Lado A Lado - Novos Rumos escrita por Cíntia


Capítulo 5
A escolha do nome


Notas iniciais do capítulo

Então meninas, votações encerradas. Votos apurados. Obrigada a todas pelos comentários, eles significaram muito. E a minha história recebeu a sua primeira recomendação. Isso me deixou tão feliz, tanto que escrevi esse capítulo rápido. Assim dedico esse capítulo a todas que comentaram e especialmente a Alezinha que recomendou a minha história



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Por Laura

Edgar e eu havíamos escolhido o nome do nosso filho caso fosse um garoto. E a nossa decisão tinha sido praticamente direta, sem muita discussão, seria Pedro. Mas a escolha de um nome de menina estava sendo complicada:

– Anita! - eu sugeri

– Por que, Anita? - perguntou Edgar estranhando a escolha do nome

– Por causa de Anita Garibaldi.

– É uma boa ideia – Edgar riu- Mas você não acha que é um nome de certa forma estrangeiro?

– Anita era brasileira- falei firme

– Bem … na verdade, ela se chamava Ana Maria – respondeu Edgar – E eu não quero colocar um nome composto. O que você acha de Helena?

– È bonito – respondi pensando, eu gostava daquele nome – Mas não sei, penso na Helena de Machado de Assis e seu final triste. Poderíamos colocar Beatriz e chamá-la de Bia- falei dando mais uma sugestão.

– Beatriz como a musa de Dante Alighieri? - ele me perguntou

– Beatriz significa feliz – argumentei

– Vamos deixar pendente, eu também gosto de Júlia. Significa juventude.- ele sugeria outro

– É bonito, agora também pensei em Rosa.

– O nome de uma flor- ele completou

– Sim – respondi sorrindo

– Nossa filha com um nome de uma flor mesmo que ela seja uma pimentinha como você? - ele debochava um pouco e depois sugeriu outro -E Raquel? Você gosta?

– Sim... Mas Raquel também era a esposa preferida de Jacó, que por algum tempo não pode conceber filhos. Não sei. Acho uma história um tanto machista- respondi – Mas desse jeito a gente não decide, só estamos colocando mais nomes na roda

– E Cecília. Eu gosto bastante desse nome.- era mais um que ele colocava

– Eu também gosto. Mas seria Cecília como a santa padroeira da Música?

A conversa prolongou por mais algum tempo, e nós não chegávamos a uma decisão. Estávamos indecisos entre os 7 nomes. Eram muitas opções.

Cheguei a conversar com Isabel sobre esses nomes. Ela achou engraçado a nossa tarefa “árdua”, a nossa discussão sobre o nome. E até comentamos sobre como ela escolhera o nome para o filho dela.

Segundo ela, Tia Jurema vira nos búzios que seria um menino. Recentemente, ela havia feito as pazes com o pai e decidira que seu filho teria o nome dele, Afonso.

Eu estava pensando se não seria uma boa ideia pedir para Tia Jurema jogar búzios para mim também. Se estivesse esperando um garoto não precisaríamos pensar em nomes de meninas. Mas até que essa brincadeira estava sendo divertida. E eu preferia a surpresa, descobrir só quando meu filho nascesse. Era o natural.

Enquanto isso, nós preparávamos o quarto do bebê. Já tínhamos comprado o berço, roupas, fraldas, panos, brinquedos, baus. Edgar parecia tão animado que ele mesmo levou o berço até o quarto e escolheu o lugar exato que ficaria. O quarto do nosso filho era perto do nosso para que eu pudesse amamentá-lo, e escutá-lo a noite caso chorasse.

Minha mãe e Dona Margarida me faziam visitas constantes. E de certa forma, já babavam pelo neto. Me davam conselhos, me informavam algumas particularidades e traziam diversos presentes. Dona Margarida me deu até mesmo a primeira roupa e manta que Edgar usara quando bebê e que ela havia guardado. Era um macacão branco. Tão pequenininho, eu mal podia esperar para ter o meu filho em meus braços e vê-lo com aquela roupa.

