Lado A Lado - Novos Rumos escrita por Cíntia


Capítulo 48
O Baile


Notas iniciais do capítulo

Gente, vcs não imaginam como fiquei animada com os comentários. Novas pessoas comentaram, além de antigas que comentam com frequência ou com pouca frequência. Isso me deixou tão feliz. Sério mesmo foi uma renovada. Muito obrigada. Vocês pareceram gostar mesmo do capítulo anterior.
Escrevi esse capítulo na maior empolgação... Ele é especial pra mim. Há algum tempo que planejo escrevê-lo. Tanto que até fiz uma coisa nova.
Como é um baile, e normalmente para bailar são necessários dois...Pensei que seria bom esse capítulo ser narrado por dois também.
Espero que gostem e comentem muito... como sempre isso me animará a escrever.



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“Laura, eu nunca odiei você”

Edgar em Lado a Lado

Narrado por Laura e Edgar

Laura:

Respirei fundo antes de entrar naquela mansão. Não sabia o que me aguardava, e tinha que admitir que havia medo em mim... Mas também possuía muita coragem, e o ar me ajudou a recuperá-la, eu tinha que enfrentar a sociedade. Já chegara a hora.

Fui a primeira a entrar e cumprimentei a senhora e o senador Tavares de Melo. Percebi que eles me cumprimentavam a contra-gosto, principalmente ela. Mas como anfitriões não deixaram de responder à minha chegada.

Imaginava o que passava na cabeça deles. Não... Não... Essa mulher aqui... essa que fugiu e traiu o marido com outra mulher, vive com uma mulata.

Depois de mim, apareceu Isabel. Ela os cumprimentou, e também recebeu cumprimentos. Eles cumpriam com a etiqueta. Mas em seus olhares, também percebi que não a desejavam ali... deviam pensar que ela acompanhava a amante. Era uma afronta! Outro escândalo!

E ainda havia mais surpresas os aguardando, e eu continuei prestando atenção a entrada de Lauro:

– Prazer, eu sou Lauro Camargo, filho de Abelardo Camargo. Meu pai me falou muito bem do senhor- ele disse apertando a mão do senador, que estranhou um pouco, mas depois pareceu aceitar

Não podíamos falar o mesmo da sua senhora, enquanto Lauro a cumprimentava, ela o olhava de cima abaixo. Provavelmente pensava que o mundo estaria perdido, pois após a minha entrada e de Isabel, até um mulato entrou se apresentando como filho de um fazendeiro distinto.

Depois disso, me virei pro salão e vi Edgar. Não esperava vê-lo ali. Até parecia que ele me aguardava e meu coração disparou. Seu olhar era doce, e sorria pra mim. Aquilo era bom... já que não imaginava uma atitude assim nessa situação.

Talvez aquele ensaio no teatro tivesse mudado um pouco as coisas. A gente esteve tão próximo, pareceu tão verdadeiro, era com se tivéssemos voltado ao passado. Não era nem pra ensaiar um beijo, apenas as falas. Mas nos beijaríamos se não fôssemos interrompidos.

Eu sorri de volta. Mas ao fazer isso, Edgar fechou o olhar de repente.


Edgar:


Aquele sujeito estava com Laura, não consegui acreditar e me conter. O nervosismo tomou conta de mim. E em vez de ir falar com ela, me afastei. Peguei uma taça e comecei a beber. Era muita raiva dentro de mim.

Aquela raiva por ela não ter me avisado que viria ao baile voltava. Além disso, tinha o fato daquele Lauro estar com ela. O que ele fazia com Laura e Isabel? Sujeito atrevido... Eu devia ir até lá e confrontá-los... Mas o escândalo seria enorme.

Assim me mantinha distante. Mas não deixava de olhar Laura e seus acompanhantes. E minha expressão não era nada amigável.

