I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 37
I'm scared of losing you, but then again, you're not even mine.


Notas iniciais do capítulo

Hello little nuggets! Primeiramente, boa noite! Olha só eu aqui postando mais cedo que o normal. Sabe porque? Porque tivemos muitos views, gente 600 em um dia! Mas de novo eu me pergunto, porque eles não comentam? Quer dizer, eu poderia esquecer a fic e me dedicar ao vestiba, mas não faço isso, porque sei que devo um capitulo p voces a cada capitulo postado. Nós somos parceiros, gente. Eu escrevo, e voces comentam dando sugestões, criticando, elogiando. Mas isso não vem acontecendo. O capitulo tem 200 views e só 6 reviews? Quando chega a ter 6. Eu fico chateada, me tira a vontade de escrever. Eu escrevo para o nada. E olha, eu sempre tive uma opinião sobre esses autores que cobram reviews, mas agora entendo. É como se todo o nosso trabalho não tivesse resultado. Sério, to bem chateada, e agora que a fic está em seu clímax. É esse o meu recado, minha chateação. Não sei se vou continuar postando ou não, as coisas estão corridas.Se é para fantasmas, eles podem esperar até o ano que vem. Não é?
Espero que gostem e comentem. Uma boa leitura!
PS: ME DESEJEM SORTE, DOMINGO TEM UFPR E EU ESTOU CONFIANTE QUE PASSAREI.



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Alguma coisa tinha acontecido, eu podia sentir.

Sentei na cama e encarei o celular.

–Tá tudo bem? - Leo se aproximou.

–Eu tenho quase certeza que não.

(...)

P.O.V Lilá

Peguei o celular em minhas mãos e fui até a sacada do quarto de Leo. Sentei no banco de madeira improvisado e encarei a rua. Disquei o numero que mesmo sem ter ligado nas últimas semanas, ainda não tinha esquecido. Ela atendeu ainda no primeiro toque.

–Elizabeth, minha querida. O Will está com você? - A voz dela estava diferente.

–Não, senhora Harries. - Ouvi ela arfando - Aconteceu alguma coisa?

–É a minha mãe, encontramos ela desmaiada ontem a noite e a trouxemos para o hospital. Estou tentando falar com o Will, mas não estou conseguindo. Ah, Lilá, não sei o que fazer. - Minha respiração ficou acelerada. Não, a Vovó Jane não!

–Fique calma, eu estou chegando aí em um minuto. Segure firme! - Desliguei o telefone sem me despedir. Precisava chegar lá o mais rápido que pudesse.

–O que aconteceu? - Leo abriu a porta da sacada - Eu ouvi tudo, me desculpe - Balancei a cabeça para despreocupa-lo.

–É a avó do Will, ela ta no hospital e a mãe não consegue falar com ele. Desde.Ontem. - Franzi o cenho - O que aconteceu com ele?

–Eu não sei, Lilá, mas você quer uma carona até o hospital? Com a sua bicicleta você vai chegar lá amanhã - Ele riu fraco.

–Isso é muito legal da sua parte, Leo. Isso é tão você - E sorri pra ele.

–Vou pegar meus tênis, vá pra garagem - E começou a procura-lo no monte Everest de roupas no chão.

Desci as escadas e quando parei no primeiro andar notei um casaco masculino pendurado na entrada. Peguei-o e fui até a garagem.

–Vamos - Leo apareceu correndo e acionando o alarme do carro.

Em um certo momento do trajeto notei que ele estava tremendo de frio, também, usava apenas uma camiseta.

–Porque não liga o ar? - Perguntei o observando.

–Gasta muita gasolina, e eu sou um pouquinho, mas um pouquinho pão duro. Nem me liguei de pegar um casaco.

–Toma - E estendi para ele - Eu peguei na entrada.

–Eu não acredito que você fez isso, cara, eu te amo - E foi para o meu lado tentando me abraçar.

–Leo, o volante - O empurrei de volta.

Não demorou muito e estávamos lá. Leo estacionou o carro em uma vaga perto e em um minuto passamos na recepção e recebemos informações sobre aonde a senhora Jane estava. Assim que o elevador parou notei que Tessa, a mãe de Will, estava sentada em uma cadeira fitando o chão com um terço na mão. Assim que me viu notei que seu semblante melhorou.

–Lilá! - A abracei - Que bom que você está aqui, muito obrigada.

–Imagina, como não estaria aqui. Obrigada por ter me informado.

–Senhora Harries.

