-O que você e esta baranga desnutrida estão fazendo com os meus sabonetes de purpurina importados?

-Ih, Strify, não enche! Estamos discutindo a relação – falou Romeo meio bêbado.

-Pois vão discutir esta merda na puta que pariu porque meus sabonetes são sagrados!

- Vamos logo antes que a purpurina fique roxa!

-Pra sua informação, é lilás e tá na moda!

A recepcionista olha Strify assustada. Romeo nem liga pros comentários, o importante pra ele é evitar a ira do Strify. Já a nossa querida diva se preocupava com os benditos sabonetes. Yu e Shin riam da cena. Kiro imitava Strify toda vez que o amigo ficava de costas para ele, fazendo Shin e Yu gargalharem mais ainda.

-Ai, céus! Onde raios eu deixei meu calmante? – perguntava Strify para si.

-Talvez na puta que pariu – sugeriu Romeo.

Por sorte, Strify não ouviu. Romeo se mandou o mais rápido que pôde. Yu foi tentar acalmar Strify (desculpa esfarrapada pra deixar Kiro e Shin sozinhos). No banheiro, Strify acariciava seus preciosos sabonetes até que Yu aparece.

-Você está bem?

-Deprimido.

-Aff, Qual é Strify! Você já tem purpurina demais, não precisa deles.

-Mas aquela purpurina não era pra mim. Era pra enfeitar o meu quarto!

-Strify toma vergonha na cara, limpa este rosto de choro que não te pertence e vamos comprar outros.

-Não quero! – falou birrento.

-Strify – Yu deu uma pausa e fez uma cara de sem vergonha- Então que tal a gente tratar daquele assunto?

-Que assunto – pulou Strify jogando os sabonetes pelo banheiro.

-Você não queria agendar um momento particular comigo?

-Já volto – Strify saiu desesperado do banheiro, bateu a porta e correu para seu quarto. No quarto, ele abriu um lado do guarda roupa que deveria estar vazio, já que ele trouxe pouca roupa. Tratou de desamarrar o barbante que prendia Santo Antônio de cabeça pra baixo em um cabide. Depois de dar uns beijos no santo, ele o coloca na cabeceira da cama e corre pro banheiro onde Yu o esperava.

Kiro e Shin foram pegos de surpresa por Strify. Shin desprendeu Kiro da parede e fingiu que estava apenas mostrando um golpe de judô. Strify, no entanto, nem ligou e saiu saltitante para o banheiro.

Na sala, dois seres vivos tentavam procriar enquanto no banheiro, duas criaturas do mesmo sexo se comiam na banheira. E a briga começou de novo. Quem ficaria por cima? Strify argumentava que ficar por baixo dava câimbra em suas delicadas coxas. Yu dizia que a câimbra era só impressão dele. E não se entendiam.

Sabendo que Kiro da parede não passaria, Shin prendeu o baixista contra a parede. O baterista passava as mãos pelo corpo de Kiro, enquanto o via se contorcer de desejo. Como era mais  baixo, Kiro ficava na altura dos seios  de Shin que por sinal, não tinham nada de pequenos.