Depois de um tempo ... Comecei a perceber que os bochichos e olhares atravessados a nossa volta aumentavam. Eles eram direcionados principalmente a Laura. Mas eu também era alvo deles. Chegava a escutar alguns pedaços como Laura... Edgar … Coitado... Não acredito... Ela apareceu... É mesmo verdade.

Eu imaginava que seria assim, e aquilo era só o início.... Mas isso começava a me irritar profundamente. Laura sofria tanta rejeição.


Laura:


Edgar bebia e olhava pra gente de modo assustador... Mas não era só isso que me assustava. Eram os olhares do povo e palavras baixas e maledicentes. Eu já esperava. Aquela sociedade era cheia de intolerância e hipocrisia. Mas ver com meus próprios olhos e sentir na minha própria pele era mais difícil do que pensei.

Entretanto eu, Isabel e Lauro nos mantínhamos firmes e de cabeça erguida. Agíamos como se nada daquilo nos atingisse. Lauro até continuava com seu tom divertido. Não cederíamos a eles.

Celinha e Guerra se aproximaram da gente e nos cumprimentaram. Talvez eles fossem os únicos amigos que nós encontraríamos ali. Eles conversaram um pouco, e depois saíram. Tia Celinha queria ir ao toalete, e Guerra a acompanhou por parte do caminho, já que parou pra falar com Edgar

Eles foram muito corajosos ao conversarem conosco Nós éramos párias. E muitos, mesmo que não acreditassem no Pasquim, teriam medo de se aproximar. De serem vistos em nossa companhia. Mas não eles.

Edgar continuava distante. Eu não imaginava que sua reação seria boa. Mas nunca achei que ele agiria assim...Ele tinha medo de ser visto com a gente? Ou estava apenas com raiva?

Eu podia ir até ele. Tentar conversar, mas isso talvez só piorasse a situação, e fizesse eclodir outro escândalo.

Enquanto Guerra falava com ele, eu comecei a falar com Lauro e Isabel:

– Com esse clima pesado talvez devêssemos espairecer um pouco – Lauro disse sorridente

– O que você propõe? - perguntei

– Beber... Comer ...Quem sabe dançar.

– Eu não estou com o estômago bom agora... - aquele clima tirou meu apetite, a ideia de comer ou beber me dava náuseas – E não acho conveniente, eu dançar com você.

– O Edgar me mataria... - ele sorriu – Acho que não é uma boa ideia mesmo.

– Não, é uma boa ideia sim. Vão vocês dois... dancem- falei me referindo a Lauro e Isabel

– Laura … não vou deixar você sozinha – Isabel argumentou

– Por que? Por causa dessa gente? Eu não tenho medo deles... Eles não vão me atacar e se fizerem isso, sei me defender... Não gostaria que vocês não se divertissem por minha causa.

– Xará … a Isabel tem razão. Não quero … - interrompi Lauro

– Se vocês não forem ficarei aborrecida! - disse firme

– Tá bom – ele estava convencido e fazendo reverência se virou pra Isabel – Senhorita, me concede essa dança?

Ela ainda olhou pra mim e eu sorri a incentivando:

–Será um prazer- ela segurou na mão de Lauro

– Assim espero – ele sorriu

Os dois saíram de mãos dadas e eu ria por ver meus amigos assim. Talvez esse baile os conciliasse.


Edgar:


Guerra se aproximou de mim e começou a falar, a verdade é que enquanto conversava com ele, não desgrudei os olhos de Laura e seu grupo:

– Talvez fosse bom você ir lá e ao menos falar um pouco com Laura – Guerra sugeriu

– Eu não posso ir lá.

– Por que não? Tá com medo de ser visto como corno manso? Dos boatos? - ele perguntou

– Não … Eu nunca teria medo... de mentiras e boatos. Eu não vou lá … pois acabarei brigando com aquele cara - fui sincero

– O Lauro? Ele me pareceu uma ótima pessoa... - ele fez uma pausa e continuou – Edgar, não me diga está com ciúmes?

