You're Not Alone escrita por Maremaid


Capítulo 46
Azar & Sorte


Notas iniciais do capítulo

Waazzaaa! Tudo bem Marinators? Eu tô bem!

Ok, quero pedir desculpas por não ter postado na quarta. (Sinto muito mesmo). Mas realmente não deu. Só para vocês terem uma ideia, eu só terminei de escrever esse capítulo hoje. Ultimamente estou muito ocupada com a faculdade e para ajudar minha criatividade resolveu dar uma voltinha.

Bom, como eu disse nas notas finais do capítulo anterior... vocês vão saber o que aconteceu com a Vic Bitch, quer dizer a Victoria rsrs.

O capítulo é pelo ponto de vista da Victoria (Sorry, mas foi necessário. Haha) e da Emma (Primeiro POV dela. #WooHoo).

* Vou responder os comentários do capítulo anterior durante essa semana.

P.S: Passei dos 400 comentários! Muito obrigada a todos! #Emocionada

Acho que é isso, boa leitura e nos vemos nas notas finais :3



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[2 meses depois...]

VICTORIA ON:


– Srta. Ross, você sabe que não pode usar celular aqui - disse a Sra.Lewis, a monitora do internato onde estou estudando.

– Tá bom - respondi rapidamente guardando o celular. Fiz língua para ela e a xinguei mentalmente quando já estava de costas para mim.





A minha vida virou um inferno, literalmente. Faz quase dois meses que estou estudando aqui, quer dizer... Morando. Longe da civilização, sem televisão, sem dinheiro, sem roupas de grife, sem nada. O internato fica no meio do nada, a cidade mais perto fica a quilômetros de distancia. Como eu vim parar aqui? Fácil! Tudo culpa da garota que eu mais odeio nessa vida: Kimberly Knight. Tudo começou quando aquela vadia me desmascarou e me bateu naquele dia. Fiquei com o olho roxo por uma semana por causa dela. Sobre Lola? Bom, só posso dizer que ela desgraçada teve o que mereceu por ter me traído. Isso mesmo, eu fiz ela ser demitida da cafeteria, ahh... Ela era uma péssima garçonete na minha opinião.

Eu evitei ir na aula nessa semana e disse ao diretor Smith que estava doente, ele acreditou... burro. Enfim, fiquei basicamente trancada no meu quarto durante esse dias, meu pai estava viajando e não saberia de nada, pelo menos foi o que eu pensei...




~Flashback On~

– Droga! - exclamei na frente do espelho. Por mais maquiagem que eu colocasse, ainda era visível as marcas do soco que eu havia levado no domingo. - Porcaria!

– Victoria? - escutou alguém me chamando. Antes que eu possa dizer algo, a porta se abre e vejo meu pai pelo reflexo do espelho. Mas que droga! Era para ele só voltar depois de amanhã, o que ele ta fazendo em casa justo agora? Abaixei minha cabeça para que ele não visse meu rosto.


– Oi pai - disse com a voz mais firme que consegui.

– Precisamos conversar - ele disse. Eu não precisava olhar para ele para saber que estava bravo com alguma coisa.

– Agora não posso - respondi sem levantar a cabeça.

– Pode sim! - ele exclamou - E que diabos você está fazendo nessa posição?

– Ahh... Procurando minha lente de contato - respondi. Ok, confesso, eu uso lente. Era isso ou usar um óculos. Mas ninguém sabe disso, então... shhhh.

– Esquece essa lente! Eu quero falar sobre as suas contas. Estamos na metade do mês e você já estourou o limite do seu cartão de crédito. - ele disse. Não respondi e passei a mão sobre a penteadeira como se estivesse mesmo procurando as lentes. - Victoria Marie Ross!


Opa, me chamou pelo nome todo... Ele está bravo mesmo. Joguei o cabelo para o lado, tentando esconder meu olho machucado e levantei um pouco a cabeça.

– O que foi? - disse tentando soar distraída.

– Olha para mim quando falo com você, essa não foi a educação que eu te dei - meu pai diz e sinto uma mão no meu braço. Ele me gira fazendo ficar de frente para ele, evito olhar em seus olhos. - O que há de errado com você afinal?


– Ahh, nada - dei de ombros.

– Não minta para mim, o que está acontecendo? - ele pergunta, como não respondo ele toca meu rosto fazendo olhar para ele - O que houve com o seu olho?

– Eu tropecei no escuro e bati na quina da escrivaninha - menti

– Eu não caio nessa - ele disse sério - Não vai me dizer que arranjou briga na escola novamente?

– Claro que não! - respondi. Eu só briguei na escola uma vez e fui parar na detenção, culpa de quem mesmo? A vadia do cabelo rosa né.

