Lado A Lado - Novos Rumos escrita por Cíntia


Capítulo 68
Pais e Filhos


Notas iniciais do capítulo

Meninas muito obrigada pelo comentários, eles me animaram bastante. Mas a dedicatória especial vai pra Laura A Vieira que recomendou a minha história. Valeu.
Eu fiquei empolgada e consegui arrumar um tempinho pra escrever esse capítulo.
Ele tem um acontecimento mais marcante, que planejo a muito tempo e espero que gostem e comentem bastante pra me animar a escrever o próximo.



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“-Você não vai voltar pra cá? - Edgar

– Vou ... Vou, mas ... – Laura

Lado a Lado

Por Edgar

As crianças estavam ansiosas para andar a cavalo. Mas por serem pequenos, Pedrinho e Cecília tiveram que aguardar Laura e eu montar antes.

Dois cavalos haviam sido selados pra gente. A ideia era cavalgarmos umas horas pela fazenda. Mas já fazia um tempo que eu não montava, e também nunca tinha sido chegado nisso. Assim não estava muito confiante.

Mas apesar da insegurança, eu fingia coragem. A verdade é que não queria parecer um medroso na frente dos meus filhos e de Laura... Meu ego ficaria seriamente ferido nesse caso. Além do mais, Cecília viria comigo, e tinha que passar segurança. Eu tentava me manter erguido com pose de herói quando Laura se aproximou de mim... Ela parecia tão firme em seu cavalo:

– Não se preocupe, meu amor.. Pedi que nos dessem os cavalos mais mansos– ela sussurrou no meu ouvido e saiu cavalgando resoluta com Pedrinho

Com o tempo, fui me acalmando, me acostumando com o animal. Andávamos por regiões da fazenda que não conhecíamos. Vimos plantações, passeamos por colinas gramadas, e também por áreas arborizadas. Era tudo tão lindo, e em certos pontos a nossa visão tão vasta, o ar tão puro que realmente me sentia fazendo parte da natureza.

E o melhor de tudo era a companhia. A minha mulher, os nossos filhos. Eu me sentia tão conectado com a minha família.

Em certo momento, Pedrinho pediu pra trocar com Cecília. Ele já se segurava em mim quando falou:

– Vamos mais depressa, Edgar.

– Pode ser perigoso. Você pode cair. – eu estava mais a vontade na sela, mas era melhor não arriscar.

– Eu me seguro bem... – ele me olhou confiante – E quis mudar de cavalo, pois a mamãe não queria correr... Você não tá com medo, tá? – ele estava me provocando, eu estava sendo desafiado por meu próprio filho e senti que tinha que responder a altura.

Pedrinho segurou firme em mim e nós cavalgamos em disparada. Andamos um tempo assim, mas o cavalo estava se cansando e diminui o ritmo... Quando terminamos essa aventura, Pedrinho e eu trocávamos olhares de cumplicidade e sorrisos.

Laura e Cecília que tinham ficado pra trás acabaram andando em disparada também e nos alcançaram, quando elas se aproximavam da gente, eu cheguei a escutar a voz de Cecília animada:

– Isso, mãe, não deixa eles passarem na nossa frente!

Os cavalos pareciam cansados, os deixamos beber um pouco de água e os amarramos numa árvore frondosa. Laura e eu também estávamos cansados e nos deitamos na grama debaixo de outra árvore.

Já as crianças continuavam acesas. Tinha uma porção de árvores frutíferas em volta, resolveram subir nelas e colher algumas frutas.

Eu e Laura aproveitamos esse momento. Trocamos uns beijos e abraços, e acabamos deitados aconchegados no outro, curtindo uma preguiça e a paz do lugar. O clima era acolhedor.

Eu ainda estava naquela moleza, de olhos fechados, abraçado a Laura quando Cecília me puxou:

– Chega de namorar, pai. Vem pegar umas mangas pra mim! – ela falou mandona

– Mas aqui tá tão bom, minha princesa... – tentei resistir continuando deitado

– Vem, pai, vem – ela insistiu, puxava o meu braço e eu não consegui negar.

