I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 3
This is too much.


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyy! Muito obrigada pelo reviews, eu ameeei!
Para quem favoritou, meu muito obrigadaa!
E as novas leitoras, sejam suuper bem vindas!
Um feliz dia das mães para as mães de vocês!
Espero que gostem desse capitulo, eu ameeeei escreve-lo.
Boa leitura, e leiam as notas finais!



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P.O.V Anna

Eu estava paralisada.

Não sabia o que dizer.

Eu chorava, ou gritava? Não é todo dia que você acorda e descobre que perdeu os últimos quatro anos e meio da sua vida.

–Filha, os medicos falaram que é normal você se sentir assim, confusa. – meu pai se aproximou da cama.

–Anna, há quase duas semanas você vem apresentando uma melhora. Eles falaram que não demoraria muito para você acordar - Mamãe sorriu - Para quem esperou mais de quatro anos, algumas semanas não seriam problema. – ela afagou minha mão.

–Nós tínhamos certeza de que você acordaria. – Meu pai sorriu fitando minha mãe.

Já eu continuava sem saber o que fazer, o que estava me matando.

–Anna, acho que você não me conhece – O médico se aproximou – Eu sou Richard Foss, e tenho acompanhado seu caso desde que você chegou aqui, há quase quatro anos e meio.

QUATRO ANOS E MEIO.

–É uma enorme satisfação pessoal, e profissional, ver você acordando. – Ele sorriu e dando tapinhas nas costas do meu pai. Eles pareciam amigos.

–Espera – Falei calmamente – Como eu cheguei aqui? O que aconteceu? Ai.. – Minha cabeça começou a doer.

–Sua cabeça está doendo? – Assenti – Isso é completamente normal. Descanse um pouco, você passou por muita coisa.

–Me desculpa, Dr. Richard, mas o senhor acha mesmo que eu quero dormir? Eu acho que já dormi tempo suficiente. – Meus pais riram, que saudade da risada deles.

Mas eu estava irritada, poxa.

–Anna, que bom que você já está se recuperando. Você pode sentir algumas dores de cabeça, pode ficar tonta, e ter dificuldade de se mover. Quando quiser sair da cama para ir ao banheiro, comer, beber, aperte o botão verde que uma enfermeira vem te auxiliar.

–Eu estou nessa cama há quatro anos? – Minha ficha não caiu ainda.

–Sim, querida. – Meus pais falaram juntos.

–Eu tenho dezessete anos?

–Não, Anna. Falta quase um mês para o seu aniversário.

–O meu cabelo está tão comprido. – Falei passando a mão em meus cachos loiros.

–Eles queriam cortar, mas sua mãe não deixou. - Papai respondeu triste, como se essa lembrança não o deixasse bem –Você parecia uma princesa dormindo aí – falou com lagrimas nos olhos.

Eu fiquei em silencio por alguns instantes.

Observei o quarto branco com nuances verde claro, e aquelas pessoas ao meu redor, – as mais importantes da minha vida – e eles me olhavam como se esperassem alguma coisa. Mas eu não tinha o que dar, muito menos o que dizer.

Comecei a chorar, não podia ser verdade.

–Filha.. - minha mãe se aproximou.

–Não, por favor. - Falei me afastando.

–Eu sinto muito, Anna. – Dr. Richard injetou alguma coisa em meu braço. Mas o que? Comecei a me sentir drogue. Queria que meus olhos ficassem abertos, mas eles não me obedeciam.

Acabei perdendo a batalha.

Sonhei que estava deitada em uma cama, e todos ao meu redor estavam envelhecendo. Eles não me reconheciam. Saí da cama correndo, e cai no chão.

Acordei depois de um tempo, e senti minha garganta arranhar. Abri os olhos calmamente, mas estava tudo embaçado. Vi uma sombra no quarto.

–Água, por favor. – falei rouca.

–Aqui. – a pessoa me estendeu o copo.

Tomei a água como se não houvesse o amanhã.

Pisquei algumas vezes e comecei a ver melhor. Percebi que estava em um hospital, e lembrei de tudo o que havia acontecido algum tempo atrás.

O médico agora estava de costas.

–Obrigada. – falei entregando o copo.

–De nada, Bela Adormecida. – Eu reparei naqueles olhos que me pareceram familiares.

–Ryan? É você? – ele sorriu me abraçando.

–Que bom que você acordou, Anna. – ele assim como minha mãe, estava me esmagando – Morri de saudades de você, e da sua flauta. – Apenas ri encarando aquele garoto de cabelos cacheados, agora não tão grandes como antigamente.