–Valdez - Ela o abraçou.

–Sinto muito pela sua mãe.

–Ela está melhor agora, melhor porque antes estava pior porque, ela não esta nada bem. Oh Deus.. - Ela suspirou.

–Está tudo bem, estamos aqui. - Olhei em volta, ela estava sozinha - O senhor Harries..?

–Ele está em uma conferência em Washington, vai chegar daqui a algumas horas apenas.

–A senhora está sozinha aqui?

–Sim, querida. Eu e o jardineiro a trouxemos para cá. Não consegui falar com meu filho, então liguei pra você. Depois do que aconteceu - Ela fitou o chão - Imagino que ele não esteja muito bem. Eu só queria que ele ficasse bem agora. Foi um acidente, que infelizmente custou o titulo. Acidentes acontecem. - Ela sorriu fraca. As rugas ao redor de seus olhos e suas covinhas a faziam aparentar mais idade do que realmente tinha. Ela não era velha, mas sim madura. - Sei que vocês não estão mais juntos, mas..

–Isso não importa, sempre terei um carinho e respeito enorme pela família Harries. - Assim como ela, não duvidei nenhum minuto de que ele não tinha feito de proposito. Ele nunca faria isso.

–Obrigada, minha eterna nora.

Escutei Leo rindo baixinho.

–O que aconteceu com a senhora Jane? - Ele perguntou a ela.

–Um AVC - Ela se sentou e nós fizemos o mesmo - Fui visita-la ontem a tarde, e encontrei o jardineiro tocando a campainha. Minha mãe não atendeu, então usei a chave escondida no vasinho de flor e entrei. Vi mamãe caída no chão inconsciente. - Uma lágrima escorreu em sua bochecha - Ela é uma senhora de idade, e acabou fraturando o fêmur. Agora só nos resta esperar a pressão se estabilizar, o inchaço diminuir, e que ela recupere a consciência, para vermos as sequelas.

–Eu sinto muito - Falou sincero.

Alguma coisa nele o fazia soar bem. Ele era “real”, e sabia confortar as pessoas. Ambos sabíamos, anos a fio ouvindo as pessoas falarem como sentem muito por nossas perdas. Quando na verdade só queremos ouvir uma palavra sincera, um “sinto muito” do coração. E ele sabia fazer isso.

–Porque a senhora não vai comer? Imagino que ficou direto, e não fez nenhuma pausa. Eu e Leo ficamos com aqui - Os olhos dela sorriram.

–Obrigada, vou tentar falar com William novamente. - E saiu andando pelo corredor.

Fiquei encarando o chão branco do hospital com minhas unhas também pintadas de branco, a diferença é que algumas pontas de alguns dedos estavam sangrando. Um vicio, roer até sangrar. Eu e ele ficamos em silencio, apenas escutando o barulho exterior. Dava para escutar o bip das maquinas.

–Lilá, você se importa se eu for cumprimentar alguns conhecidos no 3 andar?

–Não, pode ir - Fiquei intrigada, mas resolvi não perguntar. Seria muita falta de educação.

Depois que ele saiu peguei meu celular e mandei uma mensagem para Jill.

–Jill, eu to ligando pra avisar que não sei que horas volto pra casa hoje, se voltar hoje. A avó de Will está no hospital, e eu vou ficar aqui até as coisas melhorarem. Não precisa se preocupar, ok? Eu te mantenho em contato. Deixei o cardápio daquele restaurante que você gosta na mesa da cozinha. Beijão.

–Obrigada, Lilá - Tessa havia voltado - Você não precisa ficar aqui, querida. Pode ir..

–Eu vou ficar aqui com a senhora, fazendo companhia - E sorri para ela.

Ficamos sentadas lado a lado por um tempo, apenas em silencio. Até que ela puxou assunto.

–Você foi a primeira namorada que ele levou lá em casa - Continuei fitando o chão sorrindo - Ele estava tão empolgado, que trocou de roupa umas dez vezes porque ficava suando - Ela riu - Quando você entrou, eu juro que pensei “essa garota é areia demais pra você”.

–Mas ele é lindo - Minha boca traiu meu cérebro. Ela sorriu.

–E você se mostrou uma garota tão legal, que no final da noite todos estávamos apaixonados por você. Acreditei que aquilo sim era pra valer, era amor, eu pude ver. Eu ainda posso ver - Ela me encarou.

–É complicado, senhora Harries. Nós.. ahn..