– Você não me dizer onde arrumou esse olho roxo? - ele perguntou. Não respondi - Ok, então... Faz do jeito que você quiser, mas haverá consequências, só estou avisando. Está mais do que na hora de você aprender uma lição - ele soltou meu braço e caminhou até a porta.

– Pai, o que você quer dizer com isso? - perguntei. Ele parou e olhou para trás.

– Chega de mordomia. Acabou dinheiro, festas, tardes inteiras no shopping... Tudo. A partir de agora você vai entrar na linha. Eu cansei de você esconder as coisas de mim, sei que não sou um pai muito presente, eu faço o que posso desde que sua mãe morreu. Tentei te educar da melhor forma possível, mas pelo jeito eu não consegui. Então não tenho outra escolha a não ser te colocar em um lugar onde você terá que dá valor as coisas.

– Que lugar?

– Um internato - ele responde e sai do quarto fechando a porta com força.

~Flashback Off~~


Foi assim que eu vim parar aqui. Meu pai disse que já estava pensando em me colocar em um colégio interno a muito tempo, mas mudou de ideia pois pensou que daria conta de cuidar de mim. Mas então sua empresa cresceu muito e ele começou a passar semanas viajando a negócios. Eu realmente odeio esse lugar, dá para acreditar que não tem internet aqui? Os computadores são usados apenas para fazer trabalhos de aula e todas as redes sociais estão bloqueadas, só podemos usá-las para fazer pesquisas. Sinal de telefone? Muito raro de se achar, apenas em algumas áreas do jardim e o sinal é bem fraco. Televisão? Nem pensar. Usar minha próprias roupas? Não, tem uniforme (Que para falar a verdade é horrível. Um camisa branca e um vestido xadrez medonho, argh!). Acessórios e maquiagem? Não, proibido por poder ferir outra aluna (Como assim?). Minha colega de quarto? Uma garota queridinha demais que não para de sorrir por um segundo. (Já tive vontade de asfixiar ela com um travesseiro durante a noite, pois é) Ahh, garotos? Claro que não! Internato só para garotas. (Eca!). Resumindo, o inferno é aqui. Que tal brincarmos de “Quem é a pessoa mais azarada da face da Terra?”. Ah, espera... Sou eu, porque estou nesse lugar!

Mas meu pai não pode me trancar aqui para sempre, o colégio só aceita alunas em fase escolar e estou no último ano, então... Logo, logo eu sairei daqui. E quando eu sair daqui, não quero voltar para a minha cidade, não quero rever aquelas falsas que se diziam minha amigas, não quero nunca mais ver Kimberly Knight, eu só quero... Recomeçar. Recomeçar em um lugar bem longe disso tudo, talvez eu vire uma pessoa melhor, ou talvez não...

EMMA ON:

Estamos em novembro, nossa o tempo passou rápido! Parece que foi ontem que eu entrei em um escola nova, que conheci a Kim... Minha vida mudou bastante esse ano, eu fiz amigos, pessoas que se importam comigo. Não sou mais considerada “A garota estranha” (P.S: Eu odiava ser chamada assim), e isso é ótimo. Agora, estou andando por uma rua qualquer da cidade, apenas pegando um atalho para onde realmente vou. Avisto na próxima esquina uma loja de música, realmente estou pensando em abandonar a guitarra e comprar um violão. Atravesso a rua e dou uma olhada na vitrine, há um violão quase preto. Eu preciso tocá-lo! Entro na loja e me admiro com o espaço e com a imensidade de instrumentos musicais, eu nunca tinha vindo nessa loja antes. Paro na frente da vitrine, e admiro novamente o violão que havia visto antes.


– Posso ajudá-la? - Alguém pergunta. Olho para trás e me deparo com ele - Ah, hey Emma!

– Oi James - respondo. O que ele esta fazendo aqui? Olho para sua roupa e então percebo que ele usa uma camisa gola pólo com o símbolo da loja e um crachá com o seu nome. Kim comentou que ele trabalhava com algo relacionado a música, mas não sabia que era justo nessa loja.


– Então, ficou interessada em algo? - ele pergunta. Por um momento esqueço como se fala. Droga Emma! Fala de uma vez!

– Ahh, no violão da vitrine - respondo sem jeito.

– O preto? - James aponta para o violão. Faço que sim com a cabeça - Vou pegar para você, só um instante.

– Aham - falo. Ele dá um sorriso e vai até o balcão, logo depois volta com um molho de chaves e abre o vidro da vitrine, pega o violão e me entrega - Obrigada.

– De nada - ele diz dando um sorriso de lado. Caramba, tem como ele ser só um poucinho menos perfeito? Espera... O que foi que eu disse?

– Não sabia que você tocava violão - ele diz depois de que eu sentei em um bancinho e arrisquei algumas notas.