– Eu não estou com ciúmes...- disse, mas o modo dele me encarar me fez falar a verdade – Tá bom, eu tô. Aquele sujeito fica ciscando em volta de Laura. Ela é a minha mulher!

– Edgar... Você tá cego, não?

– Cego? - estava confuso

– Sim... Cego sim, não tá vendo que ele tá interessado em Isabel e não na Laura?

– A Isabel? - falei olhando-os bem – Será?

– È claro que sim... Olha lá, ele a está tirando pra dançar...

Ele parecia ter razão, e enquanto eu olhava Lauro e Isabel indo pro salão de dança, acabei ouvindo o comentário de um sujeito que me enfureceu:

– Tá vendo aquela mulher lá... Ela é tão gostosa, não?- se referia a Laura - Se eu estivesse em outro lugar, sem a minha família ou tantos conhecidos... a tiraria pra dançar... Ela é fácil, fácil. Dizem que é prostituta, deve ser uma loucura. Tem uma filha bastarda, e mora com outra mulher. Só precisaria gastar um pouco de dinheiro. Talvez nem isso...

Eu me virei pro sujeito e o vi sorrindo com um amigo, assim ambos perceberam quem eu era, e se assustaram. Ele não podia falar assim da minha mulher. Estava prestes a socá-lo, quando Guerra me segurou:

– Não, Edgar -eu ainda me debati, ele me afastou do cara e sussurrou – Você não quer fazer isso. E só vai trazer problemas... Faça aquilo que realmente quer. Laura está sozinha.

Realmente o que eu queria de verdade era outra coisa. Dei as costas pro sujeito e fui em direção a Laura. Enquanto andava, me lembrei do que tinha acontecido no teatro. E fui sendo tomado por novos sentimentos.


Laura:


– Laura … - Edgar sorriu ao falar comigo

– Edgar - contive a minha surpresa e consegui manter a calma, eu via um encanto nos olhos dele, o que me deixou encabulada e satisfeita, há pouco tempo ele me olhava de forma adversa, o que o tinha feito ele mudar assim? Novamente?

– Você está linda - essa declaração mexeu comigo, e me perguntava se ele fazia aquilo pra manter as aparências ou se era verdadeiro, mas algo em seus olhos, em sua expressão me dizia que era verdade.

– Obrigada.

– Dança comigo- ele pediu, até estendeu a mão pra mim, eu queria isso, o clima estava ruim e seria tão bom dançar com ele depois de tanto tempo, mas havia muitas coisas a se pensar, muitas complicações entre a gente.

– Edgar … não sei se seria conveniente

– O que não é conveniente em um homem dançar com sua mulher?- ele perguntou, e tinha alguma razão nesse ponto

– Então vamos – aceitei pois não consegui dizer não aos seus olhos suplicantes.


Edgar:


Laura e eu caminhamos até o salão de dança. Fomos de braços dados, como no tempo em que ainda morávamos juntos. Podiam achar que estávamos agindo por aparência. Mas estavam enganados... Fazíamos porque sentíamos... Mesmo que ela não tivesse colocado em palavras... Eu sentia que ela queria aquilo. Estávamos unidos contra eles.. que podiam não achar … mas nosso amor era verdadeiro.

Começamos a dançar uma valsa. Um pouco acanhados no início. Ainda mais que ao chegarmos, todos os olhares pareceram se virar pra gente, além do som das vozes aumentarem, falavam sobre nós.

Laura estava um pouco incomodada, e com isso era difícil absorver o momento, se concentrar na dança, na gente.

Não era isso que queria... queria que ela se deixasse levar pela música, ela estava em meus braços e queria que se sentisse protegida. Queria dançar de verdade como há muito tempo não fazíamos.

