I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 42
I try not to miss you, but in the end, i still do.


Notas iniciais do capítulo

Hello there, strangers. First of all, quero explicar a minha ausência. Bom, como vocês já sabem e acompanham eu quero muito cursar a UFSM, e tivemos o vestibular em dezembro e eu estava muito confiante de que passaria. Eu estudei, me esforcei e fui bem, mas não o suficiente. Foi uma droga não ver meu nome na lista, e eu fiquei bem pra baixo. Meus pais também não ajudaram em nada e a pressão ficou cada vez maior. Eu descobri essa semana que eu estou na lista de espera, e se houver uma segunda chamada talvez eu entre. Fico torcendo pra isso, mas não nego, é muito ruim esse sentimento de fracasso. Enfim, fiquei pra baixo e minha inspiração sumiu. Agora voltei com muitas ideias, se for pra ser será, não é mesmo? Well, espero que estejam gostando dos capitulos, mas infelizmente o indice de comentários é baixíssimo. Eu gostaria muito de saber o que voces estão pensando e o que esperam, e se vale a pena continuar com a fic.
Bom, era isso.
Espero que compreendam.
Boa leitura e espero comentários!



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–Você agora é a namorada do meu primo?

–Não - Falei sincera e rindo - Porque?

–Porque eu gosto da Lilá. Ela sempre me conta piadas e me faz rir - Ele balançou as mãos.

–Eu também gosto dela.

–Então fala pro meu primo voltar com ela, ela é legal.

Me senti insultada com as palavras do garotinho, mas ele tinha razão.

–Eu sinto falta dela - Falou triste.

–Eu também, Mike. - Fitei meus dedos enquanto Will - que havia voltado - dava a partida.

Eu também…

(...)

P.O.V Anna

–Você ta muito quieta - Will disse enquanto dirigia. Nós deixamos Mike na casa dele e agora estávamos indo rumo ao desconhecido - no meu caso.

–Eu queria que fosse diferente, sabe - Fitei a janela - Não queria esse clima com a Lilá - Olhei para ele, que continuava olhando para a frente - Algum problema falar sobre isso?

–Não - Falou seco - Chegamos - Apontou para minha janela.

–O parque? - Ri enquanto ele estacionava.

–Você já vai entender - E sorriu.

Desci do carro e encarei aquelas luzes brilhantes e a multidão de pessoas caminhando de um lado para o outro. Coloquei minhas mãos no bolso, estava muito frio.

–Anna - Ele tirou o cachecol - Eu prometi que te ajudaria a recuperar algumas coisas que você perdeu no passado, e nós vamos fazer isso agora. - Ele riu - Vamos.

Ele me estendeu a mão e eu a tirei do bolso para segura-la. Fomos até a barraquinha das argolas.

–Agora, eu vou jogar e ganhar o ursinho grande pra você - E apontou para um urso grande.

–Você ta falando sério? - Não consegui conter o riso.

–Isso é um encontro do oitavo ano, não é pra você rir srta. Adulta - E fez uma careta.

–Me desculpe - Me apoiei na bancada. Depois de quatro tentativas e nenhum acerto, na última ele ainda tinha esperança.

–Eu falei! - Ele acertou uma única argola.

–Sinto muito, garoto. Você só ganhou dois ingressos para um dos brinquedos - A mulher pegou na gaveta e os entregou.

–Que droga!

–Hey! Será que dá pra você andar? - Um garoto de uns quatorze anos mais ou menos, falou atrás de nós na fila.

–Qual é garoto, até parece que você ganhou todas.

–Na verdade, sim - Ele se aproximou da mulher e pegou o urso.

–O que? - Will estava boquiaberto.

–Vamos - O puxei sem controlar o riso.

–Não acredito que perdi para uma criança - Ele balançou a cabeça - Pelo menos voce ta se divertindo.

–É, pelo menos por um momento é bom não pensar em nada.

–Vamos continuar assim, em que brinquedo você quer andar? Tenho uns ingressos e esses que ganhei agora.

–Você que escolhe? - O encarei e ele sorriu.

–Vamos no trem fantasma - Os olhos dele brilharam.

–Acho melhor não, Will - A cara dele fechou - Eu não gosto muito, podemos ir no bate-bate?

–Claro - Ele me puxou e eu o segui.

****

–A gente já fez tudo, só temos mais os ingressos que eu ganhei - Ele riu.

–Tá, então vamos na roda gigante? - Ele fez uma careta - Por favor, é o que falta - Ele assentiu e então corri para a fila.

–Eu odeio dizer isso, mas to me sentindo um velho aqui - Olhei para os lados, só casais pré-adolescentes e crianças com seus pais.

–Bom, essa é primeira vez que eu faço isso, e eu to me divertindo muito, obrigada - Sorri.

–Vocês são os próximos - Operador do brinquedo abriu a portinha para sentarmos.

–É vermelho - Will sentou e ficou quieto.

–Algum problema? Você nunca teve medo de altura.

–Não é nada - Sorriu fraco.

Ouvimos o estalo, e então começamos a subir.

–Dá pra ver a cidade inteira daqui - Will apontou para as luzes pequenas na escuridão.

–É lindo - Sorri maravilhada.