– Eu volto logo, meu amor – beijei Laura no rosto e me levantei.

– Vou ficar esperando – ela disse com um olhar sapeca

Ajudei meus filhos a colherem algumas mangas. E na volta acabei me deparando com algumas florzinhas revolucionárias. Pedi pras crianças pararem, nós pegamos alguns alecrins e fomos até Laura que ficou encantada ao receber flores de nós 3.

Depois começamos a comer as mangas. As crianças ficavam bem lambuzadas, Laura também se sujou um pouco e zombei:

– Eu preciso ensinar a vocês o modo apropriado de se comer uma manga.

– Sem sujar, não tem graça – Laura falou meio ofendida.

– É... não tem graça – Cecília concordou

– Não tem mesmo, Edgar – Pedrinho completou.

– Vamos sujar o papai? Ele vai ver que é mais gostoso assim– Laura sugeriu

Os 3 pularam em cima de mim e me sujaram todo. Nós ríamos bastante e em certo ponto falei:

– Tá, eu desisto... Assim é mais gostoso.

Resolvemos voltar, deixamos os cavalos com o tratador e fomos direto pro barracão ... pro banho.

Ainda estava claro depois, mas não demoraria a anoitecer, Cecília parecia bem cansada, eu e Laura também. Assim Laura propôs que ficássemos lá mesmo. Mas Pedrinho parecia incomodado:

– Eu não quero ficar aqui... Vamos fazer outra coisa ... Já sei ...vamos pescar? Vamos pescar, Cecília?

– Não quero – Cecília falou desanimada, era visível a sua cara de sono.

– E também vai anoitecer logo, meu amor – Laura falou carinhosa.

– Ahh! – ele cruzou os braços e nos olhou emburrado

– Pedrinho, eu vou com você ... se quiser – falei direto

– Com o Edgar pode, mãe? – ele parecia mais animado

– Claro que sim. Ele é o seu pai! – Laura respondeu

Antes de ir, Laura ainda falou baixo pra mim:

– É bom você ir com ele... Agora a gente só tem que tomar cuidado pra não mimar o Pedrinho demais – ela riu, eu a beijei e saí com nosso filho.

Nós chegamos à beira do rio, e Pedrinho, todo animado, começou a preparar a vara e procurar iscas. Ele veio com um pote cheio de minhocas, e em pouco tempo jogou o anzol na água, ficando quieto. Eu olhava pra ele encantado e ele disse:

– Você não vai pescar, Edgar?

– Eu não sei pescar.

– Não? – parecia surpreso

– Não. Mas adoro comer peixes – ri

– Não tem graça pescar sozinho – ele comentou tirando seu anzol da água

– Não precisa parar por minha causa, filho.

– Eu vou parar um pouco, só pra arrumar a outra vara! Vem cá!

Ele arrumou a vara de pescar com o mesmo cuidado, e pediu que o observasse pra aprender. Depois eu joguei o anzol na água seguindo as instruções dele, e ele alertou que eu devia ficar quieto pra não assustar os peixes. Era isso mesmo, meu filho estava me ensinando a pescar.

Após um tempo, Pedrinho fisgou um peixe. E eu via o brilho em seus olhos. Ele estava bem alegre. Também consegui pegar um, um bem pequeno, é verdade. Mas me emocionei com Pedrinho por isso. Ele até me parabenizou, mesmo comparando o meu com o dele. Afirmando que o peixe dele era bem maior, o que era verdade.

Continuamos a nossa pescaria, e ficamos quietos ao lado do outro. Mas percebi que Pedrinho esbarrava em mim. Já era noite e ele acabou adormecendo. Com cuidado, e algum malabarismo, o pequei no colo, catei as nossas coisas, os peixes, e voltei pro barracão.

Os dias seguintes continuaram cheios de paz, atividades divertidas, aproximações com Laura e nossos filhos. As crianças já se acostumavam em ver Laura e eu juntos, com o fato de dormimos no mesmo quarto e até mesmo que era bom manter certa distância do quarto quando estávamos trancados nele.

