I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 38
And after all this time, I'm still into you.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Boa noiteee! Surpresaaa! Olha só quem está aqui tão cedo? Pois é, não consegui esperar acabar as provas e tudo mais e já tive que correr aqui pra postar mais um capitulo. Primeiramente obrigada, voces estão vivos e comentando. Desculpem por não obter uma resposta, mas prometo que vou responder devidamente todos. Recebemos elogios e críticas o que foi muito bom! Continuem assim bbys! Bom, voltarei logo logo com mais um capitulo. Eu não sei voces, mas acho que muita coisa ainda esta por vir. Eu tinha tanta coisa pra comentar com voces, mas eu quero tanto que voces leiam que vou ser breve ahahah. Uma boa leitura e não esqueçam de comentar, por favor!
Adivinhem quem voltou? Nossa querida Anna! Estava com saudades dos povs dela.
PS: Curtiram a nova capa?
PS2:O titulo não fez jus ao capitulo? Hahaha
BYEE



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Saí andando devagar, e mais uma vez, ele não saiu correndo atrás de mim falando que me ama.

Talvez ele não me ame mesmo.

Talvez eu o tenha perdido.

Talvez ele nunca tenha sido meu.

Talvez.

(...)

P.O.V Anna

Acordei com uma terrível dor de cabeça. Os últimos acontecimentos acabaram me afetando demais, e eu odiava me sentir assim, vulnerável de novo. Tentava a todo custo não pensar em Leo e sobre a nossa conversa. Sobre o nosso término melhor dizendo. Toda vez que eu volto em minha memória, eu percebo um detalhe diferente. O jeito magoado com o qual me encarou, a voz embargada, ele estava prestes a desabar. Eu não queria que ele ficasse assim, mas no final quando ele terminou de falar tudo, eu não consegui responder de verdade. Eu não sei o que sinto, não sei o que ainda posso sentir por ele, mas ele esta certo. Não posso brincar com ele, ou com o que ele sente. Foi melhor assim, ponto.

Repeti para mim mesma essa frase a noite toda. Fiz o mesmo assim que me olhei no espelho. Usava uma calça branca e uma camisetinha amarela claro. Meus cabelos presos em um rabo só evidenciavam meu rosto inchado de tanto chorar. Eu era uma estupida, idiota.

Saí do meu quarto, mas parei nas escadas assim que escutei uma conversa.

–Você não vai mais ficar atormentando ela com esse assunto - Era minha mãe, e ela não parecia muito feliz.

–Querida, eu não estou falando nada, eu não fiz nada.- Era meu pai.

–Você não pode brigar com ela por não estar mais com o Valdez. Eu sei que você gosta do garoto, e que ele era bom para ela, mas foi ele quem terminou com ela.

–Ela disse isso pra você?

–Sim, você sabe que ela esta meio sozinha ultimamente. Não tem amigas para desabafar e conversar. Só restou a mãe aqui.

–Mas e a Lilá? Elas sempre foram tão amigas!

–Querido, muita coisa se passou durante esse tempo. Lilá estava com o Will, mas ele sempre gostou da nossa filha. Com a volta dela eles terminaram, e eu não culpo a Lilá por ficar com raiva de Anna por ela ter voltado, mas ao mesmo tempo acho egoísta da parte dela ser assim. Nossa menininha recebeu sua chance de volta, e tem que aproveita-la. - Eu nunca tinha pensado por esse ponto. Essa visão que Lilá tinha de mim.

–Mas eu ainda não entendo porque ela não está mais com o Valdez. Aquele garoto é maravilhoso, era perfeito pra nossa filha.

–Mas as coisas nem sempre são como queremos, e a escolha não foi de Anna.

–Eu só quero que ela seja feliz, querida - E ouvi um som estalado.

–Eu sei, meu bem - E mesmo de longe consegui ver o sorriso nos lábios deles.

–Bom dia - Entrei na cozinha e fui até balcão pegar um cereal.