–Você fica linda sorrindo - Fitei o chão corada.

–Will, eu..

–Não, Anna. Você não precisa falar nada, é mais forte que nós. Eu sei que você também esta sentindo o meu coração acelerar, porque eu não consigo ficar longe de você. Esses anos foram torturantes, eu procurava você e não te achava. Eu senti muito a sua falta, Anna. E quando me dei conta de que sinto mais que apenas amizade por você, já era tarde demais. Eu achei que tinha te perdido, Anna. Mas você está aqui agora, e eu não quero perder mais tempo, quero aproveitar o tempo perdido. Toda a saudade acumulada no peito, e está latejando aqui. Você não sabe como estou me controlando para não te beijar agora.

–Will - Olhei seus olhos azuis brilhando e vi meu reflexo neles - Eu senti tanto a sua falta - E então ele sorriu, e eu fiz o mesmo. A mão escorregou em meus cabelos e fez carinho em meu rosto. Sorri com as bochechas quentes e ele mordeu os lábios. E nos beijamos.

Só.

Não foi o que eu chamo de beijo apaixonado, mas foi terno e carinhoso.

Um beijo de saudade.

Nosso beijo.

A roda gigante voltou a se mover, e nós que estávamos parados no topo, voltamos a realidade. Sorri tímida e ele me envolveu com seus braços. Estava tão frio, mas eu não senti nada, só de estar nos braços dele era o suficiente.

–Vamos jantas agora? - Ele desceu primeiro e me estendeu a mão.

–Claro - Sorri e o acompanhei até o carro.

–Esse restaurante é perto da sua casa, e inaugurou faz pouco tempo.

–Eu não sabia, estive meio off nos últimos tempos - Ele ficou sério - Você pode rir também, Will. Não tem problema.

Mas ele não o fez, o que me deixou desapontada. Paramos em frente a um restaurante com a fachada branca e detalhes em prata, mas ele estava escuro, como se não tivesse ninguém ali. Descemos do carro e Will foi até a entrada, tinha um bilhete ali.

–Ele está fechado hoje, especialmente hoje - Ele me fitou - Sinto muito, Anna, podemos rodar até outro lugar..

–Está tarde, Will. Olha, temos uma segunda opção - Apontei para o outro lado da rua - Tem uma barraquinha de cachorro quente ali, podemos comer no carro mesmo, pra ficar quentinho.

–Não era bem esse o encontro que eu tinha planejado, mas por mim tudo bem - Ele sorriu e pegou em minha mão para atravessar a rua.

Escolhi um simples e ele com acréscimo de bacon.

–Nossa - Falei encarando o hotdog dele.

–Você não quis bacon? Como assim? - Me olhou incrédulo.

–Will, você sabe que eu não gosto de bacon.

–Ah, é verdade - Ele riu fraco.

Primeira divergência entre nós, isso nunca acontecia.

–O que você estava fazendo no escritório do Sr.Palladino hoje de manhã?

–Ahn, eu não vou poder me formar com vocês - Ele me fitou - Vou ter que repetir o ultimo ano. Mas tudo bem, ele está certo. Eu to muito perdida em tudo, e vai ser melhor poder pegar tudo pelo começo.

–Anna, eu sinto muito.

–Ta tudo bem - Sorri - Poderia ser pior, não é? Eu vou poder encontrar minha identidade e pensar no que quero fazer. E você Will, já pensou nisso?

–Sim e não - Ele riu- Eu tinha uma bolsa pela natação, mas agora já não sei mais.. - Seu olhar ficou triste.

–Will, eu..

–Eu não tomei nada pra ficar forte, ou me droguei, Anna - Ele gesticulava com as mãos - Eu estava irritado e acabei bebendo demais na sua festa, tomei uma aspirina e tinha um componente que foi pego. E agora eu não sei mais o que fazer..

–Foi na minha festa? Eu não sabia. Mas vai ficar tudo certo, tenha calma - Sorri e ele fez o mesmo.

–Vou te levar pra casa, já ta tarde - E ficamos em silencio apenas escutando a música que a radio tocava.

Não tinha muito movimento aquela hora, então chegamos rápido em frente a minha casa.

–Sabe, eu não pensei que nossa noite pudesse terminar assim - Ele fez carinho em minha bochecha.

–Não tem problema, isso não muda nada - Sorri.

–Eu esperei tanto por esse momento, em te ter aqui de novo - E se aproximou.

Nos beijamos de novo, e foi a mesma coisa, a mesma ternura.

–Algum problema? - Balancei a cabeça negativamente.

–Obrigada por tudo - Falei saindo do carro - A noite foi perfeita.

Andei até minha casa, mas meu pensamento estava longe.

Alguma coisa não encaixou, estava faltando.

Era com pessoa que eu queria ter saído, mas já era tarde demais.

We're only getting older, baby

And I've been thinking about it lately

Does it ever drive you crazy?

Just how fast the night changes

Everything that you've ever dreamed of

Disappearing when you wake up

But there's nothing to be afraid of

Even when the night changes

It will never change me and you.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Em breve mais capitulos, galera.
Novamente, comentem gente. É legal o feedback!
Muitos beijos e bom findi!
Lots of love,
Ju.



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