–Voltei - Leo falou, fazendo com que eu notasse sua presença. Soltei o ar respirando de novo. Aqui não era hora nem lugar de falar sobre o término do meu relacionamento com minha ex-sogra.

Andei um pouco pelos corredores enquanto Leo falava com Tessa. Eles conversavam animadamente, e por alguns instantes ouvi ela rir. Agradeci Leo mentalmente. Uma enfermeira passou pelo corredor e ligou a televisão pequena do corredor. Estava passando alguma novela mexicana, e os dois ficaram vidrados assistindo.

–Eu não acredito que ele vai largar a Manuela Helena pra casar com a Lurdes Roberta! - Ela falou alto estarrecida.

–Eu sei, né! - Leo também estava vidrado.

Aproveitei a distração e fui até a cafeteria no téreo para pegar um café. O local estava repleto de médicos e enfermeiras, um e outro paciente estava ali.

–Um café normal por favor..dois na verdade! - Lembrei de Leo. Não peguei nenhum para a senhora Harries porque sei que ela não bebe café. Há anos ela não coloca uma gota na boca depois que o médico a proibiu.

–Elizabeth? - Me virei para encarar quem me chamava. Eu já estava quase chegando no segundo andar.

–Ryan? - Ele acenou e se aproximou.

–Oi, o que faz aqui? Está tudo bem?

–Sim, comigo está tudo bem. A avó de Will está internada.

–Ah, eu sinto muito - Sua expressão ficou séria.

–Tudo bem, agora é só esperar ela acordar - Sorri para ele.

–E como vão as coisas com o Will? - Ele pareceu interessado. Não o xinguei mentalmente, ele não devia estar sabendo.

–Nós não estamos mais juntos - Sorri constrangida - Ainda me importo muito com a família dele, sabe como é..

–Eu sei, eu definitivamente sei - Arfou as sobrancelhas. Chloe - É melhor voce ir, esses cafés vão esfriar. E eu tenho um parto agora, então.. - Ele riu.

–É, você tem razão - Nos despedimos.

–Nos vemos por aí, Grant! - E saiu correndo pelo corredor.

Ele assim como eu, mesmo não estando mais com Chloe, sempre cuidou da família dela e especialmente de Anna. Ele os amava, mesmo que Chloe não o amasse.

–Aqui, trouxe pra você - Entreguei o café a Leo. Ele sorriu agradecendo.

–Jack ligou, o avião vai atrasar. - Tessa balançou a cabeça.

–Tudo bem, a senhora sabe que eu vou ficar aqui o tempo que precisar - Sorri para ela.

Ficamos mais um tempo conversando até que Leo teve que ir embora. Tessa entrou para ver a mãe, e eu continuei sentada esperando. Meu celular acabou ficando sem bateria, então eu simplesmente encarei o nada. Até que adormeci.

–Querida, vá pra casa - Senhora Harries sacudiu meu ombro. Meu corpo estava dormente, e eu podia jurar que tinha babado em meu ombro - Já passou das duas da manhã, você pode ir - Já tinha se passado tanto tempo assim? Mas não era nem onze e meia quando meu celular se desligou. Que vergonha, dormi por tanto tempo assim e nessa posição. - Minha mãe está progredindo, a atividade cerebral voltou, pode acordar a qualquer momento. - Ela estava radiante.

–Que ótimo, eu fico muito feliz - Sorri sincera - Porque a senhora não aproveita para dar uma andada? Passar uma agua no corpo? Eu fico aqui, agora que já cochilei não vou mais dormir.

–Eu estou precisando mesmo, querida. Volto em um minuto - E saiu andando. Podia jurar que aquilo eram pulinhos.

Quisera eu receber uma notícia assim, que minha mãe estava para acordar a qualquer minuto. Uma lágrima boba escorreu em minha bochecha. Não, eu já tinha chorado demais por isso. Já se passou tanto tempo. Encarei pelo vidro a vovó Jane. Ela era parecida com Tessa, e tinha os mesmos olhos de Will. Um azul cristalino e encantador. Parecia tão serena deitada aí.

–Liz?! - Me virei rapidamente. Ele estava correndo pelo corredor - O que aconteceu? Como está minha Vó? - Seus olhos estavam perdidos.

Não pude me conter e fiquei em silencio apenas o fitando, julgando-o com meu olhar severo e frio. Ele estava um caco. A roupa amassada, a calça suja de marrom -deduzi ser terra- e o cabelo despenteado. Nem de longe parecia meu Will. O antigo Will.