– Na verdade, não sei muito - respondo. Ele me olha confuso, então trato de explicar - Eu fiz aulas de violão quando era... Criança. Mas logo depois eu larguei porque me interessei mais pela guitarra. Fazia tempo que eu não tocava em um violão, tipo... Muito tempo.

– Pelo jeito você ainda leva jeito - ele disse. Sorri, mesmo não concordando com isso.


Eu realmente quero comprar esse violão, mas... Estamos na metade do mês e eu ainda não recebi minha mesada. Lado negativo de não trabalhar: você depende do seus pais para tudo. Eu queria arrumar um emprego, ter o meu próprio dinheiro, mas meus pais falam que sou nova demais e preciso me focar nos estudos. Não vejo a hora de fazer 18 anos e me formar! (Ai ai, pena que ainda falta dois anos para esse sonho acontecer).



– E aí, vai levar? - James pergunta me tirando dos meus pensamentos.

– Hmm... - digo. Como eu vou dizer que não tenho dinheiro, pior.. Que ainda recebo mesada? Ele vai achar que sou uma pirralha preguiçosa que não quer trabalhar, bom... Se ele já não pensar isso. - Na verdade, estou sem dinheiro no momento


– Entendo, metade de mês é complicado mesmo. - ele diz como se tivesse lendo meus pensamentos - Mas posso reservar, se você quiser.

– Sério? - pergunto. Ele faz que sim - Oh, isso seria incrível.

– Mas você tem até o final do mês para pegar, ok? - ele fala e eu concordo. Depois me pede o violão, entrego e James faz sinal que o siga até o balcão. Ele olha o código que está na plaquinha do violão e começa a preencher uma ficha no computador. - Você teve sorte, esse modelo é edição limitada e só temos mais 1 na loja além do seu.

– Que bom - respondo. Eu realmente nunca tive sorte, nem para ganhar 5 dólares naquelas raspadinhas premiadas que vendem nas ruas. Parece que o azar finalmente me deixou. Será?

– Qual o seu sobrenome? - James pergunta

– O que? - digo. Por que ele quer saber meu sobrenome afinal? Eu hein.

– Seu sobrenome, preciso colocar na ficha - ele explica. Ahh, claro! Como eu sou idiota - Srta...?

– Davis - respondo

– Emma Davis - ele cantarola - Bonito nome para uma bela garota.

– Obrigada, você também é bonito - digo. Ele me olha surpreso. Ai caramba! - Digo, seu nome também é bonito.. Diamond.

– É porque eu brilho “Like diamonds in the sky” - ele fala convencido.

– Haha, claro - respondo rindo. Ele digitou mais alguma coisa e pega um cupom fiscal.

– Prontinho, é só trazer esse papel no dia que vir pegar o violão - ele diz sorrindo - Mas alguma coisa?

– Não, era só isso mesmo - respondo pegando o cupom. Nossos dedos se tocam, puxo a mão rápido - Ahh, preciso ir.

– Ok. Aparece outras vezes aqui para ver a loja com mais calma. E se quiser comprar algo, pode me procurar, é que eu recebo comissão pelas vendas - ele diz.

– Com certeza eu apareço - respondo - Tchau

– Tchau Em - ele diz com um sorriso. Sorrio de volta e dou meia volta para ir embora e.... - Emma?

– Sim? - pergunto olhando por cima do ombro.

– Bom ver você - ele diz

– Você também Jay - sorriu e saiu da loja. Nessa hora meu celular apita... Opa, mensagem! Pego o celular no bolso, toco na tela e leio:

“E aí, já pegou as coisas para o B.D.K?”

Droga, eu esqueci! Eu estava indo pegar as coisas quando eu vi a loja de música e resolvi entrar. Acabei demorando lá e nem me toquei. Cliquei em responder e escrevi:

“Não, estou indo lá agora”

Então enviei a mensagem. Olhei a hora, quase 6 da tarde, depois guardei o celular novamente no bolso. E me apressei para fazer as coisas antes que todas as lojas fechassem.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam? A vida da Victoria não está nada boa né? Haha. Ahh, e fiquem tranquilos... ela não vai mais aparecer na história.

E o POV da Emma, gostaram? E sobre o James ter aparecido? Ah... e sobre a mensagem que ela recebeu, quem mandou e o que significa B.D.K? Tudo isso e muito mais no próximo capítulo u.u (Ok, isso pareceu propaganda de novela mexicana hauahua).

Não sei se vou conseguir postar na quarta, porque ainda não sei bem o que escrever no próximo capítulo. É mais provável que eu poste só no domingo.

P.S: Eu não gostei muito desse capítulo. Ficou fraco ;/

Deixem comentários! õ/

Bjooos :*