I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 26
Time has brought your heart to me.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiee! Desculpem o atraso! Semana agitada, não consegui escrever nada. Infelizmente as próximas semanas serão assim, então, me perdoem. Eu amei os comentários do capitulo passado, muito obrigada ♥ Tentei fazer a Anna contar o lado dela da história sem voltar uns 500 capitulos atrás hahaha Acho que assim ficará mais fácil! Ai, esse clima de romance.. seria uma pena se eu estragasse ele hauahauahs Não me abandonem, mas o próximo capitulo vai demorar um pouco! Tem alguma sugestão? Música? Sei lá, mas comenta! To passando por um drama pessoal, affs, odeio brigar.Sem mais, boa leitura!DIGAM BOA SORTE (VOU ENTRAR EM SEMANA DE PROVAS)



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(...)

P.O.V Anna

–Anna? - A voz da Dr.Green me fez voltar a realidade - Pode entrar - Disse sorrindo e abrindo a porta do consultório.

Larguei a revista que estava em minhas mãos, mesmo sem ter lido nem uma pagina. E fui até ela.

–Então, como esta a minha paciente preferida? - Ela me deu um abraço caloroso.

–É complicado - Falei a encarando. Ela fez sinal para que eu me sentasse.

–Primeiramente, meus parabéns. Olhei sua ficha e vi que seu aniversário foi esse final de semana - Ela sorriu - E ai? Muita festa para comemorar seu primeiro aniversário em casa pós-saída de hospital?

–É, foi bem animado. - Falei lembrando dos acontecimentos. Bem animado.

–Tudo bem, pode começar. O que aconteceu? - Ela colocou os óculos e pegou o bloquinho.

–É que, sei lá, sabe. Eu passei tanto tempo fora do ar que não sei mais como lidar com meus sentimentos. -Falei sincera.

–Pode continuar - Disse me incentivando.

–Eu não posso negar que lembro de muitas coisas que aconteceram antes do acidente, mas eu era uma menina. Agora parece que tudo mudou, e as coisas nunca vão voltar a ser como eram antes.

–Esse é o preço que se paga quando se amadurece.

–Mas eu não quero amadurecer e não quero que as pessoas me olhem como se eu fosse um bebe. Eu cresci, eu sei, mas eu perdi boa parte disso em uma cama de hospital. Eu preciso de um tempo.

–Tudo bem, querida. Todos queremos uma pausa, mas a vida continua. - Eu fitei o chão - Tem mais alguma coisa que você quer dizer? Você sabe que desabafar vai te fazer melhorar.

–Eu nunca fui uma pessoa muito fácil, confesso. Eu sou teimosa, orgulhosa, ciumenta, mas nunca pensei que isso fosse me atrapalhar tanto. Eu tirei conclusões precipitadas e acabei fazendo besteira - Ela me encarou pedindo que eu prosseguisse - eu não tenho a mesma confiança que tinha, mas também, eu passei tanto tempo hibernando - Eu ri, mas ela me repreendeu.

–Isso não é desculpa, Anna. A partir do momento que você saiu desse hospital, você não é mais uma paciente. Você é uma garota saudável demais para viver a sombra do rotulo de "garota que ficou em coma por quatro anos". Anna, eu estou aqui para te escutar e não para te julgar. Pode continuar, querida. - As palavras dela martelaram em minha cabeça.

–Tudo começou quando eu percebi que gostava do Leo. Ele é o cara mais marrento do mundo, mas também é o mais gentil e doce. Tudo que ele me disse, desde que eu sai do hospital me fez melhorar. Ele me deixou feliz, ele me deixa feliz - Não conseguia esconder o brilho em meus olhos, e o sorriso em minha boca era involuntário.

–E que problema isso tem?

–Pois é. Só que de uns tempos pra cá ele ficava muito com a Lilá e por mais que eu tentasse, isso me incomodava.

–Porque? Você não acredita nos sentimentos dele?

–Pelo contrário, eu acredito sim. Eu só não acredito nos meus. O motivo de eu ter ficado tão irritada é porque tenho um certo receio de que ela faça o que fez com o Will.

–O que ela fez?