Eu me sentia ainda mais próximo de Cecília. E principalmente de Pedrinho, percebia que eu e ele começávamos a agir como pai e filho de verdade. E isso era um sonho. Laura e eu também estávamos mais próximos. Agíamos como um casal e como os pais deles. A sensação de família nunca estivera tão presente. Realmente era um sonho maravilhoso.

Então chegou o dia da nossa partida. Deixei aquela fazenda com saudade, e até um pouco de tristeza. Acredito que Laura e as crianças também. Aqueles dias tinham sido divinos, celestiais. A realização de vários sonhos meus, desejos que ansiava há tanto tempo. Eu não me lembrava de ter passado dias tão felizes como aqueles.

Mas tinha a esperança de que era apenas o começo e mais momentos e dias como aqueles viriam. A partir daquele ponto, a nossa vida seria sempre assim.

Chegamos ao Rio no fim da tarde de um domingo, Laura concordou em ir pra minha casa. Ela e as crianças dormiriam lá. Eu ainda queria resolver uma pendência com Pedrinho e fiz esse pedido a ela. Também... A ideia de todos naquela casa, que era nossa, aumentava a minha sensação de família.

Cecília queria dormir na outra casa por causa da saudade que sentia da sua cachorrinha. Mas eu, pra contentá-la, acabei dando uma passadinha lá e trazendo Sherazade.

Tinha dado folga a Matilde durante os dias que ficaria fora, e por isso Laura se propôs a preparar o jantar. Eu e a crianças até brincamos um pouco com Laura e suas “habilidades” de cozinheira.

Na verdade, eu aproveitei um momento em que Laura estava na cozinha enquanto Cecília brincava com Sherazade aos seus pés. E chamei Pedrinho.

Subi as escadas com ele, e o levei até seu antigo quarto. Ele olhou o berço e perguntou assombrado:

– Edgar, você vai contar que tem um bebê na barriga da mamãe?

– Não, filho – tive que segurar o riso, Pedrinho era engenhoso, a nossa conversa anterior realmente ficara na sua cabeça – Pelo menos que eu saiba não.

– Então o que você quer falar?

– Esse é o seu antigo quarto, Pedrinho. O quarto que você dormia antes de partir- disse sério e ele ficou atento – Você dormia naquele berço – apontei e continuei – Eu queria te trazer aqui...pra conversar um pouco sobre passado, sobre as coisas que você falou naquele dia que se escondeu – fiquei emocionado

– Eu não vou me esconder mais, Edgar – ele falou desassossegado.

– Não é isso, filho. Eu quero te reafirmar ... que eu te amo, e sempre te amei. Você teve a impressão errada quando era pequeno.

– A mamãe conversou comigo.

– Ela me falou... Entenda que eu queria ficar muito mais tempo com vocês, mas a minha vida era uma confusão... Sua mãe te contou que eu tenho outra filha, não é?

– Melissa...

– Ela é uma menina doente, e eu queria cuidar dela, ela precisava de mim, a mãe dela sempre foi muito atrapalhada. Eu ...

– Você não se casou com a mãe dela, né? Você fez amor com ela, mas não se casou...

– Foi, filho. Lembra o que te falei na fazenda... Que quando duas pessoas se casam, esse amor é abençoado... Só que nem sempre dois adultos só fazem amor quando são casados. Eu achava que amava a mãe da Melissa, e fiz amor com ela, mas depois descobri que não amava realmente. Às vezes, nos enganamos... Tudo aconteceu antes de me casar, de me apaixonar por sua mãe. Só que acabei deixando uma semente na barriga da mãe da Melissa... E mesmo não sendo casado com ela. Melissa é a minha filha, e eu a amo.

– Você ficava muito com ela... Você prometeu que contaria uma história e não contou... E era meu aniversário!