O tempo foi passando e nada de eu e Edgar decidirmos o nome da nossa filha (caso fosse uma menina). Mas uma noite, faltando cerca de uma semana para eu entrar no meu terceiro trimestre, eu estava deitada no peito dele, quando ele falou:

– Sabe, Laura, eu pesquisei sobre Santa Cecília.

– E? - perguntei curiosa

– Sabia que ela não queria se casar. E acabou casando sem vontade. Te lembra alguma coisa?

– Claro – respondi sorridente

– Só que no caso dela, ela dizia que obedecia um chamado de Deus, e convenceu o marido a deixá-la virgem.

– Então como a gente eles não tiveram a noite de núpcias?

– Sim, só que aí a nossa história se difere, né? Já que eles nunca tiveram uma noite juntos. E nós nos apaixonamos, e bem … você sabe, estamos esperando um bebê – ele deu aquele sorriso lindo, eu não aguentei e o beijei

– Então você concorda com Cecília? - ele me perguntou ainda ofegante após o nosso beijo

– Concordo – respondi

– Concorda? - ele ainda confirmava

– Concordo!- falei firme

– Adoro quando você concorda comigo – ele disse satisfeito

E assim ficou decidido, se tivéssemos uma menina, ela se chamaria Cecília.

Passaram alguns dias e enquanto me despia para o banho percebi que havia um pouco de sangue em minhas roupas íntimas. Eu tivera um pequeno sangramento. Fiquei desesperada. Ainda era muito cedo para o meu filho nascer e a possibilidade de perdê-lo veio a minha cabeça. Eu não podia perder o meu bebê. Não podia.

Telefonei para o meu pai e ele veio correndo. Depois de me examinar, me acalmou, dizendo que estava tudo bem comigo e com o bebê. Mas aconselhou descanso, já estava me aproximando do final da minha gravidez e mesmo se não tivesse o sangramento, um pouco de repouso seria bom.

Eu morria de medo de perder Pedro ou Cecília. E fiquei alguns dias praticamente só na cama. Não contei nada a Edgar, não queria deixá-lo assustado como eu. Só Isabel (que estava próxima de ter o seu filho) e meu pai sabiam. Para Edgar e outros justifiquei que estava cansada e me sentindo pesada.

Como não tive mais nenhum sangramento, meu pai pareceu se animar e comentou que eu ainda precisava descansar, mas que não precisaria ficar tanto tempo na cama.

A tarde, no mesmo dia, Matilde me informou que Tia Celinha viera me visitar. Resolvi recebê-la na sala, ela me pareceu estranha, como se estivesse com medo:

– Laura... não sei se estou fazendo o certo. Mas da outra vez que sua mãe me pediu para te levar ao médico, eu senti como se tivesse te traindo. Dessa vez, não farei a mesma coisa.

– Minha mãe está armando mais alguma coisa?- perguntei preocupada

– Não sei exatamente, mas ela e a Carlota esconderam essa carta que estava endereçada ao Edgar. Não a li. E bem … achei melhor trazer para você.

Tia Celinha me entregou uma carta com envelope já aberto. E li o nome do remetente, era de Catarina Ribeiro, ainda bem que estava sentada, pois senti que minhas pernas ficavam fracas enquanto meu coração começou a bater forte em meu peito.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal os problemas chegaram, kkkk.. Para quem estava querendo a entrada da Catarina, olha o primeiro vislumbre dela aí. Kkkk. Para quem queria adiar a entrada, sinto mas não deu para postergar mais kkk. De qualquer forma, espero que tenham gostado. E que comentem para eu escrever o próximo logo kkk. Vocês sabem como os comentários me animam né?
Agora vamos a apuração dos nome. Como vocês viram o escolhido foi Cecília mas disputa foi acirrada. Só o nome Raquel não recebeu nenhum voto:

1-Anita -1
2-Beatriz - 2
3-Cecília - 4
4-Júlia - 3
5-Helena - 2
6-Raquel - 0
7-Rosa 1

Bem, gostaram da ideia de fazer uma votação? Quem sabe mais pro futuro, eu não faça outra. E ahhh, não deixem de comentar.