– Laura, esquece os outros... imagine que estamos só nós dois … Só nós - sussurrei em seu ouvido

Ela fechou os olhos por um momento, e respondeu:

– Está bem – ela sorria linda

Sentia sua mão firme na minha, via o seu rosto próximo do meu, não consegui resistir. Precisava de mais contato. Precisava abraçá-la, senti-la ainda mais perto de mim.

Coloquei um braço em sua cintura e aproximei o seu corpo do meu. Eu podia sentir a sua respiração apressada contra a minha. O seu coração disparado contra o meu peitoral, onde também batia um coração igualmente acelerado.

Nós dançávamos naquela pista tão próximos do outro. E as vozes e pessoas a nossa volta pareciam desaparecer... Estávamos cada vez mais imersos na gente.

Eu sentia o seu cheiro delicioso em seu pescoço, o seu corpo pequeno e delicado contra o meu, o seu calor... Vi aqueles lábios vermelhos pedindo para ser beijados:

– Eu te amo – me declarei e ela sorriu

Assim não resisti. Aproximei meus lábios dos dela com cuidado... ela não mostrou nenhuma resistência... ao contrário também aproximava os seus lábios dos meus. E nos beijamos com calma e amor.


Laura:


Eu estava preocupada quando comecei a dançar com Edgar. Eram muitos olhares e comentários sobre a gente.

Mas ele foi gentil, falou de forma doce e calma, segurava a minha mão com leveza. Era tão bom estar próxima dele.

Realmente eu não devia me importar com aquilo. Poderia parecer um escândalo aos outros. Eu e ele ainda estávamos envoltos com muitos problemas. Só que não fazíamos nada de errado ao dançar.

E eu realmente desejava dançar com ele. Me sentir querida. Trocar olhares apaixonados com o homem que amava... Sentir os seus braços em volta de mim. Queria ser feliz ao menos naquele momento.

E me deixei levar, imergi nos seus olhos verdes, em seu sorriso, seus braços. Não existia ninguém além de mim e ele naquele salão. De certa forma, era como se voltássemos ao passado, quando quase não tínhamos problemas.

Edgar e eu fomos nos aproximando cada vez mais... A cada toque, a cada ação dele. Eu me sentia mais entregue, mais feliz. Meu corpo se arrepiava. Minhas pernas bambeavam, mas continuávamos dançando a valsa.

Assim, Edgar disse que me amava. Eu não tinha dúvidas de que aquela dança, o nosso modo de agir, era de verdade, mas se tivesse, aquelas palavras, o seu olhar serviria para lançar essa visão por terra até pros mais desconfiados.

Assim, nos beijamos. Um beijo terno, cheio de amor. Meu peito explodia de sentimentos... desejo … amor.

Mas quando Edgar tentou aprofundar o beijo, acabei pensando na realidade. Estávamos cercados de gente... a maioria hostil. E por mais que fôssemos casados... Aquela sociedade hipócrita poderia ver com maus olhos o nosso ato. Um beijo calmo já daria o que falar, imagina um voraz.

Eu queria tanto continuar, mas consegui afastar o meu rosto, e com as minhas pernas cada vez mais bambas, até tive que ser amparada por Edgar:

– Você está bem? - ele me perguntou preocupado, mas ao mesmo tempo parecia feliz

Olhei todos em volta, nós éramos o centro das atenções, a maioria nos olhavam surpresos, outros chateados, uns com malícia. Isabel e Lauro sorriam.

– Estou... Acho que só preciso de um ar fresco- falei já com as pernas firmes, tentando sair

– Acho que é um ótima ideia - Edgar ofereceu o seu braço pra mim

Não era bem isso que tinha pensado ao falar em ar fresco, mas decidi aceitar. Coloquei o meu braço no dele e rumamos para a área de lazer da mansão.

Edgar:


Laura e eu tínhamos chegados numa área mais isolada do quintal daquela casa. O lugar era um pouco escuro, mas com as luzes da festa ao longe, conseguíamos nos enxergar relativamente bem. Não parecia ter ninguém por perto e havia um banco onde ela se sentou.