– É só que ... eu pensei que estava fazendo o melhor, que ela precisava mais de mim, pois você estava bem e tem uma mãe maravilhosa. Não percebi que te afetava assim. Mas eu queria e quero muito ficar com você, ser o seu pai, quero que você goste e aja comigo como filho... Eu devia ter cumprido a minha promessa no seu aniversário... Mas era tanta coisa. Se eu pudesse voltaria no tempo e tomaria outras decisões.. A Melissa...

– Não fala mais dessa menina. Não quero falar nela – ele disse alterado

– Pedrinho ... Filho ... Só preciso te explicar mais umas coisas... Vocês dois são crianças e nenhum dos dois tem culpa do que aconteceu. Nós os adultos é que temos. Não quero que tenha raiva dela... Outra coisa, filho, eu te amava, eu te amo e não é menos do que ela... Só achava que devido à situação, ela precisava mais de mim. Me desculpa, não queria que você se sentisse daquele jeito... – eu segurava a emoção

– Tá bom, Edgar – ele parecia abalado e tentava evitar o assunto, eu me aproximei dele, me abaixei e olhei bem seus olhos.

– Durante todos esses anos em que sua mãe e você ficaram longe, nunca deixei de pensar em vocês, pensava em como estavam, qual era a sua aparência, o seu tamanho. Eu tinha uma saudade imensa, e desejava tanto que estivessem comigo. Só não pensei na Cecília, pois nem sabia que existia. Mas em você e sua mãe, eu pensava durante todos os momentos. Nunca deixei de procurá-los e mantive a esperança viva... Esses anos afastados de vocês foram os piores da minha vida. Sendo que os últimos dias na fazenda foram os melhores. Você acredita em mim? – falei já com lágrimas nos olhos

– Acredito – ele também deixava escapulir algumas lágrimas e nos abraçamos

Depois do abraço, enxugamos as lágrimas, tentando disfarçar o nosso choro, quando estava mais recuperado, voltei a falar:

– Esse quarto continua praticamente o mesmo desde que você partiu ...- nós olhamos tudo em volta admirando o cômodo, eu deixar meu olhar parar nos presentes que tinha comprado pra ele – Acho que a única coisa que mudou foram aqueles embrulhos.

– O que tem neles? – Pedrinho perguntou

– Presentes... Todos esses anos eu comprei um presente pra você em seu aniversário. Tentava imaginar o que você gostaria de ganhar... Sabia que um dia voltaria. Você quer abrir?

– Quero.

Pedrinho começou a rasgar os embrulhos, ele sorria e aquela visão me deixava extasiado, há quanto tempo eu sonhava com isso ... Tinha muita vontade de chorar pela emoção e ao mesmo tempo gargalhar pela felicidade.

Eu lhe falava a idade que teria a cada presente. E ele estranhou alguns mais infantis como um cavalinho de madeira com balanço:

– Pedrinho, pense que você seria pequeno, eu comprei de acordo com cada idade – expliquei

– Eu sei – ele disse compreensivo – Acho que ia gostar muito se fosse menor – ele estava abrindo o presente de 6 anos – Uma bola de futebol é legal, mas ela tem mais a cara do Neto.

–Concordo, tanto que até dei outra bola a ele. Mas essa é sua!

Por fim ele abriu o presente dos 7 anos:

– Já esse é a minha cara! –ele olhou admirado pro kit de médico de madeira – Eu vou ser médico quando crescer, pai – ele estava tão encantado com o presente que nem percebia o que tinha acabado de falar, mas eu sim, ele me chamara de pai.

– Pai? – perguntei inebriado, foi tão bom escutar aquela palavra que nem parecia que era verdade.

– Quer dizer ... Edgar!- ele tentou corrigir

– Pedrinho, você me chamou de pai... Me chama de pai, filho... Não sabe o quanto desejei durante todos esses anos que você me chamasse assim – falei radiante

– Tá bom, eu chamo de pai! – ele tentava se fazer de difícil, mas percebi que não fazia aquilo contrariado, ele queria me chamar de pai.

O abracei, e depois começamos a brincar com seus presentes. Desde os mais antigos aos mais recentes. Após um tempo, descemos pra jantar.

