I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 36
I will never let you down.


Notas iniciais do capítulo

Hello little nuggets! Yesss estou viva! Mil perdões pela demora, mas é muito difícil conciliar colégio, vestibular, fic, prova, vida pessoal blablabla e acabei não tendo tempo. Na verdade, teve uns dois dias que eu podia sim escrever o cap, mas não tive inspiração, e só gosto de postar quando acho que o capitulo ficou bom. Well, como voces estão? Ansiosos com o vestibular? Eu to a mil! Hahaha Conversem comigo pelos comentarios. Capitulo passado foi polemico, galera tá com raiva da Anna. Já no de hoje eu fiz uma coisa diferente, foquei a amizade mesmo, que é uma das coisas que mais importam na nossa vida e com certeza voce tem algum amigo que sabe que vai fazer de tudo pra te ajudar. E a Lilá e o Leo são assim. Espero que curtam o capitulo! Não esqueçam de comentar! Boa leitura!
PS: ALGUÉM ESTÁ ACOMPANHANDO THE X FACTOR UK? SE SIM, COMENTEM PARA QUEM ESTÁ INDO A TORCIDA DE VOCÊS. EU AMO THE XF.
PS2: O QUE VOCÊS CURTEM? MUSICALMENTE FALANDO. ACEITO SUGESTÕES DE MUSICAS.



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–Você tá terminando comigo?

–Eu só to tornando o seu trabalho mais fácil.

–Leo..

–Seja feliz.

Entrei em meu carro, mas antes dei uma olhada nela pela última vez. Ela estava com a maquiagem borrada, os cabelos ao vento e a roupa esvoaçante. E pensar que a horas atrás eu pensava que tinha tudo, estava pronto para ficar aqui com minha mãe, e ela. Ela era parte da minha decisão. Agora não sei mais o que quero.

Já Anna, ela não estava desolada, e sim aliviada.

Quem queria estar em coma agora era eu.

(...)

P.O.V Lilá

–Hey, eu sei que você tá ouvindo todos esses recados, tá bom? Vê se me atende, poxa. Leo, eu to preocupada com você. Você não dá nenhum sinal de vida. Eu já mandei uns oitenta mil recados, caramba. Se você não me responder eu vou ficar sem falar com você pra sempre. Você vai ficar com remorso de não ter me respondido, quando você estiver casando eu não vou estar lá e você vai lembrar, nossa deveria ter respondido a Lilá, pior, no batizado do seu filho eu também não vou estar, e você vai pensar, nossa, quem eu vou convidar pra ser madrinha do Leo jr. se eu não respondi a Lilá e ela não fala mais comigo, como sou trouxa. E é isso, Leo. Eu não to brincando. Tchau.

Eu pensei que nunca fosse ve-lo desse jeito, sem ser o típico Leo animado e engraçado. Ele havia se distanciado nos últimos dias e percebi que estava na fossa. Assim como eu. Pessoas como nós são extremistas, não conseguem equilibrar as coisas. Quando amamos, amamos. Quando estamos tristes, estamos na fossa. É 8 ou 80. Não podia deixar ele ficar desse jeito, ele sempre me deu a maior força e me arrastou para fora do meu mundinho particular da solidão pós termino de relacionamento. Era meu dever como amiga fazer o mesmo. Apesar de que eu não sabia muita coisa sobre o que realmente tinha acontecido, e por isso ele deveria me atender. Para desabafar - e para que eu ficasse a par da situação.

Peguei o telefone mais uma vez.

–Olha, eu tava brincando ta bom. Eu não vou te deixar, só que, não me deixa também. Leo, você é meu único amigo. Por favor, não me abandona agora. Eu preciso de voce. - Havia sinceridade na minha voz.

Larguei o celular na cama e me joguei, estava ficando desanimada. Senti alguma coisa vibrando e de repente A Sky Full Of Stars do Coldplay começou a tocar.

–Vem pra cá - Sua voz estava rouca.

–Eu sempre acreditei no meu poder de convencimento - Ouvi sua risada - To indo.

Coloquei minha Ugg cinza e peguei meu casaco preto de lá. O outono tinha chegado de forma arrebatadora. Jill não estava em casa, o que não era novidade, e o carro estava com ela. Notei que minha bicicleta vermelha com cestinha ainda, estava encostada na parede. Ela ainda estava com as rodinhas. A casa de Leo não era tão longe assim, eu poderia ir com ela.

Não preciso dizer que me senti uma criança de 11 anos de novo. Quando cheguei na frente da casa dele apertei na buzina para chama-lo. Ele abriu a porta de casa com cara de sono e totalmente descabelado. Usava apenas uma bermuda. Mas estava sorrindo.

