The Iron Girl escrita por Kayotic


Capítulo 22
Capítulo 22 - The Happy Ending Never Comes


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo!! T.T
Escrevi o capítulo inteirinho ouvindo essa música: http://www.youtube.com/watch?v=Y7VGOnV2QhU e, dessa vez, ela tem sim a ver com o que eu escrevi, então... boa leitura! Leiam as notinhas finais! Ouçam a música!



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Christine POV

Um ponto de luz brilhando em meio à escuridão. Naquele suave tom de azul que eu conheço tão bem. Isso era tudo o que eu podia ver. Forcei minha visão, tentando enxergar algo a mais, mas a escuridão era tão pesada e densa que eu quase podia tocá-la. Comecei a caminhar em direção ao ponto de luz, sentindo minhas pernas pesadas como chumbo. A cada passo, os movimentos tornavam-se mais difíceis, mas a luz parecia tão próxima, tão ao meu alcance, que não me permiti parar. Andei até um ponto em que a luz estava tão próxima que me cegava. Estendi os braços na tentativa de tocá-la, mas, quando senti que meus dedos estavam quase a tocando, escorreguei e caí em cima de um líquido quente e pegajoso.

E então, como se alguém houvesse acendido um holofote sobre mim, consegui ter uma noção do que se tratava. E era sangue, em seu mais vivo tom de vermelho, manchando minhas roupas e minhas mãos. Tentei ficar de pé, mas algo parecia impedir meu corpo de realizar qualquer movimento. Abri meus lábios, tentando gritar por socorro, mas deles não saiu som algum. Eu quase podia sentir o sangue pulsando em meio ao meu pânico. Tão subitamente quanto o primeiro, mais dois holofotes surgiram, mostrando dois corpos imóveis e sem vida pendurados pelas mãos. Os mesmos rostos pálidos que visitam todos os meus pesadelos. A essa altura, as lágrimas já escorriam por meu rosto descontroladamente. Era tudo o que eu podia fazer: chorar. Mas, diferentemente de todas as vezes em que essa mesma cena se repetiu em minha mente, um deles levantou o rosto branco como mármore, os olhos sem vida encontrando-se com os meus. A paralisia inexplicável já não me incomodava mais, porque eu estava paralisada de medo.

– Christine... – uma voz seca e rouca, tão diferente da voz cheia de vida que meu pai costumava ter, chamou meu nome. Então completou, em tom acusatório: – O que você se tornou?

***************

Abri os olhos e uma forte luz branca me cegou. Pisquei algumas vezes, tentando acostumar meus olhos àquela claridade, e, aos poucos, consegui voltar a enxergar, embora apenas os borrões que eu sempre via quando estava sem óculos. Estava em um cômodo pequeno, com paredes muito brancas que faziam meus olhos doerem, assim como todo meu corpo doía. Tentei me sentar, mas um par de mãos me impediu, gentilmente me empurrando de volta à minha posição original. Então o rosto tão conhecido surgiu em minha visão, exibindo um sorriso radiante.

– Você acordou! – ela gritou, cheia de animação. – Chris, você acordou!

Forcei um sorriso mínimo e ela me abraçou tão apertado que eu não pude evitar que um gemido de dor escapasse dos meus lábios.

– Por quanto tempo eu dormi? – Me surpreendi com a voz fraca e falhada que saiu dos meus lábios, o que só comprovava o estado deplorável em que eu me encontrava.

– Uns três dias. Os médicos acharam melhor manter você dopada, porque você estava muito machucada, e eles tinham que cuidar dos seus ferimentos, e isso ia doer muito. Mas eu não concordei, porque eu sei que você aguenta, você já aguentou coisa muito pior, e, além disso...

Parei de prestar atenção no que ela estava falando. Coisa muito pior. De repente a frase ecoou novamente na minha cabeça, me fazendo estremecer. "O que você se tornou?". Eu não sei ao certo a resposta pra essa pergunta. Talvez nunca, de fato, descubra. Mas sei que, pelo modo como ele disse aquelas palavras, não foi algo bom. Na realidade, acho que não foi nem satisfatório.

– Chris? – Claire me chamou, estralando os dedos em frente ao meu rosto. – Você tá bem?

– Sim, eu só...

– Já sei – ela me interrompeu antes que eu pudesse concluir a frase. – Aposto que tava pensando no Stark – um meio-sorriso brincalhão surgiu em seus lábios.

– Eu não estava... – mais uma vez, ela me interrompeu.

– Ele tava aqui até agora... mas aí você começou a gritar e se debater um pouco, provavelmente tendo outro daqueles pesadelos... e então ele simplesmente se levantou e saiu.

– Como está Pepper? – perguntei, antes que ela desatasse a falar novamente.

– Ela está bem... só meio abalada com tudo o que aconteceu. Aliás, eu também estou... quando vi o seu estado... – ela suspirou pesadamente e sentou-se na poltrona ao lado da minha cama.

– Eu estou bem... não se preocupe – tentei sorrir, na tentativa de mostrar que estava bem e acalmá-la.

Alguém bateu na porta, e Claire foi abri-la, soltando um "oh!" ao ver quem era e saindo do quarto antes que a pessoa pudesse entrar. Era Tony. Ele entrou em silêncio e se sentou no mesmo lugar em que Claire estava. Parecia muito preocupado, a ponto de nem sequer me olhar nos olhos.

– Me disseram que você tinha acordado – ele disse, simplesmente, e um sorriso se abriu no canto de seus lábios. – Achei que aquilo era demais pra uma bonequinha de porcelana frágil e inofensiva como você aguentar.

– Ah, por favor, Stark... não me venha com suas piadinhas – revirei os olhos e ele riu. – Soube que a Pepper tá meio... abalada.

– Meio? – ele riu sem humor algum, me olhando nos olhos pela primeira vez desde que entrou. – Ela está praticamente enlouquecendo.

– Oh, céus... – suspirei pesadamente. – Como pode acontecer tanta coisa ruim em tão pouco tempo?

– Bem-vinda à vida de um herói, baixinha.

– Tony... e o Killian?

– Sumiu. Não o encontrei em lugar algum, ele simplesmente desapareceu do mapa.

– Como assim, sumiu? Ele tem que estar em algum lugar!

– E ele está, mas eu não sei onde.

– Nós precisamos encontrá-lo!

"Nós" não precisamos fazer nada. Eu vou encontrá-lo, você vai descansar e se recuperar.

– Mas...

– Sem mas. Você precisa sossegar se quiser sair daí inteira... ou quase – ele riu.

– Tony, eu sou perfeitamente capaz de...

– Sem discussão. – Ele abriu um sorriso típico de um Stark e eu soube o que ele iria dizer antes mesmo das palavras saírem de seus lábios. – Eu ainda sou seu chefe.

Não pude evitar que um sorriso se formasse em meus lábios. Mas, apesar de ter quase morrido, de acabar eu um hospital completamente acabada, não me arrependo de nada do que fiz. Se pudesse, teria feito tudo novamente. Porque valeu a pena. Porque ele valeu a pena.


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Notas finais do capítulo

AAh, que final mais tosco, né? afsdahgsfdadah eu nunca sei como terminar um capítulo normal, que dirá o capítulo final de uma fic.
Bem, eu queria dizer que... Não! Não acabou! A continuação vem aí, negada! Vão pensando nas fichinhas de vocês, enquanto eu vou organizando a capa e coisa e tal. Provavelmente ainda essa semana eu vou postar um preview da nova temporada, pra vocês ficarem mais e mais ansiosos! fdafgshadfahdaf Bem, acho que é isso! Até o preview!