Aquele ponto me parecia perfeito pra gente. Talvez tivéssemos ultrapassado um pouco do limite no salão de dança. Agimos a flor da pele por assim dizer. E certa privacidade seria bom para entendermos o que ocorria.

Mas ao olhar pra ela tão linda naquele vestido vermelho, os lábios pedindo um beijo, a respiração um pouco apressada. Não resisti e fui impulsionado a continuar o que tinha começado no salão de dança.

Sentei ao lado de Laura e a beijei com paixão. Ela não resistiu e continuamos nos aprofundando no beijo por um bom tempo.

Era um sonho ... senti-la assim, seus lábios e corpo contra os meus. Um sensação cada vez mais urgente tomava conta de mim. Eu precisa matar aquela vontade, aquela saudade que sentia dela. Mas enquanto a beijava percebia que ela só aumentava.

Chegou um momento que precisamos descolar os nossos lábios, pois parecia faltar ar em nossos pulmões. Nos olhamos ofegantes, e eu sorri pra ela, só que ela disse:

– Edgar, isso não tá certo...- ela queria fugir, mas eu não deixaria

– Claro que tá … O que eu disse no teatro hoje … o que disse no salão de dança … era verdade. Eu te amo … e estou completamente apaixonado por você – puxei a sua cintura pra mim

– Eu sei … Mas e o resto das coisas … E os nossos problemas? O passado... as crianças – ela estava cheia de dúvidas

– Tem muitas coisas, muitos problemas entre a gente ...eu sei... Mas o que realmente importa agora pra mim é você … o que eu sinto e quero de verdade … E eu quero você, Laura. Eu preciso de você!- disse intenso – Você não sente isso? Não quer? - eu precisava saber

– Eu te amo, Edgar. E te quero muito... Mas nós já vivemos situações assim antes ….- ela disse ainda em dúvida, mas apesar disso adquiri certa segurança com a certeza de que ela ainda me amava

– Laura... Esquece um pouco o passado. Vamos viver o agora... se deixa levar … ser feliz- pedi intenso


Laura:


Eu tinha muito medo de reviver as mesmas situações do passado. Eu tinha medo de me entregar a Edgar e colocar tudo a perder novamente. Mas ele tinha razão... eu o amava … eu também precisava dele... me entregar naquele momento me faria tão feliz. Mesmo que não durasse muito. Mas a felicidade estava sendo algo tão raro pra mim nos últimos tempos. Eu precisava daquilo.

Apenas sorri pra ele e não precisei dizer nada. Ele me beijou novamente com vontade. Enquanto sua mão começou a percorrer o meu corpo.

Achei que a distância ainda era grande, não tão confortável, e sentei em seu colo, encaixando meu corpo no dele. Continuamos a nos beijar de maneira voraz enquanto nossos corpos reagiam a tamanha proximidade. Estávamos agindo guiados pela loucura... pelas sensações. Passando demais de todos os limites.

E quando Edgar começou a subir sua mão pela minha perna, eu encarei a realidade, e interrompi o nosso beijo:

– Edgar … não – eu mal conseguia falar e respirar, o olhar dele começou a ficar triste, provavelmente achava que eu tinha desistido, mas eu continuei – Aqui não é lugar pra isso. Alguém pode passar a qualquer momento.

– Você tem razão. - ele começava a perceber que tínhamos passado muito do aceitável– Vamos embora? Vamos pra casa? - Edgar sorria cheio de segundas intenções


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Notas finais do capítulo

Será que Laura vai? O que acharam? Deixou alguma ansiedade pro próximo? E a surpresinha da narração dupla, ficou interessante?
Espero que tenham gostado e que comentem muito, isso sempre me anima, e escrever esse capítulo deu uma sugada... pois foi como escrever vários mini-capítulos