The Iron Girl escrita por Kayotic


Capítulo 19
Capítulo 19 - Not Gonna Die Tonight


Notas iniciais do capítulo

Um milhão... melhor, um trilhão de desculpas pela demora. Meu computador resolveu disputar o prêmio de melhor troll do ano com Rick Riordan. Ele funcionou um dia e depois puff, parou de funcionar de novo. E como a boa vontade da minha mãe é infinita, ela ainda não colocou pra consertar. Eu to atualizando pelo tablet do meu irmão mais novo, que eu roubei pra escrever. Desculpem mais uma vez pela demora, realmente não foi proposital.
Esse capítulo é o maior até agora, espero que vocês gostem dele... não ficou tão bom quanto eu queria, mas o que eu posso fazer, né? Não estava com tanta inspiração pra escrevê-lo. Espero que compense a demora. Mais um trilhão de desculpas. Boa leitura :)



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Christine POV

Assim que Pepper saiu pelo portão, guardei a adaga no cano de minha bota e comecei a fazer meu caminho de volta. Agora, com o grupo já formado, sem aquele alvoroço todo de quando estávamos indo para a saída, foi mais difícil não ser notada pelas pessoas ali. Mas, mesmo sendo mais organizado, o grupo ainda era muito grande, então eu consegui dar meu jeitinho. Me esgueirei até a recepção, escondendo-me onde era possível, calculando cada passo, prestando máxima atenção em tudo.  As feridas provenientes da tortura de Ellen não incomodavam tanto mais, acredito que devido à adrenalina do momento. Algum sangue ainda saía delas, encharcando mais ainda – se é que era possível – minha blusa, mas eu o ignorei também. Tudo o que importava no momento era que Tony estava lá dentro, provavelmente capturado e ferido, possivelmente morto.

Ao chegar à recepção, encontrei o lugar praticamente vazio, o que já era de se esperar.  Alguns funcionários ainda circulavam por lá, mas sem prestar atenção ao que estava acontecendo à sua volta. Passei por lá rapidamente, indo para os corredores brancos que mais pareciam um labirinto. Antes de passar pela primeira curva, peguei a adaga em minha bota, para o caso de alguém estar por ali, vigiando. Fiz a curva lenta e cautelosamente, mas não encontrei ninguém do outro lado, portanto continuei seguindo em frente. Passei por mais dois corredores até começar a ouvir os sons que indicavam que tinha alguém por lá. Assim que virei a esquina, dei de cara com um grupo de cinco homens que conversavam entre si, aparentemente sem se preocupar com a tarefa que lhes foi dada: encontrar Tony. Assim que me viram, dois deles reviraram os olhos simultaneamente e avançaram contra mim, enquanto os outros três apenas observavam com cara de tédio.

Um deles tentou segurar meu braço, mas eu fui mais rápida e segurei o seu com minha mão livre e girei meu corpo, colocando-me atrás dele e segurando firmemente seu braço retorcido, enquanto acertava um chute certeiro no segundo homem, na região do estômago, fazendo-o dobrar-se ao meio com a falta de ar. Bati com força a cabeça do primeiro homem contra a parede, fazendo-o cair no chão desacordado. Foi então que os outros três resolveram se mover e entrar na briga também. Acertei um soco em um deles com a mão que segurava a adaga e o impacto fez seu nariz sangrar. Sorri satisfeita por uma fração de segundo, até quando o que eu havia deixado sem ar – agora recuperado – segurou meus dois braços atrás do meu corpo, me imobilizando da cintura para cima. Um deles, que estava rindo quando eu apareci no corredor, se aproximou de mim para me bater, mas eu apoiei todo meu peso em meus braços e levantei as duas pernas em um chute, acertando bem em seu peito. Ele deu alguns passos para trás com o impacto e eu aproveitei a oportunidade para inclinar rapidamente meu corpo o máximo possível para frente, fazendo com o que segurava meus braços caísse exatamente em cima do outro. Três já foram, agora faltam dois, pensei comigo mesma enquanto andava na direção dos outros dois.

Assim que um deles tentou me atacar, finquei a adaga em seu abdome, da mesma forma que Ellen havia feito comigo há alguns dias atrás, e o derrubei no chão. O que restou ergueu os braços indicando rendição, e eu passei tranquilamente por ele, guardando a adaga novamente no cano da bota. Voltei a andar pelos corredores, até encontrar um grupo bem maior do que o último. Eram, no mínimo, trinta pessoas, e mais delas pareciam estar nos corredores próximos. Eu sabia que não tinha chance alguma contra um grupo tão grande assim sozinha. Soltei minha adaga e levantei as mãos em sinal de rendição. Logo um deles segurou meus braços atrás de minhas costas e me encostou com força na parede, algemando meus pulsos. Eu estava oficialmente capturada.