–Ela está melhor agora, fora de perigo. Pode acordar a qualquer momento - Falei as palavras mecanicamente - Onde você estava? - Agora eu já estava gritando - Onde você estava quando o lugar que deveria estar era com a sua família?

–Eu.. Eu saí por aí, Lilá. Não me dei conta do tempo, e estava sem bateria no celular.. - Ele gesticulava.

–Ah, o celular estava sem bateria. Porque não pegou o de alguém e ligou para sua mãe? Meu Deus, você ficou todo esse tempo fora e esqueceu que tem família, alguém que se importa com você?

–Liz, eu..

–Que cheiro é esse? - Me aproximei dele, senti meus pelos na nuca se arrepiarem - Você está bêbado, Will? Porque fez isso? Você nunca foi de beber - Eu o estava acusando como se fosse uma esposa paranóica que acabou de descobrir uma traição do marido.

–Mas que droga, Elizabeth. Para de falar um pouco - Ele colocou as mão na cabeça, ressaca provavelmente - Você não tem noção de como as coisas estão no momento.

–Não, eu não sei - Falei seca - Mas isso não justifica nada disso, Will.

–Eu não fiz nada! Eu não tomei anabolizante nenhum, eu não fiz nada - Ele se sentou na cadeira e parecia uma criancinha assustada. Seus olhos estavam marejados. Não, eu não estava preparada pra ver ele chorar - Você sabe como isso é importante pra mim, o quanto eu esperei. Agora foi tudo para o lixo!

–Mas acabou. Pronto, bola pra frente. Pra que se lamentar por isso? - Ele me encarou - Você nunca foi assim. Sempre lutou pelo que quis, e era determinado. Não estava na sarjeta, como está agora. Magoando você, e as pessoas que gostam de você - Me magoando - Eu não te reconheço mais! - Me virei para não encara-lo. Se controla, não chora. Respira. - O que aconteceu com você?

–Você! - Ele se levantou - Você aconteceu. Liz, nós éramos felizes antes. Porque terminamos desse jeito? Porque você me deixou e beijou outro cara? Porque você me fez querer encher a cara a ponto de ficar bêbado e ter que tomar um remedio para ressaca, um remédio que tinha uma substancia que foi alegada no anti-dopping. Uma droga de remédio que me fez perder meu título - Eu o encarei estarrecida.

–Você está me culpando pelo que aconteceu? - Balancei a cabeça freneticamente.

–Não, eu não to. Não coloca palavras na minha boca, como você sempre faz. - Agora ele pareceu encontrar a sobriedade - Porque nós terminamos, Lilá? - Ele se aproximou mais, seus olhos vidrados nos meus.

–Porque você é um filho da puta que não se decide. Que não faz nada - Bati as mãos na minha perna - Uma lágrima escorreu em meus olhos.

–E o que você queria que eu fizesse? - Ele estava implorando.

–Que se decidisse. Que gritasse pra Deus e o mundo que a garota que você ama sou eu. Que esses quatro anos que passamos juntos não viraram pó assim que Anna acordou do coma. Que você me quer, e que ela não passa de uma paixãozinha de criança. Que sou eu a mulher da sua vida, e quem você quer ao seu lado na velhice - Ele fitou o chão - Mas você não consegue. É só eu falar o nome dela que você treme todo. É esse o seu problema, Will. Você é fraco, indeciso, inconstante. Você nunca toma iniciativa. Eu chamei você para sair pela primeira vez.

–Você foi apressada, mas eu estava pronto pra fazer isso - Ele estava irritado.

–Mas não o fez! De novo esperou que chegasse de bandeja em suas mãos. Você não faz nada por si só, a não ser se autor-prejudicar - Olhei para o seu estado de novo - Tome um banho e se ajeite, sua mãe precisa de você. Ela está aqui há muito tempo, e precisa de alguém para ampara-la. Ela merece uma explicação, Will. - Ele ficou sem fala e apenas me encarando.

Peguei minha bolsa na cadeira e saí pelo corredor.

–Diga a Tessa que eu ligo para saber de Jane. - Mas nem sequer o fitei.

Saí andando devagar, e mais uma vez, ele não saiu correndo atrás de mim falando que me ama.

Talvez ele não me ame mesmo.

Talvez eu o tenha perdido.

Talvez ele nunca tenha sido meu.

Talvez.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Não adianta pedir a opinião de vocês, vocês não falam :(
Boa semana,
Tchau.



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