Mais tarde, eu e Laura estávamos no quarto abraçados, tínhamos acabado de nos amar. E eu estava exultante com aquela impressão de que tudo estava se ajeitando:

– Você se entendeu com Pedrinho...- ela falou

– Sim, ele me chamou de pai, meu amor! – afirmei contente

– Eu ouvi. Nós estamos conseguindo, Edgar.

– Conseguindo?

– Sim... Resolvendo os nossos problemas. Acho que está na hora de voltar pra cá. – ela comentou naturalmente

– Você tá falando sério? – era tão bom, que estava sendo difícil acreditar.

– Nunca falei tão sério, meu amor. Só quero conversar com as crianças, prepara-las um pouco mais... dar um tempo de se despedirem da outra casa... Ajeitar os quartos daqui. Aí mudaremos! – ela parecia tão sensata

– Laura ... essa é a melhor notícia que eu podia ter ... – mal conseguia falar pela felicidade que sentia

No dia seguinte, me levantei cedo e comecei a andar pela casa ... Já pensava nos preparativos, nas coisas que compraria e ajeitaria pra receber Laura e as crianças na nossa casa! Nossa casa! Eu já podia pensar isso com propriedade!

Laura também não demorou muito a se levantar e veio até a mim. Eu e ela ríamos e fazíamos planos quando escutamos batidas na porta. Era a minha mãe que entrou assustada, além de parecer cansada:

– Aconteceu alguma coisa? – perguntei assombrado

– A Melissa teve uma crise... – eu a interrompi

– Onde ela está?

– No hospital, agora tá tudo bem. Os médicos disseram que vai ser recuperar plenamente...

– Mãe, conta o que aconteceu direito – eu já começa a me acalmar.

– Eu não entendi muito bem. Foi tarde da noite. A Catarina achou que você estava viajando. Parece que ficou apavorada com a crise da Melissa, mas tinha um homem na casa... E ele a socorreu.

– Um homem? Mas eu falei com a Catarina... Ela deveria respeitar a casa enquanto a Melissa estivesse lá. Não era pra levar os seus namorados.

– Mas podia ter sido pior se ele não estivesse lá, Edgar.

– Mãe, eu quero ver a minha filha.

– É claro, ela está nesse hospital– ela me entregou um papel.

Eu estava partindo e olhei Laura, ela estava muda, meio excluída de tudo. Mas tinha escutado a conversa:

– Meu amor, vem comigo – pedi

– Você quer que eu vá? – ela me perguntou

– É claro... – respondi sincero

– D. Margarida, a senhora fica com as crianças? Elas estão dormindo – Laura falou

– É claro, querida! Depois que acordarem, gostaria até de levar meus netos a minha casa.

– É uma ótima ideia – Laura aprovou.

Nós saímos de lá apressados, e eu ainda tentava conter a minha aflição quando cheguei ao hospital e fui até Melissa. Ela estava dormindo tranquila numa maca, enquanto um homem estava sentado ao seu lado, e acariciava seus cabelos.

Não o reconheci. Achei estranho a sua atitude, e apesar de não se vestir como médico, pensei que devia ser um. Quando me aproximei dele, ele se ergueu. E mesmo não o reconhecendo ainda, havia algo em suas características, em seus traços que me pareciam familiares:

– Eu sou Edgar Vieira. – disse apertando a sua mão

– É um prazer conhecê-lo. Eu ...- ele parecia hesitante, e não continuou a falar, também percebi certo sotaque português.

– Sou Laura Vieira – Laura o cumprimentou

– Senhora – ele respondeu o cumprimento com reverência

– O senhor é o médico da Melissa?- perguntei curioso

– Não... Me chamo Filipe de Queiroz Pessoa, sou empresário ... Eu ... eu sou o pai da Melissa!


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Esse capítulo foi cheio de emoções, não? A paz, tranquilidade, Pedrinho chamando Edgar de pai, e o final tenso. Foi uma bomba? O que acharam? Gostaram? Algum medo do que vem a seguir?
Espero que tenham gostado e que comentem muito, recomendem, participem, isso sempre me anima a escrever.