*****

Estava em uma sala, com os braços e pernas presos por correntes em barras metálicas que impediam qualquer movimento brusco. Tudo estava silencioso até que a porta se abriu e por ela passaram quatro guardas, seguidos por outros dois que carregavam um homem aparentemente desacordado. Prenderam-no do mesmo modo que eu estava presa bem ao meu lado. Nem precisei forçar minha visão para descobrir que o homem era Tony. Assim que o prenderam e os guardas saíram da sala, ele levantou a cabeça e olhou diretamente para mim e ouvi um suspiro sair de seus lábios.

- Eu não mandei você sair daqui com a Pepper? – perguntou em um tom de irritação.

- Não te deixaria para trás, Stark.

- E... onde ela está?

- Segura. Eu consegui tirá-la daqui.

- E por que você não foi com ela, Christine?

- Já disse, eu não te deixaria para trás.

- Eu mandei você ir com ela.

- Temos que conversar sobre isso.

Assim que terminei de falar essa frase, a porta se abriu novamente e Killian entrou, trancando-a ao passar.  Ele se posicionou à nossa frente, a certa distância, e cruzou os braços, sorrindo largamente.

- Então esse é o Stark que você disse que nunca seria capturado e muito menos morto por alguém tão idiota quanto eu, Miller? – ele perguntou em um tom debochado. – Pois veja só vocês dois agora.

- Vai ficar aí enrolando até quando, Killian? Se vai me matar, faça isso. Não adie – respondi, cerrando os dentes.

- Na verdade, não pretendo te matar, minha querida. Você vai me ser útil de outras formas. Te trouxe aqui apenas para ver seu querido Stark morrer diante dos seus olhos.

- E quem aqui falou que eu vou morrer, Killian? – Tony perguntou, abrindo um sorriso debochado.

- Vejamos, Tony. Você está preso, acorrentado, sem sua armadura. Eu tenho tudo o que preciso e estou livre. Quem está em desvantagem?

- E quem falou que a desvantagem não pode ser parte do plano?

Assim que ele disse aquilo eu entendi o que ele pretendia. Mesmo sabendo que era loucura e duvidando um pouco que isso daria certo, eu sorri. Havia subestimado Tony. Ele tinha, sim, um plano para nos tirar dali. Restava saber se funcionaria.

- Killian, já que me trouxe até aqui para ver Tony morrer na minha frente, por que não me devolve meus óculos? Eu não enxergo nada além de borrões à minha volta sem eles.

- Ah, eu providenciei isso, querida – ele sorriu e aproximou-se, colocando os óculos em meu rosto. Agora eu enxergava tudo perfeitamente, inclusive os pequenos machucados no rosto do Stark.

- Muito obrigada, você é bem eficiente. Se a carreira de gênio do mal não der certo, vai se dar muito bem como assistente de alguém tão ridículo quanto você – debochei, rindo da situação.

- Parece que ela andou convivendo demais com você, Stark. Está até pegando seu hábito irritante de fazer piadas nas circunstâncias erradas.

- É um hábito contagiante – ele disse, sorrindo. – Mas qual a necessidade disso, Killian? Qual o seu problema comigo?

- Ah, não esperava que você se lembrasse. Foi há muito tempo, não é? Eu era só mais um cientista insignificante querendo sua ajuda. Uma olhada no meu projeto, uma opinião, era tudo o que eu precisava. Mas você me deixou lá, plantado no telhado, com aquele vento frio e nada mais. Nos primeiros minutos, eu estava contente, cheio de alegria, realmente acreditando que você iria me dar algum tipo de atenção. Depois de algum tempo, minha felicidade diminuira, mas ainda restava a esperança de que você fosse aparecer. Depois de algumas horas, a esperança toda se fora, e o chão parecia convidativo estando tão distante.

Ao relatar aquilo, sua expressão mudou. Ele parecia estar relembrando aquela noite. Os olhos pareciam enxergar além do lugar onde se encontrava, estava perdido em seus pensamentos. Mas logo sua expressão mudou, e ele voltou a olhar para Tony, agora com um certo brilho de fúria nos olhos.

- Mas eu devo te agradecer, Stark. Você me deu uma coisa sem a qual nada disso que você está presenciando hoje seria possível. Você me deu o desespero. Sem esse desespero, não haveria motivação para me fazer continuar. Sem esse desespero eu continuaria sendo insignificante. Esse desespero, Anthony Stark, me permitiu chegar onde estou hoje. Em um lugar superior ao seu.

- Belo discurso, Killian. Eu bateria palmas, mas sabe como é, eu estou acorrentado – ele deu de ombros.

- Você não está em um lugar superior ao dele – corrigi, levantando o rosto na tentativa de me mostrar superior. – Ele luta belo bem das pessoas, protegendo-as. Sua motivação, Killian, é toda essa mágoa que você guardou por todos esses anos por ter sido rejeitado. Você quer provocar uma guerra para provar a si mesmo que é melhor que o homem que te rejeitou, mas não é. Isso te faz mais egoísta e patético do que Tony um dia foi.

- E, sinto te informar, mas eu vou frustrar seus planos de começar uma guerra em alguns segundos – Tony disse, acionando os localizadores em seus braços de modo imperceptível.

Em pouco tempo a armadura estaria aqui e então nós finalmente conseguiríamos sair dessa droga de lugar.


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