–Ela o tirou de mim. Só que, ele nunca foi meu, mas isso me afeta. Por isso acho que gosto dele também, porque nossa história foi cortada sem nem ao menos ter começado, e eu culpo Lilá por isso. Eu sei que não devia, mas não consigo controlar. Só que ficou pior.

"Flashback On"

Eu tinha ligado para Leo, porque nós estávamos muito afastados nos últimos dias e eu sentia falta dele.

–Leo, você vai fazer alguma coisa agora? Eu pensei em dar uma volta pela quadra, tomar um sorvete, sei lá. O que acha?

–Eu não vou poder, tenho que ajudar minha mãe com algumas coisas

– Falou rápido.

–Leooo - Escutei uma voz, e já sabia de quem era.

–Ah, tudo bem - Falei decepcionada.

A voz era de Lilá.

Tudo bem, decidi correr um pouco para livrar meus pensamentos. Eu estava com muita raiva, tanto deles quanto de mim mesma. Mas foi pior. Quando estava na quadra dele, parei ao ver alguns movimentos na janela. Logo em seguida Leo abriu a porta e se despediu de Lilá com um abraço.

Eu já sabia, só não esperava que ela fosse ser tão rápida e ele tão galinha.

*Flashback off*

–Então eles estão juntos?

–Eles estavam naquele dia, mas não do jeito que eu pensei.

*Flashback on*

Meu aniversário estava sendo horrível. Meus pais falaram que tinham compromisso marcado, e que iriamos celebrar no dia seguinte. Não queria ser chata e estragar, já não basta todos os anos deles perdidos em volta de um vegetal (vulgo meu corpo).

Estava deitada em meu quarto lendo um livro, para ver se fugir da realidade me ajudava um pouco, quando escutei pedrinhas da janela.

Fui até lá e vi que era Leo. Ele estava sorrindo, e por um segundo não posso negar, meu coração deu um pulo de dentro do peito.

–O que foi?

–Desce.

–Não, eu já disse que eu não posso.. - Já pela manhã tinha dispensado ele. Odeio mentiras, mas ele estava fazendo o mesmo.

–É mentira, agora vamos. To te esperando. - Maldito. Como ele sabe?

–Leo, eu não vou. - Falei impondo minha vontade.

–Não me faça ter que subir ai e te levar a força. Qual é, Anna. O melhor aniversário, não lembra?

Ele fez uma carinha de cachorrinho pidão e eu não resisti. Me arrumei em um instante e desci.

–Você tá linda. - Falou assim que eu abri a porta.

–Obrigada - Sorri. Esse garoto é muito galanteador.

–Vamos - Ele estendeu a mão.

–Para onde vai me levar? - Falei enquanto ele me guiava.

–É surpresa, mas antes tenho que passar em casa.

Assim que chegamos em frente a casa dele, o episódio anterior ficou martelando em minha cabeça. Eu queria a verdade, depois tudo seria pior.

–Não dá, Leo. Eu não consigo..

–É rapidinho, Anna - Falou abrindo a porta.

Era agora ou nunca.

–Quando é que você ia me falar que está com a Lilá? -Falei rápida ao mesmo tempo que ele abria a porta.

–Surpresa! - Gritos me fizeram arregalar os olhos.

A casa estava cheia de gente e assim como eu, ele ficou estático.

*Flashback off*

–Então ele fez uma festa surpresa pra você? -Perguntou encantada.

–Sim - Falei sorrindo - E então eu descobri a verdade.

"Flashback on"

Graças a Deus os convidados vieram até onde eu estava para me dar os parabéns. Todo mundo estava lá, até os meus pais.

Depois de muitos cumprimentos e curtir a banda -que por sinal era ótima- fui até a mesa de bebidas, minha garganta estava seca.

–Anna, precisamos conversar - Era Leo.

Me virei bruscamente e consegui encara-lo. Assenti com a cabeça e o segui, em silencio.

–De onde foi que você tirou essa história? Eu e Lilá juntos? - Ele estava perplexo.

–Eu vi ela saindo daqui depois que eu te liguei e você disse que estava com a sua mãe - Agora tudo fazia sentido, eu estava me sentindo uma idiota.

–Nós estávamos preparando isso, preparando sua festa - Ele me encarou.