–Não, querida, não guardamos mais o cereal aí - Ela sorriu e foi até o balcão ao lado da geladeira. Bati com as mãos na pia. Eu não sabia nem mais aonde o cereal está. É como se eu fosse uma intrusa na minha própria casa.

–Está tudo bem, filha - Meu pai me deu um beijo no cabelo - Logo, logo você vai se adaptar a tudo.

–Esse é o problema - Virei para eles - Eu tenho que me adaptar a minha propria casa. Eu não me sinto mais a vontade aqui, ou na escola, nesse lugar. É como se não fosse mais o “meu” lugar.

–Eu sinto muito - Minha mãe fitou o chão. Não, eu havia a magoado. Era a segunda vez que eu fazia isso em menos de 72 horas.

–Mãe, não é culpa sua, eu só não to bem hoje - Meu pai me fitou com uma cara séria.

–Hoje é o dia da sua consulta com a Dra.Green, tome café que eu vou leva-la até o hospital - E saiu de lá. Minha mãe o fitou com cara feia e sussurrou alguma coisa em seu ouvido que o fez bufar. Bacana, meu pai está de mal comigo porque não estou mais com meu namorado.

Comi meu cereal em silencio com uma xícara de leite com achocolatado. Minha mãe continuou lavando a louça, também em silencio.

–Querida, deixe o seu pai pra lá, tá bem? Ele está na crise dos cinquenta, inconformado que já esta perdendo todo o cabelo. Não liguei para o mau humor dele - Ela sorriu.

–Tudo bem, mãe. Eu sei que ele gostava do Leo.

–Todos nós gostamos dele, mas o importante é se você gosta dele. -Não a encarei - Coloque um casaco, está frio lá fora. - Coloquei minha louça na pia e me despedi dela.

Hoje não era um bom dia para sair de casa.

******

Assim que chegamos no hospital, meu pai já saiu cumprimentando todo mundo. Ele fez muitos amigos ali, de médicos a funcionários. Falei que me esperasse no saguão, conversando com os conhecidos e assistindo ao noticiário pela tv gigante na sala de espera. Até minha chegada ao consultório de Rachel, muitas pessoas acenaram, e falaram comigo. “Você está ótima, Anna!”, “Bom te ver!”, mas eu não tinha nem ideia de quem eram. As pessoas criaram um certo vínculo comigo aqui, mas eu não consigo retribuir da mesma forma. Pra mim elas são apenas estranhos.

–Anna Sophia! - A secretaria de Rachel sorriu ao me ver - Você está adiantada, mas creio que a Dra.Green poderá atende-la agora. Só um minuto - E se levantou. Ela era jovem, e não me era estranha. Acho que estudou em algumas séries a minha frente no colégio. Uns três anos mais velha.

–Anna! - Dra.Green abriu a porta sorridente. Ela era tão linda- Entre, querida.

A abracei e então sentei na poltrona de veludo rubi.

–Já estava com saudades, nosso ultimo encontro foi há décadas - Ela riu - E então, como você está?

–Levando - Falei sincera - Muita coisa aconteceu, Rachel - Método criado por ela para que nos tornacemos mais intimas. Não era Dr.Green, e sim, Rachel.

–Pode começar, eu estou aqui para isso.

E então eu contei tudo. Sobre minha festa, o ciume que senti de Leo e Lilá, nosso termino, Will, não estar a vontade na minha própria vida, tudo.

–Você não deve ter percebido que involuntariamente você se livrou dos obstáculos para chegar até Will, da culpa que sente por ele e Lilá terem terminado. Mas a culpa não é sua, e você não precisa tentar juntar Lilá com outra pessoa, com esse garoto, Fred. - Parei um minuto para pensar. Leo tinha me acusado disso, e agora Rachel. Então era verdade.

–Mas eu.. -Não sabia o que dizer.

–E como você está em relação ao termino com o Leo?