–Se te fiz sorrir valeu a pena pagar esse mico - Estacionei a bicicleta e fui até ele - Olha, você realmente passou muito tempo em casa. Tá um pouco frio, você não acha?

–Se você se sente intimidada com meu tanquinho é só falar - E sorriu de canto.

–Percebe-se como você já esta melhorando com a minha presença aqui, babaca - O empurrei e entrei.

–Vamos lá no meu quarto, eu liguei o aquecedor - Falou subindo as escadas.

–Quero que saiba que não sou o tipo de garota que aceita esse tipo de convite.

–Como se você já não tivesse estado lá - Gritou do segundo andar.

–Idiota - Sussurrei o acompanhando - Meu Deus! - O quarto dele estava uma porcaria - O que você fez aqui? Isso ainda é um quarto ou virou um lixão?

A cama estava revirada, mostrando que ele não vem arrumando há algum tempo. O chão coberto por roupas e resto de comida. Tinha uma pizza em cima do teclado do notebook dele. As cortinas estavam um pouco abertas, e haviam muitos papeis amassados no chão.

–Muito engraçada você - Falou se jogando na cama. - Aliás, adorei seus recados. Você só foi um pouco psicopata nos últimos dez, mas tudo bem.

–O que você queria que eu fizesse? Deixasse de tentar? - O encarei.

–Obrigado por se importar - Ele sorriu fraco.

–É claro que eu me importo, você é meu amigo Leo. Meu único amigo - Fitei o chão.

–Você sabe que não é verdade - Ele me jogou uma almofada - Já eu não posso falar o mesmo.

–Por que diz isso? - O olhei confusa.

E então ele me contou tudo.

–Eu sabia que não tinha sido você, isso é uma coisa tão baixa e infantil, nem sequer passou pela minha cabeça você envolvido. Já os seus amigos do basquete, me desculpe, mas eles nunca foram com a cara de Will. Desde a época que nós.. ahn.. estavamos juntos, eles ficavam de implicância. Eu não vou muito com a cara deles pra ser sincera, me desculpe - Olhei para ele, que agora sorria - Mas voltando, você acha que o Fred está envolvido?

–Prefiro não tirar conclusões precipitadas.

–Como assim? Ele ainda não falou com você?

–Não - Falou pegando seu celular.

–Isso tá estranho.

–Exato.

–E o que você vai fazer sobre o grande jogo - Ele começou a rir - O que foi? Tenho cara de palhaça por acaso?

–”Grande jogo”. Parece que eu vou ter que dar minha vida se perder.

–Vai ter que dar a vida pra ganhar - Me aproximei dele - Leo, vai estar cheio de olheiros lá. Não só o cara da UCLA, mas de outras faculdades. Você é a estrela do time, se jogar bem como sempre joga, vai conseguir bolsas em muitas universidades. E com as suas notas, meu Deus, você pode sonhar com a Brown, até mesmo Princeton!

–Você acha que eu consigo Princeton? - Os olhos dele brilhavam.

–Mas é claro que sim! Leo, por favor! - Eu estava animada por ele.

–É isso que eu espero em um relacionamento, que a pessoa torça por mim. - Ele fitou o nada.

–Você me contou tudo sobre o incidente com o carro do vocesabequem, mas não sobre você e Anna.

–E o que tem para ser dito? - Ele me encarou - Nada.

–O que aconteceu?

–Nada. Não aconteceu nada. Esse é o problema, Lilá. Eu quase implorei pra que ela falasse que sentia alguma coisa por mim quando eu estava indo embora, mas ela não fez nada. Nada. - Ele socou a parede - Eu fui um idiota achando que ela podia esquecer aquele babaca do Will, mas não, ela sempre vai pensar naquele otário. E ele sempre cercando ela como uma raposa pronta para dar o bote. Pelo amor de Deus.

–Chega! Você não precisa falar assim dele, tá legal? - Eu já estava ficando irritada.

–E eu vou falar como? Ele faz um monte de besteiras, mas sempre é o cara legal, só porque tem aquela cara de mauricinho metido a besta. Agora ele fez merda, e agora tá tudo vindo a tona. O verdadeiro Will tá dando as caras.

–Cala a boca, Leo! - Eu me levantei e peguei minha bolsa do chão - Eu to indo embora.

–Desculpa, desculpa - Ele segurou minha mão e me abraçou - Eu não queria ter falado essas coisas, tá bom? Eu sei que também é difícil pra você, perdão.