–Eu interpretei errado - Falei deixando meu orgulho de lado - É que vocês ficaram bastante tempo juntos essa semana ai eu pensei..

–Você ficou com ciumes - Ele abriu um sorriso.

–Não - Falei mentindo. Detalhe, sou uma péssima mentirosa.

–Você mente muito mal - Ele se aproximou.

–E você muito bem, eu não imaginava isso tudo - Olhei em volta e escutei o som vindo da casa.

–Anna, não tem porque você pensar isso. Você sabe que pra mim só existe você - Ele se aproximou - Eu ainda não dei meu presente - Ele sentou ao meu lado e me entregou uma caixinha prata.

–É lindo - Falei encarando um colar com pingente de ampulheta.

–Anna - Ele falou firme - Eu treinei isso a semana inteira, mas parece que agora toda minha coragem desapareceu. Eu morri todos os dias esperando você, Anna. Por favor, não tenha medo. Não precisa ter medo. Eu te amei por muitos anos e te amarei por mais mil. O tempo foi muito importante, e a cada ano que se passava eu te amava mais e mais. Esse colar - Ele pegou em minhas mãos - É um simbolo. Mesmo que se passe muito tempo, meu sentimento nunca vai mudar. E eu vou esperar o tempo que for até você ser minha por completo. Eu te amo, Anna. Você aceita namorar comigo? -Ele me encarou, os olhos brilhando e esperando uma resposta.

–Leo, eu.. - Eu estava sem palavras. - Eu estou sem palavras. Tudo isso foi lindo, foi a coisa mais linda que alguém já fez por mim. Suas palavras, nossa - Eu não conseguia parar de sorrir. -Mas eu não posso - Larguei as mãos dele - Eu preciso de um tempo.

Não parecia certo, eu não conseguia.

Para minha surpresa, ele não ficou surpreso. Ele apenas foi ao meu encontro e sussurrou em meu ouvido.

–Eu falei que vou esperar o tempo que for, e não estou mentindo - E me beijou.

Faíscas nos rodeavam e parecia que eu estava flutuando. Eu estava muito feliz, era uma felicidade desconhecida.

–Eu vou te esperar pra sempre - Disse e voltou para casa.

*Flashback off*

–Nossa, Anna. Voces jovens, hein? -Ela riu - Só não entendi o porque de você pedir um tempo. Por que você não aceitou?

–É que, parece errado. Eu não tenho certeza se amo o Leo, e ficar com ele parece que estou enganando ele. Criando expectativas falsas.

–Meu amor, eu vou te dar um conselho como amiga e não como psicologa. Ninguém nasce sabendo tudo. Arrisque, se jogue, sinta! De alguma forma seu corpo sabe quem você quer, ou você não percebeu esse sorriso toda vez que fala dele? O problema é a sua cabeça que só está atrapalhando agora. Eu sei que ela está a mil, mas pede pra ela se desligar um pouco. Você tem que sentir, vá pelo coração. - As palavras dela estavam me encorajando, e alguma coisa dentro de mim estava pulsando.

–Você tem razão, Dra.Green.

–Então tá esperando o que? O tempo de vocês, é o agora.

–Obrigada - Agradeci ela e saí correndo.

Peguei um táxi e pedi para ele correr, isso não podia esperar mais.

Nós já esperamos tempo o bastante.

Cheguei até a casa de Leo, e notei que tudo estava fechado. Resolvi usar a mesma tática que ele, jogar pedrinhas na janela. Na terceira tentativa, um Leo todo descabelado e com cara de sono apareceu na janela.

–Desce - Gritei alto demais. Mas e daí? Eu estava empolgada.

Assim que ele abriu a porta, veio calmamente até onde eu estava.

–Leo, você é a pessoa que eu mais odeio no mundo - Ele me encarou estático - Mas a que eu mais gosto também. Será que você ainda quer namorar comigo?

Ele não precisou falar mais nada. Apenas o sorriso que brotou em seus lábios me fizeram tremer.

Nada precisou ser dito, eu apenas fiz o que tinha que fazer.

Corri para seus braços.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?Proximo capitulo recheado de emoções!Muito obrigada!Uma ótima semana,Mil Beijos,Ju ♥