–Eu não sei. Eu chorei bastante ontem a noite, me senti muito mal. Mas quando ele olhou pra mim daquele jeito magoado e pediu pra que eu falasse o que realmente sinto, eu paralisei. Eu achei que estava gostando dele de verdade, mas então toda vez que vejo Will no colégio, ou quando ele fala comigo, é como se tudo voltasse para aquela noite do acidente, o nosso beijo. Eu não consigo deixar pra trás - Coloquei minhas mãos no rosto e apoiei minha cabeça nos joelhos. Não, eu não queria chorar de novo.

–Hey, mocinha. Tá tudo bem - Falou com uma voz doce - E eu estou aqui pra ajudar você, ajudar a descobrir como lidar com o que está sentindo. Sabe, muitas pessoas acham que os adolescentes são dramáticos demais, e fazem um escândalo com pouca coisa. Mas se nem nós, adultos, conseguimos lidar com nossos sentimentos, como vocês, crianças ainda, vão conseguir? Não tem problema nenhum, e não é nenhuma vergonha fazer terapia, ou consultar um psicologo. É nosso dever ajudar vocês nessa fase de transição, para que virem adultos mais preparados. - Ela sorriu - E Anna, eu sei qual é o próximo passo no seu tratamento. Agora nós vamos focar em você. - A olhei confusa - Eu quero que você tenha certeza de quem realmente é. Quem é Anna Sophia pra você? Do que ela gosta? Do que não gosta? Você vai pedir para as pessoas que a conhecem e perguntar sobre você pra elas e anotar tudo aqui - Ela mexeu em uma gaveta e tirou de lá um caderninho - Quero também que pergunte o que aconteceu durante o tempo em que esteve em coma, na escola, no noticiário, as coisas importantes. Pois bem, quero que você converse com alguém que te conhece bem, e pergunte coisas que estava fazendo na época. O que escutava, o que fazia, tudo. Assim podemos traçar o seu perfil certinho, e seguir com o tratamento - Ela exibiu os dentes brancos em um sorriso.

–Obrigada, vou fazer isso - Levantei e a abracei, nosso horário havia se estendido demais, o tempo voou ali dentro. Sai do consultório dela e peguei uma caneta na sala de espera. Fui até o elevador, estava muito cansada fisicamente - e emocionalmente - para pegar as escadas. O elevador estava cheio, mas acabou subindo alguns andares. As pessoas foram saindo e então quando estava descendo sozinha tive uma surpresa.

–Anna? O que faz aqui? Está tudo bem - Virei o rosto, eu estava fitando minhas unhas, mas reconheci aquela voz.

–Sim, tá tudo bem comigo, é uma visita de rotina. - Will relaxou o rosto - E você? - Então ele entrou no elevador e apertou o botão do terreo. Que idiota, como me esqueci de apertar a droga do botão?

–Minha vó está internada aqui - Ele fitou o chão.

–Eu sinto muito - Apoiei minha mão em seu braço. O toque fez meus dedos se eletrizarem. Ele me encarou.

–Está tudo bem agora, ela está progredindo cada vez mais - E sorriu fraco - Voce tá indo embora?

–Sim, minha consulta já acabou - A porta do elevador se abriu.

–Voce não quer almoçar comigo? - Olhei no relógio e percebi que já era quase meio dia. Os olhos dele eram tão convidativos. Então lembrei das perguntas de Rachel. Ele seria de grande ajuda.

–Claro - Sorri pra ele que fez o mesmo - Eu só vou avisar meu pai.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem. Ele já está chateado comigo mesmo, não vai mudar grande coisa avisar por mensagem do que pessoalmente.

–Vamos - Ele abriu a porta de entrada pra mim. Agora já estava com seu gorro e um casaco pesado. Lembrei de minha mãe me alertando hoje para colocar um casaco. Ri sozinha - O que foi? - Ele sorriu também.

E foi como se o céu tivesse sorrido e espantado todas as nuvens. Aquele sorriso era o meu sorriso, o que ele sempre dava pra mim. Senti o ritmo do meu peito acelerar. Calma.

–Nada. - E fitei o chão.

Sorrindo.

And after all this time,

I'm still into you ♥


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Uma ótima semana!
Mil beijos,
Ju



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