–Essa flauta estúpida, acho que nem sei mais tocar – ele riu – Ryan, você aqui? Como assim?

–Pois é, estudante de medicina, pode isso? – falou mostrando, vulgo exibindo - o jaleco branco.

–Eu não consigo acreditar nisso. - sorri surpresa.

–Pode acreditar, eu te vi babando ai muitas vezes. – Só ele mesmo pra achar graça disso tudo e me fazer rir.

Estava rindo com ele, quando de repente alguém abriu a porta em um estrondo.

–Anna! – Aquela era minha irmã? Ela correu até onde eu estava e me abraçou. – Eu não estou acreditando, parece um sonho.

–Chloe?! Eu senti tanto a sua falta – Falei a abraçando de volta.

Ela me largou se afastando um pouco, quando finalmente pareceu notar a presença de Ryan. Ela ficou corada na hora.

–Chloe, há quanto tempo. – Ryan falou um pouco transtornado.

–É verdade. – Eles se abraçaram tímidos.

Que clima é esse? Eles eram tão amigos.

Assim que se largaram, ficaram se encarando por um tempo, como se estivessem se conhecendo pela primeira vez. Vi no olhar de minha irmã o que ela estava sentindo. Eu até desconfiava que ela gostasse de Ryan naquela época, mas agora tenho certeza. Chloe gosta do Cachinhos. Eles pareceram notar meu sorriso e se separaram.

–Eu vou deixar vocês duas conversarem - ele pegou a bandeja – Foi bom te ver Chloe. – sorriu, e saiu de lá.

–Hum, o Ryan tá bonito né?

–Cala a boca! – ela riu – Olha só, você acabou de acordar e já está me incomodando.

–Você está tão bonita Chloe – Ela estava radiante. Usava uma jaqueta de couro e jeans que combinavam com os cabelos médios ondulados e bagunçados. Diferente da Chloe que eu me lembrava, toda certinha usando um rabo de cavalo e suéter.

–Eu digo o mesmo, você está tão crescida.

Nem pensei em minha aparência.

–Eu ainda não me vi no espelho.

–Isso não será problema. – falou mexendo na bolsa – Você sabe que receberá muitas visitas, não sabe? Bem, a sua sorte é que eu cheguei agora, e ainda não fui para casa. Acho que tenho base e um rimel por aqui. – Agora sim um pouco da velha Chloe.

–Você sabe que a mamãe não gosta que eu use maquiagem.

–Você não tem mais treze anos, Anna. – ela se aproximou colocando o espelho em minha frente.

Meus olhos estavam muito azuis, e percebi que eu nem me lembrava da cor deles. Meu cabelo loiro estava comprido, e meu rosto estava livre das espinhas.

Eu estava mais velha.

–Você esta linda, mas pode ficar mais bonita ainda. – Chloe falou pegando suas “armas”.

Em alguns minutos ela me deixou pronta. Me olhei no espelho, e vi que continuava natural.

–Obrigada, irmã.

–Eu morri de saudades de você, pirralha. – me abraçou.

Escutei batidas na porta.

–Com licença – Era Ryan novamente – Tem algumas pessoas aqui que querem te ver.

Ele abriu aporta, e então eles entraram, meus melhores amigos.

Elizabeth estava diferente, muito mais bonita do que eu me lembrava. Ela usava um vestido vermelho e o cabelo estava com um corte da moda. Estava igualzinha as garotas que a gente via nas revistas e queríamos ser.

Ela sorriu para mim, e limpando as lagrimas veio me abraçar.

Soluçando, e sem dizer nada, ela me soltou.

Então eu o vi.

Ele.

Will estava mais bonito do que nunca, e meu coração começou a pular tão rapidamente, que eu não sabia se estava feliz, ou com dor. Ele sorriu para mim, e me abraçou forte.

–Senti sua falta, Anna. – Sua voz estava grossa.

–Eu morri de saudades de vocês dois, e eu estou tão feliz por vocês não terem se matado ainda.

Eles riram fraco, e então eu vi algo que me deixou paralisada - exatamente da maneira que fiquei hoje pela manhã.

Eles estavam de mãos dadas.

Isso significa que estão juntos?

Minha melhor amiga e o garoto por quem sou apaixonada desde a terceira série.

Eu não devo ter acordado ainda.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram??
Quero reviews, hein?
Omg! E agora, o que a Anna vai fazer? Como ela vai lidar com isso tudo?
Voces não acham a Chloe e o Ryan fofos? Awwn!
Tem capitulo novo na minha outra fic, deem uma olhadinha!
Uma boa semana,
Bjks,
Ju.