmeras pessoas que tentavam achar um lugar, e me abraçou forte.

–Você vai detonar hoje, sei disso - sorriu. Ela parecia confiante, e por um segundo consegui me sentir assim.

–Obrigado, Liz - soltei o ar.

–Não fique se preocupando com nada, e nem ninguém. Agora é o seu momento, e você vai brilhar. Sei que muitas pessoas são destinadas a grandeza, e você é uma delas - A puxei para perto.

–Muito obrigado - me apoiei em suas palavras.

–Sei bem que você deve ter aprendido alguns truques com o professor aqui - Charles terminou de falar com o treinador, e agora estava em minha frente - vai se sair muito bem, Leo. Você é talentoso - me abraçou de leve.

–Estaremos torcendo por você - Jill falou docemente.

–Obrigado.

–Você puxou ao seu pai, o mesmo sorriso confiante, e a paixão ao jogar - Sr. Robb me abraçou - sei que vai fazer um grande jogo, Leo. E estaremos com você independente de qualquer resultado. Você já é um grande jogador, não precisa de um título para provar isso, assim como seu pai - sorriu - Seu maior premio foi você. - Fiquei emocionado com suas palavras. Falar sobre meu pai era um assunto que não me abalava mais tanto, mas hoje era diferente.

Notei que Lauren estava falando com Fred, e ele parecia estar mais calmo. Ela veio até onde estávamos, e disse algumas palavras de incentivo. Eles então foram em busca de um lugar para sentar, já que o espaço estava quase totalmente cheio. Antes de ir, Lilá falou uma coisa em meu ouvido ao se despedir.

–Você sabe que tem outra opção caso tudo der errado, e vamos te apoiar em qualquer caminho que escolher - apertou minha mão sorrindo.

Fiquei pensando no que ela disse enquanto terminava de me alongar. Ela tem razão, eu tenho outra opção.

Já estava no hora de começar o jogo, então todos entramos na quadra.

–Vocês lutaram para chegar até aqui, e não vamos deixa-los levarem nosso trofeu embora! Ele é nosso, e não vamos tira-lo daqui! Pensem em todos os nossos antecessores, e no esforço que tiveram para manter esse time vitorioso. Vamos perder tudo em um piscar de olhos? Não! - Treinador falou. Todos me encararam, agora era minha vez.

–Vocês sabem o quanto treinamos duro, batalhamos, e vencemos adversário pesados para estarmos aqui, e não podemos desistir. Eles são bons? São! Mas nós também somos. Nosso time é unido, e esta junto em tudo. Se ganharmos hoje será muito bom, mas se perdermos, não vamos baixar a cabeça. Nós merecemos esse título, e eu não vou descansar até te-lo em minhas mãos. Vocês estão comigo? - gritei.

–Sim! - responderam em coro. Olhei para o rosto de cada um, e vi uma sede de vitória. O time estava inspirado, e não precisávamos de mais nada.

–Vamos lá! - Bati palmas.

As líderes de torcida terminaram sua apresentação, e então nós fomos até o meio. Respirei fundo, e encarei Fred em minha frente. Sorri o tranquilizando. Ele assentiu, e sorriu nervoso. Escutei o apito, estava pronto para o jogo.

–Vamos lá, pai - sussurrei.

Jogamos muito bem no início do jogo, mas então o outro time veio com tudo em cima da gente. Estávamos perdendo o rumo, errando demais.

–Aqui - Levantei a mão pedindo a bola para Felix. Assim que ele arremessou, o jogador do time adversário me empurrou no chão.

–Juiz! - Treinador gritou - Vamos lá! - Ele negou com a cabeça. O outro time estava jogando sujo.

Deu um intervalo.

–Eles estão acabando com a gente - Sam se jogou no banco.

–Nós não vamos fazer nada? - Fred estava irritado.

–Não do jeito deles - falei - eu vi a puxada na camisa - disse alto o suficiente para que só ele escutasse - Nós não vamos jogar sujo como eles! Se chegamos até aqui foi jogando limpo, e assim faremos até o final! - Eles assentiram - Vamos para cima, mas sem violar o esporte! Juntamos as mãos, e gritamos.

Voltei para o jogo mais focado, assim como o resto do time. Conseguimos dar a volta por cima, mas um dos nossos jogadores acabou se machucando em um lance. O adversário deu uma cotovelada em sua cabeça. Ele acabou expulso, e Felix no banco. Continuamos bem, e agora estávamos a um ponto de alcança-los. Olhei no relógio, 20 segundos. Assim como no meu sonho.

Respirei fundo.

Eu não podia deixar que aquilo se repetisse, eu tinha o controle dessa vez. Lancei a bola ao chão, e fiquei a movimentando. Tudo ficou em câmera lenta de novo. Olhei para frente, encarando a cesta.

–Leo! - escutei o treinador gritar - Joga!

Dessa vez eu não tinha um adversário me desconcentrando, eu tinha ela em carne e osso. Anna estava na entrada, e mesmo estando longe consegui reconhece-la. Meus olhos fitaram os dela, que quando viu que eu a encarava, sorriu. Soltei o ar. Era real, e agora eu estava pronto.

Vi que tinha a bola em minhas mãos, e Fred a poucos metros. Ele estava livre da marcação. Eu podia fazer aquela cesta, treinei durante muito tempo hoje para exatamente não errar. Mas o que Lilá disse antes, voltou em meu pensamento. Eu tenho uma outra opção, e mesmo querendo muito, sei que tenho outro caminho a seguir se for preciso. Eu tinha o futuro de um amigo nas mãos, e nunca que por vaidade o deixaria na mão. O encarei. Sabia que ele queria aquilo mais do que tudo. Lancei a bola rapidamente para ele, que assim que pegou, a arremessou até a cesta. Ele estava mais perto do que eu, e conseguiria marca-la sem dificuldade.

Novamente o ginásio ficou em silencio, todos observando o percurso da bola.

Aquele era o seu momento.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não me deixem no vácuo!
Continuação no próximo capitulo!
Um ótimo final de semana,
Mil beijos,
Ju.



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