Eu não consegui conter algumas lágrimas. Malditos hormônios. Me soltei dele.

–Tudo bem, Leo. Eu sei que você tá de cabeça quente, mas é que..

–Você ainda ama ele. Eu sei, não precisa repetir que dói menos - Ele sorriu fraco.

–Eu acho que essa é a nossa sina, sabia? - Me joguei na cama - Quer dizer, a gente é tão legal, mas tá sempre no buraco. Gostando sempre das pessoas erradas. Amando quem não ama a gente de volta, esperando coisas que os outros não podem nos dar.

–Talvez você esteja certa - Ele se deitou ao meu lado - Mas o que podemos fazer?

–Ir embora daqui.

–E isso vai ajudar?

–Eu não sei, eu nunca saí daqui -Ele me encarou.

–Nem eu.

–Talvez seja esse o nosso problema, as mesmas pessoas, a mesma cidade, as mesmas coisas. Eu to cansada disso.

–E o que você quer? - O cabelo dele estava caindo em seus olhos.

–Fugir.

–E porque não o faz?

Fiquei em silencio.

–Medo. - Soltei o ar - De ficar sozinha, como me senti quando meus pais morreram. - Uma lágrima escorreu em minha bochecha.

–Mas você não está, e nem nunca vai estar. Eles estão sempre com você.

–Assim como seu pai. - Sorri pra ele - E você? Vai pra Princeton?

–Eu não sei, é complicado. Tem minha mãe, e tem..

–Anna. Eu sei.

–É - Ele balançou a cabeça - Você deixaria Will?

–Sim. Se fosse pra amá-lo a distancia sem ter que ajuntar todos os cacos do meu coração toda vez que o vejo, sim, eu o deixaria.

–Quando você soube que amava ele? - Me encarou.

–Quando você soube que amava Anna? - Devolvi a pergunta.

–Eu não sei.. eu só sabia. Eu percebi que não podia perde-la sem ter tido ao menos a chance de falar o que sentia, e que meu mundo não faria sentido sem ela.

–Exatamente isso.

–Sabe, quando você terminou com o Will eu não entendi direito o que você fez. Você deixou o caminho livre pra que ele fosse até a Anna. Você saiu do caminho deles. Mas agora eu sei que o que você fez foi uma prova de amor. Você abriu mão da sua felicidade para que ele fosse atrás da felicidade dele.

–E você não fez o mesmo? - Ele assentiu com a cabeça devagar - Você é um cara maravilhoso, Leo. E eu não esperaria outra coisa de você. - Ele sorriu.

–A gente podia namorar, né? - Ele pegou em minha mão - Você é legal, eu sou legal, pronto.

–Idiota - Larguei minha mão e bati em seu ombro. Ele sentou na cama.

–Você acha que vai demorar muito pra eles se acertarem?

–Eu não sei. Talvez sim, talvez não - Dei de ombros.

–Ótima resposta - Falou fazendo um positivo com as mãos.

–Cala a boca, que eu sei que você adorou minha visita tá.

–Um pouquinho só, mas preferia uma stripper.

–Leo! - Joguei uma almofada nele - Você não presta.

–Pelo menos posso contar para aqueles pirralhos do primeiro ano que já levei Lilá Grant pra cama - Ele gargalhou e devolveu a almofada.

–Você é impossível - Sorri fitando a pizza no notebook - Eu nunca vou te deixar na mão.

–Tell me baby what we're gonna do - Ele começou a cantar fazendo caretas para o espelho.

–I'll make it easy, got a lot to do - O acompanhei.

Watch the sun alight, coming true

Open the window, let it shine on you

Cause I've been sick and working all week

And I've been doing just fine

You've been tired of watching me

We've got to have a good time, boy

You can take it all these faces

Never keeping it real

I know exactly how you feel

When you say you've had enough

And you might just give it up

Oh, oh I will never let you down

When you feeling low on love

I'll be what you dreaming of

Oh, oh I will never let you down– Ele fez um beatbox improvisado.

Terminamos rindo um da cara do outro.

–Não é o teu celular? - Falou.

De novo A Sky Full Of Stars tocando. Não conseguir atender, o número desligou antes.

Era da casa de Will. Senhora Harries.

Alguma coisa tinha acontecido, eu podia sentir.

Sentei na cama e encarei o celular.

–Tá tudo bem? - Leo se aproximou.

–Eu tenho quase certeza que não.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram??
O que será que aconteceu?? Comentem.
Uma ótima semana,
Mil Beijos!
Ju



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